Superliga Brasileira de Voleibol Masculino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Superliga Série A
Voleibol
País  Brasil
Confederação CSV
Organizador CBV
Informações gerais
Número de equipes Variável
Divisão Primeira divisão
Rebaixamento Série B
Torneios internacionais Sul-Americano de Clubes
Temporadas
Primeira temporada 1976
Temporada atual A 2020/2021
Primeiro campeão Rio de Janeiro Botafogo de Futebol e Regatas
Atual campeão São Paulo Vôlei Taubaté (2º título)
Maior campeão Minas Gerais Minas Tênis Clube (9 títulos)
Página oficial da competição

Superliga Brasileira de Voleibol Masculino é o "nome-fantasia" da principal divisão do Campeonato Brasileiro de Voleibol. A denominação "Série A" passou a ser utilizada a partir da temporada 2011/2012, na qual foi criada a Série B. Todos os campeões anteriores da Superliga são reconhecidos como campeões brasileiros de voleibol, assim como todos os campeões da Série A desta temporada em diante.

O torneio é organizado anualmente pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e dá acesso ao seu campeão ao Campeonato Sul-Americano de Clubes. Os dois últimos colocados são rebaixados à Série B na temporada seguinte.

Os direitos de transmissão da Superliga no Brasil pertencem a Rede Globo em parceria com a TV Cultura[1] em TV aberta e ao SporTV em TV fechada.[2]

História

Até a década de 1960, as competições de voleibol no Brasil só ocorriam em nível estadual, sem nenhuma competição nacional oficial. Em 1962 e 1963 disputou-se a Taça Guarani de Clubes Campeões vencidas pelo Grêmio Náutico União do Rio Grande do Sul e pelo Minas Tênis Clube de Minas Gerais, respectivamente. Em 1964 disputou-se a única edição do Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões, vencido novamente pela equipes do Minas Tênis Clube. De 1968 a 1975 (com exceção de 1970) disputou-se a Taça Brasil. O Botafogo do Rio de Janeiro foi o grande vencedor, conquistando as edições de 1971, 1972 e 1975. Seu grande rival da época, o Paulistano, venceu as edições de 1973 e 1974. Santos (1968) e Randi (1969) venceram as outras edições.

Em 1976 surge o Campeonato Brasileiro de Clubes, competição que previamente seria disputada a cada dois anos, de 1976 a 1980, começou a ser disputada anualmente a partir de 1981 contando somente com equipes profissionais. O primeiro vencedor da era profissional foi o Atlântica Boavista do Rio de Janeiro, equipe que se consolidou como uma das maiores forças do voleibol brasileiro na década de 1980.

Na temporada 1988/1989 o campeonato passa a ocorrer entre o segundo semestre de um ano e o primeiro do outro, adaptando-se assim às principais competições mundiais, surgindo a Liga Nacional. A Superliga foi disputada pela primeira vez na temporada 1994/1995, com o fim da Liga Nacional. O número de participantes varia a cada ano. Desde a temporada 2011/2012 o torneio passou a contar com duas divisões - Série A e Série B, disputadas em paralelo.

Série A

A Série A é a principal divisão do torneio nacional. Uma das características históricas da Superliga Masculina foi a falta de uma padronização no sistema de disputa, que mudava a cada ano, assim como as regras e o número de participantes. Desde a temporada 2009/2010 a forma de disputa tem sido com uma fase classificatória em pontos corridos, turno e returno, quartas-de-final definidas em série melhor-de-três, semifinais em melhor-de-cinco e final em jogo único.

O campeão ganha o direito de disputar o Campeonato Sul-Americano de Clubes.

