Civilização do Vale do Indo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
e colocram
Criado ao traduzir a página "Indus Valley Civilisation"
Etiquetas: Inserção de predefinição obsoleta Inserção do elemento "nowiki", possivelmente errônea [de Conteúdo] [de Conteúdo 2]
Linha 1: Linha 1:
<br />{{Infobox archaeological culture|name=Indus Valley Civilization|map=Indus Valley Civilization, Mature Phase (2600-1900 BCE).png|mapalt=IVC major sites|region=[[South Asia]]|typesite=[[Harappa]]|period=[[Bronze Age#South Asia|Bronze Age South Asia]]|dates={{circa|3300|1300 BCE}}|precededby=[[Mehrgarh]]|followedby=[[Painted Grey Ware culture]]<br />[[Cemetery H culture]]}}
[[imagem:CiviltàValleIndoMappa.png|thumbnail|Mapa da Civilização do Vale do Indo]]
[[Ficheiro:Mohenjo-daro.jpg|direita|miniaturadaimagem|260x260px| Ruínas escavadas de [[Moenjodaro|Mohenjo-daro]], província de [[Sind|Sindh]], [[Paquistão]]. Mohenjo-daro, na margem direita [[Rio Indo|do rio Indo]], é um [[Património Mundial|Patrimônio Mundial da UNESCO]], o primeiro local no sul da Ásia a ser declarado como tal. ]]
[[imagem:Mohenjodaro Sindh.jpeg|thumb|Ruínas de [[Moenjodaro]]]]
'''Civilização do Vale do Indo''' (CVI) foi uma [[Civilização|civilização da]] [[Idade do Bronze]] nas regiões noroeste do [[Ásia Meridional|sul da Ásia]], que existiu entre 3300 a.C. e 1300 a.C., sendo que atingiu seu auge entre 2600 a.C. e 1900 a.C.. {{HarvRef|Wright|2009|p=1}} {{Refn|Wright: "Mesopotamia and Egypt ... co-existed with the Indus civilization during its florescence between 2600 and 1900&nbsp;BC."{{Sfn|Wright|2009|p=1}}}} Juntamente com o [[Antigo Egito|Egito antigo]] e a [[Mesopotâmia]], foi uma das três primeiras civilizações da região, compreendendo o [[Norte de África|norte da África]], o [[Sudoeste Asiático|oeste da Ásia]] e o sul da Ásia, e das três, a mais difundida, sendo que seu complexo de centros urbanos abrangem uma área que se estende do nordeste do [[Afeganistão]], através de grande parte do [[Paquistão]] e o oeste e noroeste da [[Índia]].{{HarvRef|Wright|2009}}{{Refn|Wright: "The Indus civilisation is one of three in the 'Ancient East' that, along with Mesopotamia and Pharaonic Egypt, was a cradle of early civilisation in the Old World (Childe, 1950). Mesopotamia and Egypt were longer lived, but coexisted with Indus civilisation during its florescence between 2600 and 1900&nbsp;B.C. Of the three, the Indus was the most expansive, extending from today's northeast Afghanistan to Pakistan and India."{{sfn|Wright|2009}}}} Floresceu nas bacias do [[rio Indo]], que flui através do Paquistão e ao longo de um sistema de rios perenes, principalmente alimentados por monções, que antes corriam nas proximidades do rio sazonal [[Rio Gagar|Ghaggar -Hakra]], no noroeste da Índia e no leste do Paquistão.{{HarvRef|Wright|2009|p=1}}{{HarvRef|Giosan|Clift|Macklin|Fuller|2012}}
'''Civilização do Vale do Indo''' foi uma [[civilização]] da [[Idade do Bronze]] (3300-1300 aC, período maduro 2600-1900 aC) principalmente nas regiões do noroeste da [[Ásia Meridional]], estendendo de o que é o atual nordeste do [[Afeganistão]] e noroeste de [[Paquistão]] e [[Índia]].{{Sfn|Wright|2009|p=1}} Junto com o [[Antigo Egito]] e a [[Mesopotâmia]], foi uma das três primeiras civilizações do [[Velho Mundo]], e das três, a mais difundida.{{Sfn|Wright|2010|journal=Proceedings of the National Academy of Sciences USA|year=2012|volume=109|issue=26|url=http://www.pnas.org/content/109/26/E1688.full|display-authors=etal}}<ref name=agu-198>{{citation|último1 =Maemoku|primeiro1 =Hideaki|último2 =Shitaoka|primeiro2 =Yorinao|último3 =Nagatomo|primeiro3 =Tsuneto; Yagi, Hiroshi|editor=Giosan,Liviu |editor2=Fuller, Dorian Q. |editor3=Nicoll, Kathleen |título=Climates, Landscapes, and Civilizations|url=https://books.google.com/books?id=D7aw5mfscBMC|series=American Geophysical Union Monograph Series 198|ano=2013|publicado=John Wiley & Sons|isbn=978-1-118-70443-1|capítulo=Geomorphological Constraints on the Ghaggar River Regime During the Mature Harappan Period}}</ref> A aridificação desta região durante o terceiro milênio aC pode ter sido o estímulo inicial para a [[urbanização]] deste povo, mas eventualmente também reduziu o suprimento de [[água]] o suficiente para causar a morte da civilização e espalhar sua população para o leste.