Enoplocerus armillatus

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Fotografia da vista superior e inferior de um espécime de E. armillatus coletado em Toledo, Paraná, Região Sul do Brasil.
Fotografia da vista superior e inferior de um espécime de E. armillatus coletado em Toledo, Paraná, Região Sul do Brasil.
Fotografia de um besouro E. armillatus em San Antero, Córdoba, Colômbia.
Fotografia de um besouro E. armillatus em San Antero, Córdoba, Colômbia.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Subordem: Polyphaga
Família: Cerambycidae
Subfamília: Prioninae[1][2]
Tribo: Callipogonini[1][2]
Género: Enoplocerus
Espécie: E. armillatus
Nome binomial
Enoplocerus armillatus
(Linnaeus, 1767)[1][3][2]
Ilustração de E. armillatus e de algumas de suas estruturas corporais; retirada do livro Dictionnaire Universel D'histoire Naturelle, por Charles Dessalines d'Orbigny (1849) - Coléoptères. PL. 11.[4]
Distribuição geográfica
O besouro E. armillatus é encontrado na região neotropical.[3][5]
O besouro E. armillatus é encontrado na região neotropical.[3][5]
Sinónimos
Cerambyx armillatus Linnaeus, 1767[1][3][6]
Callipogon armillatum (Linnaeus, 1767) (sic)
Callipogon armillatus (Linnaeus, 1767)
Prionus armillatus (Linnaeus, 1767)
Callipogon (Enoplocerus) armillatus (Linnaeus, 1767)
Callipogon gigas Csiki, 1909
Prionus octo-dentatus Schönherr, 1817
Prionus octodentatus Schönherr, 1817[6][7]

Enoplocerus armillatus (denominado popularmente, em inglêsː giant imperious sawyer;[8] em espanholː escarabajo de cuernos largos (COL); embora não seja um verdadeiro Scarabaeoidea)[9] é um inseto da ordem Coleoptera e da família Cerambycidae, subfamília Prioninae;[1][2] um besouro cujo habitat são as florestas tropicais e subtropicais da região neotropical;[3][5] desde o Panamá, na América Central, e norte da América do Sul, na Colômbia, Equador, Venezuela e Guianas, até o Brasil,[2][10] incluindo a região amazônica,[11] Peru, Bolívia, Paraguai[10][12] e norte da Argentina.[2][12] A espécie fora descrita em 1767, por Carolus Linnaeus, com a denominação Cerambyx armillatus;[1][3][6] sendo a única espécie do gênero Enoplocerus (táxon monotípico), criado por Audinet-Serville, como um subgênero de Callipogon, em 1832.[3][13] O significado da palavra usada em seu descritor específico (armillatus), em latim, quer dizer "ornamentado com bracelete";[14] muito provavelmente numa alusão à forma de seu protórax.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Machos e fêmeas dessa espécie apresentam dimorfismo sexual aparente, com suas fêmeas dotadas de abdômen alongado e menos robustas em comparação com os machos; ambos os sexos podendo atingir entre 7 e 12 centímetros de comprimento, em sua maior dimensão;[11][13] com élitros castanho-avermelhados, antenas e pernas de coloração negra, as anteriores mais alongadas; dotados de oito espinhos característicos em seu protórax também enegrecido, quatro de cada lado.[2][5][8][13][15]

Biologia[editar | editar código-fonte]

As larvas de quase todas as espécies de Cerambycidae da subfamília Prioninae desenvolvem-se em troncos cortados ou já secos, por isso os seus representantes não têm tanta importância econômica para as plantas cultivadas[16] e, no caso desta espécie, podem desenvolver-se dentro de plantas de cajueiros (Anacardium occidentale) recém-mortos ou em estado avançado de decomposição, não se recomendando medidas para a destruição de suas larvas; estas podendo atingir entre 8 ou 9 centímetros de comprimento.[15] São besouros diurnos e frugívoros, também podendo ser atraídos por exsudatos de árvores[9] ou sendo atraídos pela luz e capturados em armadilhas luminosas durante a noite.[1]