Edição atual

Equipe Cidade Ginásio Capacidade Posição na temporada 2019/20
APAN/Blumenau Santa Catarina Blumenau Arena Multiuso 3 000 10º na Superliga A
AV Uberlândia Minas Gerais Uberlândia Uberlândia Tênis Clube 1 000 2º na Superliga B
Vôlei Guarulhos São Paulo Guarulhos Ginásio Ponte Grande 3 000 1º na Superliga B
Taubaté São Paulo Taubaté Ginásio do Abaeté 3 000 2º na Superliga A
Vôlei Um Itapetininga São Paulo Itapetininga Ginásio Ayrton Senna 1 000 8º na Superliga A
Pacaembu Ribeirão Preto São Paulo Ribeirão Preto Ginásio Cava do Bosque 1 200 9º na Superliga A
Minas Tênis Clube Minas Gerais Belo Horizonte Arena Juscelino Kubitschek 3 650 6º na Superliga A
América Vôlei [IND] Minas Gerais Montes Claros Tancredo Neves 8 600 12º na Superliga A
Sada Cruzeiro Minas Gerais Contagem Ginásio do Riacho 2 000 1º na Superliga A
Caramuru Vôlei [IND] Paraná Ponta Grossa Arena Multiuso 3 000 11º na Superliga A
SESI-SP São Paulo São Paulo Ginásio do Sesi 800 3º na Superliga A
Vôlei Renata São Paulo Campinas Ginásio do Taquaral 2 600 5º na Superliga A


Nota
IND 1 O Caramuru Vôlei chegou a ser rebaixado, porém com a desistência do Maringá Vôlei, retornou ao campeonato[3].

Nota
IND 2 O América Volei chegou a ser rebaixado, porém com a desistência do SESC-RJ, retornou ao campeonato[4].