<ref name=madella-fuller>{{citar periódico|último1 =Madella|primeiro1 =Marco|último2 =Fuller|primeiro2 =Dorian|título=Palaeoecology and the Harappan Civilization of South Asia: a reconsideration|periódico=Quaternary Science Reviews|volume= 25|issue=11–12|data=2006|páginas=1283–1301|doi=10.1016/j.quascirev.2005.10.012}}</ref><ref name=macdonald>{{citar periódico|último =MacDonald|primeiro =Glen|título=Potential influence of the Pacific Ocean on the Indian summer monsoon and Harappan decline|periódico=Quaternary International|volume=229|ano=2011|páginas=140–148|doi=10.1016/j.quaint.2009.11.012}}</ref><ref name=brooke-2015>{{citation|último =Brooke|primeiro =John L.|título=Climate Change and the Course of Global History: A Rough Journey|url=https://books.google.com/books?id=O9TSAgAAQBAJ&pg=PA296|data= 2014|publicado=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-87164-8|página=296}} a)Liviu Giosan et al., [http://www.pnas.org/content/109/26/E1688.full "Fluvial Landscapes of the Harappan Civilization,"] PNAS, 102 (2012), E1688—E1694; (b) Camilo Ponton, [http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1029/2011GL050722/full "Holocene Aridification of India,"] GRL 39 (2012), L03704; (c) Harunur Rashid et al., [http://research.bpcrc.osu.edu/Icecore/publications/Rashid%20et%20al%20Terr%20Atmos%20Ocean%20Sci%202011v222p215.pdf "Late Glacial to Holocene Indian Summer Monsoon Variability Based upon Sediment Records Taken from the Bay of Bengal,"] Terrestrial, Atmospheric, and Oceanic Sciences 22 (2011), 215-28; (d) Marco Madella and Dorian Q. Fuller, [http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0277379105002908 "Paleoecology and the Harappan Civilization of South Asia: A Reconsideration,"] Quaternary Science Reviews 25 (2006), 1283-301. Compare with the very different interpretations in Gregory L. Possehl{{citation|último =Possehl|primeiro =Gregory L.|título=The Indus Civilization: A Contemporary Perspective|url=https://books.google.com/books?id=pmAuAsi4ePIC&pg=PA239|ano=2002|páginas=237–245|publicado=Rowman Altamira|isbn=978-0-7591-0172-2}}, and Michael Staubwasser et al., "Climate Change at the 4.2 ka BP Termination of the Indus Valley Civilization and Holocene South Asian Monsoon Variability," GRL 30 (2003), 1425. Bar-Matthews and Avner Ayalon, "Mid-Holocene Climate Variations."</ref>


As cidades da civilização eram destacadas por seu planejamento urbano, casas de tijolos assados, sistemas elaborados de drenagem e abastecimento de água, aglomerados de grandes edifícios não residenciais e novas técnicas de artesanato (produtos de [[cornalina]], entalhes em selos) e metalurgia (cobre, bronze, chumbo e estanho). {{HarvRef|Wright|2009|pp=115–125}} As grandes cidades de [[Moenjodaro|Mohenjo-daro]] e [[Harapa]] muito provavelmente chegaram a ter entre 30.000 e 60.000 habitantes,{{HarvRef|Dyson|2018|p=29}}{{Refn|Dyson: "Mohenjo-daro and Harappa may each have contained between 30,000 and 60,000&nbsp;people (perhaps more in the former case). Water transport was crucial for the provisioning of these and other cities. That said, the vast majority of people lived in rural areas. At the height of the Indus valley civilization the subcontinent may have contained 4-6&nbsp;million people."{{Sfn|Dyson|2018|p=29}}}} sendo que a própria civilização, durante sua florescência, pode ter contido entre um e cinco milhões de pessoas.{{HarvRef|McIntosh|2008|p=187}}{{Refn|McIntosh: "The enormous potential of the greater Indus region offered scope for huge population increase; by the end of the Mature Harappan period, the Harappans are estimated to have numbered somewhere between 1 and 5&nbsp;million, probably well below the region's carrying capacity."{{Sfn|McIntosh|2008|p=187}}}} A gradual seca do solo da região durante o terceiro milênio a.C. pode ter sido o estímulo inicial para a urbanização associada à civilização, mas também reduziu o suprimento de água o suficiente para causar seu desaparecimento e a migração de sua população para o leste.{{HarvRef|Madella|Fuller|2006}}{{HarvRef|MacDonald|2011}}{{HarvRef|Giosan|Clift|Macklin|Fuller|2012}}{{HarvRef|Brooke|2014}}
No auge, a Civilização do Indo pode ter tido uma população de mais de cinco milhões de pessoas.<ref>{{citation |último =McIntosh |primeiro =Jane |título=The Ancient Indus Valley: New Perspectives |publicado=ABC-CLIO |ano=2008 |ISBN=978-1-57607-907-2 |p=387}}</ref> Os habitantes do antigo vale do rio Indo desenvolveram novas técnicas de [[artesanato]] (produtos de [[cornalina]], escultura de vedação) e [[metalurgia]] ([[cobre]], [[bronze]], [[chumbo]] e [[estanho]]). As cidades do Indo são conhecidas por seu planejamento urbano, casas de tijolos cozidos, sistemas de [[drenagem]] elaborados, sistemas de [[abastecimento de água]] e aglomerados de grandes [[edifício]]s não residenciais.{{Sfn|Wright|2010|pp=115–125}}


