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Fazenda Rio Grande: diferenças entre revisões

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==História==
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Em 1879, Francisco Claudino Ferreira, junto à [[Paróquia]] de [[São José dos Pinhais]], requereu uma área de terras, com a qual formou Fazenda Rio Grande, tornando-se, dessa forma, o primeiro proprietário de terras da localidade. Esta fazenda foi formada em cima de um antigo aldeamento indígena, e o nome original da localidade era Capocu.
Antes mesmo da chegada dos povos colonizadores, a região compreendida territorialmente como os municípios de Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais e Curitiba eram pertencentes a várias tradições arqueológicas, como a população Itararé-Taquara, conforme pesquisa do professor Igor Chmyz (2003) “As evidências deixadas pelos primeiros atestam o domínio do espaço por pessoas pertencentes a uma tradição cultural denominada arqueologicamente como Itararé.” A partir de 4000 anos atrás, com a mudança climática e a expansão das florestas de araucárias, surgiram os primeiros vestígios das populações ceramistas, ancestrais diretos dos índios Kaingang e Xokleng, povos originários da América Latina, que frequentemente, utilizavam caminhos para se locomover atrás de alimentos, abrigos e trocas com outros povoamentos. Devido a diversidade ambiental da nossa região, com uma rede de água e uma abundante flora, a área foi percorrida e ocupada por este grupo. Sua cultura material era de uma cerâmica pequena, frágil, fina e composta de potes e tigelas. Também produziam ferramentas com pedra lascada e polidas (talhadores, raspadores, mãos-de-pilão e lâminas de machado).


A principal atividade de Fazenda Rio Grande era a criação de [[cavalo]]s de raça, cujo maior cliente era o próprio [[Exército Brasileiro]]. No ano de 1913, por intermediação de João Bettega, Tobias Pereira da Cruz adquiriu de Fazenda Rio Grande uma área de 487 alqueires de terras, e José Custódio dos Santos outros 52,5 [[alqueire]]s no núcleo do Rio Maurício.
Ocupavam planaltos recobertos por campos e pinheirais. Suas aldeias eram associadas a vales de rios, cavernas e casas subterrâneas. Cultivavam milho e outras plantas, além de colheitas de frutos e, principalmente, pinhão.  


A partir de então, a história de Fazenda Rio Grande confunde-se com o expansionismo [[indústria|industrial]] e populacional de [[Curitiba]], com ação direta no parcelamento do [[solo urbano]] da área correspondente à atual sede municipal. Tal fracionamento decorreu dos fenômenos de ocupação urbana da cidade de Curitiba. A procura cada vez maior de pessoas vindas do interior do estado e também de [[Santa Catarina]], por áreas onde morar e pela perda sistêmica de renda, conjugaram-se com os negócios imobiliários em toda a [[Região Metropolitana de Curitiba|região metropolitana da capital]].
Após a ocupação das terras pela expansão marítima e a disputa territorialista entre Portugal e Espanha, gerando os limites previstos pelo Tratado de Tordesilhas, foi dado início ao povoamento das terras de Paranaguá, iniciando as expedições para desbravar a nova terra. Uma das principais é a do Pero Lobo, o qual saiu de Cananéia em 1524, com o intuito de buscar minas para extração de ouro. Relata-se que saiu da atual região de Curitiba, seguindo pela direção sudeste (São José dos Pinhais), indo pelo curso do Rio Grande de Curitiba (atual Iguaçu) rumo ao território de Foz do Iguaçu. Com o intuito de chegar às minas de ouro e prata do Peru, fato que não ocorreu devido ao seu desaparecimento.

Outra expedição que ocorreu foi a do explorador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, por volta de 1541. Partiu da Ilha de Santa Catarina, até chegar na região do Tindiquera, hoje conhecida como Araucária. Através dos relatos históricos e registros cartográficos, demonstra-se sua passagem pelas terras de Fazenda Rio Grande, colocando a região como rota terciária do Caminho do Peabiru, um dos maiores e mais importantes caminhos de interligação na América do Sul, utilizado antes mesmo da chegada dos europeus.

