Palácio Valada-Azambuja

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Fachada do Palácio Valada-Azambuja
Azulejos no átrio do palácio Valada-Azambuja

O Palácio Valada-Azambuja ou Palácio dos Condes de Azambuja, por lhes ter pertencido, situa-se no Largo do Calhariz, na freguesia de São Paulo, em Lisboa.[1]

Atualmente, no Palácio Valada-Azambuja está instalada a Biblioteca Municipal Camões, para além de parte da sua área estar afeta a residência de curta duração.

Está classificado como “imóvel de interesse público” desde 1982[2] e é parte integrante da classificação do Ascensor da Bica e área envolvente como monumento nacional, desde 2002. Faz ainda parte do Inventário Municipal do Património (n.º 49.02 do IMP) do Plano Director Municipal de Lisboa.[3].

História[editar | editar código-fonte]

Neste sítio existia uma casa e quinta de D. Álvaro Vaz de Almada antes dele morrer na Batalha de Alfarrobeira e, em 1449, transitar para o seu cunhado e opositor político Álvaro Pires de Távora que edificou um Palácio sobre as casas que aqui existiam[3]. Estando então na posse da família dos Távoras ao longo de três séculos depois sofreu mais várias modificações[4].

No átrio de entrada deste palácio de planta em forma de U, pode-se observar uma série de azulejos que recobrem ambas as paredes. Esses azulejos são datados do século XVII.

Foi totalmente reconstruído após a sua destruição aquando do Terramoto de 1755 e quando ruiu morreu nele o Embaixador de Espanha, que o habitava na altura[3].

Nessa altura, tornou-se habitação de D. José Menezes. No ano de 1791, o Marquês de Pombal - Sebastião José de Carvalho e Melo - viveu no Palácio por ser casado com uma irmã Menezes[3].

No início do século XIX, o Palácio era propriedade de D. Francisco de Menezes da Silveira e Castro, primeiro Conde da Caparica e Marquês de Valada. Em Janeiro de 1867, o Palácio foi vendido ao Conselheiro Francisco José da Silva Torres que o deu, mais tarde, de herança a uma enteada casada com o Conde de Azambuja[3].

Nos finais do século XIX sofreu outras diversas alterações, mantendo no entanto a sua fachada as características dum palácio setecentista.

Em 1880, Eça de Queiroz escreve sobre ele em “O Mandarim”, no qual refere que o seu “Palacete Amarelo ao Loreto”, onde decorriam “algumas das mais afamadas festas” de Lisboa[3].

Posteriormente, no decorrer de 1922, o edifício foi vendido ao antiquário Sr. Manuel Henriques de Carvalho, onde instalou aí a sede do jornal "A Lucta"[3]..

A partir do ano de 1925, passou a ser ocupado pela Biblioteca Municipal Camões.

Em 1936, o Palácio sofreu obras e passou a ser as instalações dos 7º e 9º Juízos Criminais de Lisboa[3].

Actualmente foi alvo de uma intervenção de Reabilitação Urbana conduzida por um Fundo de Investimento Imobiliário, o Fundo Santa Casa 2004, gerido e administrado pela FundBox – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, SA que o transformaria num empreendimento residencial, destinado ao arrendamento residencial de curta duração.

Classificação[editar | editar código-fonte]

Imóvel de Interesse Público (Decreto-lei 28/82, DR 47, de 26 de fevereiro de 1982).[2]

Referências

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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