A civilização também é conhecida como '''Civilização Harapeana''', por conta da cidade de Harapa, a primeira a ser escavada no início do século XX no que era então a [[Índia britânica]] e agora é o Paquistão.{{HarvRef|Habib|2015|p=13}}{{Refn|Habib: "Harappa, in Sahiwal district of west Punjab, Pakistan, had long been known to archaeologists as an extensive site on the Ravi river, but its true significance as a major city of an early great civilization remained unrecognized until the discovery of Mohenjo Daro near the banks of the Indus, in the Larkana district of Sindh, by Rakhaldas Banerji in 1922. Sir John Marshall, then Director General of the Archaeological Survey of India, used the term 'Indus civilization' for the culture discovered at Harappa and Mohenjo Daro, a term doubly apt because of the geographical context implied in the name 'Indus' and the presence of cities implied in the word 'civilization'. Others, notably the Archaeological Survey of India after Independence, have preferred to call it `Harappan', or 'Mature Harappan', taking Harappa to be its type-site."{{Sfn|Habib|2015|p=13}}}} A descoberta de Harapa, e logo depois de Mohenjo-Daro, foi o ponto culminante do trabalho que começou em 1861 com a fundação do [[Serviço Arqueológico da Índia]] durante o [[Índia britânica|Raj britânico]].{{HarvRef|Wright|2009|p=2}} No entanto, houve culturas anteriores e posteriores, frequentemente chamadas pré-harapeanas e pós-harapeanas na mesma região. Em 2002, foram relatadas mais de 1.000 cidades e assentamentos harapeanos, dos quais pouco menos de cem haviam sido escavados,{{HarvRef|Possehl|2002a|pp=62–76}}{{Refn|Possehl: "There are 1,056&nbsp;Mature Harappan sites that have been reported of which 96 have been excavated."{{Sfn|Possehl|2002a|pp=62–76}}}}{{HarvRef|Possehl|2002|p=20}}{{HarvRef|Singh|2008|p=137}}{{Refn|Singh: "Today, the count of Harappan sites has risen to about 1,022, of which 406 are in Pakistan and 616 in India. Of these, only 97 have so far been excavated."{{Sfn|Singh|2008|p=137}}}} Entretanto, existem cinco principais locais urbanos:{{HarvRef|Coningham|Young|2015|p=192}}{{Refn|Coningham and Young: "More than 1,000&nbsp;settlements belonging to the Integrated Era have been identified (Singh, 2008: 137), but there are only five significant urban sites at the peak of the settlement hierarchy (Smith, 2.006a: 110) (Figure 6.2).These are: Mohenjo-daro in the lower Indus plain; Harappa in the western Punjab; Ganweriwala in Cholistan; Dholavira in western Gujarat; and Rakhigarhi in Haryana. Mohenjo-daro covered an area of more than 250&nbsp;hectares, Harappa exceeded 150&nbsp;hectares, Dholavira 100&nbsp;hectares and Ganweriwala and Rakhigarhi around 80 hectares each."{{Sfn|Coningham|Young|2015|p=192}}}} Harappa, Mohenjo-daro ([[Património Mundial|Património Mundial da UNESCO]] ), Dholavira, Ganeriwala em [[Deserto de Cholistão|Cholistan]] e Rakhigarhi.{{HarvRef|Wright|2009|p=107}}{{Refn|Wright: "Five major Indus cities are discussed in this chapter. During the Urban period, the early town of Harappa expanded in size and population and became a major center in the Upper Indus. Other cities emerging during the Urban period include Mohenjo-daro in the Lower Indus, Dholavira to the south on the western edge of peninsular India in Kutch, Ganweriwala in Cholistan, and a fifth city, Rakhigarhi, on the Ghaggar-Hakra. Rakhigarhi will be discussed briefly in view of the limited published material."{{Sfn|Wright|2009|p=107}}}} As primeiras culturas harapeanas foram precedidas por aldeias agrícolas [[Neolítico|neolíticas]] locais, a partir das quais as planícies fluviais foram povoadas. <ref name="Shaffer 1992 loc=I:441–464, II:425–446">{{Harvnb|Shaffer|1992|loc=I:441–464, II:425–446.}}</ref> {{HarvRef|Kenoyer|1991}}
