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Líbia: diferenças entre revisões

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A partir de 2011 a Líbia passou a não ter governo definitivo, visto que até então o único governo que o país tinha reconhecido como legítimo era a [[Jamairia|Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia]], mas em 2011 a [[França]] reconheceu a [[Conselho Nacional de Transição|República Líbia]] como o governo oficial, resultando então numa [[Revolta na Líbia em 2011|disputa]] entre os dois governos.<ref name=>{{citar web |url=http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?tl=1&id=1099946&tit=Medo-assola-Tripoli-e-Kadafi-perde-controle-do-leste-da-Libiatadmidia-src420780 |título=Medo assola Trípoli e Kadafi perde controle do leste da Líbia |acessodata=24-2-2011 |autor=Gazeta do Povo}}</ref>
A partir de 2011 a Líbia passou a não ter governo definitivo, visto que até então o único governo que o país tinha reconhecido como legítimo era a [[Jamairia|Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia]], mas em 2011 a [[França]] reconheceu a [[Conselho Nacional de Transição|República Líbia]] como o governo oficial, resultando então numa [[Revolta na Líbia em 2011|disputa]] entre os dois governos.<ref name=>{{citar web |url=http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?tl=1&id=1099946&tit=Medo-assola-Tripoli-e-Kadafi-perde-controle-do-leste-da-Libiatadmidia-src420780 |título=Medo assola Trípoli e Kadafi perde controle do leste da Líbia |acessodata=24-2-2011 |autor=Gazeta do Povo}}</ref>

== História ==
{{artigo principal|[[História da Líbia]]}}
Antigo assentamento de povos tão díspares quanto os [[fenício]]s, os [[Roma Antiga|romanos]] e os [[turco]]s, a Líbia recebeu seu nome dos colonos gregos, no [[Século II a.C.|século II antes da era cristã]].

Durante grande parte de sua [[história]], a Líbia foi povoada por [[árabes]] e [[nômade]]s [[berberes]], e somente na costa e nos [[oásis]] estabeleceram-se [[colônias]]. [[Fenícios]] e [[Grécia Antiga|gregos]] chegaram ao país no [[século VII a.C.]] e estabeleceram colônias e cidades. Os fenícios fixaram-se na [[Tripolitânia]] e os gregos na [[Cirenaica]]. Os [[Cartago|cartagineses]], herdeiros das colônias fenícias, fundaram na Tripolitânia uma província, e no [[século I a.C.]] o [[Império Romano]] se impôs em toda a região, deixando monumentos admiráveis (''[[Leptis Magna]]'').

A Líbia permaneceu como [[província romana]] até ser conquistada pelos [[vândalos]] em [[455|455 d.C.]] Após ser reconquistada pelo [[Império bizantino]], continuador do romano, a região passou a ser dominada pelos [[árabes]] em [[643]]. Os árabes estenderam a área cultivada em direção ao interior do [[deserto do saara]].

Durante pouco mais de três séculos, os [[berberes]] [[almôadas]] mantiveram o domínio sobre a região tripolitana, enquanto a Cirenaica esteve sob o controle [[Egito|egípcio]].

Em [[1551]], [[Solimão I]], o Magnífico, incorporou a região ao Império Otomano<ref>Enciclopédia do Mundo Contemporâneo 3ª Ed., 2002, Publifolha, Editora do Terceiro Milênio, p. 384 ou http://www.guiadelmundo.org.uy/cd/</ref>, estabelecendo o poder central em [[Trípoli]]. A autoridade turca, entretanto, mal passava da região para além da costa.

Dois séculos mais tarde, o reinado da dinastia [[Karamanli]], que dominou Trípoli durante 120 anos, contribuiu para assentar mais solidamente as regiões de [[Fezã]], [[Cirenaica]] e [[Tripolitânia]], e conquistou maior autonomia, sendo apenas nominalmente pertencente ao Império Otomano, a região servia de base para [[corsário]]s, o que motivou [[Intervenções norte-americanas|intervenção norte-americana]], a primeira [[Guerra Berbere]] ocorreu entre [[1801]] e [[1805]].

Em [[1835]], o Império Otomano restabeleceu o controle sobre a Líbia, embora a confraria [[Islamismo|muçulmana]] dos [[sanusis]] tenha conseguido, em meados do século, dominar os territórios da [[Cirenaica]] e de [[Fezã]] (interior do país).

[[Ficheiro:Zeplin orta.jpg|thumb|150px|esquerda|[[Dirigível|Zepelins]] italianos bombardeando posições turcas em território líbio durante a ''Guerra ítalo-turca'' ([[1911]]-[[1912]]).]]
[[Ficheiro:Muammar al-Gaddafi-30112006.jpg|150px|esquerda|thumb|O coronel [[Muammar Khadafi]], presidente do país.]]

