Protestos em Cuba em 2021: diferenças entre revisões

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Os '''Protestos em Cuba em 2021''' são uma série de manifestações populares contra o governo do [[Partido Comunista de Cuba]].<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/07/por-que-cuba-explodiu-nos-maiores-protestos-em-decadas-na-ilha.shtml|título=Por que Cuba explodiu nos maiores protestos em décadas na ilha?|publicado=Folha de S.Paulo|acessodata=12 de julho de 2021}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/07/12/interna_internacional,1285933/o-que-esta-acontecendo-em-cuba-entenda-os-protestos-na-ilha.shtml|título=O que está acontecendo em Cuba: entenda os protestos na ilha|publicado=Estado de Minas|acessodata=13 de julho de 2021}}</ref> Começou em 11 de julho de 2021, motivado pela péssima situação econômica que o país atravessava, que levou a falta de comida, mantimentos e remédios, aliado a resposta do governo à ressurgência da [[Pandemia de COVID-19 em Cuba|pandemia de COVID-19]].<ref>{{Cite news|last=Robles|first=Frances|date=11 de julho de 2021|title=Cubans Denounce ‘Misery’ in Biggest Protests in Decades|language=en-US|work=The New York Times|url=https://www.nytimes.com/2021/07/11/world/americas/cuba-crisis-protests.html|access-date=12 de julho de 2021|issn=0362-4331}}</ref><ref>{{Cite news|title=Cientos de personas protestan en varias ciudades de Cuba contra el Gobierno|date=11 de julho de 2021|url=https://www.rtve.es/noticias/20210711/manifestaciones-cuba-dictadura/2126440.shtml}}</ref><ref>{{Cite news|title=Thousands join rare anti-government protests in Cuba|url=https://www.france24.com/en/live-news/20210711-thousands-join-rare-anti-government-protests-in-cuba|access-date=11 de julho de 2021|work=France 24|language=en}}</ref> Estes protestos têm sido descritos como as maiores manifestações antigoverno em Cuba desde o ''[[Maleconazo]]'' em 1994.<ref name=":1">{{Cite news|url=https://www.20minutos.es/noticia/4760820/0/directo-protestas-cuba-diaz-canel/|title=Díaz-Canel llama a los partidarios del Gobierno cubano: "La orden de combate está dada"|access-date=12 de julho de 2021|date=11 de julho de 2021|work=20minutos}}</ref>
Os '''Protestos em Cuba em 2021''' são uma série de manifestações populares contra o governo do [[Partido Comunista de Cuba]].<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/07/por-que-cuba-explodiu-nos-maiores-protestos-em-decadas-na-ilha.shtml|título=Por que Cuba explodiu nos maiores protestos em décadas na ilha?|publicado=Folha de S.Paulo|acessodata=12 de julho de 2021}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/07/12/interna_internacional,1285933/o-que-esta-acontecendo-em-cuba-entenda-os-protestos-na-ilha.shtml|título=O que está acontecendo em Cuba: entenda os protestos na ilha|publicado=Estado de Minas|acessodata=13 de julho de 2021}}</ref> Começou em 11 de julho de 2021, motivado pela péssima situação econômica que o país atravessava, que levou a falta de comida, mantimentos e remédios, aliado a resposta do governo à ressurgência da [[Pandemia de COVID-19 em Cuba|pandemia de COVID-19]].<ref>{{Cite news|last=Robles|first=Frances|date=11 de julho de 2021|title=Cubans Denounce ‘Misery’ in Biggest Protests in Decades|language=en-US|work=The New York Times|url=https://www.nytimes.com/2021/07/11/world/americas/cuba-crisis-protests.html|access-date=12 de julho de 2021|issn=0362-4331}}</ref><ref>{{Cite news|title=Cientos de personas protestan en varias ciudades de Cuba contra el Gobierno|date=11 de julho de 2021|url=https://www.rtve.es/noticias/20210711/manifestaciones-cuba-dictadura/2126440.shtml}}</ref><ref>{{Cite news|title=Thousands join rare anti-government protests in Cuba|url=https://www.france24.com/en/live-news/20210711-thousands-join-rare-anti-government-protests-in-cuba|access-date=11 de julho de 2021|work=France 24|language=en}}</ref> Estes protestos têm sido descritos como as maiores manifestações antigoverno em Cuba desde o ''[[Maleconazo]]'' em 1994.<ref name=":1">{{Cite news|url=https://www.20minutos.es/noticia/4760820/0/directo-protestas-cuba-diaz-canel/|title=Díaz-Canel llama a los partidarios del Gobierno cubano: "La orden de combate está dada"|access-date=12 de julho de 2021|date=11 de julho de 2021|work=20minutos}}</ref>


O governo cubano respondeu ordenando que as forças de segurança controlassem as ruas e dispensassem os manifestantes. No primeiro dia, a [[Associated Press]] relatou vinte detidos.<ref>{{citar web |url=https://apnews.com/article/business-health-caribbean-coronavirus-pandemic-havana-477ff35a2e0a2809ee67c89070a56e41 |título=Demonstrators in Havana protest shortages, rising prices |acessodata=13 de julho de 2021 |publicado=[[Associated Press]]}}</ref> Em cidades com muitos protestos, serviços de internet e sinais de telefonia foram cortados. A liderança política cubana culpou o governo dos Estados Unidos pela instabilidade e a crise no país.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/11/manifestantes-protestam-contra-o-governo-em-cuba.ghtml|título=Cuba tem protestos contra o governo em meio a grave crise e piora da pandemia|publicado=[[G1]]|acessodata=12 de julho de 2021}}</ref> Já a oposição cubana afirmou defender melhorias para a população e fim do [[Estado comunista]] na ilha.<ref>{{citar web|url=https://www.reuters.com/world/americas/street-protests-break-out-cuba-2021-07-11/|título=Cuba sees biggest protests for decades as pandemic adds to woes|publicado=Reuters.com|acessodata=12 de julho de 2021}}</ref>
O governo cubano respondeu ordenando que as [[forças de segurança]] ([[Polícia Nacional Revolucionária (Cuba)|PNR]]) controlassem as ruas e dispensassem os manifestantes. No primeiro dia, a [[Associated Press]] relatou vinte detidos.<ref>{{citar web |url=https://apnews.com/article/business-health-caribbean-coronavirus-pandemic-havana-477ff35a2e0a2809ee67c89070a56e41 |título=Demonstrators in Havana protest shortages, rising prices |acessodata=13 de julho de 2021 |publicado=[[Associated Press]]}}</ref> Em cidades com muitos protestos, serviços de internet e sinais de telefonia foram cortados. A liderança política cubana culpou o [[governo dos Estados Unidos]] pela instabilidade e a crise no país.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/11/manifestantes-protestam-contra-o-governo-em-cuba.ghtml|título=Cuba tem protestos contra o governo em meio a grave crise e piora da pandemia|publicado=[[G1]]|acessodata=12 de julho de 2021}}</ref> Já a oposição cubana afirmou defender melhorias para a população e fim do [[Estado comunista]] na ilha.<ref>{{citar web|url=https://www.reuters.com/world/americas/street-protests-break-out-cuba-2021-07-11/|título=Cuba sees biggest protests for decades as pandemic adds to woes|publicado=Reuters.com|acessodata=12 de julho de 2021}}</ref>


