Aldemir Bendine
Aldemir Bendine | |
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Aldemir Bendine em 2011 | |
35.º Presidente da Petrobras | |
Período | 6 de fevereiro de 2015 até 30 de maio de 2016 |
Antecessor(a) | Maria das Graças Foster |
Sucessor(a) | Pedro Parente |
Presidente do Banco do Brasil | |
Período | 17 de abril de 2009 até 6 de fevereiro de 2015 |
Antecessor(a) | Antônio Francisco Lima Neto |
Sucessor(a) | Alexandre Abreu |
Dados pessoais | |
Nascimento | 10 de dezembro de 1963 (60 anos) Paraguaçu Paulista (SP), Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater | PUC-Rio |
Profissão | Administrador de Empresas |
Aldemir Bendine (Paraguaçu Paulista, 10 de dezembro de 1963)[1] é um administrador brasileiro.
Foi ex-presidente das empresas estatais brasileiras Banco do Brasil e Petrobras. Foi considerado pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009, ficando na 32ª posição do ranking.[2] Também foi considerado o 11º mais poderoso do Brasil pelo iG no ano de 2013[3] e Empreendedor do Ano nas Finanças pela Revista Isto É Dinheiro em dezembro de 2013.[4]
Biografia
De origem italiana, Bendine é neto de imigrantes italianos da região da Emilia-Romagna, região situada ao norte da Itália.[5]
Formação
Cursou o Ensino Fundamental e Ensino Médio em Paraguaçu Paulista, no Colégio Estadual Diva Figueiredo Silveira e depois Engenharia Civil em Presidente Prudente, curso que abandonou depois de prestar concurso e ingressar no Banco do Brasil. Procurou uma carreira voltada para a gestão bancária, formando-se em Administração, tendo ainda alguns MBAs.[6]
Carreira
Banco do Brasil
Funcionário de carreira do Banco do Brasil, onde ingressou em 1978 como menor aprendiz, passou pela Diretoria de Cartões, Varejo e Novos Negócios, antes de ser vice-presidente e depois, presidente em 23 de abril de 2009.[2][7]
Quando Aldemir Bendine assumiu a presidência do Banco do Brasil, em abril de 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva impôs-lhe desafios nada pequenos: expandir o crédito para auxiliar a retomada da economia, reduzir as taxas de juros e consolidar a posição da instituição como o maior banco do País. Ele tinha de se firmar como o quarto presidente do BB durante o governo Lula. Durante sua gestão, a carteira de crédito do Banco do Brasil quase duplicou: de R$ 300 bilhões em 2009, para R$ 520 bilhões no fim de 2012. O salto reflete o crescimento da instituição em segmentos nevrálgicos, como o financiamento imobiliário, que nunca foi exatamente o forte da casa. No mesmo período, o total de ativos do BB subiu de R$ 700 bilhões para mais de R$ 1 trilhão.
A gestão de Bendine abriga algumas das maiores negociações feitas pelo Banco do Brasil. Em 2009, a instituição comprou o controle da Nossa Caixa. Foi também em 2009 que o BB incorporou 51% do Banco da Patagônia, na Argentina.[8] Também foi responsável pela abertura de capital da BB Seguridade. Ao tocar o sino no pregão da BM&FBovespa, no centro de São Paulo, ele estabeleceu alguns recordes. O lançamento captou R$ 11,5 bilhões, a maior abertura de capital do mundo em sete meses e o quarto maior lançamento de ações da história da bolsa. Por ter orquestrado essa captação, Bendine foi considerado o Empreendedor do Ano nas Finanças em 2013 pela Revista Isto É Dinheiro.[9]
Bendine tem experiência em administrar crises. Assumiu a presidência do Banco do Brasil em abril de 2009, logo após a quebra dos bancos americanos no ano anterior. Impulsionou, como presidente do banco, a agenda econômica do governo, ao mesmo tempo em que também agradou acionistas privados, que viram as ações do banco subirem cerca de 90% em meio à crise financeira global.