Em [[1911]], sob o pretexto de defender seus colonos estabelecidos na [[Tripolitânia]], a [[Reino da Itália|Itália]] declarou guerra ao [[Império Otomano]] e invadiu o país. Fato que iniciou a [[Guerra Ítalo-Turca]]. A seita puritana islâmica dos sanusis liderou a resistência, dificultando a penetração do Exército italiano no interior. A Turquia renunciou a seus [[direito]]s sobre a Líbia em favor da Itália no [[Tratado de Lausanne]] ou [[Tratado de Ouchy]] ([[1912]]). Em [[1914]] todo o país estava ocupado pelos italianos que, no entanto, como os turcos antes deles, nunca conseguiram afirmar sua autoridade plena sobre as [[tribo]]s sanusi do interior do [[deserto]].

Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], os líbios recuperaram o controle de quase todo o território, à exceção de alguns [[portos]]. Terminada a guerra, os italianos empreenderam a reconquista do país. Em 1939 a Líbia foi incorporada ao reino da Itália. A colonização não alterou a estrutura econômica do país, mas contribuiu para melhorar a [[infra-estrutura]], como a rede de estradas e o fornecimento de água às cidades.
{{Info/País
|nome_nativo = <big>الجماهيرية العربية الليبية الشعبية الإشتراكية العظمى</big><br><small>''Al-Jamāhīriyyah al-ʿArabiyyah al-Lībiyyah aš-Šaʿbiyyah al-Ištirākiyyah al-ʿUẓmā''</small>
|nome_longo_convencional = Grande [[Jamairia]] [[Socialismo|Socialista]] [[Árabes|Árabe]] do Povo Líbio
|nome_pt = Líbia
|imagem_bandeira = Flag of Libya.svg
|imagem_brasão = Coat of arms of Libya.svg
|hino = [[Allahu Akbar (hino)|Allahu Akbar]]<br />''God is great''
|tipo_governo = [[Jamairia]]
|título_líder1 = [[Anexo:Lista de chefes de Estado da Líbia|Líder e Guia da Revolução]]
|nome_líder1 = [[Muammar Gaddafi]]
|título_líder2 = [[Congresso Geral do Povo (Líbia)|Secretário-Geral do Congresso Geral do Povo]]
|nome_líder2 = [[Mohamed Abdul Quasim al-Zwai]]
|título_líder3 = [[Anexo:Lista de chefes de governo da Líbia|Secretário-Geral do Comitê Geral do Povo]]
|nome_líder3 = [[Baghdadi Mahmudi]]
}}

Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], o território líbio foi cenário de combates decisivos. Entre 1940 e 1943 houve a campanha da Líbia entre o [[Afrikakorps]] do general [[Alemanha Nazi|alemão]] [[Rommel]] e as tropas [[Inglaterra|inglesas]]. Findas as hostilidades, o [[Reino Unido]] encarregou-se do governo da [[Cirenaica]] e da [[Tripolitânia]], e a [[França]] passou a administrar [[Fezã]]. Essa nações mantiveram a Líbia sob forte governo militar até que a [[Assembleia Geral das Nações Unidas]] aprovou a independência do país no primeiro dia de [[1952]], data a partir da qual foi adotado o nome Reino Unido da Líbia. O líder religioso dos sanusis, o [[emir]] [[Sayyid Idris al-Sanusi]], foi coroado [[rei]] com o nome de [[Idris I da Líbia|Idris I]] ([[1951]]-[[1969]]).

Depois de sua admissão na [[Liga Árabe]], em [[1953]], a Líbia firmou acordos para a implantação de bases estrangeiras em seu território. Em [[1954]], houve a concessão de bases militares e aéreas aos [[EUA|norte-americanos]]. A influência econômica dos [[Estados Unidos]] e do [[Reino Unido]], autorizados a manter tropas no país, tornou-se cada vez mais poderosa. A descoberta de [[jazida]]s de [[petróleo]] em [[1959]] constituiu no entanto fator decisivo para que o governo líbio exigisse a retirada das forças estrangeiras, o que provocou graves conflitos políticos com aquelas duas potências e com o [[Egito]]. Em [[1961]] tem início a exploração do petróleo.