== Reivindicações e protestos==
== Reivindicações e protestos ==
O agravamento da [[Pandemia de COVID-19 em Cuba|pandemia da Covid-19]] e a situação econômica em Cuba motivaram as marchas que ocorreram na capital e em outras cidades.<ref>{{Citar web |url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/11/manifestantes-protestam-contra-o-governo-em-cuba.ghtml |titulo=Cuba tem protestos contra o governo em meio a grave crise e piora da pandemia |acessodata=12 de julho de 2021 |website=G1 |lingua=pt-br}}</ref> Altas cargas horárias, preços elevados dos produtos e a baixa qualidade de vida impulsionaram os protestos que vieram juntos com greves, assim fragilizando ainda mais a economia do país. Junto a crise econômica, manifestantes acusaram médicos de "negligência" durante o período de pandemia; já os médicos culparam a falta de repasse de verbas por parte do governo.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57806556 |titulo=Entenda em 3 pontos protestos históricos em Cuba |acessodata=12 de julho de 2021 |jornal=BBC News Brasil |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,cuba-tem-protestos-contra-o-governo-em-havana-e-varias-cidades,70003775642 |titulo=Cuba tem protestos contra o governo em Havana e várias cidades - Internacional |acessodata=12 de julho de 2021 |website=Estadão |lingua=pt-BR}}</ref>


O agravamento da [[Pandemia de COVID-19 em Cuba|pandemia da Covid-19]] e a situação econômica em Cuba motivaram as marchas que ocorreram na capital e em outras cidades.<ref>{{Citar web |url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/11/manifestantes-protestam-contra-o-governo-em-cuba.ghtml |titulo=Cuba tem protestos contra o governo em meio a grave crise e piora da pandemia |acessodata=12 de julho de 2021 |website=G1 |lingua=pt-br}}</ref> Altas cargas horárias, preços elevados dos produtos e a baixa [[qualidade de vida]] impulsionaram os protestos que vieram juntos com [[greve]]s, assim fragilizando ainda mais a economia do país. Junto a crise econômica, manifestantes acusaram médicos de "negligência" durante o período de pandemia; já os médicos culparam a falta de repasse de verbas por parte do governo.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57806556 |titulo=Entenda em 3 pontos protestos históricos em Cuba |acessodata=12 de julho de 2021 |jornal=BBC News Brasil |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,cuba-tem-protestos-contra-o-governo-em-havana-e-varias-cidades,70003775642 |titulo=Cuba tem protestos contra o governo em Havana e várias cidades - Internacional |acessodata=12 de julho de 2021 |website=Estadão |lingua=pt-BR}}</ref>
Os primeiros protestos aconteceram na região de [[San Antonio de los Baños]], no domingo de 11 de julho, perto de [[Havana]], e em [[Palma Soriano]]. Os manifestantes cantavam a canção "Patria y Vida", uma música que ficou popular entre os opositores do [[Castrismo]]. Vídeos das manifestações mostraram milhares de pessoas gritando slogans como "Liberdade", "Abaixo com o Comunismo" e "Nós não temos medo".<ref name=":0">{{Cite news|date=11 de julho de 2021|title=Protestas callejeras en Cuba sorprenden al Gobierno, que llama a sus "revolucionarios" para combatirlas|url=https://www.elmundo.es/internacional/2021/07/11/60eb3bcbe4d4d86e758b4643.html|access-date=11 de julho de 2021|website=[[El Mundo (Espanha)|EL Mundo]]|last=Lozano|first=Daniel|language=es|archive-date=11 de julho de 2021|archive-url=https://web.archive.org/web/20210711185230/https://www.elmundo.es/internacional/2021/07/11/60eb3bcbe4d4d86e758b4643.html}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57800045 |titulo=Cubanos saem às ruas sob gritos de “abaixo a ditadura” |acessodata=12 de julho de 2021 |jornal=BBC News Brasil |lingua=pt-BR}}</ref> A rede de notícias ''[[Radio y Televisión Martí|Martí Noticias]]'', da oposição, publicou vídeos com manifestações acontecendo, além da capital Havana, em várias regiões, como [[Santiago de Cuba|Santiago]], [[Santa Clara (Villa Clara)|Santa Clara]], [[Ciego de Ávila]], [[Camagüey]], [[Bayamo]], [[Guantánamo]], [[San José de las Lajas]], [[Holguín]] e [[Cárdenas (Cuba)|Cárdenas]].<ref name=":6">{{cite web|last=Press|first=Europa|date=11 de julho de 2021|title=El presidente cubano llama a salir a las calles para defender la revolución en respuesta a las protestas|url=https://www.europapress.es/internacional/noticia-presidente-cubano-llama-salir-calles-defender-revolucion-respuesta-protestas-20210711231139.html|access-date=13 de julho de 2021|website=www.europapress.es|archive-date=11 de julho de 2021|archive-url=https://web.archive.org/web/20210711212513/https://www.europapress.es/internacional/noticia-presidente-cubano-llama-salir-calles-defender-revolucion-respuesta-protestas-20210711231139.html}}</ref> De acordo com [[Orlando Gutierrez-Boronat|Orlando Gutiérrez]], um exilado dissidente da Assembleia da Resistência Cubana, houve protestos em mais de quinze cidades e municípios em Cuba.<ref name=":2">{{cite web|date=11 de julho de 2021|title=El régimen cubano insta a sus partidarios a "combatir" la ola de protestas en toda la isla|url=https://www.elconfidencial.com/mundo/2021-07-11/cientos-personas-protestan-pueblo-cubano_3178928/|access-date=13 de julho de 2021|website=elconfidencial.com|language=es|archive-date=12 de julho de 2021|archive-url=https://web.archive.org/web/20210711194317/https://www.elconfidencial.com/mundo/2021-07-11/cientos-personas-protestan-pueblo-cubano_3178928/}}</ref>


