Rogéria: diferenças entre revisões
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'''Rogéria''' nascida Astolfo Barroso Pinto ([[Cantagalo (Rio de Janeiro)|Cantagalo]], [[25 de maio]] de [[1943]]) é uma [[atriz]] [[transexual]] [[brasil]]eira. Foi [[maquiagem|maquiadora]] na extinta ''[[TV Rio]]'' e vedete. Morou no exterior, apresentando vários shows, e em 1979 recebeu o [[Troféu Mambembe]], pelo espetáculo que fez ao lado de [[Grande Otelo]].<ref name="multipla" /> |
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==Biografia== |
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Revisão das 02h00min de 5 de fevereiro de 2017
Rogéria | |
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Rogéria no 26 Prêmio da Música Brasileira em 2015. | |
Nome completo | Rogéria Barroso Pinto |
Nascimento | 25 de maio de 1943 (81 anos) Cantagalo, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | Atriz, transformista |
Outros prêmios | |
Troféu Mambembe 2003 - Grande Otelo[1] |
Rogéria nascida Astolfo Barroso Pinto (Cantagalo, 25 de maio de 1943) é uma atriz transexual brasileira. Foi maquiadora na extinta TV Rio e vedete. Morou no exterior, apresentando vários shows, e em 1979 recebeu o Troféu Mambembe, pelo espetáculo que fez ao lado de Grande Otelo.[1]
Biografia
Rogéria nasceu em Cantagalo, no interior do estado do Rio de Janeiro, a mesma cidade de outra figura célebre - como declarou, “Em Cantagalo, nasceu a maior bicha do Brasil – no caso, eu – e o maior macho do Brasil, Euclides da Cunha”. Desde sua infância tinha consciência da homossexualidade e na adolescência virou transformista e assumiu uma carreira de maquiador. Antes disso, virou figura assídua no auditório da Rádio Nacional, particularmente nos programas estrelados pela cantora Emilinha Borba e de quem era fan incondicional.
Ao vencer um concurso de fantasias no carnaval de 1964, tentaram o renomear de Astolfo, "que fazia demais a ‘linha executivo’", para Rogério, que levou o público a gritos de "Rogéria", inspirando o nome artístico de Astolfo.[2]
Rogéria se considera transgênero e confessa nunca ter tido vontade de realizar a cirurgia de redesignação sexual, declarando-se feliz com sua genitália masculina mesmo tendo sido aconselhada a passar por uma cirurgia de redesignação sexual no período em que morava no exterior.[2]
Carreira
Rogéria começou sua carreira como maquiadora da TV Rio, e ao conviver com inúmeros atores célebres teve o que descreveu como equivalente de uma estadia no Actors Studio, sendo estimulada a interpretar. Sua estreia ocorreu em 29 de maio de 1964, em um notório reduto gay de Copacabana, a Galeria Alaska.[2]
Figura frequente no cinema brasileiro, participou também como jurada em vários programas de auditório nas últimas décadas, de Chacrinha a Gilberto Barros e também Luciano Huck.
Rogéria foi coreógrafa da comissão de frente da Escola de Samba São Clemente, representando Maria, a louca, num enredo que tratava dos 200 anos da vinda da família real ao Brasil. Em sua passagem, foi recebida com carinho pelo público.
