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Partida de futebol de salão categoria infantil. | |
Federação desportiva mais alta | AMF |
Outros nomes | Em alguns países utiliza-se o acrônimo futsal. No Brasil este acrônimo é utilizado. |
Jogado pela primeira vez | 1930(origem como recreação)[1] 1949(oficialização das regras)[1] |
Características | |
---|---|
Membros de equipe | 5 por equipe[2] |
Equipamento | bola |
Duração | 2 tempos de 20 min (cronometrado)[2] |
Pontuação | Gol: 1 ponto |
Local | Quadra |
Presença | |
País ou região | Uruguai[1] Brasil[3] |
Olímpico | Não |
Futebol de salão (também referido pelo acrônimo futsal) é o futebol adaptado para prática em uma quadra esportiva por times de apenas 5 jogadores. As equipes, tal como no futebol, têm como objetivo colocar a bola na meta adversária, definida por dois postes verticais limitados pela altura por uma trave horizontal. Quando tal objetivo é alcançado, diz-se que um gol foi marcado, e um ponto é adicionado à equipe que o atingiu. O goleiro, último jogador responsável por evitar o gol, é o único autorizado a segurar a bola com as mãos. A partida é ganha pela equipe que marcar o maior número de gols em 40 minutos divididos em dois tempos.
Devido às proporções da área de jogo, o menor número de jogadores e a facilidade em que se pode jogar uma partida, o futsal já é considerado por muitos como o esporte mais praticado do Brasil, superando o futebol que ainda assim é o mais popular[4].
A rigor, existem duas modalidades do esporte, sendo uma delas a mais antiga, estabelecida quando a FIFUSA regulamentava a prática do esporte e por isso conhecida como futebol de salão e a outra, estabelecida sob a regulamentação da FIFA, no final dos anos 80, conhecida como futsal (embora o termo atualmente denomine a prática do esporte nas duas versões). As diferenças limitam-se a algumas poucas regras, mas que acabam influenciando sensivelmente a dinâmica e a plástica do jogo.
História
O futebol de salão teria sido inventado por volta de 1934, pelo professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM de Montevidéu (Uruguai), dando-lhe o nome de Indoor Football. O Uruguai, nos anos 30, era a grande referência no futebol, sua seleção foi bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA, sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o intercâmbio dentro da ACMs era constante. Em 1935, os professores João Lotufo e Asdrubal Monteiro, após se graduarem no Instituto Técnico da Federação Sulamericana das ACM como secretários diretores de educação física da ACM, voltaram ao Brasil e introduziram o "Indoor Foot Ball" que passou a ser chamado futebol de salão. Por possuir características do regulamento, ainda a iniciar, o pequeno tamanho da quadra e o peso da bola, causavam muitos acidentes pela potência dos chutes.
Já no ano de 1948, passado João Lotufo para Secretário Geral da ACM São Paulo, transferiu Asdrubal Monteiro para o cargo de Diretor de Educação Física, com a proposta de que os dois resolvessem os problemas negativos da prática desse esporte, elaborando assim, um novo regulamento com elementos do futebol, hockey de grama, basquete e waterpolo.
Durante dois anos, Lotufo e Monteiro, estudaram, observaram e ampliaram as novas regras, chegando ao protótipo do esporte que encontramos hoje, ou seja, o limite de cinco jogadores e as marcações da quadra. Ao chegar a um resultado satisfatório, que justificou na publicação dessa regra em 1950, o esporte foi intensamente praticado nas ACM de São Paulo e Rio de Janeiro.
Alterando ao curto prazo. Antes das regras serem estabelecidas, praticava-se futebol de salão com times de cinco a sete jogadores. A bola foi sendo deixada mais pesada numa tentativa de reduzir sua capacidade de saltar e consequentemente suas frequentes saídas de quadra. A "bola pesada" acabou por se tornar uma das mais interessantes características originais do futebol de salão.
Em 1957 surgiu a primeira iniciativa de se uniformizar as regras do esporte, através da criação do Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão, por Sylvio Pacheco, então presidente da Confederação Brasileira de Desportes (CBD)
Devido a sua praticidade, tanto no reduzido número de jogadores necessários em uma partida, quanto no espaço menor que exigia, o esporte rapidamente adquiriu crescente popularidade, atingindo outras localidades, gerando novos torneios e conquistando adeptos em todas as capitais do país. Em 28 de Julho de 1954 foi fundada a primeira federação do esporte no Brasil, a Federação Metropolitana de futebol de salão, atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro, tendo Ammy de Moraes como seu primeiro presidente. A Federação Mineira de Futebol de Salão seria fundada nesse mesmo ano, seguida da Federação Paulista, em 1955, e das Federações Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana, em 1956, a Catarinense e a Norte Rio Grandense, em 1957, a Sergipana em 1959. Nas décadas seguintes seriam gradualmente estabelecidas federações em todos os estados da União.[5]
Futsal e futebol de salão
A respeito das divergências históricas, futebol de salão e futsal são tecnicamente o mesmo esporte, especialmente quando se leva em conta que as diferenças, nem sempre tão evidentes a primeira vista, acabam sendo ainda mais embaralhadas pelo emaranhado processo histórico que envolveu o cisma no esporte e pela prática comum nos círculos do esporte. São 5 jogadores para cada lado incluindo o goleiro. Em relação aos tempos são 2 tempos de 20 minutos, fazendo uma partida inteira ser de 40 minutos.
O termo fut-sal foi originalmente cunhado pela FIFUSA em reação à proibição da FIFA de se usar o nome futebol por entidades que não ela própria. No entanto, acabou sendo adotado posteriormente sem o hífen pela própria FIFA, tornando-se assim associado à forma que o esporte adquiriu sob a autoridade desta entidade.