Os primeiros protestos aconteceram na região de [[San Antonio de los Baños]], no domingo de 11 de julho, perto de [[Havana]], e em [[Palma Soriano]]. Os manifestantes cantavam a canção "Patria y Vida",<ref>{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=pP9Bto5lOEQ|título=Patria y Vida - Yotuel, Gente De Zona, Descemer Bueno, Maykel Osorbo, El Funky|autor=Yotuel|data=16 de fevereiro de 2021|publicado=[[YouTube]]|acessodata=16 de julho de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> uma música que ficou popular entre os opositores do [[Castrismo]]. Vídeos das manifestações mostraram milhares de pessoas gritando [[slogan]]s como "Liberdade", "Abaixo com o Comunismo" e "Nós não temos medo".<ref name=":0">{{Cite news|date=11 de julho de 2021|title=Protestas callejeras en Cuba sorprenden al Gobierno, que llama a sus "revolucionarios" para combatirlas|url=https://www.elmundo.es/internacional/2021/07/11/60eb3bcbe4d4d86e758b4643.html|access-date=11 de julho de 2021|website=[[El Mundo (Espanha)|EL Mundo]]|last=Lozano|first=Daniel|language=es|archive-date=11 de julho de 2021|archive-url=https://web.archive.org/web/20210711185230/https://www.elmundo.es/internacional/2021/07/11/60eb3bcbe4d4d86e758b4643.html}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57800045 |titulo=Cubanos saem às ruas sob gritos de “abaixo a ditadura” |acessodata=12 de julho de 2021 |jornal=BBC News Brasil |lingua=pt-BR}}</ref> A rede de notícias ''[[Radio y Televisión Martí|Martí Noticias]]'', da [[oposição (política)|oposição]], publicou vídeos com manifestações acontecendo, além da capital Havana, em várias regiões, como [[Santiago de Cuba|Santiago]], [[Santa Clara (Villa Clara)|Santa Clara]], [[Ciego de Ávila]], [[Camagüey]], [[Bayamo]], [[Guantánamo]], [[San José de las Lajas]], [[Holguín]] e [[Cárdenas (Cuba)|Cárdenas]].<ref name=":6">{{cite web|last=Press|first=Europa|date=11 de julho de 2021|title=El presidente cubano llama a salir a las calles para defender la revolución en respuesta a las protestas|url=https://www.europapress.es/internacional/noticia-presidente-cubano-llama-salir-calles-defender-revolucion-respuesta-protestas-20210711231139.html|access-date=13 de julho de 2021|website=www.europapress.es|archive-date=11 de julho de 2021|archive-url=https://web.archive.org/web/20210711212513/https://www.europapress.es/internacional/noticia-presidente-cubano-llama-salir-calles-defender-revolucion-respuesta-protestas-20210711231139.html}}</ref> De acordo com [[Orlando Gutierrez-Boronat|Orlando Gutiérrez]], um exilado dissidente da Assembleia da Resistência Cubana, houve protestos em mais de quinze cidades e municípios em Cuba.<ref name=":2">{{cite web|date=11 de julho de 2021|title=El régimen cubano insta a sus partidarios a "combatir" la ola de protestas en toda la isla|url=https://www.elconfidencial.com/mundo/2021-07-11/cientos-personas-protestan-pueblo-cubano_3178928/|access-date=13 de julho de 2021|website=elconfidencial.com|language=es|archive-date=12 de julho de 2021|archive-url=https://web.archive.org/web/20210711194317/https://www.elconfidencial.com/mundo/2021-07-11/cientos-personas-protestan-pueblo-cubano_3178928/}}</ref>
No dia 12 de julho, as manifestações voltaram a acontecer em vários locais de Cuba.<ref>{{Cite web|last=PERÚ|first=NOTICIAS EL COMERCIO|date=13 de julho de 2021|title=Protestas en Cuba hoy, EN VIVO: última hora del lunes 12 {{!}} Disturbios en Cuba en contra del Gobierno de Miguel Diaz Canel {{!}} Santiago {{!}} Habana {{!}} MUNDO|url=https://elcomercio.pe/mundo/protestas-en-cuba-hoy-en-vivo-ultimas-noticias-del-lunes-12-de-julio-del-2021-disturbios-en-cuba-en-contra-del-gobierno-de-miguel-diaz-canel-santiago-habana-lbposting-noticia/|access-date=13 de julho de 2021|website=El Comercio Perú|language=espanhol}}</ref><ref name="washingtonpost">{{citar web|url=https://www.washingtonpost.com/world/2021/07/11/cuba-protests/|título=Cubans hold biggest anti-government protests in decades; Biden says U.S. stands with people|publicado=The Washington Post|acessodata=13 de julho de 2021}}</ref> Nesse dia, a organização ''[[NetBlocks]]'' reportou que diversas redes sociais foram bloqueadas pelo governo cubano, para impedir que os manifestantes se organizassem online, embora o uso de VPNs desse para driblar isso.<ref name=":7">{{cite web|date=12 de julho de 2021|title=Social media restricted in Cuba amid widening anti-government protests|url=https://netblocks.org/reports/social-media-restricted-in-cuba-amid-widening-anti-government-protests-QAdrmwyl|archive-url=https://web.archive.org/web/20210712213232/https://netblocks.org/reports/social-media-restricted-in-cuba-amid-widening-anti-government-protests-QAdrmwyl|archive-date=12 de julho de 2021|access-date=13 de julho de 2021|website=[[NetBlocks]]|language=inglês}}</ref> Imagens divulgadas na internet mostraram jovens cubanos destruindo um retrato de Fidel Castro.<ref>{{Cite web|last=LR|first=Redacción|title=Protesta en Cuba EN VIVO: miles de cubanos marcharon este lunes 12 de julio|url=https://larepublica.pe/mundo/2021/07/11/protesta-en-cuba-en-vivo-ultimas-noticias-manifestaciones-contra-gobierno-de-miguel-diaz-canel/|access-date=13 de julho de 2021|website=larepublica.pe|language=espanhol}}</ref>


