Usuário(a):RMBeatriz/Artigo final

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Avião
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Descrição

Planador — é uma aeronave sem motor, mais pesada que o ar e com uma configuração aerodinâmica semelhante à de um avião, que se mantém voando graças às correntes ascendentes na atmosfera.

Os planadores, como a maioria das outras aeronaves, são projetados para ter um revestimento que seja o mais liso possível para permitir ao aparelho deslizar mais facilmente pelo ar. Os primeiros planadores eram construídos de madeira com revestimento de tela. As versões posteriores foram construídas com revestimento estrutural de alumínio, sendo mais leves e esguios. (Brain, 1998)

Um planador decola com auxílio de um avião rebocador que o deixa em uma altura adequada para vôo. O reboque é feito através de um cabo de comprimento entre 50 e 70 metros que conecta as aeronaves. Uma forma alternativa de reboque é a utilização de um guincho motorizado instalado na extremidade oposta da pista de decolagem que rapidamente recolhe o cabo de reboque, imprimindo velocidade ao planador.

Cada vez mais popular vem se tornando o motoplanador. Este é dotado de um motor para a decolagem e para evitar pouso fora de pistas . Após a decolagem, com o início da subida em térmica, colina, ou onda estacionária, o motor é desligado e escamoteado num compartimento próprio de forma que a aerodinâmica do desenho original seja mantida.

Os planadores de alto desempenho possuem reservatório de água utilizada como lastro, objetivando aumentar sua carga alar e melhorar a penetração da aeronave. Este lastro é alijado antes do pouso.

Embora existam muitas modalidades de vôo a vela, como é conhecido o vôo de planador, a mais comum é a que utiliza as correntes ascendentes de origem convectiva para incrementar sua altitude. É chamado Vôo em Térmicas.

Asas de um Planador[editar | editar código-fonte]

Se você olhar um planador próximo a um avião, notará uma diferença significativa nas asas. Embora as asas de ambos sejam semelhantes na forma geral e função, as do planador são mais longas e mais estreitas que as do avião. A estreiteza de uma asa é expressa como a razão de aspecto, que é calculada dividindo-se o quadrado da envergadura da asa pela sua área.

As asas de planadores têm uma razão de aspecto muito alta - sua envergadura é muito grande comparada a sua largura. Isso porque o arrasto gerado durante a sustentação (conhecido como arrasto induzido) pode ser considerado como uma boa parcela do arrasto total em um planador. Uma maneira de aumentar a eficiência de uma asa é aumentar sua razão de aspecto. As asas dos planadores são longas e finas, o que as torna eficientes. Elas produzem menos arrasto pela sustentação que geram.


Por que os aviões não têm asas com alta razão de aspecto? Há duas razões para isso. A primeira é que nem todos os aviões são projetados para um vôo eficiente. Por exemplo, aviões de caça são projetados tendo velocidade e manobrabilidade como prioridades muito maiores do que eficiência. A outra razão é que há limites para o comprimento e espessura da asa para que ele possa carregar as cargas requeridas.

Superfícies de comando[editar | editar código-fonte]

Os planadores usam as mesmas superfícies de comando (seções móveis das asas e da cauda) que os aviões para controlar a direção do vôo. Os ailerons e profundores são controlados por uma única alavanca (manche) entre as pernas do piloto. O leme, como nos aviões, é controlado nos pedais.

  • Ailerons

Ailerons são as seções móveis recortadas no bordo de fuga das asas. Eles são usados como controles direcionais primários e fazem isso controlando o giro do avião, inclinando as pontas das asas para cima e para baixo. Os ailerons trabalham em sentidos opostos em cada lado do avião. Se o piloto quiser girar o avião para a direita, ele move o manche para a direita. Isso faz o aileron esquerdo defletir para baixo, criando mais sustentação neste lado e o aileron direito defletir para cima, criando menos sustentação neste lado. A diferença de sustentação entre os dois lados faz com que o avião gire sobre seu eixo longitudinal.

  • Profundor (estabilizador horizontal)

O profundor é a estrutura horizontal, movel semelhante a uma asa, localizada na cauda. Ele é usado para controlar a arfagem do avião, permitindo ao piloto levantar ou baixar o nariz do avião quando necessário.

  • Leme (estabilizador vertical)

O leme é a superfície móvel na estrutura vertical da cauda. Ele é usado para controlar a guinada do avião, permitindo ao piloto apontar o nariz do avião para a esquerda ou direita.

