Cultura de massa: diferenças entre revisões
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'''Cultura de massa ..''' (também chamada de '''cultura popular''' ou '''cultura pop''') é o total de ideias, [[Perspectiva (cognitiva)|perspectivas]], [[atitude]]s, [[meme]]s,<ref>{{citar web|url=http://library.thinkquest.org/C004367/ce6.shtml}}</ref> imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o ''[[mainstream]]'' de uma dada [[Antropologia cultural|cultura]], especialmente a [[cultura ocidental]] do começo da metade do século XX e o emergente ''mainstream'' global do final do século XX e começo do século XXI. |
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Revisão das 22h55min de 27 de outubro de 2012
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Cultura de massa .. (também chamada de cultura popular ou cultura pop) é o total de ideias, perspectivas, atitudes, memes,[1] imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream de uma dada cultura, especialmente a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.
Fortemente influenciada pela mídia de massa, essa coleção de ideias permeia o cotidiano da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.
A cultura popular é frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais notavelmente grupos religiosos e contraculturais) que acreditam-na superficial, consumista, sensacionalista, e corrupta.[2][3][4][5][6][7][8][9][10]
O termo "cultura popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas.[11] O termo começou a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas, separado e se opondo à "verdadeira educação" próximo do final do século,[12] um uso que se tornou estabelecido no período de entreguerras.[13] O significado corrente do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra Mundial.[14] A forma abreviada "pop culture" data da década de 1960.[15]
Propagação institucional
A cultura popular e a mídia de massa têm uma relação simbiótica: cada uma depende da outra em uma íntima colaboração."— K. Turner (1984), p.4[16]
O ensaio "A Crise da Cultura" de Hannah Arendt, escrito em 1961 sugere que uma "mídia dirigida pelo mercado lideraria o deslocamento da cultura pelos ditames do entretenimento."[17]Susan Sontag argumenta que, na nossa cultura, os mais "...inteligíveis, persuasivos valores são [crescentemente] tirados das indústrias de entretenimento", "debilitam os padrões de seriedade". Como resultado, tópicos "tépidos, suaves e sem sentido" estão se tornando a norma.[17] Algumas críticas argumentam que a cultura popular é simplificada: "...jornais que uma vez veicularam notícias estrangeiras agora apresentam fofocas sobre celebridades, fotografias de jovens garotas com pouca roupa... a televisão substituição a dramatização de alta qualidade por jardinagem, culinária e outros programas de 'estilo de vida'...[e] bobos 'reality shows'," a ponto de as pessoas estarem constantemente imersas em curiosidades sobre a cultura das celebridades.[17]
No livro de Rosenberg e White Mass Culture (Cultura de Massa, em tradução livre), MacDonald argumenta que "A cultura popular é uma degradada, trivial cultura que esvazia todas as profundas realidades (sexo, morte, falha, tragédia) e também os simples e espontâneos prazeres... As massas, pervertidas por algumas gerações desse tipo de coisa, começou a demandar produtos culturais triviais."[17] Van den Haag argui que "...toda a mídia de massa no seu final aliena as pessoas de experiências pessoais e embora pareçam compensar isso, intensificam o seu isolamento moral uma das outras, da realidade e delas mesmas."[17][18]
Críticos têm lamentado a "... substituição da alta arte e da autêntica cultura folclórica por artefatos industrializados insípidos produziu uma escala de massa a fim de satisfazer o mínimo denominador comum."[17] Essa "cultura de massa emergiu depois da Segunda Guerra Mundial e tem levado para a concentração do poder da massa cultural em sempre grandes conglomerados de mídia global." A imprensa popular diminuiu o montante de notícias ou informações e as substituiui por entretenimento ou coisas frívolas que reforçam "...medos, prejuízo, a criação de bodes expiatórios, paranoia e agressão."[17]
Críticos de televisão e cinema têm argumentado que a qualidade das produções televisivas têm sido diluídas como a perseguição implacável ao "populismo e avaliações", focando no "insípido, exibível e popular." No cinema, "a cultura e os valores de Hollywood" estão cada vez mais dominando produções de outros países. Os filmes de Hollywood têm mudado de criar filmes com uma certa fórmula pré-definida que enfatizam "...o choque de valores e impressão (impressões) superficial (superficiais)" e efeitos especiais, com temas que focalizam nos "...instintos básicos de agressão, revanche, violência [e] ganância". Os roteiros "...frequentemente parecem simples, um modelo padronizado tirado da estante, e o diálogo é mínimo." As "personagens são superficiais e não convincentes, o diálogo é também simples, irreal e mal construído."[17]
Cultura de massa e capitalismo
Como consequência das tecnologias de surgidas no século XIX, a cultura de massa desenvolveu-se ofuscando outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. A chegada da cultura de massa acaba submetendo as demais expressões “culturais” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma articulação de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura de massa esteve sempre ligada ao poder econômico do capital industrial e financeiro, configurando aquilo que Noam Chomsky considera uma forma de totalitarismo, baseado na publicidade. Chomsky afirma que "a propaganda significa para a democracia o mesmo que o porrete significa para o estado totalitário[19]". Desta forma, para Chomsky, a massificação da cultura se dá através de um artifício totalitário, servindo a interesses econômicos.