No dia 12 de julho, as manifestações voltaram a acontecer em vários locais de Cuba.<ref>{{Cite web|last=PERÚ|first=NOTICIAS EL COMERCIO|date=13 de julho de 2021|title=Protestas en Cuba hoy, EN VIVO: última hora del lunes 12 {{!}} Disturbios en Cuba en contra del Gobierno de Miguel Diaz Canel {{!}} Santiago {{!}} Habana {{!}} MUNDO|url=https://elcomercio.pe/mundo/protestas-en-cuba-hoy-en-vivo-ultimas-noticias-del-lunes-12-de-julio-del-2021-disturbios-en-cuba-en-contra-del-gobierno-de-miguel-diaz-canel-santiago-habana-lbposting-noticia/|access-date=13 de julho de 2021|website=El Comercio Perú|language=espanhol}}</ref><ref name="washingtonpost">{{citar web|url=https://www.washingtonpost.com/world/2021/07/11/cuba-protests/|título=Cubans hold biggest anti-government protests in decades; Biden says U.S. stands with people|publicado=The Washington Post|acessodata=13 de julho de 2021}}</ref> Nesse dia, a organização ''[[NetBlocks]]'' reportou que diversas [[redes sociais]] foram bloqueadas pelo governo cubano, para impedir que os manifestantes se organizassem online, embora o uso de VPNs desse para driblar isso.<ref name=":7">{{cite web|date=12 de julho de 2021|title=Social media restricted in Cuba amid widening anti-government protests|url=https://netblocks.org/reports/social-media-restricted-in-cuba-amid-widening-anti-government-protests-QAdrmwyl|archive-url=https://web.archive.org/web/20210712213232/https://netblocks.org/reports/social-media-restricted-in-cuba-amid-widening-anti-government-protests-QAdrmwyl|archive-date=12 de julho de 2021|access-date=13 de julho de 2021|website=[[NetBlocks]]|language=inglês}}</ref> Imagens divulgadas na internet mostraram jovens cubanos destruindo um retrato de [[Fidel Castro]].<ref>{{Cite web|last=LR|first=Redacción|title=Protesta en Cuba EN VIVO: miles de cubanos marcharon este lunes 12 de julio|url=https://larepublica.pe/mundo/2021/07/11/protesta-en-cuba-en-vivo-ultimas-noticias-manifestaciones-contra-gobierno-de-miguel-diaz-canel/|access-date=13 de julho de 2021|website=larepublica.pe|language=espanhol}}</ref>
Ainda em 12 de julho, uma reunião com a cúpula da liderança do Partido Comunista de Cuba, que contou com a presença de [[Raúl Castro]], foi realizada para organizar uma estratégia para lidar com os protestos. Eles concluíram que "foram analisadas as provocações orquestradas por elementos contrarrevolucionários, organizadas e financiadas desde os Estados Unidos com fins desestabilizadores".<ref>{{Cite web|title=Participa Raúl en reunión del Buró Político|url=https://www.pcc.cu/noticias/participa-raul-en-reunion-del-buro-politico|access-date=13 de julho de 2021|website=Partido Comunista de Cuba|language=espanhol}}</ref> Enquanto isso, manifestações pró-governo também foram reportadas, especialmente em Havana.<ref name="washingtonpost"/>

Ainda em 12 de julho, uma reunião com a cúpula da liderança do Partido Comunista de Cuba, que contou com a presença de [[Raúl Castro]], foi realizada para organizar uma estratégia para lidar com os protestos. Eles concluíram que "foram analisadas as provocações orquestradas por elementos [[Contrarrevolução|contrarrevolucionários]], organizadas e financiadas desde os [[Estados Unidos]] com fins desestabilizadores".<ref>{{Cite web|title=Participa Raúl en reunión del Buró Político|url=https://www.pcc.cu/noticias/participa-raul-en-reunion-del-buro-politico|access-date=13 de julho de 2021|website=Partido Comunista de Cuba|language=espanhol}}</ref> Enquanto isso, manifestações pró-governo também foram reportadas, especialmente em Havana.<ref name="washingtonpost"/>


Em 13 de julho, após dois dias de protestos, segundo a organização supranacional ''[[Human Rights Watch]]'', pelo menos 150 pessoas foram detidas pelas autoridades, com ao menos uma fatalidade confirmada. O governo cubano reconheceu a morte de uma manifestante, mas culpou a violência dos protestos pelo ocorrido.<ref name="HRW" />
Em 13 de julho, após dois dias de protestos, segundo a organização supranacional ''[[Human Rights Watch]]'', pelo menos 150 pessoas foram detidas pelas autoridades, com ao menos uma fatalidade confirmada. O governo cubano reconheceu a morte de uma manifestante, mas culpou a violência dos protestos pelo ocorrido.<ref name="HRW" />

No dia 14, a youtuber Dina Stars foi detida em sua casa em La Habana enquanto concedia uma entrevista ao canal ''Cuatro de España''.<ref name="Detenida la ‘youtuber’ Dina Stars por la policía cubana en medio de una entrevista en vivo">{{citar web|url=https://elpais.com/internacional/2021-07-13/detenida-la-youtuber-dina-stars-por-la-policia-cubana-en-medio-de-una-entrevista-en-vivo.html|título=Detenida la ‘youtuber’ Dina Stars por la policía cubana en medio de una entrevista en vivo|autor=|data=|publicado=[[El País]] {{es}}|acessodata=16 de julho de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> O momento de sua prisão foi exibida ao vivo pela TV espanhola.<ref>{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=faoZnGM9F4k|título=Dina Stars es detenida por la policía cubana en directo mientras hablaba con Cuatro|autor=La Vanguardia|data=14 de julho de 2021|publicado=YouTube {{es}}|acessodata=16 de julho de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Antes de encerrar a entrevista e seguir com os agentes de segurança, Dina Stars declarou: "Ao vivo, considero o Governo responsável por tudo que possa acontecer comigo."<ref name="Detenida la ‘youtuber’ Dina Stars por la policía cubana en medio de una entrevista en vivo"/>