A Civilização do Vale do Indo é também conhecida como a '''Civilização Harapense''', por conta de [[Harapa]]. Este foi o primeiro de seus sítios arqueológicos a ser escavado na década de 1920, no que era então a província de [[Punjabe]] da [[Índia britânica]] e agora é o Paquistão.<ref>{{citar livro|último = Beck|primeiro = Roger B.|autor2 = Linda Black|autor3 = Larry S. Krieger|autor4 = Phillip C. Naylor|autor5 = Dahia Ibo Shabaka|título= World History: Patterns of Interaction|publicado= McDougal Littell|ano= 1999|local= Evanston, IL| isbn = 0-395-87274-X}}</ref> A descoberta de Harapa, e logo depois, de [[Moenjodaro]], foi o auge do trabalho de escavação que começou em 1861 com a fundação do [[Serviço Arqueológico da Índia]] no [[Raj britânico]]. A escavação de locais harapenses tem acontecido desde 1920, com descobertas importantes que ocorreram tão recentemente quanto 1999.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/334517.stm|título='Earliest writing' found|publicado=BBC News|data=4 de maio de 1999 |acessodata=2010-01-05}}</ref>


O [[Língua harapeana|idioma harapeano]] não é diretamente atestado e sua afiliação é incerta, pois a escrita indo ainda não foi decifrada.<ref>{{Citar web|url=https://www.outlookindia.com/magazine/story/we-are-all-harappans/300463|titulo=We are all Harappans|series=Outlook India}}</ref> Um relacionamento com a família de idiomas [[Línguas dravídicas|dravidiano]] é uma teoria defendidas por uma parte dos estudiosos. <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Q5tpQgAACAAJ|título=Trading Encounters: From the Euphrates to the Indus in the Bronze Age|ultimo=Ratnagar, Shereen|isbn=978-0-19-566603-8}}</ref> <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books/about/Societies_Networks_and_Transitions.html?id=u4VOYN0dmqMC|título=Societies, Networks, and Transitions|ultimo=Lockard, Craig|volume=Volume&nbsp;1: To 1500|isbn=978-1-4390-8535-6}}</ref>
Houve culturas precoces e tardias na mesma área da Civilização Harapense. A civilização harapense é chamada às vezes a cultura harapense madura para distingui-la entre estas culturas. A partir de 1999, mais de 1.056 cidades e assentamentos foram encontrados, dos quais 96 foram escavados,<ref name=CUP>{{citar livro|editor-last=Morrison|editor-first=Kathleen D.|título=Forager-traders in South and Southeast Asia : long term histories|ano=2002|publicado=Cambridge Univ. Press|local=Cambridge [u.a.]|isbn=978-0-521-01636-0|página=62|url=https://books.google.com/books?id=6IAUKE7xv_cC&dq=oriyo+timbo&q=oriyo+timbo#v=onepage&q=sutkagen-dor&f=false|edição=[Online-Ausg.]|editor2=Junker, Laura L.}}</ref> principalmente na região geral dos rios Indo e [[rio Gagar|Gagar]] e seus afluentes. Entre os assentamentos estavam os principais centros urbanos de Harapa, Moenjodaro ([[Patrimônio Mundial]] da [[UNESCO]]), Ganeriwala no moderno Paquistão; e Dholavira e Rakhigarhi na Índia atual.{{Sfn|Wright|2010|p=107}} A língua harapense não é diretamente atestada e sua filiação é incerta porque a escrita Indo ainda não foi decifrada. Alguns estudiosos propuseram um relacionamento com a [[Família linguística|família]] de [[línguas dravídicas]].<ref>{{citar livro|autor =Ratnagar, Shereen|autorlink =Shereen Ratnagar|ano=2006|título=Trading Encounters: From the Euphrates to the Indus in the Bronze Age|publicado=Oxford University Press|local=India|isbn=978-0-19-566603-8|edição=2nd|url=https://books.google.com/books?id=Q5tpQgAACAAJ|página=25}}</ref><ref>{{citar livro|autor =Lockard, Craig|ano=2010|título=Societies, Networks, and Transitions, Volume 1: To 1500|publicado=Cengage Learning|local=India|isbn=1-4390-8535-8|edição=2nd|url=https://books.google.com/books/about/Societies_Networks_and_Transitions.html?id=u4VOYN0dmqMC|página=40}}</ref>


== Ver também ==
== Nome ==
A civilização do vale do Indo é nomeada por conta do [[Rede de drenagem|sistema]] [[Rio Indo|do]] [[Rede de drenagem|rio]] [[Rio Indo|Indo]], cujas [[Planície aluvial|planícies aluviais]] foram os primeiros locais onde vestígios da civilização foram identificados e escavados.{{HarvRef|Wright|2009|p=10}}{{Refn|Wright: "Unable to state the age of the civilization, he went on to observe that the Indus (which he ([[John Marshall (archaeologist)|John Marshall]]) named after the river system) artifacts differed from any known other civilizations in the region, ..."{{sfn|Wright|2009|p=10}}}} Seguindo uma tradição em arqueologia, a civilização é às vezes chamada de ''harapeana,'' por conta de [[Harapa]], o primeiro local a ser escavado na década de 1920; isso é notavelmente verdadeiro no uso empregado pelo Serviço Arqueológico da Índia após a independência da Índia em 1947.{{HarvRef|Habib|2002|pp=13–14}}{{Refn|Habib: "Sir John Marshall, then Director General of the Archaeological Survey of India, used the term 'Indus civilization' for the culture discovered at Harappa and Mohenjo Daro, a term doubly apt because of the geographical context implied in the name 'Indus' and the presence of cities implied in the word 'civilization'. Others, notably the Archaeological Survey of India after Independence, have preferred to call it (Harappan', or 'Mature Harappan', taking Harappa to be its type-site."{{sfn|Habib|2002|pp=13–14}}}}