A nova [[história]] da Líbia começou em [[1969]], quando um grupo de oficiais radicais islâmicos derrubou a [[monarquia]] e criou a [[Jamairia]] (República) Árabe Popular e Socialista da Líbia, [[muçulmana]] [[militar]]izada e de organização [[socialista]]. O Conselho da Revolução (órgão governamental do novo regime) era presidido pelo coronel [[Muammar al-Khadafi]]. O regime de Muammar Khadafi, [[chefe de Estado]] a partir de [[1970]], expulsou os efetivos militares estrangeiros e decretou a nacionalização das empresas, dos [[banco]]s e dos recursos petrolíferos do país.

Em [[1972]], a Líbia e o [[Egito]] uniram-se numa Confederação de Repúblicas Árabes, que se dissolveu em [[1979]]. Em [[1984]], a Líbia e o [[Marrocos]] tentaram uma união formal, extinta em [[1986]].

Khadafi procurou desencadear uma revolução cultural, social e econômica que provocou graves tensões políticas com os [[Estados Unidos]], [[Reino Unido]] e países árabes moderados ([[Egito]], [[Sudão]]). Apoiado pelo [[Partido Político|partido]] único, a [[União Socialista Árabe]], aproveitou-se da riqueza gerada pela exploração das grandes reservas de petróleo do país para construir seu poderio militar e interferir nos assuntos dos países vizinhos, como o [[Sudão]] e o [[Chade]] ([[Tchad]]). O Chade foi invadido pela Líbia em [[1980]].

Depois da [[Guerra do Yom Kippur]], a Líbia levou seus parceiros árabes a não exportar petróleo para os Estados que apoiaram [[Israel]]. Opôs-se à iniciativa do presidente egípcio [[Anwar al-Sadat]], de restabelecer a paz com Israel, e participou ativamente, junto com a [[Síria]], da chamada "[[frente de resistência]]" em [[1978]]. Seu apoio à [[Organização para a Libertação da Palestina]] ([[OLP]]) se intensificou, e a cooperação com os [[palestinos]] se estendeu a outros grupos revolucionários de países não árabes, que receberam ajuda econômica líbia.

A rejeição a Israel, as manifestações anti-americanas e a aproximação com a [[União Soviética]], por parte da Líbia, geraram sérios conflitos na [[década de 1980]]. As relações da Líbia com os [[Estados Unidos]] se deterioraram quando, em [[1982]], os Estados Unidos impuseram um embargo às importações de petróleo líbio. Em resposta a vários atentados contra soldados americanos na [[Europa]] e às acusações de que o governo líbio patrocinava ou estimulava o [[terrorismo]] internacional, o presidente [[Ronald Reagan]] ordenou, em abril de [[1986]], um bombardeio da aviação americana a vários alvos militares em Trípoli e Bengazi, em que pereceram 130 pessoas. Kadhafi, que perdeu uma filha adotiva quando sua casa foi atingida, manteve-se como chefe político, mas sua imagem internacional deteriorou-se rapidamente.

Para tirar o país do isolamento [[Diplomacia|diplomático]], no início da [[década de 1990]] o chefe líbio dispôs-se a melhorar o relacionamento com as potências ocidentais e com as nações vizinhas. Em [[1989]], a Líbia associou-se à [[União de Magreb]], um acordo comercial dos Estados do norte da África. Em [[1991]], durante a [[Guerra do Golfo Pérsico]], a Líbia adotou uma posição moderada, opondo-se tanto à invasão do [[Kuwait]] quanto ao posterior uso da força contra o [[Iraque]]. Apesar de sua neutralidade no conflito, a Líbia se manteve sob crescente isolamento internacional até meados da década. Em [[1992]] os [[Estados Unidos]], o [[Reino Unido]] e a [[França]], com a aprovação do [[Conselho de Segurança da ONU|Conselho de Segurança]] das [[Nações Unidas]], impuseram pesados embargos ao [[comércio]] e ao tráfego aéreo líbio, porque o governo se negava a [[extradição|extraditar]] os dois líbios suspeitos de terem colocado uma [[bomba]] num avião de passageiros norte-americano que explodiu sobre [[Lockerbie]], na [[Escócia]], em [[1988]], e matou 270 pessoas ([[Atentado de Lockerbie]]). Este tipo de sanção repetiu-se nos anos seguintes, mas Khadafi desrespeitou o bloqueio aéreo militar viajando para [[Nigéria]] e [[Níger]], bem como enviando peregrinos a [[Meca]] em aviões de [[Bandeira da Líbia|bandeira líbia]].