Em diversas bibliografias, o nome de Fazenda Rio Grande é mencionada como Rio Abaixo, observando que o Rio Iguaçu sempre foi utilizado como forma de divisa entre os municípios. Já o nome Caapocu (Capocu, Capo-pocu, Caapocú, dependendo do tronco linguístico indígena) significa “Capão Raso” ou um campo com mato pouco denso, devido existência da vegetação presente próximo ao Rio Iguaçu, também remete a um distrito no interior do Paraguai, Caapocú, que fazia parte da rota desses povos. A origem deste nome pode ser explicada devido à presença destes indígenas na região, durante o percurso da rota de Peabiru até o litoral paranaense.

Mesmo antes da chegada dos pioneiros ao nosso território, registram nos mostram que a localidade abrigou duas sesmarias no período de 1707, sendo uma que compreendia quase que o total da cidade e outra em uma pequena área na região entre o Rio Maurício, o rio Iguaçu e o Ribeirão do Capocu. Uma das sesmarias, pertencia a Sebastião Álvares de Abreu, vigário da Igreja Católica de Curitiba. A área maior, que compreendia quase toda a extensão da atual Fazenda Rio Grande, pertencia a um capitão de infantaria do império, Manoel Álvares de Abreu, ambos irmãos.

Em 1808, ocorriam os processos de colonização das terras brasileiras pela coroa Portuguesa. Neste processo que se inicia a Guerra aos Gentios, um combate violento contra o povo nativo da América Latina. "Índio gentio" é o conceito utilizado para os índios livres que não tinham sido domesticados pela ordem colonial.

Em nossa localidade, compreendida pelos campos gerais de Curitiba, foi documentada um destes conflitos, solicitando recrutamento de militares para combater os gentios que, por denúncia dos então “colonizadores”, alegavam que estavam invadindo as terras para roubar e matar os colonos. A coroa com o intuito de preservar e fazer a manutenção das estradas de ligação com a região sul, atendeu aos pedidos, dando início ao conflito. O resultado demonstra o início do dizimação das tribos indígenas, onde os que sobreviviam eram capturados e mantidos em aldeamentos para “amansá-los”.

Em 1879, Francisco Claudino Ferreira, junto à Paróquia de São José dos Pinhais, requereu uma área de terras, com a qual formou Fazenda Rio Grande.

A principal atividade de Fazenda Rio Grande era a criação de cavalos de raça, comprados pelo Exercito Brasileiro.  No ano de 1913, por intermediação de João Bettega, Tobias Pereira da Cruz adquiriu de Fazenda Rio Grande uma área de 487 alqueires de terras, e José Custódio dos Santos outros 52,5 alqueires no núcleo do Rio Maurício.<ref>{{citar web|ultimo=Cultura|primeiro=Historiadores|url=https://www.fazendariogrande.pr.gov.br/|titulo=Prefeitura|data=20/07/2020}}</ref>


As áreas de Fazenda Rio Grande, ao sul de Curitiba, foram uma das últimas redutos da [[especulação imobiliária]]. O início do loteamento de Fazenda Rio Grande, filão periférico de Curitiba, deu-se a partir de 1959. Daí para a frente, até os dias de hoje não parou de acontecer. Desde aquela data, foram vendidos 11.157 lotes urbanos, em 39 loteamentos, numa área total de 6.740.337,32 metros quadrados.
As áreas de Fazenda Rio Grande, ao sul de Curitiba, foram uma das últimas redutos da [[especulação imobiliária]]. O início do loteamento de Fazenda Rio Grande, filão periférico de Curitiba, deu-se a partir de 1959. Daí para a frente, até os dias de hoje não parou de acontecer. Desde aquela data, foram vendidos 11.157 lotes urbanos, em 39 loteamentos, numa área total de 6.740.337,32 metros quadrados.