* [[Paquistão]]


Uma parte dos estudiosos usa os termos "cultura sarasvati", "civilização sarasvati", "civilização indo-sarasvati" ou "civilização sindhu-saraswati", porque consideram o [[Rio Gagar|rio Ghaggar-Hakra]] o mesmo que o Sarasvati,<ref name="Singh2008">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=H3lUIIYxWkEC&dq=Upinder+Singh&q=malvan#v=snippet&q=malvan&f=false|título=A History of Ancient and Early medieval India: from the Stone Age to the 12th century|ultimo=Singh|primeiro=Upinder|isbn=978-81-317-1120-0}}</ref><ref name="Maisels2003">{{Citar livro|título=Early Civilizations of the Old World: The formative histories of Egypt, The Levant, Mesopotamia, India, and China|ultimo=Charles Keith Maisels|capitulo=The Indus/'Harappan'/Sarasvati Civilization|isbn=978-1-134-83731-1}}</ref><ref name="CushRobinson2008">{{Citar livro|título=Encyclopedia of Hinduism|ultimo=Denise Cush|ultimo2=Catherine A. Robinson|ultimo3=Michael York|isbn=978-0-7007-1267-0}}</ref> um rio mencionado várias vezes no [[Rigveda|Rig Veda]], uma coleção de [[Sânscrito védico|antigos hinos sânscritos]] compostos no segundo milênio a.C..{{HarvRef|Mukherjee|2001b}}{{HarvRef|Habib|2002|p=44}}{{HarvRef|Danino|2010}}{{Refn|For example [[Michel Danino]] notes that an alternative dating of the Vedas to the third millennium BCE coincides with the mature phase of the Indus Valley civilisation,{{sfn|Danino|2010|p=256}} and that it is "tempting" to equate the Indus Valley and [[Vedic period|Vedic cultures]].{{sfn|Danino|2010|p=258}} S.P. Gupta "argued that Vedic elements such as the horse, fire altars and animal sacrifices had existed at the so-called 'Indus-Sarasvati' culture sites."{{sfn|Habib|2002|p=44}} These suggestions are rejected by mainstream scholarship.{{sfn|Mukherjee|2001b}}|group=lower-alpha}} No entanto, pesquisas geofísicas recentes sugerem que, diferentemente do Sarasvati, cujas descrições no Rig Veda são as de um rio alimentado pela neve, o Ghaggar-Hakra era um sistema perene de rios alimentados por monções, que se tornaram sazonais na época em que a civilização diminuiu, aproximadamente 4.000 anos atrás.{{HarvRef|Giosan|Clift|Macklin|Fuller|2012}}{{Refn|Giosan (2012): "Numerous speculations have advanced the idea that the Ghaggar-Hakra fluvial system, at times identified with the lost mythical river of Sarasvati (e.g., 4, 5, 7, 19), was a large glacier fed Himalayan river. Potential sources for this river include the Yamuna River, the Sutlej River, or both rivers. However, the lack of large-scale incision on the interfluve demonstrates that large, glacier-fed rivers did not flow across the Ghaggar-Hakra region during the Holocene. ... The present Ghaggar-Hakra valley and its tributary rivers are currently dry or have seasonal flows. Yet rivers were undoubtedly active in this region during the Urban Harappan Phase. We recovered sandy fluvial deposits approximately 5,400&nbsp;y old at Fort Abbas in Pakistan (SI Text), and recent work (33) on the upper Ghaggar-Hakra interfluve in India also documented Holocene channel sands that are approximately 4,300&nbsp;y old. On the upper interfluve, fine-grained floodplain deposition continued until the end of the Late Harappan Phase, as recent as 2,900&nbsp;y ago (33) (Fig.&nbsp;2B). This widespread fluvial redistribution of sediment suggests that reliable monsoon rains were able to sustain perennial rivers earlier during the Holocene and explains why Harappan settlements flourished along the entire Ghaggar-Hakra system without access to a glacier-fed river."{{Sfn|Giosan|Clift|Macklin|Fuller|2012}}|group=lower-alpha}} Além disso, os defensores da nomenclatura "sarasvati" veem uma conexão entre o declínio da civilização e a ascensão da [[civilização védica]] na planície gangética; no entanto, historiadores do declínio da civilização do Vale do Indo consideram as duas substancialmente desconectadas.{{HarvRef|Sen|2019|p=81}}{{Refn|Sen: "The so-called lost-Saraswati controversy has reignited the debate about the end of the Harappan civilization and the beginning of the Vedic civilization of the Ganges. Were aspects of the mature Vedic cultures of the first millennium B.C.E. derived from a late version of the Indus Valley culture? Historians of the decline of the Harappan phase of the Indus Valley civilization such as Shereen Ratnagar have described the two as essentially disconnected, separated in both time and substance."{{Sfn|Sen|2019|p=81}}|group=lower-alpha}}