Resultados

TAÇA GUARANI DE CLUBES CAMPEÕES DE VOLEIBOL MASCULINO
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
1962
Detalhes
Rio Grande do Sul
Grêmio Náutico União
1963
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
CAMPEONATO BRASILEIRO DE CLUBES CAMPEÕES DE VOLEIBOL MASCULINO
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
1964
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
TAÇA BRASIL DE VOLEIBOL MASCULINO
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
1968
Detalhes
São Paulo
Santos FC
1969
Detalhes
São Paulo
Randi EC
1971
Detalhes
Rio de Janeiro
Botafogo FR
1972
Detalhes
Rio de Janeiro
Botafogo FR
1973
Detalhes
São Paulo
CA Paulistano
1974
Detalhes
São Paulo
CA Paulistano
1975
Detalhes
Rio de Janeiro
Botafogo FR
CAMPEONATO BRASILEIRO DE CLUBES DE VOLEIBOL MASCULINO
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
1976
Detalhes
Rio de Janeiro
Botafogo FR
São Paulo
CA Paulistano
1978
Detalhes
São Paulo
CA Paulistano
Rio de Janeiro
CR Flamengo
1980
Detalhes
São Paulo
ADC Pirelli
Rio de Janeiro
Fluminense FC
1981
Detalhes
Rio de Janeiro
ADC Bradesco Atlântica
São Paulo
ADC Pirelli
1982
Detalhes
São Paulo
ADC Pirelli
Rio de Janeiro
ADC Bradesco Atlântica
1983
Detalhes
São Paulo
ADC Pirelli
Rio de Janeiro
ADC Bradesco Atlântica
1984
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
Rio de Janeiro
ADC Bradesco Atlântica
São Paulo
ADC Pirelli
1985
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
Rio de Janeiro
ADC Bradesco Atlântica
1986
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
Rio de Janeiro
ADC Bradesco Atlântica
São Paulo
ADC Pirelli
1987
Detalhes
São Paulo
EC Banespa
São Paulo
ADC Pirelli
LIGA NACIONAL DE VOLEIBOL MASCULINO
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
1988/1989
Detalhes
São Paulo
ADC Pirelli
Minas Gerais
Minas TC
1989/1990
Detalhes
São Paulo
EC Banespa
São Paulo
ADC Pirelli
1990/1991
Detalhes
São Paulo
EC Banespa
Rio Grande do Sul
AA Frangosul
1991/1992
Detalhes
São Paulo
EC Banespa
São Paulo
ADC Pirelli
Rio Grande do Sul
AA Frangosul
1992/1993
Detalhes
São Paulo
EC União Suzano
São Paulo
ADC Pirelli
1993/1994
Detalhes
São Paulo
EC União Suzano
São Paulo
SE Palmeiras
SUPERLIGA BRASILEIRA DE VOLEIBOL MASCULINO
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
1994/1995
Detalhes
Rio Grande do Sul
SG Novo Hamburgo
São Paulo
EC União Suzano
São Paulo
SE Palmeiras
1995/1996
Detalhes
São Paulo
Olympikus
São Paulo
EC União Suzano
Rio Grande do Sul
SG Novo Hamburgo
1996/1997
Detalhes
São Paulo
EC União Suzano
São Paulo
EC Banespa
São Paulo
Olympikus
1997/1998
Detalhes
Rio Grande do Sul
SC Ulbra
Rio de Janeiro
Olympikus
São Paulo
EC União Suzano
1998/1999
Detalhes
Rio Grande do Sul
SC Ulbra
São Paulo
EC União Suzano
Rio de Janeiro
Olympikus
1999/2000
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
Santa Catarina
Unisul EC
São Paulo
EC Banespa
2000/2001
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
Rio Grande do Sul
SC Ulbra
Santa Catarina
Unisul EC[5]
2001/2002
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
São Paulo
EC Banespa
São Paulo
Náutico Araraquara
2002/2003
Detalhes
Rio Grande do Sul
SC Ulbra
Santa Catarina
Unisul EC
São Paulo
EC Banespa
2003/2004
Detalhes
Santa Catarina
Unisul EC
Rio Grande do Sul
SC Ulbra
Minas Gerais
Minas TC
2004/2005
Detalhes
São Paulo
EC Banespa
Minas Gerais
Minas TC
Rio Grande do Sul
On Line
2005/2006
Detalhes
Santa Catarina
Cimed EC
Minas Gerais
Minas TC
São Paulo
EC Banespa
2006/2007
Detalhes
Minas Gerais
Minas TC
Santa Catarina
Cimed EC
São Paulo
EC Banespa
2007/2008
Detalhes
Santa Catarina
Cimed EC
Minas Gerais
Minas TC
Rio Grande do Sul
SC Ulbra
2008/2009
Detalhes
Santa Catarina
Cimed EC
Minas Gerais
Minas TC
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
2009/2010
Detalhes
Santa Catarina
Cimed EC
Minas Gerais
FUNADEM Montes Claros
São Paulo
EC Pinheiros
2010/2011
Detalhes
São Paulo
SESI-SP
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
São Paulo
Vôlei Futuro
SUPERLIGA BRASILEIRA DE VOLEIBOL MASCULINO - SÉRIE A
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
2011/2012
Detalhes
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
São Paulo
Vôlei Futuro
Minas Gerais
Minas TC
2012/2013
Detalhes
Rio de Janeiro
AD RJX
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
São Paulo
SESI-SP
2013/2014
Detalhes
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
São Paulo
SESI-SP
São Paulo
BVC Campinas
2014/2015
Detalhes
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
São Paulo
SESI-SP
São Paulo
Vôlei Taubaté
2015/2016[6]
Detalhes
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
São Paulo
BVC Campinas
São Paulo
Vôlei Taubaté
2016/2017[7][8]
Detalhes
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
São Paulo
Vôlei Taubaté
São Paulo
SESI-SP
2017/2018
Detalhes
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
São Paulo
SESI-SP
Rio de Janeiro
SESC-RJ
2018/2019
Detalhes
São Paulo
Vôlei Taubaté
São Paulo
SESI-SP
Minas Gerais
Sada Cruzeiro Vôlei
2019/2020
Detalhes
Cancelada devido a pandemia de Covid-19
2020/2021
Detalhes
São Paulo
Vôlei Taubaté
Minas Gerais
Minas TC
São Paulo
Vôlei Renata