== Resposta do governo ==
== Resposta do governo ==

Forças policiais e militares agiram rápido para reprimir as manifestações.<ref>{{Cite web|title=Denuncian represión policial contra manifestantes en protestas en Cuba|url=https://www.publico.es/internacional/denuncian-represion-policial-manifestantes-protestas-cuba.html|access-date=11 de julho de 2021|website=www.publico.es}}</ref> Algumas regiões houve conflitos, feridos e presos, com o governo se justificando devido aos casos de saques a lojas estatais e vandalismo.<ref>{{Citar web |url=http://noticias.r7.com/internacional/cuba-lojas-estatais-sao-saqueadas-em-meio-a-protestos-12072021 |titulo=Cuba: lojas estatais são saqueadas em meio a protestos|acessodata=12 de julho de 2021 |website=R7.com |lingua=pt-br}}</ref> O governo cubano afirmou que os protestos são reflexo dos embargos econômicos dos Estados Unidos ainda na era Trump, em meio a pandemia, o que complicou a situação econômica do país. Também culpou "youtubers e influenciadores" de estarem infiltrados incitando a violência.<ref>{{Citar web |url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/12/presidente-de-cuba-diz-que-protestos-sao-consequencia-de-embargo-economico-promovido-pelos-eua.ghtml |titulo=Presidente de Cuba diz que protestos são consequência de embargo econômico promovido pelos EUA |acessodata=2021-07-12 |website=G1 |lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/07/lider-de-cuba-culpa-deliquentes-e-youtubers-contrarios-ao-regime-por-protestos-na-ilha.shtml |titulo=Líder de Cuba culpa 'deliquentes' e youtubers contrários ao regime por protestos na ilha |data=2021-07-12 |acessodata=2021-07-12 |website=Folha de S.Paulo |lingua=pt-BR}}</ref> O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, [[Bruno Rodríguez Parrilla]], disse que os protestos "foram vandalismo, não uma revolta social".<ref>{{cite news |title=Alienta EU un estallido social en la isla, alerta Díaz-Canel |trans-title=The US encourages a social unrest on the island, alerts Díaz-Canel|url=http://www.omnia.com.mx/noticia/189034/alienta-eu-un-estallido-social-en-la-isla-alerta-diaz-canel |access-date=13 de julho de 2021 |agency=Omnia |language=espanhol}}</ref> O Presidente [[Miguel Díaz-Canel]] afirmou haver três tipos de manifestantes: "[[Contrarrevolucionário|contrarrevolucionários]], criminosos e aqueles com frustrações legítimas".<ref name="lift restrictions">{{cite web |url=https://www.reuters.com/world/americas/cuba-lifts-food-medicine-customs-restrictions-after-protests-2021-07-15/ |title=Cuba lifts food, medicine customs restrictions after protests |date=14 de julho de 2021 |accessdate=12 de julho de 2021 |publisher=Reuters |author=}}</ref>
Forças policiais e militares agiram rápido para reprimir as manifestações.<ref>{{Cite web|title=Denuncian represión policial contra manifestantes en protestas en Cuba|url=https://www.publico.es/internacional/denuncian-represion-policial-manifestantes-protestas-cuba.html|access-date=11 de julho de 2021|website=www.publico.es}}</ref> Algumas regiões houve conflitos, feridos e presos, com o governo se justificando devido aos casos de saques a lojas estatais e [[vandalismo]].<ref>{{Citar web |url=http://noticias.r7.com/internacional/cuba-lojas-estatais-sao-saqueadas-em-meio-a-protestos-12072021 |titulo=Cuba: lojas estatais são saqueadas em meio a protestos|acessodata=12 de julho de 2021 |website=R7.com |lingua=pt-br}}</ref> O governo cubano afirmou que os protestos são reflexo dos [[Embargo dos Estados Unidos a Cuba|embargos econômicos dos Estados Unidos]] ainda na [[Presidência de Donald Trump|era Trump]], em meio a pandemia, o que complicou a situação econômica do país. Também culpou "youtubers e influenciadores" de estarem infiltrados incitando a violência.<ref>{{Citar web |url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/12/presidente-de-cuba-diz-que-protestos-sao-consequencia-de-embargo-economico-promovido-pelos-eua.ghtml |titulo=Presidente de Cuba diz que protestos são consequência de embargo econômico promovido pelos EUA |acessodata=2021-07-12 |website=G1 |lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/07/lider-de-cuba-culpa-deliquentes-e-youtubers-contrarios-ao-regime-por-protestos-na-ilha.shtml |titulo=Líder de Cuba culpa 'deliquentes' e youtubers contrários ao regime por protestos na ilha |data=2021-07-12 |acessodata=2021-07-12 |website=Folha de S.Paulo |lingua=pt-BR}}</ref> O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, [[Bruno Rodríguez Parrilla]], disse que os protestos "foram vandalismo, não uma revolta social".<ref>{{cite news |title=Alienta EU un estallido social en la isla, alerta Díaz-Canel |trans-title=The US encourages a social unrest on the island, alerts Díaz-Canel|url=http://www.omnia.com.mx/noticia/189034/alienta-eu-un-estallido-social-en-la-isla-alerta-diaz-canel |access-date=13 de julho de 2021 |agency=Omnia |language=espanhol}}</ref> O Presidente [[Miguel Díaz-Canel]] afirmou haver três tipos de manifestantes: "[[Contrarrevolucionário|contrarrevolucionários]], criminosos e aqueles com frustrações legítimas".<ref name="lift restrictions">{{cite web |url=https://www.reuters.com/world/americas/cuba-lifts-food-medicine-customs-restrictions-after-protests-2021-07-15/ |title=Cuba lifts food, medicine customs restrictions after protests |date=14 de julho de 2021 |accessdate=12 de julho de 2021 |publisher=Reuters |author=}}</ref>


Para fazer face à escassez, a Câmara de Comércio Cubana levantou restrições alfandegárias que limitavam as importações de produtos de higiene, medicamentos e alimentos, estando os viajantes autorizados a trazer estes produtos para Cuba entre 19 de julho e 31 de dezembro de 2021 sem estarem sujeitos a tarifas alfandegárias.<ref name="importslifted">"[https://www.bbc.com/news/world-latin-america-57844864 Cuba protests: Tax on food and medicine imports lifted]". ''BBC News''. 15 de julho de 2021.</ref> Num discurso nacional na quarta-feira à noite, Díaz-Canel apelou aos cubanos para não "agirem com ódio", e admitiu algumas falhas do Estado, explicando que "temos de ganhar experiência com os distúrbios. Temos também de realizar uma análise crítica dos nossos problemas para agir e ultrapassar, e evitar a sua repetição".<ref>{{Cite web |url=https://www.npr.org/2021/07/15/1016371679/cubas-president-has-made-a-rare-mea-culpa-admitting-to-failures-that-fueled-unre |title=Cuba's President Has Made A Rare Mea Culpa, Admitting To Failures That Fueled Unrest |website=NPR.org |language=en |access-date=2021-07-15}}</ref>
Para fazer face à escassez, a Câmara de Comércio Cubana levantou restrições alfandegárias que limitavam as importações de produtos de higiene, medicamentos e alimentos, estando os viajantes autorizados a trazer estes produtos para Cuba entre 19 de julho e 31 de dezembro de 2021 sem estarem sujeitos a tarifas alfandegárias.<ref name="importslifted">"[https://www.bbc.com/news/world-latin-america-57844864 Cuba protests: Tax on food and medicine imports lifted]". ''BBC News''. 15 de julho de 2021.</ref> Num discurso nacional na quarta-feira à noite, Díaz-Canel apelou aos cubanos para não "agirem com ódio", e admitiu algumas falhas do Estado, explicando que "temos de ganhar experiência com os distúrbios. Temos também de realizar uma análise crítica dos nossos problemas para agir e ultrapassar, e evitar a sua repetição".<ref>{{Cite web |url=https://www.npr.org/2021/07/15/1016371679/cubas-president-has-made-a-rare-mea-culpa-admitting-to-failures-that-fueled-unre |title=Cuba's President Has Made A Rare Mea Culpa, Admitting To Failures That Fueled Unrest |website=NPR.org |language=en |access-date=2021-07-15}}</ref>