Cultura popular
A cultura popular, produzida fora de contextos institucionalizados ou mercantis, teve de ser um dos objetos dessa repressão imperiosa. Justamente por ser anterior, o popular era também alternativo à cultura de massa, que por sua vez pressupunha — originalmente — ser hegemônica como condição essencial de existência.
O que a indústria cultural percebeu mais tarde (e Adorno constatou, pessimista), é que ela possuía a capacidade de absorver em si os antagonismos e propostas críticas, em vez de combatê-lo. Desta forma, sim, a cultura de massa alcançaria a hegemonia: elevando ao seu próprio nível de difusão e exaustão qualquer manifestação cultural, e assim tornando-a efemêra e desvalorizada.
A “censura”, que antes era externa ao processo de produção dos bens culturais, passa agora a estar no berço dessa produção. A cultura popular, em vez de ser recriminada por ser “de mau gosto” ou “de baixa qualidade”, é hoje deixada de lado quando usado o argumento mercadológico do “isto não vende mais” — depois de ser repetida até exaurir-se de qualquer significado ideológico ou político.
No contexto da indústria cultural — da qual a mídia é o maior porta-voz — são totalmente distintos e independentes os conceitos de “popular” e “popularizado”, já que o grau de difusão de um bem cultural não depende mais de sua classe de origem para ser aceite por outra. A grande alteração da cultura de massa foi transformar todos em consumidores que, dentro da lógica iluminista, são iguais e livres para consumir os produtos que desejarem. Dessa forma, pode haver o “popular” (i.e., produto de expressão genuína da cultura popular) que não seja popularizado (“que não venda bem”, na indústria cultural) e o “popularizado” que não seja popular (vende bem, mas é de origem elitista)..
Referências
- ↑ http://library.thinkquest.org/C004367/ce6.shtml Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «Teens for Jesus want wholesome pop culture». AuburnPub.com. 15 de fevereiro de 2008. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ «truthXchange Articles >Spirit Wars in the Third Millennium». Truthxchange.com. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ Darrell L. Bock and Daniel B. Wallace. «Rebecca's Reads - Darrell L. Bock & Daniel B. Wallace - Dethroning Jesus: Exposing Popular Culture's Quest to Unseat the Biblical Christ». Rebeccasreads.com. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ «Calvin College: Calvin News». Calvin.edu. 15 de março de 2001. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ «7 Things From Pop Culture That Apparently Piss Jesus Off». Cracked.com. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ «Christotainment: Selling Jesus Through Popular Culture: STEINBERG SHIRLEY R. : 9780813344058 : Book». eCampus.com. 21 de fevereiro de 2009. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ Tucker, Austin B. «Christian Living In A Pagan Culture». Preaching.com. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ «Book Review- Jesus Made in America – Irish Calvinist». Irishcalvinist.com. 14 de outubro de 2008. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ «Japan's increasingly superficial pop culture? | Bateszi Anime Blog». Bateszi.animeuknews.net. 18 de janeiro de 2007. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ Per Adam Siljeström, The educational institutions of the United States, their character and organization, J. Chapman, 1853, p. 243: "Influência da emigração europeia no estado da civilização nos Estados Unidos: Estatísticas da cultura popular na América". John Morley apresenta em On Popular Culture uma direção na prefeitura de Birmingham em 1876, de acordo com a educação das classes mais baixas.
- ↑ "Learning is dishonored when she stoops to attract," cited in a section "Popular Culture and True Education" in University extension, Issue 4, The American society for the extension of university teaching, 1894.
- ↑ e.g. "the making of popular culture plays [in post-revolutionary Russian theater]", Huntly Carter, The new spirit in the Russian theatre, 1917-28: And a sketch of the Russian kinema and radio, 1919-28, showing the new communal relationship between the three, Ayer Publishing, 1929, p. 166.
- ↑ "one look at the sheer mass and volume of what we euphemistically call our popular culture suffices", from Winthrop Sargeant, 'In Defense of the High-Brow', an article from LIFE magazine, 11 April 1949, p. 102.
- ↑ Gloria Steinem, 'Outs of pop culture', LIFE magazine, 20 August 1965, p. 73.
- ↑ Shuker, Roy (1994). Understanding Popular Music, p.4. ISBN 0-415-10723-7.
- ↑ a b c d e f g h «dumbing down». Nomuzak.co.uk. Consultado em 21 de junho de 2009
- ↑ Van den Haag, in Rosenberg and White, Mass Culture, p. 529
- ↑ «Branco, Henrique. A Manipulação do Público, Noam Chomsky e E.S. Herman.». O PIG e as eleições de 2010: Análise dos meios de comunicação de massa por Chomsky. Abril de 2010
Referências bibliográficas
- Apocalípticos e Integrados, Umberto Eco, 1964
- O Televisionário, Umberto Eco
Ver também
- Cultura
- Mídia
- Comunicação
- Comunicação de Massa
- Indústria Cultural
- Escola de Frankfurt
- Teoria da Comunicação
- Pós-Modernidade