Levantar voo[editar | editar código-fonte]

Três forças básicas atuam sobre os planadores: sustentação, gravidade e arrasto; aviões têm uma quarta força: tração:

  • sustentação - é a força criada pelas asas, em reação ao peso, que permite a uma aeronave permanecer no ar. No caso de um planador, a sustentação é intensificada pelo uso de asas altamente eficientes;
  • arrasto - é a força que tende a diminuir a velocidade de um avião. Em um planador, o arrasto é crítico, muito mais do que em um avião. Em aeronaves motorizadas, um piloto pode simplesmente aumentar a tração (usando o motor) para vencer o arrasto. Como não há um motor, o arrasto deve ser minimizado sempre que possível no planador, ou ele não permanecerá no ar por muito tempo;
  • peso - pode trabalhar a favor ou contra um planador. Por exemplo, um peso total menor pode permitir ao planador permanecer no ar por maior período e atingir distâncias maiores. Por outro lado, um peso maior pode ser uma vantagem se o objetivo for velocidade. Muitos planadores têm tanques de lastro que o piloto pode encher de água antes da decolagem. O peso adicional da água permite maiores velocidades no ar. Se o piloto desejar reduzir o peso, ele pode esvaziar os tanques em vôo para aliviar o aparelho.

Sem um motor, o primeiro problema do planador é deixar o solo e ganhar altitude. A maneira mais comum de lançamento é o reboque aéreo. Um avião reboca o planador usando uma corda comprida. O piloto do planador controla um mecanismo de desengate de ação rápida localizado no nariz do planador e solta a corda quando na altitude desejada. Logo após o desengate, o planador e o avião tomam direções opostas e o planador começa seu vôo não motorizado. O rebocador então está livre para retornar ao aeroporto e se preparar para novo reboque.

Um outro método popular de lançamento é por guincho. Um motor aciona um grande guincho no solo e um longo cabo liga o guincho a um outro mecanismo de desengate localizado na parte inferior do planador. Quando o guincho é acionado, o planador é puxado pelo solo na direção do guincho e decola, subindo rapidamente. Quando o planador sobe, o piloto pode soltar o cabo do guincho como num avião rebocador e continuar seu vôo.


Existem também as seguintes modalidades:

Colina, em que o piloto utiliza o vento que vai de encontro a uma colina (chamado de corrente orográfica), subindo e elevando consigo o planador. Esse vôo é sempre realizado a barlavento da colina, pois do outro lado a corrente de ar está na descendente.

Onda estacionária, em que se alcançam altitudes muito elevadas nas quais se podem atingir distâncias realmente grandes. O atual record mundial de distância de 3.009 km foi batido nestas condições, na região dos Andes Argentinos em 2003.

Termolina, onde as correntes de ar que sobem as encostas de uma colina, levam consigo bolsões de ar quente, que ao atingirem o topo da colina se desprendem gerando térmicas.

Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Durante a Segunda Guerra Mundial os planadores foram utilizados para transporte de tropas e veículos em invasões, como na batalha da Normandia; tal como no transporte de comandos, espiões, e mantimentos para dentro das linhas inimigas.

1 - Otto Lilienthal:
O primeiro a realizar vôos planados com sucesso.
2 - Hamilcar ( Grã-Bretanha - 1942 )
.

Dia D[editar | editar código-fonte]

CG-4A

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CG-4A
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Planador CG-4A
Descrição
Tipo aeronave
Fabricante Waco
Dimensões
Comprimento 14,40 metros
Altura 3,77 metros

O Waco CG-4A (Planador de Carga Modelo 4) "Hadrian" foi concebido pela Weaver Aircraft Company (Waco) em Troy, Ohio, no início dos anos 1940. A Concepção Waco ultrapassou três outros modelos americanos e acabou por ser produzido por dezasseis empresas diferentes, incluindo a Waco. Embora o CG-4A, projecto americano, também foi utilizado pelos britânicos. O CG-4A é composto por um tubo de aço e construção de madeira coberta por lona. O nariz do planador foi desenhado para sair e levantar de forma a permitir o carregamento de homens e materiais. O planador pode carregar tanto um jipe, como um morteiro de 75 mm, um "bulldozer" ou ainda treze homens equipados. Estes CG-4A, normalmente rebocados por C-46 e C-47, são tripulados por um piloto e co-piloto.

Entrou em produção em finais de 1942, com a maior parte dos planadores a serem devolvidos em números significativos no inicio de 1943. O planador foi utilizado pela primeira vez em combate durante a invasão Aliada da Sicília, em Julho de 1943. Foram utilizados de seguida em Março de 1944 na Birmânia durante uma operação de comando britânica.

