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Grupo Metha: diferenças entre revisões

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Revisão das 22h34min de 28 de agosto de 2017

 Nota: "OAS" redireciona para este artigo. Para a organização clandestina francesa, contrária à independência da Argélia, veja Organisation Armée Secrète. Para Organization of American States (OAS), veja Organização dos Estados Americanos.
Grupo OAS
Ficheiro:OAS-logo.jpg
Empresa de capital fechado
Atividade Conglomerado
Gênero Privada
Fundação 1976 em Salvador, BA, Brasil
Fundador(es) Osvaldo Paião, Asi Torquato e Sebastião Hipólito
Sede São Paulo, (SP), Brasil
Pessoas-chave Carlos Suarez
César de Araújo Mata Pires
Carlos Laranjeira
Nicolau Martins
Empregados 55.000
Produtos Construção civil, Investimento privado e Imóveis
Subsidiárias Construtora OAS
OAS Empreendimentos
OAS Investimentos
Invepar
OAS Arenas
OAS Engenharia
OAS Infraestrutura
OAS Investimentos em Energia
OAS Óleo e Gás
OAS Soluções Ambientais
Faturamento Aumento R$ 5,1 bilhões (2011)[1]
Website oficial Página oficial

O Grupo OAS é um conglomerado brasileiro fundado em Salvador, Bahia em dezembro de 1976[2][3] com sede em São Paulo que atua em diversos países do mundo no ramo da engenharia civil.

Ela é formada pela Construtora OAS, que opera na construção civil e pesada, OAS Empreedimentos, que opera no segmento do mercado imobiliário e OAS Investimentos que é responsável por investimentos privados em infraestrutura e concessões de serviços públicos e privados. O Grupo presta serviços de Engenharia e Construção em 22 países na América do Sul, América Central, Caribe e no continente Africano.

Através da OAS Arenas, a empresa administra três estádios no Brasil: Arena do Grêmio, em Porto Alegre; Arena Fonte Nova, em Salvador; e Arena das Dunas, em Natal.[4]

Seu sócio majoritário é César Mata Pires, que detém 80% da empresa. José Adelmário Pinheiro possui 10% e os 10% restantes estão distribuídos entre sócios minoritários.[5]

Linha do tempo

1976/1985 - Atuação regional

Neste período, a OAS executou atividades de construção civil (clientes públicos e privados), na área imobiliária (residencial e comercial) e na agroindústria, atuando no estado da Bahia, bem como outros estados da região Nordeste.[carece de fontes?]

1986/1993 - Atuação nacional

Nesta fase, a OAS expandiu suas atividades para praticamente todas as regiões em todo o país. Esta fase foi marcada pela grande diversificação de atividades da OAS, tais como a agroindústria (camarão, frutas); petroquímica; ambiental (coleta de lixo); montagem e energia (distribuição de gás industrial).[carece de fontes?]

1994/1998 - Novos segmentos

O grupo decidiu concentrar-se na sede da OAS seu "Núcleo de Negócios" – construção pesada, montagem industrial e ambiental, devido às mudanças que ocorreu no cenário nacional. Portanto, trabalhou com a expertise de auto-suprimento de absorção destas áreas e agregou ao seu mercado de atuação.[carece de fontes?]

1999/2002 - Consolidação

Nesta fase, o foco era a construção pesada e setores de concessão. As concessões a seguir foram agregados: Concessionária Litoral Norte (CLN), Rio Teresópolis (CRT) e Linha Amarela (LAMSA).[carece de fontes?]

Desde 2003 - Atuação internacional

Nesta fase, uma maior participação nos investimentos do Governo Federal de vários países é procurado, especialmente nas áreas de petróleo, gás, infraestrutura e energia, em trabalhos ligados a programas estruturais. Inicia a exploração de oportunidades na área aeroportuária, em 2012 por meio da sua controlada Invepar arremata a concessão do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos em parceria com a sul-africana Airports Company South Africa (GRU Airport)[6] e em agosto de 2014 com a Invepar faz proposta ao Aeroporto Internacional do Galeão.[7]