Revisão das 13h58min de 7 de fevereiro de 2022

Fazenda Rio Grande
  Município do Brasil  
Edifícios no bairro Pioneiros, próximos da BR-116
Edifícios no bairro Pioneiros, próximos da BR-116
Edifícios no bairro Pioneiros, próximos da BR-116
Símbolos
Bandeira de Fazenda Rio Grande
Bandeira
Brasão de armas de Fazenda Rio Grande
Brasão de armas
Hino
Gentílico fazendense
Localização
Localização de Fazenda Rio Grande no Paraná
Localização de Fazenda Rio Grande no Paraná
Localização de Fazenda Rio Grande no Paraná
Fazenda Rio Grande está localizado em: Brasil
Fazenda Rio Grande
Localização de Fazenda Rio Grande no Brasil
Mapa
Mapa de Fazenda Rio Grande
Coordenadas 25° 39' 28" S 49° 18' 28" O
País Brasil
Unidade federativa Paraná
Região metropolitana Curitiba
Municípios limítrofes Mandirituba, Araucária, São José dos Pinhais e Curitiba
Distância até a capital federal: 1 420 km
estadual: 35 km
História
Fundação 26 de janeiro de 1990 (34 anos)
Administração
Prefeito(a) Nassib Kassem Hammad[1] (PSL, 2021 – 2024)
Vereadores 13
Características geográficas
Área total [2] 116,676 km²
População total (estimativa populacional — IBGE/2019[3]) 100 209 hab.
Densidade 858,9 hab./km²
Clima Subtropical (Cfb)
Altitude 910 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [4]) 0,720 alto
PIB (IBGE/2008[5]) R$ 426 675,768 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5]) R$ 5 383,58

Fazenda Rio Grande é um município brasileiro do estado do Paraná, que integra a Região Metropolitana de Curitiba. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 100 209 habitantes.[3]

História

Em 1879, Francisco Claudino Ferreira, junto à Paróquia de São José dos Pinhais, requereu uma área de terras, com a qual formou Fazenda Rio Grande, tornando-se, dessa forma, o primeiro proprietário de terras da localidade. Esta fazenda foi formada em cima de um antigo aldeamento indígena, e o nome original da localidade era Capocu.

A principal atividade de Fazenda Rio Grande era a criação de cavalos de raça, cujo maior cliente era o próprio Exército Brasileiro. No ano de 1913, por intermediação de João Bettega, Tobias Pereira da Cruz adquiriu de Fazenda Rio Grande uma área de 487 alqueires de terras, e José Custódio dos Santos outros 52,5 alqueires no núcleo do Rio Maurício.

A partir de então, a história de Fazenda Rio Grande confunde-se com o expansionismo industrial e populacional de Curitiba, com ação direta no parcelamento do solo urbano da área correspondente à atual sede municipal. Tal fracionamento decorreu dos fenômenos de ocupação urbana da cidade de Curitiba. A procura cada vez maior de pessoas vindas do interior do estado e também de Santa Catarina, por áreas onde morar e pela perda sistêmica de renda, conjugaram-se com os negócios imobiliários em toda a região metropolitana da capital.

As áreas de Fazenda Rio Grande, ao sul de Curitiba, foram uma das últimas redutos da especulação imobiliária. O início do loteamento de Fazenda Rio Grande, filão periférico de Curitiba, deu-se a partir de 1959. Daí para a frente, até os dias de hoje não parou de acontecer. Desde aquela data, foram vendidos 11.157 lotes urbanos, em 39 loteamentos, numa área total de 6.740.337,32 metros quadrados.

Igreja Matriz São Gabriel da Virgem Dolorosa de Fazenda Rio Grande.