{{referências|col=2}}


=== Bibliografia ===
== Extensão ==
[[Ficheiro:IVC-major-sites-2.jpg|direita|miniaturadaimagem| Principais locais e extensão da civilização do vale do Indo ]]
* {{citation|último =Wright|primeiro =Rita P.|autorlink =Rita P. Wright|título=The Ancient Indus: Urbanism, Economy, and Society|url=https://books.google.com/books?id=gAgFPQAACAAJ|acessodata=29 de setembro de 2013|ano=2009|publicado=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-57219-4}}
A civilização do Indo era aproximadamente contemporânea das demais civilizações ribeirinhas do mundo antigo: o Egito ao longo do Nilo, Mesopotâmia nas terras regadas pelo Eufrates e Tigre e a China na bacia de drenagem do rio Amarelo. Na época de sua fase madura, a civilização havia se espalhado por uma área maior do que as outras mencionadas, o que incluía um núcleo de 1.500 km acima do plano aluvial do Indo e de seus afluentes. Além disso, havia uma região com flora, fauna e habitats díspares, até dez vezes maiores, que haviam sido moldados cultural e economicamente pelo Indo.{{HarvRef|Fisher|2018|p=35}}{{Refn|Fisher: "This was the same broad period that saw the rise of the civilizations of Mesopotamia (between the Tigris and Euphrates Rivers), Egypt (along the Nile), and northeast China (in the Yellow River basin). At its peak, the Indus was the most extensive of these ancient civilizations, extending 1,500&nbsp;km (930&nbsp;mi) up the Indus plain, with a core area of 30,000–100,000&nbsp;km² (11,600–38,600&nbsp;mil) and with more ecologically diverse peripheral spheres of economic and cultural influence extending out to ten times that area. The cultural and technological uniformity of the Indus cities is especially striking in light of the relatively great distances among them, with separations of about 280&nbsp;km (175&nbsp;mi) whereas the Mesopotamian cities, for example, only averaged about 20–25&nbsp;km (12.5–16&nbsp;mi) apart.{{sfn|Fisher|2018|p=35}}}}


Por volta de 6500 a.C., a agricultura surgiu no Baluchistão, nas margens do aluvião do Indo.{{HarvRef|Dyson|2018|p=29}}{{Refn|Dyson: "The subcontinent's people were hunter-gatherers for many millennia. There were very few of them. Indeed, 10,000&nbsp;years ago there may only have been a couple of hundred thousand people, living in small, often isolated groups, the descendants of various 'modern' human incomers. Then, perhaps linked to events in Mesopotamia, about 8,500&nbsp;years ago agriculture emerged in Baluchistan."{{sfn|Dyson|2018|p=29}}}}{{HarvRef|Fisher|2018|p=33}}{{Refn|Fisher: "The earliest discovered instance in India of well-established, settled agricultural society is at Mehrgarh in the hills between the Bolan Pass and the Indus plain (today in Pakistan) (see Map&nbsp;3.1). From as early as 7000&nbsp;BCE, communities there started investing increased labor in preparing the land and selecting, planting, tending, and harvesting particular grain-producing plants. They also domesticated animals, including sheep, goats, pigs, and oxen (both humped zebu [Bos indicus] and unhumped [Bos taurus]). Castrating oxen, for instance, turned them from mainly meat sources into domesticated draft-animals as well.{{sfn|Fisher|2018|p=33}}}} Nos milênios seguintes, incursões nas planícies do Indo preparam o terreno para o crescimento de assentamentos humanos rurais e urbanos.{{HarvRef|Coningham|Young|2015|p=138}}{{Refn|Coningham and Young: "Mehrgarh remains one of the key sites in South Asia because it has provided the earliest known undisputed evidence for farming and pastoral communities in the region, and its plant and animal material provide clear evidence for the ongoing manipulation, and domestication, of certain species. Perhaps most importantly in a South Asian context, the role played by zebu makes this a distinctive, localised development, with a character completely different to other parts of the world. Finally, the longevity of the site, and its articulation with the neighbouring site of Nausharo (c. 2800–2000&nbsp;BCE), provides a very clear continuity from South Asia's first farming villages to the emergence of its first cities (Jarrige, 1984)."