Florestas da Serra do Mar: diferenças entre revisões
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A ecorregião localiza-se na área [[tropical]], e de acordo com a [[classificação climática de Köppen-Geiger]], o clima é o [[clima subtropical húmido|subtropical |
A ecorregião localiza-se na área [[tropical]], e de acordo com a [[classificação climática de Köppen-Geiger]], o clima é o [[clima subtropical húmido|subtropical úmido]] (Cfa e Cwa).<ref name="Scielo">{{citar web |url=http://www.scielo.br/pdf/brag/v66n4/22.pdf |titulo=Classificação climática de Köppen e de Thornthwaite e sua aplicabilidade na determinação de zonas agroclimáticas no Estado de São Paulo|publicado=Bragantia|acessodata=26 mar. 2012}}</ref> Isso confere um regime de chuvas durante o ano todo. As escarpas da [[Serra do Mar]] e da [[Serra da Mantiqueira]] possuem como fitofisionomia principal a [[floresta ombrófila densa]].<ref name="ibge91">{{citar livro|autor=VELOSO, H. P.; et al|título=Classificação da Vegetação Brasileira, Adaptada a um Sistema Universal|local=Rio de Janeiro|editora=IBGE|ISBN=85-240-0384-7|ano=1991|url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/classificacaovegetal.pdf}}</ref><ref name="wwf"/> Por conta da altitude, os tipos de floresta ombrófila densa variam, desde a floresta de terras baixas (até 50m de altitude), com árvores de até 40 m de altura, até as florestas alta montana em altitudes mais elevadas (entre 1000 e 1200m).<ref name="wwf"/><ref name="rizzini">RIZZINI, C. T. (1979) Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos sociológicos e florísticos. EDUSP, São Paulo</ref><ref name="lacerda">{{citar web|autor=LACERDA, M.S.|título=Composição floristica e estrutura da comunidade arborea num gradiente altitudinal da Mata Atlantica. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas|url=http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000215037}}</ref> |
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Florestas da Serra do Mar | |
![]() Parque Nacional da Serra da Bocaina em São Paulo | |
Bioma | Mata Atlântica, Floresta tropical |
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Área | 104800km²[1] |
Países | ![]() |
Rios | Rio Paraíba do Sul, Rio Ribeira do Iguape. |
Ponto mais alto | 2892 metros (Pico da Bandeira) |
![]() Mapa da ecorregião das Florestas da Serra do Mar definida pelo WWF.
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As Florestas da Serra do Mar ou Florestas costeiras da Serra do Mar compreendem uma ecorregião de floresta tropical definida pelo WWF no domínio da Mata Atlântica. Localiza-se em regiões escarpadas do litoral sudeste e sul do Brasil, compreendendo regiões dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. É um dos maiores centros de endemismo da Mata Atlântica e também possui os maiores trechos contínuos desse bioma no Brasil.
Características
A ecorregião localiza-se na área tropical, e de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, o clima é o subtropical úmido (Cfa e Cwa).[2] Isso confere um regime de chuvas durante o ano todo. As escarpas da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira possuem como fitofisionomia principal a floresta ombrófila densa.[3][1] Por conta da altitude, os tipos de floresta ombrófila densa variam, desde a floresta de terras baixas (até 50m de altitude), com árvores de até 40 m de altura, até as florestas alta montana em altitudes mais elevadas (entre 1000 e 1200m).[1][4][5]
Fauna
Por conta de se localizar em uma região muito povoada, a fauna da ecorregião é relativamente bem conhecida. É um dos maiores centros de endemismo na Mata Atlântica, contando com um grande número de espécies de aves (628 espécies) e mamíferos (175 espécies). Só de primatas, são conhecidas 9 espécies, como o muriqui e duas espécies de mico-leões.[1] Deve-se salientar que poucas espécies possuem uma distribuição restrita a essa ecorregião, com muitas espécies ocorrendo na Floresta Atlântica do Alto Paraná e nas Florestas Costeiras da Bahia. Nesta ecorregião se encontra uma "espécie bandeira" na preservação da Mata Atlântica brasileira, o mico-leão-dourado, que habita os remanescentes de floresta ombrófila densa de terras baixas no Rio de Janeiro.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5d/Golden_lion_tamarin_family.jpg/220px-Golden_lion_tamarin_family.jpg)
Conservação
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7e/Serra_do_Mar_forest_WWF.jpg/220px-Serra_do_Mar_forest_WWF.jpg)
Nesta ecorregião se encontram os maiores remanescentes contínuos de Mata Atlântica, com destaque ao estado de São Paulo, que possui cerca de 7 mil km² em unidades de conservação, como o Parque Estadual da Serra do Mar, com cerca de 3,5 mil km² de área. [1] Estes grandes fragmentos constituem uma área estratégica na conservação da biodiversidade, com a criação de corredores ecológicos. [6] De fato, o corredor ecológico da Serra do Mar é o que possui maiores chances de ser implementado, visto não só os grandes blocos de floresta mas a presença de unidades de conservação consolidadas, como o Parque Nacional da Serra da Bocaina.[7] Entretanto, já foram desmatados cerca de 70% das florestas que outrora existiam nesta região.[8]
Referências
- ↑ a b c d e SCARAMUZZA, C. A. M.; et al. (2004). «Visão da Biodiversidade da Ecorregião da Serra do Mar» (PDF). WWF. Consultado em 18 de maio de 2012
- ↑ «Classificação climática de Köppen e de Thornthwaite e sua aplicabilidade na determinação de zonas agroclimáticas no Estado de São Paulo» (PDF). Bragantia. Consultado em 26 mar. 2012
- ↑ VELOSO, H. P.; et al. (1991). Classificação da Vegetação Brasileira, Adaptada a um Sistema Universal (PDF). Rio de Janeiro: IBGE. ISBN 85-240-0384-7
- ↑ RIZZINI, C. T. (1979) Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos sociológicos e florísticos. EDUSP, São Paulo
- ↑ LACERDA, M.S. «Composição floristica e estrutura da comunidade arborea num gradiente altitudinal da Mata Atlantica. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas»
- ↑ GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I. Status do hotspot Mata Atlântica: uma síntese. Em Galindo-Leal, C; Câmara, I. (Orgs) Mata Atlântica: Biodiversidade, ameaças e Perspectivas. Belo Horizonte: Fundação SOS Mata Atlântica, 427p, 2005 ISBN 85-98946-02-8
- ↑ AGUIAR, A.P.; et al. (2005). Os Corredores Central e da Serra do Mar na Mata Atlântica brasileira. Em Galindo-Leal, C.; Câmara, I.G. (Orgs). Mata Atlântica: Biodiversidade, Ameaças e Perspectivas (PDF). Belo Horizonte: SOS Mata Atlântica e Conservação Internacional. 470 páginas. ISBN 85-98946-02-8
- ↑ RIBEIRO, M. C.; METZGER, J. P.; MARTENSEN, A.C.; PONZONI, F. J. (2009). «The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, andhow is remaining forest distributed? Implications for conservation». Biological Conservation. 142 (6): 1141-1153. doi:10.1016/j.biocon.2009.02.021