Em 2016, lançou sua biografia Rogéria – Uma mulher e mais um pouco, de Marcio Paschoal.[3]
Filmografia
Televisão
Ano | Programa | Personagem |
---|---|---|
1986 | Viva a Noite | Repórter |
1989 | Tieta | Ninete (Valdemar Alencar) |
1997 | Sai de Baixo | Brigite (Episódio: Adivinha Quem Vem Para Jantar) |
1999 | Você Decide | Episódio: Mulher 2000 |
2000 | Zorra Total | Ela Mesma (Rosto a rosto com Alberto Roberto) |
2001 | Brava Gente | Sissi (episódio: O Enterro da Cafetina) |
2002 | Desejos de Mulher | Regina |
A Grande Família | Carla (episódio: O Velho Gostoso) | |
2006 | Cilada | Marilene (episódio: Carnaval) |
2007 | Paraíso Tropical | Carolina da Silva |
Toma Lá Dá Cá | Tia Dolly (Episódio: Dolly Pancada Seca) | |
2008 | Duas Caras | Astolfo Barroso |
Dicas de um Sedutor | Lulu (ep: Amor não Tem Idade) | |
2009 | A Praça É Nossa | Ela mesma |
2010 | Os Caras de Pau | Rogéria ''Seu Astolfo'' (Episódio: Dia dos Pais) |
2011 | Amor & Sexo | Ela mesma |
2012 | Malhação | Carmém Rios/ Rômulo Rios |
Lado a Lado | Alzira Celeste | |
2013 | Com Frescura | Apresentadora |
Divertics | Vários Personagens | |
2014 | Pé na Cova | Patrícia Swanson |
2015 | Babilônia | Úrsula Andressa (Oswaldo Alvarenga) [4] |
Tá no Ar: A TV na TV | Ela mesma |
Cinema
Ano | Titulo | Personagem |
---|---|---|
1968 | Enfim Sós... Com o Outro | Glorinha |
1968 | O Homem que Comprou o Mundo | |
1975 | O Sexualista | |
1978 | O Gigante da América | |
1979 | Gugu, o Bom de Cama | |
1991 | A Maldição do Sanpaku | Loura |
1994 | A Causa Secreta ... participação especial [5] | |
1999 | Hi Fi | (Curta Metragem) |
2000 | Vestido Dourado | |
2001 | Copacabana | Rogéria |
2016[6] | Divinas Divas | Ela Mesma |
Teatro
Foram muitas as incursões de Rogéria nos palcos do Brasil e do mundo. Foi vedete de Carlos Machado e em 1979 ganhou o Troféu Mambembe por uma peça que fazia com Grande Otelo.[2] Em fevereiro de 1976, participou de um espetáculo chamado Alta Rotatividade – comédia na qual contracenava com a atriz Leila Cravo e os atores Agildo Ribeiro e Ary Fontoura.[7]
No ano de 2007, estreou o espetáculo 7, O Musical, sob a direção de Charles Möeller e Cláudio Botelho. No espetáculo, atua ao lado de Zezé Motta, Eliana Pittman, Alessandra Maestrini, Ida Gomes, Jarbas Homem de Mello e outros. O espetáculo estreou em São Paulo no ano de 2009.
Desde 2004 ao lado da atriz Camille K, faz uma peça com outros notórios transformistas no Teatro Rival do Rio, Divinas Divas. A produção inspirou um documentário homônimo dirigido pela atriz Leandra Leal.[8]
Referências
- ↑ a b Assessoria de Comunicação da Prefeitura (2010). «Filhos Ilustres de Cantagalo». Site da Prefeitura Municipal de Cantagalo, Rio de Janeiro. Consultado em 8 de janeiro de 2013
- ↑ a b c d Rogéria celebra 50 anos de carreira em autobiografia, Estado de Minas
- ↑ Conheça Rogéria, uma mulher como nenhuma outra
- ↑ Bruno Astuto (09 de março de 2015). «Rogéria comemora volta às novelas em Babilônia: "Me sinto uma star"». Revista Época. Consultado em 11 de março de 2015 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ Cinemateca Brasileira, A Causa Secreta [em linha]
- ↑ País, Ediciones El (19 de outubro de 2016). «Filme retrata a primeira geração de travestis brasileiras». EL PAÍS
- ↑ http://glamurama.uol.com.br/a-historia-da-ex-apresentadora-do-fantastico-que-despencou-nua-do-motel/
- ↑ Leandra Leal dirige documentário sobre travestis na época áurea da Cinelândia, Folha de S. Paulo