{{sfn|Coningham|Young|2015|p=138}}}} A vida sedentária mais organizada, por sua vez, levou a um aumento líquido na taxa de natalidade.{{HarvRef|Dyson|2018|p=29}}{{Refn|Dyson: "In the millennia which followed, farming developed and spread slowly into the Indus valley and adjacent areas. The transition to agriculture led to population growth and the eventual rise of the Indus civilization. With the movement to settled agriculture, and the emergence of villages, towns and cities, there was probably a modest rise in the average death rate and a slightly greater rise in the birth rate."{{sfn|Dyson|2018|p=29}}}} Os grandes centros urbanos de Mohenjo-daro e Harappa muito provavelmente chegaram a ter entre 30.000 e 60.000 habitantes e, durante o florescimento da civilização, a população do subcontinente cresceu para algo entre 4 e 6 milhões de pessoas.{{HarvRef|Dyson|2018|p=29}}{{Refn|Dyson: "Mohenjo-daro and Harappa may each have contained between 30,000 and 60,000&nbsp;people (perhaps more in the former case). Water transport was crucial for the provisioning of these and other cities. That said, the vast majority of people lived in rural areas. At the height of the Indus valley civilization the subcontinent may have contained 4-6&nbsp;million people."{{Sfn|Dyson|2018|p=29}}}} Durante esse período, a taxa de mortalidade também aumentou, pois as condições de vida próximas de humanos e animais domesticados levaram a um aumento de doenças contagiosas.{{HarvRef|Fisher|2018|p=33}}{{Refn|Fisher: "Such an "agricultural revolution" enabled food surpluses that supported growing populations. Their largely cereal diet did not necessarily make people healthier, however, since conditions like caries and protein deficiencies can increase. Further, infectious diseases spread faster with denser living conditions of both humans and domesticated animals (which can spread measles, influenza, and other diseases to humans)."{{sfn|Fisher|2018|p=33}}}} Segundo uma estimativa, a população da civilização do Indo em seu pico pode ter sido entre um e cinco milhões de pessoas.{{HarvRef|McIntosh|2008|pp=186–187}}{{Refn|McIntosh: "'''Population Growth and Distribution''': "The prehistory of the Indo-Iranian borderlands shows a steady increase over time in the number and density of settlements based on farming and pastoralism. In contrast, the population of the Indus plains and adjacent regions lived mainly by hunting and gathering; the limited traces suggest their settlements were far fewer in number, and were small and widely scattered, though to some extent this apparent situation must reflect the difficulty of locating hunter-gatherer settlements. The presence of domestic animals in some hunter-gatherer settlements attests to contact with the people of the border-lands, probably in the context of pastoralists' seasonal movement from the hills into the plains. The potential for population expansion in the hills was severely limited, and so, from the fourth millennium into the third, settlers moved out from the borderlands into the plains and beyond into Gujarat, the first being pastoralists, followed later by farmers. The enormous potential of the greater Indus region offered scope for huge population increase; by the end of the Mature Harappan period, the Harappans are estimated to have numbered somewhere between 1 and 5&nbsp;million, probably well below the region's carrying capacity."{{Sfn|McIntosh|2008|pp=186–187}}}}
== Ligações externas ==
*{{Commonscat-inline|Indus Valley Civilization}}


A Civilização do Vale do Indo se estendeu do [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]] do Paquistão, a oeste, a [[Uttar Pradesh]] no oeste da Índia, a leste, do nordeste do Afeganistão, no norte, ao estado de [[Guzerate|Gujarat,]] no sul da Índia.