==Reações==
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=== Governos ===
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*{{ARG}} — O [[Ministério de Relações Exteriores da Argentina|Ministério de Relações Exteriores]] emitiu uma nota afirmando que a Argentina está "acompanhando de perto os acontecimentos" mas não comentou sobre os protestos em curso.<ref>{{cite news |title=El Gobierno, por ahora, “está siguiendo el tema” de la situación en Cuba |trans-title=The Government, for now, "is following the issue" of the situation in Cuba |url=https://www.lanacion.com.ar/politica/el-gobierno-por-ahora-esta-siguiendo-el-tema-nid11072021/ |access-date=12 de julho de 2021 |work=[[La Nación]] |date=12 de julho de 2021 |language=espanhol}}</ref>
*{{ARG}} — O [[Ministério de Relações Exteriores da Argentina|Ministério de Relações Exteriores]] emitiu uma nota afirmando que a Argentina está "acompanhando de perto os acontecimentos" mas não comentou sobre os protestos em curso.<ref>{{cite news |title=El Gobierno, por ahora, “está siguiendo el tema” de la situación en Cuba |trans-title=The Government, for now, "is following the issue" of the situation in Cuba |url=https://www.lanacion.com.ar/politica/el-gobierno-por-ahora-esta-siguiendo-el-tema-nid11072021/ |access-date=12 de julho de 2021 |work=[[La Nación]] |date=12 de julho de 2021 |language=espanhol}}</ref>
*{{BOL}} — O Presidente [[Luis Arce]] expressou o seu apoio ao povo cubano que "luta contra as ações desestabilizadoras".<ref>{{Cite web |url=https://www.eldiario.es/politica/bolivia-respalda-cuba-luchar-acciones-desestabilizadoras_1_8129008.html |title=Bolivia respalda a Cuba por "luchar contra acciones desestabilizadoras" |date=2021-07-12 |website=ElDiario.es |language=es |access-date=2021-07-13}}</ref> O antigo Presidente [[Evo Morales]] acusou os Estados Unidos de lançar uma nova [[Operação Condor]].<ref>{{Cite web |url=https://actualidad.rt.com/actualidad/397565-evo-morales-eeuu-reeditar-operacion-condor |title=Por qué Evo Morales acusa a EE.UU. de reeditar el Plan Cóndor (y qué tiene que ver con Argentina) |website=RT en Español |language=es |access-date=2021-07-13}}</ref>
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=== Outros ===
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[[Imagem:Exiliados portan un cartel contra el gobierno comunista de Cuba, en manifestación en la Calle 8 en Miami, Florida, en apoyo a las protestas sucedidas en la isla.webp|miniaturadaimagem|[[Exílio cubano|Exilados cubanos]] em [[Miami]] expressando apoio aos protestos em Cuba, no dia 11 de Julho.<ref>{{citar web|url=https://www.vozdeamerica.com/gallery/cubanos-exiliados-apoyan-manifestaciones-de-protesta-en-cuba|título=En Fotos. Cubanos exiliados apoyan manifestaciones de protesta en Cuba|autor=Luis Felipe Rojas|data=12 de julho de 2021|publicado=[[Voz da América]] {{es}}|acessodata=16 de julho de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>]]

* [[Josep Borrell]], o Chefe de Relações Exteriores da [[União Europeia]], disse que "o povo cubano tem o direito de expressar sua opinião” e que ele “faria um apelo pessoal ao governo local para que permita manifestações pacíficas e ouça a voz de descontentamento dos manifestantes".<ref>{{Cite web|title=EU urges Cuba to let people protest|url=https://euobserver.com/world/152427|access-date=13 de julho de 2021|website=EUobserver|language=inglês}}</ref>
* [[Josep Borrell]], o Chefe de Relações Exteriores da [[União Europeia]], disse que "o povo cubano tem o direito de expressar sua opinião” e que ele “faria um apelo pessoal ao governo local para que permita manifestações pacíficas e ouça a voz de descontentamento dos manifestantes".<ref>{{Cite web|title=EU urges Cuba to let people protest|url=https://euobserver.com/world/152427|access-date=13 de julho de 2021|website=EUobserver|language=inglês}}</ref>
* O Secretário-Geral [[Luis Almagro]], da [[Organização dos Estados Americanos]], se referiu ao governo cubano como um "regime ditatorial" e o condenou por, segundo ele, "exortar os civis a reprimir e confrontar aqueles que exercem seus direitos de protesto".<ref>{{Cite web|last=de 2021|first=11 de Julio|title=Luis Almagro: “Condenamos al régimen dictatorial cubano por llamar a civiles a reprimir”|url=https://www.infobae.com/america/america-latina/2021/07/12/luis-almagro-condenamos-al-regimen-dictatorial-cubano-por-llamar-a-civiles-a-reprimir/|access-date=13 de julho de 2021|website=infobae|language=espanhol}}</ref>
* O Secretário-Geral [[Luis Almagro]], da [[Organização dos Estados Americanos]], se referiu ao governo cubano como um "regime ditatorial" e o condenou por, segundo ele, "exortar os civis a reprimir e confrontar aqueles que exercem seus direitos de protesto".<ref>{{Cite web|last=de 2021|first=11 de Julio|title=Luis Almagro: “Condenamos al régimen dictatorial cubano por llamar a civiles a reprimir”|url=https://www.infobae.com/america/america-latina/2021/07/12/luis-almagro-condenamos-al-regimen-dictatorial-cubano-por-llamar-a-civiles-a-reprimir/|access-date=13 de julho de 2021|website=infobae|language=espanhol}}</ref>
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== Ver também ==
== Ver também ==

* [[Anticastrismo]]
* ''[[Maleconazo]]''
* ''[[Maleconazo]]''
* [[Oposição cubana]]
* [[Política de Cuba]]
* [[Relações internacionais de Cuba]]
* [[Relações internacionais de Cuba]]


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Revisão das 14h41min de 16 de julho de 2021

Protestos em Cuba (2021)

Imagem de um veículo policial cubano virado por manifestantes.
Período 11 de julho de 2021 – presente
Local Cuba
Causas
Características
Situação Em progresso
Participantes do conflito
Cuba Oposição Cubana Cuba Governo Cubano
Líderes
Sem liderança centralizada Miguel Díaz-Canel
Salvador Valdés Mesa
Manuel Marrero Cruz
Esteban Lazo Hernández
Baixas
Morto(s)1 fatalidade confirmada[4] (5 de acordo com a ONG Cuba Decide)[5]
FeridosSem informações
Preso(s)Pelo menos 150, de acordo com o grupo Human Rights Watch[4][6]
Manifestantes anti-governo cubanos em Havana.
Manifestantes pró-governo se reunindo em Cienfuegos.