Também foi diretor-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), diretor-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços (Abecs), presidente do Conselho de Administração da CBSS (Visa Vale), diretor-presidente da BB Administradora de Cartões e BB Administradora de Consórcios.[10]
Petrobras
Em 6 de fevereiro de 2015, a presidente Dilma Rousseff o nomeou presidente da estatal Petrobras em substituição a Graça Foster, que renunciou ao cargo após os desdobramentos da Operação Lava Jato, que levaram à investigação de funcionários de alto escalão da estatal.[11][12] Bendine deixou o Banco do Brasil, depois de 37 anos na instituição.[2]
O primeiro desafio de Bendine foi apresentar um balanço auditado do 3º trimestre de 2014, e recuperar a credibilidade da empresa.[13]
De uma ameaça de "apagão financeiro" que poderia culminar no vencimento antecipado de suas dívidas se não apresentasse o balanço auditado do 3º trimestre de 2014[14] a Petrobras aumentou seu caixa em 20 bilhões de reais, passando de 80 bilhões de reais para 100 bilhões de reais durante a gestão de Bendine. Essa marca é resultado direto do corte nos investimentos e do enxugamento nos custos operacionais, principalmente em função do menor pagamento de royalties e participação especial (fruto da queda no preço do barril do petróleo) e pela maior importação de derivados dada a queda de consumo pela baixa da atividade econômica, que fizeram com que as despesas da companhia fossem menores que as receitas pela primeira vez desde 2008.[15] Durante sua gestão, as despesas de juros subiram de R$ 18 bilhões por ano para quase R$ 30 bilhões, além de entregar os maiores prejuízos da história da Petrobrás.[16]
Renunciou ao cargo em 30 de maio de 2016.[17]
Referências
- ↑ «Aldemir Bendine, o Dida, recebe o título de Cidadão Conchense». Folha da Estância. Consultado em 20 de junho de 2012
- ↑ a b c «Os 100 brasileiros mais influentes de 2009». Época. 32ª posição no ranking: "ingressou no BB em 1978, aos 14 anos de idade, como menor aprendiz.". revistaepoca.globo.com. Consultado em 20 de dezembro de 2009
- ↑ «60 mais poderosos». 2013
- ↑ «Aldemir Bendine é o Empreendedor do Ano nas Finanças - ISTOÉ DINHEIRO». www.istoedinheiro.com.br. Consultado em 16 de maio de 2016
- ↑ «Entrevista do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine « Edgar Lisboa». www.edgarlisboa.com.br. Consultado em 19 de junho de 2016
- ↑ Kennedy Alencar (16 de outubro de 2009). «Entrevista do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine». Edgar Lisboa. Consultado em 7 de fevereiro de 2015
- ↑ «Banco do Brasil – Relação dos presidentes (desde 1853)». Banco do Brasil. Consultado em 7 de fevereiro de 2015
- ↑ «Aldemir Bendine é o 11 mais poderoso do País, confira o ranking dos 60 Mais Poderosos - 60 Mais Poderosos». Último Segundo. iG. Consultado em 16 de maio de 2016
- ↑ «Aldemir Bendine». IstoÉ Dinheiro. Consultado em 16 de maio de 2016
- ↑ «Aldemir Bendine e a organização e reequilíbrio da Petrobras». Jornal do Brasil. Consultado em 2 de junho de 2016
- ↑ Aldemir Bendine, do Banco do Brasil, é o novo presidente da Petrobras
- ↑ «Graça Foster e mais cinco diretores renunciam a cargos na Petrobras». G1. Globo
- ↑ «Veja os desafios de Bendine na presidência da Petrobras». G1. Globo. 5 de fevereiro de 2015. Consultado em 16 de maio de 2016
- ↑ «Entenda o que está em jogo na publicação do balanço da Petrobras - BBC Brasil». BBC Brasil. Consultado em 2 de junho de 2016
- ↑ «Bendine renuncia à presidência e ao Conselho da Petrobras». G1. Globo. 30 de maio de 2016. Consultado em 2 de junho de 2016
- ↑ Lauro Jardim (1 de junho de 2016). «Nas mãos de Pedro Parente». O Globo. Consultado em 3 de junho de 2016
- ↑ «Bendine renuncia à presidência e ao Conselho da Petrobras». G1. 30 de maio de 2016. Consultado em 31 de maio de 2016
Ligações externas
Precedido por Maria das Graças Foster |
Presidente da Petrobras 2015 – 2016 |
Sucedido por Pedro Parente |
Precedido por Antônio Francisco de Lima Neto |
Presidente do Banco do Brasil 2009 – 2015 |
Sucedido por Alexandre Abreu |