Síndrome do olho seco: diferenças entre revisões

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'''Síndrome do olho seco''', também conhecida como '''ceratoconjuntivite sicca''' ou '''síndrome da disfunção lacrimal''', é uma doença ocular multifatorial caracterizada pela diminuição na produção ou aumento na evaporação das [[lágrima]]s, que provoca desconforto, distúrbios visuais e instabilidade do filme lacrimal.<ref name="NEI">{{citar web|título=Facts About Dry Eye|url=https://nei.nih.gov/health/dryeye/dryeye|obra=National Eye Institute|publicado=U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health|acessodata=22 de Agosto de 2016|data=2013|língua=inglês}}</ref>{{sfn|Fonseca ''et al''|2010|p=197-203}} Outros sintomas associados incluem irritação, vermelhidão, secreção e olhos cansados. Os sintomas podem variar de leve e episódico a grave e frequente.{{sfn|Fonseca ''et al''|2010|p=197-203}}{{sfn|Kanellopoulos, Asimellis|2016|p=1-7}} Em alguns casos sem tratamento, pode ocorrer a cicatrização da [[córnea]].<ref name="NEI"/>
'''Síndrome do olho seco''' ou '''ceratoconjuntivite sicca''' é uma [[doença]] ocular causada pela diminuição da produção ou aumento da evaporação das [[lágrima]]s, resultando em um olho seco.

A síndrome pode ser desencadeada por disfunções da [[glândula acinotarsal]], [[alergia]]s, [[gravidez]], [[síndrome de Sjögren]], [[deficiência de vitamina A]], a cirurgia [[LASIK]] e por certos medicamentos, como [[anti-histamínico]]s, alguns [[anti-hipertensivo]]s, [[terapia de reposição hormonal|repositores hormonais]] e [[antidepressivo]]s.<ref name="NEI"/>{{sfn|Kanellopoulos, Asimellis|2016|p=1-7}} [[Conjuntivite]]s crônicas, como aquelas causadas por exposição à fumaça de cigarro ou por infecções, também podem levar a essa condição.<ref name="NEI"/> O diagnóstico baseia-se principalmente nos sintomas, mas pode ser confirmado por exames específicos.{{sfn|Fonseca ''et al''|2010|p=197-203}}{{sfn|Tavares ''et al''|2010|p=84-93}}

O tratamento depende da causa subjacente. Lágrimas artificiais são o tratamento de escolha habitual. A suspensão ou troca de certos medicamentos em uso pode ajudar a controlar o quadro. Dentre as medicações de uso tópico, as mais indicadas são os colírios de ação anti-inflamatória ([[ciclosporina|ciclosporina A]], [[corticosteroide]]s).<ref name="NEI"/>{{sfn|Fonseca ''et al''|2010|p=197-203}} Em casos mais graves e resistentes, o médico pode recorrer a outras modalidades de tratamento, como o uso de lentes de contato esclerocorneanas, oclusão de pontos lacrimais e diversas técnicas cirúrgicas.{{sfn|Fonseca ''et al''|2010|p=197-203}}

A síndrome do olho seco é uma doença ocular comum, que pode afetar 5 a 34% das pessoas em algum grau, dependendo da população analisada.{{sfn|Kanellopoulos, Asimellis|2016|p=1-7}}{{sfn|Messmer|2015|p=71-82}} Em indivíduos idosos, sua incidência pode chegar a 70%.{{sfn|Ding, Sullivan|2013|p=483-490}}