Os Protestos em Cuba em 2021 são uma série de manifestações populares contra o governo do Partido Comunista de Cuba.[7][8] Começou em 11 de julho de 2021, motivado pela péssima situação econômica que o país atravessava, que levou a falta de comida, mantimentos e remédios, aliado a resposta do governo à ressurgência da pandemia de COVID-19.[9][10][11] Estes protestos têm sido descritos como as maiores manifestações antigoverno em Cuba desde o Maleconazo em 1994.[12]

O governo cubano respondeu ordenando que as forças de segurança (PNR) controlassem as ruas e dispensassem os manifestantes. No primeiro dia, a Associated Press relatou vinte detidos.[13] Em cidades com muitos protestos, serviços de internet e sinais de telefonia foram cortados. A liderança política cubana culpou o governo dos Estados Unidos pela instabilidade e a crise no país.[14] Já a oposição cubana afirmou defender melhorias para a população e fim do Estado comunista na ilha.[15]

Reivindicações e protestos

O agravamento da pandemia da Covid-19 e a situação econômica em Cuba motivaram as marchas que ocorreram na capital e em outras cidades.[16] Altas cargas horárias, preços elevados dos produtos e a baixa qualidade de vida impulsionaram os protestos que vieram juntos com greves, assim fragilizando ainda mais a economia do país. Junto a crise econômica, manifestantes acusaram médicos de "negligência" durante o período de pandemia; já os médicos culparam a falta de repasse de verbas por parte do governo.[17][18]

Os primeiros protestos aconteceram na região de San Antonio de los Baños, no domingo de 11 de julho, perto de Havana, e em Palma Soriano. Os manifestantes cantavam a canção "Patria y Vida",[19] uma música que ficou popular entre os opositores do Castrismo. Vídeos das manifestações mostraram milhares de pessoas gritando slogans como "Liberdade", "Abaixo com o Comunismo" e "Nós não temos medo".[20][21] A rede de notícias Martí Noticias, da oposição, publicou vídeos com manifestações acontecendo, além da capital Havana, em várias regiões, como Santiago, Santa Clara, Ciego de Ávila, Camagüey, Bayamo, Guantánamo, San José de las Lajas, Holguín e Cárdenas.[22] De acordo com Orlando Gutiérrez, um exilado dissidente da Assembleia da Resistência Cubana, houve protestos em mais de quinze cidades e municípios em Cuba.[23]

No dia 12 de julho, as manifestações voltaram a acontecer em vários locais de Cuba.[24][25] Nesse dia, a organização NetBlocks reportou que diversas redes sociais foram bloqueadas pelo governo cubano, para impedir que os manifestantes se organizassem online, embora o uso de VPNs desse para driblar isso.[26] Imagens divulgadas na internet mostraram jovens cubanos destruindo um retrato de Fidel Castro.[27]

Ainda em 12 de julho, uma reunião com a cúpula da liderança do Partido Comunista de Cuba, que contou com a presença de Raúl Castro, foi realizada para organizar uma estratégia para lidar com os protestos. Eles concluíram que "foram analisadas as provocações orquestradas por elementos contrarrevolucionários, organizadas e financiadas desde os Estados Unidos com fins desestabilizadores".[28] Enquanto isso, manifestações pró-governo também foram reportadas, especialmente em Havana.[25]

Em 13 de julho, após dois dias de protestos, segundo a organização supranacional Human Rights Watch, pelo menos 150 pessoas foram detidas pelas autoridades, com ao menos uma fatalidade confirmada. O governo cubano reconheceu a morte de uma manifestante, mas culpou a violência dos protestos pelo ocorrido.[4]

No dia 14, a youtuber Dina Stars foi detida em sua casa em La Habana enquanto concedia uma entrevista ao canal Cuatro de España.[29] O momento de sua prisão foi exibida ao vivo pela TV espanhola.[30] Antes de encerrar a entrevista e seguir com os agentes de segurança, Dina Stars declarou: "Ao vivo, considero o Governo responsável por tudo que possa acontecer comigo."[29]

Resposta do governo

Forças policiais e militares agiram rápido para reprimir as manifestações.[31] Algumas regiões houve conflitos, feridos e presos, com o governo se justificando devido aos casos de saques a lojas estatais e vandalismo.[32] O governo cubano afirmou que os protestos são reflexo dos embargos econômicos dos Estados Unidos ainda na era Trump, em meio a pandemia, o que complicou a situação econômica do país. Também culpou "youtubers e influenciadores" de estarem infiltrados incitando a violência.[33][34] O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, disse que os protestos "foram vandalismo, não uma revolta social".[35] O Presidente Miguel Díaz-Canel afirmou haver três tipos de manifestantes: "contrarrevolucionários, criminosos e aqueles com frustrações legítimas".[36]

Para fazer face à escassez, a Câmara de Comércio Cubana levantou restrições alfandegárias que limitavam as importações de produtos de higiene, medicamentos e alimentos, estando os viajantes autorizados a trazer estes produtos para Cuba entre 19 de julho e 31 de dezembro de 2021 sem estarem sujeitos a tarifas alfandegárias.[37] Num discurso nacional na quarta-feira à noite, Díaz-Canel apelou aos cubanos para não "agirem com ódio", e admitiu algumas falhas do Estado, explicando que "temos de ganhar experiência com os distúrbios. Temos também de realizar uma análise crítica dos nossos problemas para agir e ultrapassar, e evitar a sua repetição".[38]