O futsal, em sua forma mais difundida hoje é administrado no Brasil pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão, filiada a FIFA. O Futebol de salão, por sua vez, tem como federação nacional a Confederação Nacional de Futebol de Salão, filiada a Associação Mundial de Futsal (AMF), cuja sede situa-se no Paraguai.
Embora mantenham em comum sua essência, a criação de algumas regras diferenciadas criou peculiaridades em cada uma das modalidades: o futsal, com uma bola mais leve e com a valorização do uso dos pés adquiriu maior semelhança com o futebol de campo e ganhou maior dinâmica com novas regras que o tornaram mais ágil, como por exemplo, permitir que o goleiro atue como um jogador de linha quando ele está fora da sua área; o futebol de salão, buscando sempre preservar as regras originais, manteve mais as características de um esporte indoor-football, com um jogo mais no chão, reduzindo o jogo aéreo, devido ao peso da bola, com laterais e escanteios cobrados com as mãos para maior controle e limitações à movimentação tanto do goleiro, restritos à sua área, como dos demais jogadores. Dessa forma, a dinâmica do jogo em uma e outra modalidade tornou-se sensivelmente diferenciada. O fato de pertencerem a entidades diferentes, por certo deverá, com o passar do tempo, demarcar modalidades diferenciadas[6].
No aspecto dos agrupamentos políticos em torno do esporte, até meados da década de 80 o futebol de salão era administrado por uma entidade independente da FIFA, chamada Federação Internacional de Futebol de Salão ou simplesmente FIFUSA, com sede no Brasil. Posteriormente houve um acordo para a fusão das duas entidades, mas por motivos políticos o acordo não vingou e enquanto a FIFA passou a congregar as principais federações nacionais, a FIFUSA congregou pequenas federações e criou novas como a Confederação Nacional de Futebol de Salão, já que a Confederação Brasileira de Futebol de Salão se filiou à FIFA; com isso a FIFA alterou o nome para futsal e criou as novas regras para o esporte, organizando os campeonatos mundiais da modalidade. À FIFUSA coube manter o esporte com o nome anterior e até mesmo com as mesmas regras, salvo pequenas alterações. A Confederação Brasileira realiza anualmente as disputas da Liga Brasileira de Futsal[6][7].
Fundamentos
Os principais fundamentos do futebol de Salão são[8]:
- Passe: É quando o jogador passa a bola para um companheiro da sua equipe.
- Drible: É o ato em que o jogador usa a bola para enganar o adversário, deixando-o para trás.
- Finta: É o ato de enganar o adversário sem tocar na bola.
- Cabeceio: É a ação de cabecear a bola que tem como objetivo defender ou marcar um gol.
- Chute: É a ação de chutar a bola,quando a bola estiver parada ou em movimento, visando dar a ela uma trajetória em direção a um objetivo, seja este o gol, outro jogador ou tirá-la de jogo (existem varias formas de chute).
- Recepção: É a ação de interromper a trajetória da bola vinda de passes ou arremessos.
- Condução: É a ação de progredir com a bola por todos os espaços possíveis de jogo.
- Domínio de bola: Como no futebol, usa-se os pés para dominar a bola.
- Chute no gol: Com um dos pés, chute a bola no gol.
Categorias
Em função da idade o futebol de salão costuma ser dividido nas seguintes categorias:
- Sub-7 para atletas de 6 e 7 anos.
- Sub-8 para atletas de 8 anos.
- Sub-9 para atletas de 8 e 9 anos.
- Sub-11 para atletas de 10 e 11 anos.
- Sub-13 para atletas de 12 e 13 anos.
- Sub-15 para atletas de 14 e 15 anos.
- Sub-17 para atletas de 16 e 17 anos.
- Sub-20 para atletas de 18, 19 e 20 anos.
- Adulto para atletas de 20 anos em diante.
- Veterano para atletas a partir dos 35 anos.
Posições dos jogadores
Muito parecido com o futebol, o futsal apresenta quatro posições principais, que são[9]:
- Goleiro/Guarda-Redes - Defende o gol de todos os ataques do adversário e também pode atacar.
- Fixo - Defensor, semelhante ao zagueiro.
- Ala (esquerdo e direito) - Trabalham a bola na lateral da quadra.
- Pivô - Atacante, o que fica mais próximo do gol adversário.
Ligações externas
- «CBFS - Site Oficial»
- «FPFS - Site Oficial»
- «Jornal do Futsal - História do Futsal no Brasil e no Mundo»
Referências
- ↑ a b c «Histórico». CNFS. Consultado em 11 de Outubro de 2012
- ↑ a b «Regras e Regimentos». CNFS. 2012. Consultado em 11 de Outubro de 2012
- ↑ «História do Futsal Paulista». Federação Paulista de Futsal. 2012. Consultado em 11 de Outubro de 2012
- ↑ RINA, Mário Sérgio Della; SILVA, Paulo Roberto (1 de junho de 1984). «O jovem e o esporte» (Revista). Revista Placar (732). Brasil: Editora Abril. pp. pág. 56. Consultado em 6 de novembro de 2012
- ↑ «Origens do Futebol de Salão». CBFS. 2009. Consultado em 6 de novembro de 2012
- ↑ a b «História do Futsal». Federação Mineira de Futsal. Consultado em 6 de novembro de 2012
- ↑ «Liga Futsal - Histórico». CBFS. 2012. Consultado em 6 de novembro de 2012
- ↑ «Livro Nacional de Regras 2012» (PDF). CBFS. 2012. Consultado em 6 de novembro de 2012
- ↑ VIEIRA, Silvia; FREITAS, Armando (2007). «12». O Que É Futsal (em português brasileiro). Brasil: Casa da Palavra. p. 55. ISBN 8-57-734058-9 Parâmetro desconhecido
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