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==Bibliografia==
*{{Citar periódico |ultimo=Ding |primeiro=J. |autorlink= |coautores=Sullivan, D.A. |ano=2013 |mes=julho |titulo=Aging and dry eye disease |jornal=Experimental Gerontology |volume=47 |numero=7 |paginas=483-490 |formato= |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3368077/ |issn=0531-5565 |idioma=inglês |acessadoem=22 de agosto de 2016}}
*{{Citar periódico |ultimo=Fonseca |primeiro=E.C. |autorlink= |coautores=Arruda, G.V.; Rocha, E.M. |ano=2010 |mes=março/abril |titulo=Olho seco: etiopatogenia e tratamento |jornal=Arquivos Brasileiros de Oftalmologia |volume=73 |numero=2 |paginas=197-203 |formato=PDF |url=http://www.scielo.br/pdf/abo/v73n2/v73n2a21.pdf |issn=1678-2925 |idioma=português |acessadoem=22 de agosto de 2016}}
*{{Citar periódico |ultimo=Kanellopoulos |primeiro=A.J. |autorlink= |coautores=Asimellis, G. |ano=2016 |mes=janeiro |titulo=In pursuit of objective dry eye screening clinical techniques |jornal=Eye and Vision |volume=3 |numero=1 |paginas=1-7 |formato=PDF |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4716631/pdf/40662_2015_Article_32.pdf |issn=2326-0254 |idioma=inglês |acessadoem=22 de agosto de 2016}}
*{{Citar periódico |ultimo=Messmer |primeiro=E.M. |autorlink= |coautores= |ano=2015 |mes=janeiro |titulo=The pathophysiology, diagnosis, and treatment of dry eye disease |jornal=Deutsches Ärzteblatt International |volume=112 |numero=5 |paginas=71-82 |formato= |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4335585/ |issn=1866-0452 |idioma=inglês |acessadoem=22 de agosto de 2016}}
*{{Citar periódico |ultimo=Tavares |primeiro=F.P. |autorlink= |coautores=Fernandes, R.S.; Bernardes, T.F.; Bonfioli, A.A.; Soares, E.J. |ano=2010 |mes=maio |titulo=Dry eye disease |jornal=Seminars in Ophthalmology |volume=25 |numero=3 |paginas=84-93 |formato= |url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20590418 |issn=0882-0538 |idioma=inglês |acessadoem=22 de agosto de 2016}}


{{Patologia do olho}}
{{Patologia do olho}}

Edição atual tal como às 23h38min de 22 de agosto de 2016

Síndrome do olho seco
Síndrome do olho seco
Teste da lissamina verde positivo em paciente com quadro grave de olho seco.[1]
Especialidade oftalmologia
Classificação e recursos externos
CID-10 H19.3
CID-9 370.33
CID-11 1067300253
OMIM MTHU017601
DiseasesDB 12155
MedlinePlus 000426
eMedicine oph/695
MeSH D007638
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Síndrome do olho seco, também conhecida como ceratoconjuntivite sicca ou síndrome da disfunção lacrimal, é uma doença ocular multifatorial caracterizada pela diminuição na produção ou aumento na evaporação das lágrimas, que provoca desconforto, distúrbios visuais e instabilidade do filme lacrimal.[2][3] Outros sintomas associados incluem irritação, vermelhidão, secreção e olhos cansados. Os sintomas podem variar de leve e episódico a grave e frequente.[3][4] Em alguns casos sem tratamento, pode ocorrer a cicatrização da córnea.[2]

A síndrome pode ser desencadeada por disfunções da glândula acinotarsal, alergias, gravidez, síndrome de Sjögren, deficiência de vitamina A, a cirurgia LASIK e por certos medicamentos, como anti-histamínicos, alguns anti-hipertensivos, repositores hormonais e antidepressivos.[2][4] Conjuntivites crônicas, como aquelas causadas por exposição à fumaça de cigarro ou por infecções, também podem levar a essa condição.[2] O diagnóstico baseia-se principalmente nos sintomas, mas pode ser confirmado por exames específicos.[3][5]

O tratamento depende da causa subjacente. Lágrimas artificiais são o tratamento de escolha habitual. A suspensão ou troca de certos medicamentos em uso pode ajudar a controlar o quadro. Dentre as medicações de uso tópico, as mais indicadas são os colírios de ação anti-inflamatória (ciclosporina A, corticosteroides).[2][3] Em casos mais graves e resistentes, o médico pode recorrer a outras modalidades de tratamento, como o uso de lentes de contato esclerocorneanas, oclusão de pontos lacrimais e diversas técnicas cirúrgicas.[3]

A síndrome do olho seco é uma doença ocular comum, que pode afetar 5 a 34% das pessoas em algum grau, dependendo da população analisada.[4][6] Em indivíduos idosos, sua incidência pode chegar a 70%.[7]

Referências

  1. Vislisel, Jesse; Critser, Brice. «Lissamine green staining in keratoconjunctivitis sicca». Ophthalmology and Visual Sciences (em inglês). University of Iowa. Consultado em 22 de Agosto de 2016 
  2. a b c d e «Facts About Dry Eye». National Eye Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2013. Consultado em 22 de Agosto de 2016 
  3. a b c d e Fonseca et al 2010, p. 197-203.
  4. a b c Kanellopoulos, Asimellis 2016, p. 1-7.
  5. Tavares et al 2010, p. 84-93.
  6. Messmer 2015, p. 71-82.
  7. Ding, Sullivan 2013, p. 483-490.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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