Referências

  1. a b c d e f g Martins, Ubirajara R.; Galileo, Maria Helena M.; Limeira-de-Oliveira, Francisco (2009). «Cerambycidae (Coleoptera) do estado do Maranhão, Brasil». Papéis Avulsos de Zoologia 49 (19) (SciELO). 1 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  2. a b c d e f g GAMA, José Madson de Freitas; SOUTO, Raimundo Nonato Picanço (2001). Coleção Entomológica do IEPA, Cerambycidae (Coleoptera). novos registros de ocorrências no Amapá. 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA). p. 20. 82 páginas. ISBN 85-87794-04-3 
  3. a b c d e f Monné, Miguel (fevereiro de 2012). «Catalogue of the type-species of the genera of the Cerambycidae, Disteniidae, Oxypeltidae and Vesperidae (Coleoptera) of the Neotropical Region» (em inglês). Zootaxa 3213(3213) (ResearchGate). p. 127. 183 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  4. Orbigny, Charles Dessalines d'. «Dictionnaire Universel D'histoire Naturelle» (em inglês). Biodiversity Heritage Library. 1 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  5. a b c GODINHO JR., Celso L. (2011). Besouros e Seu Mundo. Com 1400 ilustrações em cores desenhadas pelo autor 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 354-355. 478 páginas. ISBN 978-85-61368-16-6 
  6. a b c «Enoplocerus armillatus (Linnaeus, 1767)» (em inglês). Biolib.cz. 1 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  7. Samedi, Janvier (2017). «Prioninae Latreille, 1802 / Callipogonini Thomson, 1861» (PDF) (em inglês). Prioninae.org. p. 2-3. 7 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  8. a b Dupont, Bernard (27 de janeiro de 2018). «Giant Imperious Sawyer (Enoplocerus armillatus) male» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023. Piste de Belizon, Roura, French Guyana, FRANCE 
  9. a b Bedoya, Teodoro Chivatá (27 de abril de 2020). «Enoplocerus armillatus Colombia» (em espanhol). Flickr. 1 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  10. a b «Tribe Callipogonini - Enoplocerus armillatus (von Linné, 1767) - male» (em inglês). Cerambycoidea.com. 1 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  11. a b STANEK, V. J. (1985). Encyclopédie des Insectes. 270 illustrations en couleurs (em francês) 2ª ed. Praga: Gründ. p. 258. 352 páginas. ISBN 2-7000-1319-0 
  12. a b Carrasco Z., Francisco (1978). «CERAMBÍCIDOS (INSECTA: COLEÓPTERA) SUR - PERUANOS» (PDF) (em espanhol). Revista Peruana de Entomología. 21 (1). (Biodiversity Heritage Library). p. 75. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  13. a b c Rosado-Douglas, Laura (2005). «SOBRE ALGUNAS LOCALIDADES COLOMBIANAS PARA CONOCER Y ESTUDIAR A CALLIPOGON LEMOINEI (REICHE) Y ENOPLOCERUS ARMILLATUM (L.) (CERAMBYCIDAE: PRIONINAE)» (PDF) (em espanhol). Museo de Historia Natural Vol. 10 (Wayback Machine). p. 226-227. 233 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  14. «armillatus (Latin)» (em inglês). WordSense Dictionary. 1 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023. From armilla ("bracelet") + -ātus / armillātus (feminine armillāta, neuter armillātum) = Ornamented with a bracelet. 
  15. a b c Mesquita, Antonio Lindemberg Martins; Policarpo, Gabriel Teles Portela; Cardoso, José Emilson; Mota, Maria do Socorro Cavalcante de Souza (setembro de 2017). «Novas Ocorrências de Cerambycidae (Insecta: Coleoptera) em Cajueiro no Brasil e Recomendações de Manejo» (PDF). Comunicado Técnico 231 (Embrapa). p. 3-4. 5 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  16. LIMA, Costa (1953). «Família CERAMBYCIDAE, in Insetos do Brasil» (PDF). Escola Nacional de Agronomia (cerambycoidea.com). p. 85. 142 páginas. Consultado em 11 de agosto de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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