Reações

Governos

  •  Argentina — O Ministério de Relações Exteriores emitiu uma nota afirmando que a Argentina está "acompanhando de perto os acontecimentos" mas não comentou sobre os protestos em curso.[39]
  •  Bolívia — O Presidente Luis Arce expressou o seu apoio ao povo cubano que "luta contra as ações desestabilizadoras".[40] O antigo Presidente Evo Morales acusou os Estados Unidos de lançar uma nova Operação Condor.[41]
  •  Brasil — O presidente Jair Bolsonaro afirmou que era um dia triste para Cuba, porque as pessoas pediram liberdade e receberam tiros, ataques e prisão no lugar. Ele afirmou que há pessoas no Brasil que apoiam Cuba e Venezuela apesar de seu autoritarismo.[42]
  •  ChinaZhao Lijian, porta-voz do ministério de relações exteriores chinês, pediu o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba, que afirmou ser responsável pela escassez de medicamentos e energia no país.[43]
  • Espanha — Através do seu Ministério de Relações Exteriores, o governo espanhol emitiu uma declaração reconhecendo o direito dos cubanos de "manifestar-se livre e pacificamente" e que serão estudadas "formas de ajuda que possam aliviar a situação".[44]
  •  México — O presidente Andrés Manuel López Obrador exortou os governos estrangeiros a não intervir nos assuntos internos de Cuba e afirmou que são os cubanos que resolvem seus problemas. Além disso, ele disse que, se quiserem ajudar, esses países deveriam pedir o fim do embargo americano.[45]
  • Nicarágua — O presidente Daniel Ortega enviou suas expressões de apoio a Miguel Díaz-Canel, condenando o "embargo permanente, desestabilização e agressão" contra Cuba.[46]
  •  RússiaMaria Zakharova, porta-voz do ministério de relações exteriores, declarou que "[o governo russo] considera inaceitável que haja interferência externa nos assuntos internos de um Estado soberano ou quaisquer ações destrutivas que incentivem a desestabilização da situação na ilha."[47]
  •  Estados UnidosJulie J. Chung, Secretária Adjunta interina do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, afirmou: "Estamos profundamente preocupados com os 'apelos ao combate' em Cuba. Defendemos o direito do povo cubano à reunião pacífica. Pedimos calma e condenamos qualquer violência."[48] O Presidente Joe Biden disse que apoia o povo cubano e seu "toque de clarim por liberdade e alívio".[49][50]
  • Uruguai — O Presidente Luis Lacalle Pou expressou o seu apoio aos manifestantes da oposição, dizendo que eles tinham "uma coragem louvável".[51]
  •  Venezuela — O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) expressou seu apoio ao governo e presidente cubano Miguel Díaz-Canel.[52] O presidente Nicolás Maduro também expressou apoio ao governo de Cuba.[53]

Outros

Exilados cubanos em Miami expressando apoio aos protestos em Cuba, no dia 11 de Julho.[54]
  • Josep Borrell, o Chefe de Relações Exteriores da União Europeia, disse que "o povo cubano tem o direito de expressar sua opinião” e que ele “faria um apelo pessoal ao governo local para que permita manifestações pacíficas e ouça a voz de descontentamento dos manifestantes".[55]
  • O Secretário-Geral Luis Almagro, da Organização dos Estados Americanos, se referiu ao governo cubano como um "regime ditatorial" e o condenou por, segundo ele, "exortar os civis a reprimir e confrontar aqueles que exercem seus direitos de protesto".[56]
  • Érika Guevara-Rosas, diretora da Amnesty International para as Américas, declarou que cortes de internet foram relatados em lugares onde as pessoas tinham ido protestar e apelou ao governo de Díaz-Canel respeitar o direito de reunião pacífica.[20][57]
  • A comunidade de cubanos exilados se manifestaram em vários países em apoio aos protestos. Cubanos vivendo no Chile marcharam até o consulado do governo cubano em Santiago.[58] Nos Estados Unidos, manifestantes se reuniram na cidade de Miami (onde uma enorme comunidade de cubano-americanos vivem) para exigir que o governo dos Estados Unidos mandasse ajuda para os organizadores dos protestos em Cuba.[59]

Ver também

Referências

  1. Augustin, Ed; Montero, Daniel (12 de julho de 2021). «Thousands march in Cuba in rare mass protests amid economic crisis». The Guardian. Havana. Consultado em 12 de julho de 2021 
  2. a b «High prices, food shortages fuel Cuba's biggest anti-government protests in decades». CBS News. Havana. Consultado em 12 de julho de 2021 
  3. Vicent, Mauricio (12 July 2021). «Cuba sees one of the biggest protests against the government since the crisis of the 1990s». El País. Consultado em 15 July 2021  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  4. a b c «Cuba prendeu 150 pessoas após protestos, estima Human Rights Watch; autoridades confirmam um morto». O Globo. Consultado em 13 de julho de 2021 
  5. «Más de 100 desaparecidos, varios muertos y bloqueo de comunicaciones en Cuba, según ONGs». ABC Internacional. Consultado em 14 de julho de 2021 
  6. «More than 100 arrested or missing in Cuba after widespread protests, say activists». CNN. Consultado em 13 de julho de 2021 
  7. «Por que Cuba explodiu nos maiores protestos em décadas na ilha?». Folha de S.Paulo. Consultado em 12 de julho de 2021 
  8. «O que está acontecendo em Cuba: entenda os protestos na ilha». Estado de Minas. Consultado em 13 de julho de 2021 
  9. Robles, Frances (11 de julho de 2021). «Cubans Denounce 'Misery' in Biggest Protests in Decades». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 12 de julho de 2021 
  10. «Cientos de personas protestan en varias ciudades de Cuba contra el Gobierno». 11 de julho de 2021 
  11. «Thousands join rare anti-government protests in Cuba». France 24 (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2021 
  12. «Díaz-Canel llama a los partidarios del Gobierno cubano: "La orden de combate está dada"». 20minutos. 11 de julho de 2021. Consultado em 12 de julho de 2021 
  13. «Demonstrators in Havana protest shortages, rising prices». Associated Press. Consultado em 13 de julho de 2021 
  14. «Cuba tem protestos contra o governo em meio a grave crise e piora da pandemia». G1. Consultado em 12 de julho de 2021 
  15. «Cuba sees biggest protests for decades as pandemic adds to woes». Reuters.com. Consultado em 12 de julho de 2021 
  16. «Cuba tem protestos contra o governo em meio a grave crise e piora da pandemia». G1. Consultado em 12 de julho de 2021 
  17. «Entenda em 3 pontos protestos históricos em Cuba». BBC News Brasil. Consultado em 12 de julho de 2021 
  18. «Cuba tem protestos contra o governo em Havana e várias cidades - Internacional». Estadão. Consultado em 12 de julho de 2021 
  19. Yotuel (16 de fevereiro de 2021). «Patria y Vida - Yotuel, Gente De Zona, Descemer Bueno, Maykel Osorbo, El Funky». YouTube. Consultado em 16 de julho de 2021 
  20. a b Lozano, Daniel (11 de julho de 2021). «Protestas callejeras en Cuba sorprenden al Gobierno, que llama a sus "revolucionarios" para combatirlas». EL Mundo (em espanhol). Consultado em 11 de julho de 2021. Cópia arquivada em 11 de julho de 2021 
  21. «Cubanos saem às ruas sob gritos de "abaixo a ditadura"». BBC News Brasil. Consultado em 12 de julho de 2021 
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