A empreiteira também tem investido na África. Ela construirá parte de um novo porto em Nacala, Moçambique, que escoará parte do minério produzido no país.[8] Em Gana, a empreiteira construirá cinco mil casas por duzentos milhões de dólares - valor conseguido pelo governo ganês por empréstimo internacional.[9] Em fevereiro de 2014, a sede da OAS na Guiné foi alvo de protestos por parte da população. A empreiteira é envolvida em várias obras públicas no país.[10]

Polêmicas

Trabalho Escravo

Em setembro de 2013, uma fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego flagrou que a OAS usava 150 trabalhadores em condições análogas às de escravos nas obras de ampliação do Aeroporto de Guarulhos. Eles foram aliciados em estados do nordeste e mantidos em condições degradantes. Além disso, Ministério Público do Trabalho (MPT) notou que a OAS praticou tráfico de pessoas e as submeteu a servidão por dívida.[11] Após mais de um mês de investigações conduzidas por uma força-tarefa que envolveu a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), MPT e a Vara Itinerante do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, a empreiteira foi multada em quinze milhões de reais.[12]

Em julho de 2014, a construtora entrou na "lista suja" da escravidão, uma relação das empresas que mantêm trabalho escravo elaborada pelo Governo Federal. A empreiteira foi responsabilizada por escravizar 124 pessoas na construção de torre comercial do Shopping Boulevard, em Minas Gerais. O Ministério Público do Trabalho concluiu que, entre junho e outubro de 2013, a OAS submeteu os trabalhadores a jornadas exaustivas e irregulares, gerando, além do mais, risco de acidentes de trabalho.[13]

Corrupção

Ver artigo principal: Operação Lava Jato

Em agosto de 2015, a justiça condenou o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro, e o diretor da área internacional da OAS, Agenor Medeiros, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e de organização criminosa. Outros dois executivos da OAS foram condenados a 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa. Na sentença, o juiz Sérgio Moro diz que o valor dos contratos e da propina indicam que a corrupção era uma "política corporativa" da OAS e que não era possível acreditar que a prática de crimes tenha sido iniciativa individual de um ou outro executivo.[14]

Principais obras

O Grupo OAS tem em seu portfólio mais de duas mil obras realizadas, incluindo estradas, ferrovias, portos, dutos, barragens, aeroportos, pontes, estádios, indústrias, shoppings, loteamentos, hotéis, condomínios residenciais e empresariais. Dentre eles, tais como o Estádio Olímpico João Havelange,[15] o Engenhão,[16][15] no Rio de Janeiro; a Linha 4 do Metrô de São Paulo;[15] a fábrica da Ford,[15] em Camaçari, na Bahia; o Aeroporto Zumbi dos Palmares,[15] na cidade de Maceió; a obra Canal Centenário,[15] em Salvador, realizada para eliminar os constantes alagamentos da Avenida Centenário e ruas próximas. A Avenida ainda ganhou dois parques, instalados no canteiro central sobre as placas de concreto que agora cobrem o canal que existe no local. A obra conta também com um conjunto de lazer com bancos, quiosques, ciclovia, pistas para caminhadas, gramado e equipamentos de ginástica. A reforma do Aeroporto de Congonhas e a Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo, uma construção com 144 estaios (cabos), planejado individualmente, que ligam uma torre de 138 metros de altura a duas modernas pistas em curva, cada uma com 1.200 metros de comprimento. O projeto foi o primeiro do tipo no mundo e já se tornou um cartão postal do centro econômico do país. Há também, a construção de alguns estádios de futebol, como a Arena das Dunas e a Arena do Grêmio, localizados em Natal e Porto Alegre,respectivamente.[carece de fontes?]