Mais distante da sede municipal de Mandirituba e mais próxima da capital, a população de Fazenda Rio Grande foi organizando sua vida em função da grande cidade, onde havia mais empregos e os demais serviços urbanos.

A prefeitura de Mandirituba foi sendo pressionada para oferecer os serviços básicos de transporte coletivo, educação básica, saúde e creches.

O decreto episcopal do arcebispo curitibano, D. Pedro Fedalto, criou a Paróquia de São Gabriel da Virgem Dolorosa, em 27 de fevereiro de 1978, abrangia toda a área de Fazenda Rio Grande, e ainda a região do Ganchinho (Mandirituba). A paróquia foi instalada em 5 de março do mesmo ano, sendo o primeiro pároco o padre Gabriel Figura.

Pela lei estadual n° 7.521, de 16 de novembro de 1981, sancionada pelo governador Ney Braga, foi criado o distrito administrativo de Fazenda Rio Grande, com território pertencente ao município de Mandirituba. Em 1986 foram iniciadas as obras de construção e pavimentação das avenidas marginais a BR-116, pelo DER. No mesmo ano foi iniciado o Terminal Rodoviário, com características de centro comercial, entrando em operação no ano seguinte.

Em 26 de janeiro de 1990, através da lei estadual n° 9.213, sancionada pelo governador Álvaro Fernandes Dias, o distrito de Fazenda Rio Grande, foi elevado à categoria de município emancipado, com território desmembrado do município de Mandirituba. A instalação oficial ocorreu no dia 1° de janeiro de 1993.

Geografia

Bairros

  • Estados I
  • Estados II
  • Eucaliptos
  • Gralha Azul
  • Iguaçu I
  • Iguaçu II
  • Nações
  • Pioneiros
  • Santa Terezinha
  • Parque Industrial
  • Santa Maria

Outras áreas fora do perímetro urbano

  • Jardim Veneza

Localidades rurais

  • Campo da Cruz
  • Campo do Rio
  • Fazenda Iguaçu (Capocu)
  • Passo Amarelo
  • Rio Abaixo
  • São Sebastião
  • Samambaia
Terminal Urbano do município, que também a conecta com outros municípios da Grande Curitiba.

Lazer

O Castello Center Shopping, à margem da BR-116.
  • Clube C.T.G: diversos eventos são realizados, dentre eles pode-se destacar o típico rodeio crioulo.
  • Parque Verde: situado no bairro Estados, é o maior e mais antigo parque da cidade, e possui lago, churrasqueiras, parquinhos e campos de Futebol (o maior possui dimensões muito próxima de um campo oficial) além de contar com uma imensa área verde florestal.
  • Praça Brasil: situado no mesmo local da prefeitura, foi reformado recentemente, contendo campos de esporte, praça e uma academia ao ar livre. Muitos eventos são realizados na Praça Brasil.

Transporte

O município de Fazenda Rio Grande é servido pela seguinte rodovia:[6]

Esporte

No passado a cidade possuiu um clube no Campeonato Paranaense de Futebol, o Recreativo Nova Estrela.[7]

Segurança

  • Polícia Militar: 4ª Cia. do 17º Batalhão
  • Polícia Civil
  • Faztrans (Órgão Municipal de Trânsito)
  • Guarda Municipal

Ver também

Referências

  1. Prefeito e vereadores de Fazenda Rio Grande tomam posse Portal G1 - acessado em 2 de janeiro de 2021
  2. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. a b «estimativa_dou_2019.xls». ibge.gov.br. Consultado em 28 de agosto de 2019 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 1 de agosto de 2013 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  6. «Sistema Rodoviário Estadual 2017» (PDF). Departamento de Estradas de Rodagem. 1 de novembro de 2017. Consultado em 9 de setembro de 2018 
  7. «Brazil - Paran� State League (3rd Level) 2000». The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation e RSSSF Brazil. Consultado em 12 de setembro de 2018 

Ligações externas

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