Branca da Borgonha
Branca | |
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Representação de Branca em Grandes Chroniques de Saint-Denis. | |
Rainha Consorte de França e Navarra | |
Reinado | 3 de janeiro de 1322 – 19 de maio de 1322 |
Antecessor(a) | Joana II, condessa da Borgonha |
Sucessor(a) | Maria do Luxemburgo |
Nascimento | c. 1296 |
Morte | 29 de abril de 1326 (30 anos) |
Sepultado em | Abadia de Maubuisson, Saint-Ouen-l'Aumône, Val-d'Oise |
Cônjuge | Carlos IV de França |
Casa | Casa Châlon-Arlay (por casamento) Casa de Capeto (por casamento) |
Pai | Otão IV, Conde da Borgonha |
Mãe | Matilde de Artois |
Branca da Borgonha (em francês: Blanche) ; c. 1296 – 29 de abril de 1326)[1] foi rainha consorte de França e Navarra durante breves meses, através do seu casamento com Carlos IV de França, sucedendo à sua irmã Joana II da Borgonha.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Depois da invasão da Flandres em 1305, o rei Filipe IV de França concedeu Béthune, a primeira cidade a render-se, a Matilde, condessa de Artois e viúva de Otão IV, conde palatino da Borgonha. Para garantir a fidelidade desta, foi organizado o casamento das suas duas filhas, Joana e Branca, com os príncipes Filipe e Carlos, respectivamente, filhos do rei francês. O matrimônio de Carlos com Branca ocorreu em Corbeil, a 20 de Maio de 1308, e deste nasceram:
- Filipe de la Marche (antes de 5 de Janeiro de 1314 - antes de 24 de Março de 1322)
- Joana de la Marche (1315 - 17 de Maio de 1321)
Em Abril de 1314, no último ano do reinado do seu sogro Filipe o Belo, durante uma visita da sua cunhada Isabel de França foi acusada de adultério com Gautério de Aunay, juntamente com a cunhada Margarida da Borgonha (com Filipe de Aunay), esposa do príncipe Luís de França, no chamado caso da Torre de Nesle. Julgados e condenados por crime de lesa-majestade, a 19 de Abril os irmãos Aunay foram supliciados e executados em praça pública em Pontoise.
As duas princesas tiveram os seus cabelos rapados, um humilhante desfiguramento e marca física do seu crime de adultério. Vestidas de preto, foram conduzidas em uma carruagem coberta de panos negros a Château-Gaillard, em Les Andelys. Ocupando um quarto aberto aos ventos no topo da torre, Margarida foi encontrada morta a 30 de Abril de 1315. Branca ficou aprisionada durante sete anos numa cave da fortaleza.
Depois da morte dos dois irmãos de Carlos IV, sem deixarem um herdeiro varão, segundo a lei sálica este subiu ao trono da França a 3 de Janeiro de 1322. Tendo solicitado a separação da esposa ainda prisioneira, a 19 de Maio o papa João XXII anulou o matrimônio por razões de consanguinidade.
Branca obteve então autorização para abandonar a sua prisão e tomar o hábito de religiosa. Passou o resto dos seus dias na abadia de Maubuisson, fundada por outra rainha da França, Branca de Castela, perto de Pontoise, onde morreu a 29 de Abril de 1326.
Representações na cultura
[editar | editar código-fonte]- Branca da Borgonha é uma das personagens da série de livros de romance histórico Os Reis Malditos (Les Rois Maudits em francês) de Maurice Druon, publicada entre 1955 e 1977, e adaptada para a televisão por duas vezes na França, em 1972 e em 2005.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Geneologia dos capetianos» (em francês)
- «Reis da dinastia capetiana de França» (em inglês)
- «Scandale de la Tour de Nesle» (em francês)
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