Milhares de CG-4A foram utilizados em 6 de junho de 1944 para a Operação "Overlord". Muitos dos planadores foram fortemente danificadas quando aterraram em campos franceses repletos de obstáculos conhecidos como "Rommel's Asparagus". Independentemente do dano sofrido pelo planadores durante a aterragem, a maior parte foram destruídos ou abandonados no local, depois de terem servido a sua finalidade. O modelo WACO foi usado noutras operações durante a guerra, após o conflito muitos foram vendidos como excedentes, e as suas caixas marítimas usadas para uma variedade de fins.


  • Curiosidades:

Enquanto procuravam pelo soldado Ryan, a equipa do capitão Miller encontrou um campo no qual uma quantidade de planadores CG-4A haviam aterrado, incluindo um pilotado por Lieutenant DeWindt do nonoagésimo nono esquadrão do transporte de tropas.

Os planadores vistos no filme "Resgate do soldado Ryan" foram construídos a partir do zero usando as medidas tiradas de um CG-4A do museu "Army Flying" em Middle Wallop, Hampshire, Inglaterra. Apesar de não ter sido visto ou mencionado no filme, os planadores da Horsa Inglesa foram usados para colocar as forças armadas americanas na praia de Utah no dia D.

No Brasil[editar | editar código-fonte]

O Vôo em Térmicas é a modalidade mais difundida no Brasil e no mundo. É a modalidade utilizada também pelas grandes aves, como os urubus, Cegonhas, Condores, Albatrozes e tantos outros, desde tempos imemoriais.

Embora não seja um esporte de massa, o vôo a vela no Brasil é mais difundido nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Exibição de um planador moderno:
DFS Habicht
Motoplanador

Em termos meteorológicos, as melhores condições para vôos de distância no Brasil estão nas seguintes áreas: Noroeste do Rio Grande do Sul; Centro e Norte do Estado de São Paulo; Planalto Central ( Formosa, no estado de Goiás ); sul do Ceará, Piauí, oeste de Pernambuco e Oeste da Bahia, no Nordeste, embora praticamente não existam clubes nessas áreas do Nordeste (com exceção de Caruaru-PE). São alguns pilotos do Sudeste que constumam explorar estas áreas de tempos em tempos; lá foi batido o recorde brasileiro de distância, com mais de 1000 km voados pelo piloto Thomas Milko, do Aeroclube Politécnico de Planadores de Jundiaí. É no Estado de São Paulo que concentra-se o maior número de clubes e praticantes, e lá também foram batidos a maior quantidade de records de distância e velocidade ao longo dos anos.

O Aeroclube Politécnico de Planadores - Jundiaí é o mais antigo clube do País (fundado em 1934) e é o clube do Campeão Brasileiro de 2005, Alberto Kunath. Kunath já conquistou outros campeonatos brasileiros e foi o terceiro do Mundo de 2002, no Mundial da África do Sul. Os Aeroclubes de Bauru e de São José dos Campos também têm apresentado excelentes pilotos e produzido campeões ao longo dos últimos 50 anos. Outros clubes importantes são: Aeroclube de Ponta Grossa www.aeroclubepg.com.br, que voa bastante planadores no estado do Paraná, conhecido pela excelente região para vôos em térmica e outras facilidades para este tipo de vôo.Aeroclube de Planadores de Balsa Nova - Balsa Nova, PR; Planalto Central em Formosa,GO; Palmeira das Missões, RS; Blumenau, SC; Rio Claro, SP, clube do atual Campeão Brasileiro (2006), Claudio Schmidt; Tatuí, SP; Academia da Força Aérea em Pirassununga, SP; Aeroclube Mineiro de Planadores em Pará de Minas, MG; Juiz de Fora, MG, Rio Negrinho, SC, entre outros. Em Portugal é no Sul que se voa com mais regularidade, mais precisamente em Évora.

A indústria aeronática brasileira também desenvolveu alguns planadores, entre eles: Neivão, BN-1, Quero-Quero, Urupema, Nhapecan e P1.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • SAVING PRIVATE RYAN ONLINE ENCYCLOPEDIA [Em linha]. [S.l.]: Saving Private Ryan Online Encyclopedia, 20 Abril 2008. [Consult. 14 Abril 2009]. Disponível em WWW: <URL:http://www.sproe.com/g/glider.html>.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]