Em [[1993]] a Líbia rompeu relações com o [[Irão]], reagindo contra o crescimento do [[fundamentalismo islâmico]]. Em [[1994]], os líbios retiram-se do [[Chade]]. As relações de Khadafi com os [[palestinos]] se deterioraram, à medida que estes se mostraram dispostos a negociar uma paz com [[Israel]], e em setembro de [[1995]] o dirigente líbio anunciou a expulsão de 30 mil palestinos que trabalhavam na Líbia. A medida foi suspensa depois da [[deportação]] de 1500 pessoas, e em outubro de [[1996]] Khadafi anunciou que estas seriam [[Indenização|indenizadas]]. O regime líbio tem enfrentado uma crescente resistência de parte de grupos religiosos islâmicos, e em [[1997]] seis oficiais do exército foram [[Fuzilamento|fuzilados]], acusados de [[espionagem]]. Tentando melhorar sua imagem internacional, Khadafi admitiu a possibilidade de conceder a extradição dos dois agentes acusados do [[atentado de Lockerbie]], desde que não sejam [[Julgamento|julgados]] nos [[Estados Unidos da América]] ou no [[Reino Unido]].
{{Info/País
|nome_nativo = الجمهورية الليبية<br><small>''al-Jumhūriyya al-Lībiyya''</small>
|nome_longo_convencional = República Líbia
|nome_pt = Líbia
|imagem_bandeira = Flag of Libya (1951).svg
|lema = ''[[Liberdade]], [[Justiça]], [[Democracia]]''
|tipo_governo = [[Governo provisório]]
|título_líder1 = [[Anexo:Lista de chefes de Estado da Líbia|Presidente do Conselho Nacional de Transição]]
|nome_líder1 = [[Mustafa Abdul Jalil]]
|título_líder2 = [[Anexo:Lista de chefes de governo da Líbia|Chefe da Equipe Executiva]]
|nome_líder2 = [[Mahmoud Jebril]]
}}

=== Revolução contra o atual regime ditatorial ===
{{Artigo principal|[[Protestos na Líbia em 2011]]}}
Em fevereiro de [[2011]], manifestações contra o governo de [[Muammar al-Gaddafi]] provocaram a morte de dezenas de civis. A comunicação por telefone é difícil e o país cortou por completo o acesso dos computadores à [[internet]]. A [[embaixada]] de diversos países, incluindo [[Brasil]] e [[Portugal]] tem tomado medidas para retirar cidadãos de seus respectivos países de solo Líbio. A imprensa internacional não foi autorizada a entrar no país e o aeroporto de [[Tripoli]] teve suas pistas bombardeadas, dificultando aterrisagens e decolagens, tornando muito crítica a situação do país. Relatos provenientes de testemunhas que falaram por telefone à estação de televisão britânica [[BBC]], contam que atiradores abrem fogo indiscriminadamente sobre pessoas que não representam nenhuma ameaça. 'Eles não fazem distinção (entre civis e militares), estão atirando para limpar as ruas. (Os atiradores) não são humanos, não sei o que são. Vi uma mulher ser morta apenas por ter ido à varanda de sua casa. Ela não estava fazendo nada, não estava protestando. Apenas olhou pela sua varanda. E minha esposa ouviu o barulho de aviões bombardeando as pessoas"<ref>http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=27760014</ref>


== Geografia ==
== Geografia ==

Revisão das 19h22min de 21 de março de 2011

 Nota: Para a ninfa que deu o nome ao país, veja Líbia (mitologia).
Líbia
‏ليبيا‎
(Lībiyā)
Bandeira da
Bandeira da
Brasão da
Brasão da
Bandeira Brasão
Gentílico: Líbio;
líbico[1]

Localização da
Localização da

Capital Trípoli
32°54′N 13°11′E
Cidade mais populosa Trípoli
Língua oficial Árabe[2]
Governo Disputado entre:
• Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia Muammar al-Gaddafi
• Conselho Nacional Líbio Mustafa Mohamed Abud Al Jeleil
Independência da Itália
• Data 24 de dezembro de 1951
Área
  • Total 1 759 540 km² (16.º)
População
 • Estimativa para 2008 6 173 579 hab. (104.º)
 • Censo 2006 5 673 000 hab. 
 • Densidade 4 hab./km² (211.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2005
 • Total US$ 67,244 bilhões USD(67.º)
 • Per capita US$ 15 401 USD (49.º)
IDH (2010) 0,755 (53.º) – alto[3]
Moeda Dinar (LYD)
Fuso horário EET (UTC+2)
Cód. Internet .ly
Cód. telef. +218

A Líbia (em árabe ليبيا, transl. Lībiyā, no árabe líbio Lībya; berbere ⵍⵉⴱⵢⴰ) é um país do norte de África, limitado a norte pelo Mar Mediterrâneo, a leste pelo Egito e pelo Sudão, a sul pelo Chade e pelo Níger e a oeste pela Argélia e pela Tunísia. Sua capital é Trípoli. É o país com o maior IDH da África (0,755) e um dos poucos do continente que apresentam IDH alto.[3]