Na América Latina

A empresa possui participação acionária na Invepar, uma das maiores empresas de concessão do Brasil, associada aos três maiores fundos de pensão do país – Previ, Petros e Funcef. A Invepar opera a Concessionária Litoral Norte (CLN) na Bahia, primeira concessão rodoviária do norte e nordeste, a Concessionária Rio-Teresópolis (CRT), a Concessionária Linha Amarela (LAMSA), ambas no Rio de Janeiro, a Concessionária Auto Raposo Tavares (CART) no interior do estado de São Paulo e o Metrô Rio, única concessão privada de metrô do país. O Grupo possui participações no Terminal Portuário do Guarujá (TPG), concebido como um terminal de contêineres moderno, construído e aparelhado com tecnologia de última geração para receber os navios mais eficientes da atualidade, do tipo post-panamax, e operar servindo todas as linhas de navegação. O Grupo conta, ainda, com participação no Estaleiro da Bahia S.A (EBASA), que terá como foco de atuação a construção de sondas de perfuração, plataformas de produção, navios de apoio às operações offshore e naval (PSV e AHTS) e petroleiros. A construção do estaleiro exigirá investimentos de cerca de US$ 400 milhões, tornando-se um dos maiores do país, com capacidade de produzir 110 mil toneladas de aço processado por ano e responsável pela criação de cerca de 5 mil empregos diretos. A construção de âncoras urbanas sempre foi uma característica e um objetivo da OAS. Dessa maneira, a empresa deu vida a lugares que se tornaram, posteriormente, verdadeiros centros econômicos e bairros residenciais conceituados. Foi assim em Salvador. O Cidade Jardim, a Avenida Paralela e a Avenida Tancredo Neves são exemplos de lugares que se desenvolveram a partir de empreendimentos da OAS.[carece de fontes?]

Visando a atingir posições estratégicas, a OAS foi a terceira empresa que mais doou a campanhas políticas no Brasil entre 2002 e 2012, conforme levantamento do jornal Folha de S.Paulo.[17]

Referências

  1. Nelson Niero (27 de abril de 2012). «Construtora OAS reverte prejuízo em 2011». Valor Econômico. Consultado em 21 de janeiro de 2016 
  2. «Por que o S vai sair da OAS». exame.abril.com.br. 10 de maio de 1995. Consultado em 16 de julho de 2012 
  3. «Um jeito malvadeza de ser». ISTOÉ. 28 de junho de 1999. Consultado em 16 de julho de 2012 
  4. OAS Arenas - Nossos casos
  5. «World Cup Billionaire Stirs Brazil Protests Over Stadiums». Bloomberg. 7 de outubro de 2013. Consultado em 13 de abril de 2014 
  6. «Invepar quer Guarulhos como a "verdadeira porta de entrada do país"». Valor. Consultado em 30 de março de 2016 
  7. Agência Estado (18 de novembro de 2013). «Invepar e Odebrecht fazem proposta de Galeão e Confins». Estadão. Consultado em 21 de janeiro de 2016 
  8. «"A new Atlantic alliance». The Economist. 10 de novembro de 2012. Consultado em 13 de abril de 2014 
  9. Billie Adwoa McTernan (16 de outubro de 2013). «Ghana signs social housing deal». The Africa Report. Consultado em 13 de abril de 2014 
  10. «At Least Two Killed in Guinea Protests Over Power Cuts». The New York Times. Consultado em 13 de abril de 2014 
  11. «Fiscais flagram trabalho escravo em obra da OAS para ampliação do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)». Repórter Brasil. Consultado em 23 de maio de 2014 
  12. «OAS é multada em 15 milhões por trabalho escravo». Ministério do Trabalho e Emprego. 8 de novembro de 2013. Consultado em 28 de maio de 2014 
  13. «OAS entra na "lista suja" por flagrante de escravidão na ampliação de shopping em Minas Gerais». Repórter Brasil. 1º de julho de 2014. Consultado em 2 de julho de 2014 
  14. «Ex-presidente da OAS é condenado por corrupção e lavagem de dinheiro». Folha de S.Paulo. 6 de agosto de 2015. Consultado em 6 de agosto de 2015 
  15. a b c d e f «OAS Empreendimentos». OAS Empreendimentos. Consultado em 30 de março de 2016 
  16. Carolina Oliveira Castro (17 de outubro de 2014). «Custo de reforma do Engenhão já está em R$ 100 milhões». O Globo. Consultado em 30 de março de 2016 
  17. «Maiores doadoras somam gasto de R$ 1 bi desde 2002». Folha de S.Paulo. Uol. 2012. Consultado em 2 de julho de 2014 

Ligações externas

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