Conflito curdo-iraquiano

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Conflito curdo-iraquiano

Campo de refugiados curdos na fronteira iraquiana-turca (1991).
Data 1918[1]–2003[1]
(fase principal: 1961–1991)
Local Curdistão iraquiano
Desfecho Vitória curda
Beligerantes
Reino do Curdistão

Curdistão iraquiano Peshmerga:

Iraque INC
ICP
ASII
Apoio:


Aplicação das zonas de exclusão aérea pelo Resolução 688:

Mandato Britânico do Iraque

Reino do Iraque


Iraque

Irã MKO

 Síria
Comandantes
Mamude Barzanji

Ahmed Barzani


Mustafa Barzani
Idris Barzani
Massoud Barzani
Babakir Zebari
Jalal Talabani
Ibrahim Ahmad
Nawshirwan Mustafa
Mama Risha 
Uthman Abd-Asis
Abdullah Öcalan
Murat Karayılan
Iraque Ahmad Challabi
Aziz Muhammad
Irã Mohsen Rezaee
Irã Ali Sayad Shirazi
Abdul Aziz al-Hakim


Estados Unidos John Shalikashvili
Faiçal I

Faiçal II


Abdul Karim Qasim
Iraque Abdul Salam Arif
Iraque Abdul Rahman Arif
Iraque Tahir Yahya
Iraque Ahmed Hassan al-Bakr
Iraque Saddam Hussein
Iraque Ali Hassan al-Majid
Iraque Taha Yasin
Iraque Izzat Ibrahim ad-Douri
Iraque Tariq Aziz
Iraque Saddam Kamel
Iraque Qusay Hussein
Iraque Uday Hussein
Irã Massoud Rajavi
Irã Maryam Rajavi

Síria Luai al-Atassi
Baixas
Curdistão iraquiano Peshmerga:

15-20,000 (1962)[2][3]
6,000 (1970)[4]
50-60,000 (1974)[5]
5,000 (1980)[6]
100,000 (1991)[7]

70,000 (2003)[8]
Iraque Forças Armadas Iraquianas

48,000 (1969)[9]
90,000 (1974)[9]
180,000 (1978)[10]
300,000 (1980)[11]
1,000,000 (1988)[11]
382,500 (1992)[12]

424,000 (2002)[13]

O conflito curdo-iraquiano consiste em uma série de guerras e revoltas, que começaram na década de 1960 com o retorno de Mustafa Barzani do exílio e a erupção da Primeira Guerra Curdo-Iraquiana.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Anos 1970[editar | editar código-fonte]

Apesar das tentativas de resolver o conflito através do fornecimento de uma autonomia reconhecida aos curdos no Norte do Iraque (Curdistão iraquiano), as negociações fracassaram em 1974, resultando na retomada das hostilidades, conhecida como a Segunda Guerra Curdo-Iraquiana, o que resultou no colapso das milícias curdas e a reconquista do norte do Iraque pelas tropas do governo. Como resultado, Mustafa Barzani e a maioria da liderança do Partido Democrático do Curdistão fugiram para o Irã, enquanto a União Patriótica do Curdistão obtinha poder com o vácuo.

A partir de 1976, as relações entre o PDC e a UPC rapidamente se deterioraram, atingindo o clímax em abril de 1978, quando as tropas da UPC sofreram uma grande derrota para o PDC, que teve o apoio de forças aéreas iranianas e iraquianas.

Anos 1980[editar | editar código-fonte]

O conflito ressurgiu como parte da Guerra Irã-Iraque (1980-1988), com os partidos curdos colaborando contra Saddam Hussein, e o PDC também ganhando apoio militar da República Islâmica do Irã. Em 1986, a liderança iraquiana se cansou do fortalecimento e da não-lealdade da entidade curda no Norte do Iraque e começou uma campanha de genocídio, conhecida como Al-Anfal, para expulsar os combatentes curdos e se vingar contra a população curda - um ato frequentemente descrito como um genocídio curdo com 150.000 a 200.000 vítimas.

Anos 1990[editar | editar código-fonte]

Em 1991, na sequência da Guerra do Golfo, uma série de insurreições abalaram o Iraque, embora apenas os curdos conseguiram alcançar um status de autonomia reconhecida dentro de uma das zonas de exclusão aérea iraquianas, criada pela coalizão.

Na década de 1990, o conflito entre o PDC e o UPC irrompeu mais uma vez, resultando em uma guerra civil sangrenta, que terminou em 1997.

Anos 2000[editar | editar código-fonte]

As conquistas mais valiosas do povo curdo ocorreram entre 2003 e 2005, quando o regime de Saddam Hussein foi derrubado, como parte da invasão do Iraque em 2003, com assistência dos peshmergas, e a autonomia curda ganhou reconhecimento pelo novo governo iraquiano.

No entanto, uma década depois, um novo conflito militar ocorreu, após o referendo de independência do Curdistão iraquiano em 2017.

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b [1] "The Iraqi State and Kurdish Resistance, 1918–2003"
  2. Kenneth M. Pollack, Arabs at War: Military Effectiveness 1948-91, University of Nebraska Press, Lincoln and London, 2002, p.157, ISBN 0-8032-3733-2
  3. «Page 39» (PDF). Consultado em 26 de janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 29 de outubro de 2013 
  4. «Page 47» (PDF). Consultado em 26 de janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 29 de outubro de 2013 
  5. «Page 48» (PDF). Consultado em 26 de janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 29 de outubro de 2013 
  6. «Page 54» (PDF). Consultado em 26 de janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 29 de outubro de 2013 
  7. «Page 59» (PDF). Consultado em 26 de janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 29 de outubro de 2013 
  8. Page 24
  9. a b [2]
  10. http://www.fas.org/nuke/guide/iraq/agency/army.htm
  11. a b «Iran–Iraq War (1980–1988)». Globalsecurity.org (John Pike) 
  12. «IRAQ OVERVIEW (page 17)» (PDF). Consultado em 26 de janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 23 de julho de 2011 
  13. «Iraq and The Conventional Military Balance» (PDF). Consultado em 26 de janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 7 de agosto de 2011 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]