A partir de 2011 a Líbia passou a não ter governo definitivo, visto que até então o único governo que o país tinha reconhecido como legítimo era a Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia, mas em 2011 a França reconheceu a República Líbia como o governo oficial, resultando então numa disputa entre os dois governos.[4]

Geografia

Centro de Trípoli, a capital do país.
Ver artigo principal: Geografia da Líbia

A Líbia situa-se no Norte de África, banhada pelo mar da Líbia, uma parte (reentrância) do mar Mediterrâneo e ladeado pelo Egito a leste e pela Tunísia e Argélia a oeste. Ao sul limita-se com o Níger e Chade e, a sudeste, um pequeno trecho com o Sudão. Divide-se em três regiões geográficas: a Cirenaica, a Tripolitânia e o Fezzan. Ao longo da costa, o clima é mediterrânico, mas o interior é o deserto muito seco do Saara, de onde por vezes sopra um siroco quente, seco e carregado de poeira (conhecido no país como ghibli). No deserto também são comuns tempestades de poeira de areia. Os recursos naturais principais do país são o petróleo, gás natural e gesso.

Demografia

Total: 6 milhões (2008), sendo árabes líbios 97%, berberes, africanos e turcos 3% (1996). Densidade: 3,15 hab./km2. População urbana: 78% (2008). População rural: 22% (2008). Crescimento demográfico: 2% ao ano (2008). Fecundidade: 3,5 filhos por mulher (2008). Expectativa de vida M/F: 72/76 anos (2008). Mortalidade infantil: 18 por mil nascimentos (2008). Analfabetismo: 15,8% (2007). IDH (0-1): 0,847 (2007).

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões da Líbia

A Líbia se subdivide em 32 municipalidades (em árabe Sha'biyah, plural Sha'biyat).

As 32 municipalidades são:

1 Ajdabiya 17 Ghat
2 Al Butnan 18 Gadamés
3 Al Hizam al Akhdar 19 Gharyan
4 Al Jabal al Akhdar (Al Bayda) 20 Murzuq
5 Al Jifarah 21 Mizdah
6 Al Jufrah 22 Misratah
7 Al Kufrah 23 Nalut
8 Al Marj 24 Tajura Wa Al Nawahi AlArba'
9 Al Murgub 25 Tarhuna Wa Msalata
10 An Nuqat al Khams 26 Tarabulus (Tripoli)
11 Al Qubbah 27 Sabha
12 Al Wahat 28 Surt
13 Az Zawiyah 29 Sabratha Wa Surman
14 Banghazi 30 Wadi Al Hayaa
15 Bani Walid 31 Wadi Al Shatii
16 Darnah 32 Yafran

Economia

Ver artigo principal: Economia da Líbia

A economia da Líbia depende basicamente do sector petrolífero, preenchendo cerca de 30% do Produto Interno Bruto, além de ser responsável por 95% das exportações[5]. Os rendimentos proporcionados pelo petróleo, e o facto de a população ser reduzida, faz com que este país tenha um dos maiores rendimentos per capita da África. Contudo, há uma deficiente distribuição desses rendimentos, vivendo as classes mais baixas que chegam a apresentar dificuldades na obtenção de alimentos, devido, também, a restrições nas importações.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura da Líbia
Cuscous, uma tradicional refeição líbia popular.

Gastronomia

A cozinha Líbia é uma mistura de árabe e Mediterrâneo, com uma forte influência italiana. O legado da Itália de quando a Líbia era uma colônia italiana pode ser visto na popularidade das massas nos seus cardápios, particularmente macarrão.

Esporte

Embora sempre tenha existido grande paixão do povo local pelas tradições árabes, naturalmente, tem crescido no país um movimento de inclusão e difusão de diversos esportes pela população nativa. Exemplos são a Liga da Líbia, de basquete, que embora com pouca projeção vem crescendo, e a Supertaça Líbia de Futebol, principal fonte de atletas para a seleção de futebol.

Ver também

Referências

  1. Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos
  2. De acordo com o Artigo 2º da Constituição da Líbia (texto em inglês), a língua oficial do país é o árabe. O inglês e o italiano também são falados, mas são idiomas secundários.
  3. a b «Ranking do IDH 2010». PNUD. Consultado em 4 de novembro de 2010 
  4. Gazeta do Povo. «Medo assola Trípoli e Kadafi perde controle do leste da Líbia». Consultado em 24 de fevereiro de 2011 
  5. http://www2.mre.gov.br/deaf/daf_3/libia2.htm

Ligações externas

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