Primeiro Comando do Maranhão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Primeiro Comando do Maranhão
Fundação 2003
Local de fundação Presídios maranhenses
Anos ativo 2006-2017
Território (s) São Luís  Maranhão
Atividades Assassinatos, assaltos, tráfico de drogas.
Aliados Comando Vermelho (2017)
Rivais Bonde dos 40
Primeiro Comando da Capital (PCC)

Primeiro Comando do Maranhão (PCM) foi uma organização criminosa do Maranhão[1][2][3] que atuou no Maranhão entre 2006 a 2017, principalmente nos bairros centrais de São Luis e sempre esteve em guerra contra o Bonde dos 40[1][2][3] pelo controle dos pontos de tráfico das áreas mais periféricas da cidade.

Até 2017, o grupo era aliado à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) contra o Bonde dos 40 (B40) que tinha como aliada a facção carioca Comando Vermelho (CV). No entanto, a facção paulista (PCC) e carioca (CV) romperam com seus antigos aliados no Maranhão, obrigando estas fazerem alianças: o PCM se aliou ao CV e mudou nome para ser a filial Comando Vermelho maranhense, enquanto o B40 se aliou com a facção paulista PCC e com a carioca ADA.

Sua atividade principal era o narcotráfico, mas o grupo tem praticado também assaltos pesados. Em 2013, o grupo chamou atenção devido a rebeliões realizadas em presídios maranhenses[4][5] contra B40 e mais tarde contra o Comando Organizado do Maranhão (COM).

História[editar | editar código-fonte]

O PCM surgiu nos presídios maranhenses após contato com membros do PCC paulista em diversos presídios federais, além de São Luis em 2006.[5]

Entre 2010 a 2014, o grupo ficou conhecido por promover rebeliões nas cadeias e no Pedrinhas contra B40 e ataques nas ruas, provocando a morte de mais 100 presos. Desde então, o PCM e B40 passaram a lutar violentamente pelos domínios nos bairros de parafitas (nome local para "favelas nos mangues") e comunidades (nome local para "periferia" ou "bairro pobre", sem nenhuma relação ao significado favela), causando dezenas de mortes e feridos.

Com o tempo, entre 2013 a 2017, o B40 passou a vencer o rival PCM e dominando quase todos os bairros, chegando a 90% dos pontos de venda de drogas e bairros, além de atuar no interior do Maranhão. Porém, quando já estava a ganhar 95% dos domínios, as facções carioca (CV) e paulista (PCC) romperam com seus antigos aliados no Maranhão, obrigando estas fazerem alianças: o B40 se aliou com a facção carioca ADA, enquanto o PCM se aliou ao CV e mudou nome para a filial Comando Vermelho maranhense. Isto fez surgir outra facção Comando Organizado do Maranhão (COM), uma dissidência das duas facções maranhenses, que passou atacar na comunidade (bairro pobre) Cidade Olímpica e ganhou o domínio do bairro desde então.

Enquanto isso, o PCM (que perdeu seu antigo aliado PCC) decidiu mudar de tática ao atacar B40 e conseguir dominar partes dos bairros Cidade Operária e São Cristóvão, além de atuar em bairros nos municípios do Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa, expulsando B40 nestes locais. Com isso, entre final de 2016 a início de 2017, todos os integrantes passaram a ser Comando Vermelho e o PCM foi extinto, tornando-se a primeira filial do CV no Maranhão.

Em 2018, COM se aliou com o CV e todos o integrantes passaram a fazer parte do CV e o COM foi extinto, sendo assim o CV ganhou o domínio do bairro Cidade Olímpica até então.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikisource Textos originais no Wikisource
Wikinotícias Notícias no Wikinotícias

Referências

  1. a b Brena Freitas Rodrigues, Arleysson Rodrigo da Silva Santos e Pedro Sobrinho (2014). «Criteriabilidade e Sensacionalismo no Aqui Maranhão: Uma análise da cobertura jornalística sobre a crise carcerária em Pedrinhas (especialmente página 3)» (PDF). Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação + XXXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Consultado em 25 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 25 de fevereiro de 2017 
  2. a b Fernando Oliveira Piedade e Maria Luciene B. Carvalho (2015). «Sistema Prisional de Pedrinhas em São Luís do Maranhão : presente conturbado e futuro incerto». Universidade de Santa Cruz do Sul. Consultado em 25 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 25 de fevereiro de 2017 
  3. a b Luana Duarte Assunção de Freitas e Fernando Oliveira Piedade (2016). «Sistema Prisional de Pedrinhas em São Luís do Maranhão : crise continuada». Universidade de Santa Cruz do Sul. Consultado em 25 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 25 de fevereiro de 2017 
  4. O Quarto Poder, ed. (12 de dezembro de 2014). «A verdadeira história do Bonde dos 40 e PCM. Saiba como tudo começou!». Consultado em 12 de janeiro de 2016 
  5. a b Veja, ed. (11 de janeiro de 2014). «Mapa do tráfico: Bonde dos 40 e PCM disputam venda de crack em São Luís». Consultado em 12 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 30 de abril de 2016