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Revisão das 08h23min de 16 de maio de 2019

Distopia ou antiutopia é qualquer representação ou descrição organização social cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma "utopia negativa"[1][2]. O termo também pode referir-se a um lugar ou estado imaginário em que se vive sob condições de extrema opressão, desespero ou privação. As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, pelo controle opressivo sobre toda a sociedade. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja por parte do estado, seja de instituições ou mesmo de corporações.[3]

Distopias são frequentemente criadas como avisos ou como sátiras, mostrando as atuais convenções sociais e limites extrapolados ao máximo. Uma distopia está intimamente conectada à sociedade atual. Nesse aspecto, distopias diferem fundamentalmente das utopias, que são sistemas sociais idealizados e sem raízes na sociedade atual, figurando em outra época ou tempo ou após uma grande descontinuidade histórica. Um número considerável de histórias do subgênero cyberpunk de ficção científica, ambientadas num futuro mais ou menos próximo, usam padrões distópicos em que uma empresa de alta tecnologia domina um mundo em que os estados nacionais se tornaram fracos.

Na literatura, famosas distopias foram concebidas por George Orwell (1903-1950) e Aldous Huxley (1894-1963). [4]

Origem e significado

O primeiro uso conhecido da palavra 'distopia' apareceu num discurso ao Parlamento Britânico por Gregg Webber e John Stuart Mill, em 1868[5]. Nesse discurso, Mill disse:

Portanto, Mill se referia a um lugar mau, ao oposto de utopia.

Em grego, a partícula δυσ (translit. "dis" ou "dys") exprime 'dificuldade, dor, privação, infelicidade'; a palavra τόπος (translit., topos) significa 'lugar'. Portanto, 'distopia' quer dizer 'lugar infeliz, ruim'. Já a palavra 'utopia' se compõe de ου (translit. ou, latinizado como u-), advérbio de negação, e τόπος, 'lugar'. Assim, utopia significa 'lugar nenhum', e distopia significa 'lugar ruim'.

Traços comuns de uma sociedade distópica

A maioria das distopias tem alguma conexão com o nosso mundo, mas frequentemente se refere a um futuro imaginado ou a um mundo paralelo no qual a distopia foi engendrada pela ação ou falta de ação humana, por um mau comportamento ou por ignorância.

A literatura distópica costuma apresentar pelo menos alguns dos seguintes traços:

  1. Tem conteúdo moral, projetando o modo como os nossos dilemas morais presentes figurariam no futuro.
  2. Oferecem crítica social e apresentam as simpatias políticas do autor.
  3. Exploram a estupidez coletiva.
  4. O poder é mantido por uma elite, mediante a somatização e consequente alívio de certas carências e privações do indivíduo.
  5. Discurso pessimista, raramente "flertando" com a esperança.
  6. Violência banalizada e generalizada.

Exemplos de distopia nos livros, cinema e animes

Ver também

Referências

  1. JACOBY, Russell. Imagem Imperfeita: Pensamento Utópico para uma Época Antiutópica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 31.
  2. (em italiano) Treccani Vocabolario on line. distopìa²
  3. a b de Carvalho Santos, Adilson. «Distopias: assustadores alertas do amanhã». Editora Escala. Conhecimento Prático Literatura (69) 
  4. Dicionário Houaiss: 'distopia'
  5. Exploring Dystopia, acessado em 19 de março de 2006. Ver também Trauma: a dystopia of the spirit, por Michael S. Roth.

Ligações externas