Títulos por clube

Equipe Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
Minas Gerais Minas TC 9 6 2
Minas Gerais Sada Cruzeiro 6 2 2
São Paulo Vôlei Renata[nota 1] 5 3 6
São Paulo ADC Pirelli 4 5 0
Santa Catarina Cimed EC 4 1 0
Rio de Janeiro Botafogo FR 4 0 0
São Paulo EC União Suzano 3 3 1
Rio Grande do Sul Ulbra[nota 2] 3 2 1
São Paulo CA Paulistano 3 1 0
São Paulo Vôlei Taubaté 2 1 2
Rio de Janeiro ADC Bradesco Atlântica 1 5 0
São Paulo SESI-SP 1 4 2
Santa Catarina Unisul EC 1 2 1
São Paulo Olympikus 1 0 1
Rio Grande do Sul SG Novo Hamburgo 1 0 1
Rio Grande do Sul Grêmio Náutico União 1 0 0
São Paulo Santos FC 1 0 0
São Paulo Randi EC 1 0 0
Rio de Janeiro AD RJX 1 0 0
Rio Grande do Sul AA Frangosul 0 1 1
Rio de Janeiro Olympikus 0 1 1
São Paulo Vôlei Futuro 0 1 1
São Paulo SE Palmeiras 0 1 1
Rio de Janeiro CR Flamengo 0 1 0
Rio de Janeiro Fluminense FC 0 1 0
Minas Gerais FUNADEM Montes Claros 0 1 0
São Paulo EC Pinheiros 0 0 1
São Paulo Náutico Araraquara 0 0 1
Rio Grande do Sul On Line 0 0 1
Rio de Janeiro SESC-RJ 0 0 1

Títulos por estado

Estado Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
 São Paulo 21 19 16
 Minas Gerais 15 9 4
 Rio de Janeiro 6 8 2
 Rio Grande do Sul 5 3 3
 Santa Catarina 5 3 1

MVPs por edição

Ver também

Notas

  1. Jogou até a temporada 2005/2006 como Banespa, entre 2006/2007 a 2009/2010 como Brasil Vôlei Clube, entre 2010/2011 a 2016/2017 como Brasil Vôlei Kirin e hoje joga como Vôlei Renata de Campinas.
  2. Jogou até a temporada 2007/2008 como Ulbra em Canoas (RS), mas nas temporadas de 2003–04 e 2005-06 junto ao SPFC mas com sede em Canoas-RS, na temporada 2007–08 junto a Suzano mas com sede também em Canoas-RS, mas já na 2008/2009 junto a Suzano a sede foi nessa cidade de (SP). Nas duas temporadas seguintes jogou junto ao São Caetano/Tamoyo nessa cidade paulista.

Referências

  1. «TV Cultura exibirá jogos da Superliga». Amo Voleibol. Consultado em 2 de novembro de 2019 
  2. «Rede TV! faz acordo com a Globo e Superliga de Vôlei volta à TV aberta». UOL. 8 de abril de 2015. Consultado em 3 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2016 
  3. Redação (4 de agosto de 2020). «Fundado por Ricardinho, Maringá Vôlei anuncia a saída da Superliga após sete anos». GloboEsporte.com. Consultado em 15 de setembro de 2020 
  4. Daniel Ottoni (2 de março de 2020). «Saída de cena do Sesc (RJ) pode manter América Vôlei na Superliga masculina». O Tempo. Consultado em 15 de setembro de 2020 
  5. «SUPERLIGA 08/09: Histórico da Superliga». CBV. 27 de outubro de 2008. Consultado em 21 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 17 de outubro de 2014 
  6. Rocha, Danielle (10 de abril de 2016). «Cruzeiro passa sufoco, mas leva o tetra da Superliga e é "campeão de tudo"». globoesporte.com. Grupo Globo. Consultado em 11 de abril de 2016. Cópia arquivada em 11 de abril de 2016 
  7. «Classificação Final». CBV. Superliga.cbv.com.br. Consultado em 10 de maio de 2017. Arquivado do original em 10 de maio de 2017 
  8. Gabriel Rodrigues, João; Thaynara Amaral (7 de maio de 2017). «Azul é a cor do título: Cruzeiro domina Taubaté e é penta da Superliga». globoesporte.com. Grupo Globo. Consultado em 10 de maio de 2017. Cópia arquivada em 10 de maio de 2017 

Ligações externas