<ref name="Singh2008">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=H3lUIIYxWkEC&dq=Upinder+Singh&q=malvan#v=snippet&q=malvan&f=false|título=A History of Ancient and Early medieval India: from the Stone Age to the 12th century|ultimo=Singh|primeiro=Upinder|isbn=978-81-317-1120-0}}</ref> O maior número de locais harapeanos está nos estados de [[Guzerate|Gujarat]], [[Haryana]], [[Punjab (Índia)|Punjab]], [[Rajastão]], [[Uttar Pradesh]], [[Jammu e Caxemira]] na Índia, e nas províncias de [[Sind|Sindh]], [[Punjab (Paquistão)|Punjab]] e [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]] no Paquistão. Os assentamentos costeiros se estenderam de Sutkagan Dor<ref>{{Citar periódico|titulo=Harappan Outposts on the Makran Coast|jornal=Antiquity|volume=36|doi=10.1017/S0003598X00029689}}</ref> no Baluchistão Ocidental a [[Lotal|Lothal]]<ref>{{Citar livro|título=Lothal and the Indus civilization|ultimo=Rao|primeiro=Shikaripura Ranganatha|isbn=978-0-210-22278-2}}</ref> em Gujarat. Uma cidade do Vale do Indo foi encontrada no [[Amu Dária|rio Oxus]] em Shortugai no norte do Afeganistão,<ref>{{Harvnb|Kenoyer|1998|p=96}}</ref> no vale do rio Gomal no noroeste do Paquistão,<ref>{{Citar periódico|titulo=Excavations in the Gomal Valley|jornal=Ancient Pakistan}}</ref> em Manda, Jammu no [[Rio Beás|rio Beas]] perto de Jammu,<ref>{{Citar livro|título=Harappan Civilization: A recent perspective|ultimo=Joshi|primeiro=J.P.|ultimo2=Bala|primeiro2=M.|editor-sobrenome=Possehl, Gregory L.|capitulo=Manda: A Harappan site in Jammu and Kashmir}}</ref> Índia, e em Alamgirpur, no rio Hindon, apenas 28 km de Deli.<ref>{{Citar livro|título=Indian Archaeology, A Review (1958–1959)|editor-sobrenome=A. Ghosh|capitulo=Excavations at Alamgirpur}}</ref> O local harapeano mais ao sul é Daimabad, em Maharashtra. Os sítios arqueológicos harapeanos são encontrados com mais frequência nos rios, mas também no litoral antigo,<ref>{{Citar livro|título=The Archaeology of Seafaring in Ancient South Asia|ultimo=Ray|primeiro=Himanshu Prabha|isbn=978-0-521-01109-9}}</ref> por exemplo, Balakot,<ref>{{Citar livro|título=South Asian Archaeology 1977|ultimo=Dales|primeiro=George F.|editor-sobrenome=Maurizio Taddei|capitulo=The Balakot Project: Summary of four years excavations in Pakistan}}</ref> e nas ilhas, por exemplo, Dholavira.<ref>{{Citar livro|título=History and Archaeology|ultimo=Bisht|primeiro=R.S.|editor-sobrenome=Chatterjee Bhaskar|capitulo=A new model of the Harappan town planning as revealed at Dholavira in Kutch: A surface study of its plan and architecture|isbn=978-81-85205-46-5}}</ref>
{{esboço-história}}
[[Ficheiro:Rakhaldas_Bandyopadhyay.jpg|direita|miniaturadaimagem|247x247px| RD Banerji, um oficial da ASI, visitou Mohenjo-daro em 1919-1920 e novamente em 1922-1923, postulando a antiguidade distante do local ]]
{{Portal3|História|Paquistão|Índia}}


== Era pré-harapeana: Mergar ==
[[Categoria:Civilização do Vale do Indo| ]]
[[Ficheiro:Diffusion_of_agriculture_from_the_Fertile_Crescent_after_9000_BC.jpg|miniaturadaimagem| Modelo de difusão da agricultura do [[Crescente Fértil]] após 9000 a.C. ]]
[[Mergar]] é um assentamente [[neolítico]] (7000 a.C. até 2500 a.C.), a oeste do [[Rio Indo|vale do rio Indo,]] perto da passagem de Bolan,<ref>{{Citar jornal|titulo=Stone age man used dentist drill|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4882968.stm}}</ref> que deu novas ideias sobre o surgimento da civilização do vale do Indo.<ref name="Chandler 34–42">{{Citar periódico|titulo=Traders of the Plain|url=http://www.saudiaramcoworld.com/issue/199905/traders.of.the.plain.htm|jornal=Saudi Aramco World|arquivodata=18 February 2007}}</ref>{{Refn|According to [[Ahmad Hasan Dani]], professor emeritus at [[Quaid-e-Azam University]], [[Islamabad]], the discovery of Mehrgarh "changed the entire concept of the Indus civilisation ... There we have the whole sequence, right from the beginning of settled village life."<ref name="Chandler 34–42"/>|group=lower-alpha}} Mergar é um dos primeiros locais com evidências de agricultura e pastoreio no [[Ásia Meridional|sul da Ásia]]<ref>UNESCO World Heritage. 2004. [http://whc.unesco.org/en/tentativelists/1876/ "]. ''Archaeological Site of Mehrgarh''</ref><ref>Hirst, K. Kris. 2005. [http://archaeology.about.com/od/mterms/g/mehrgarh.htm "Mehrgarh"]. '' Guide to Archaeology''</ref>{{Refn|Excavations at [[Bhirrana]], Haryana, in India between 2006 and 2009, by archaeologist K.N. Dikshit, provided six artefacts, including "relatively advanced pottery," so-called [[Hakra]] ware, which were dated at a time bracket between 7380–6201&nbsp;BCE.<ref name="indusmilleniumold">{{cite news |url=http://www.globalpost.com/dispatch/news/regions/asia-pacific/india/121116/indus-civilization-2000-years-old-archaeologists |title=Archeologists confirm Indian civilization is 2000&nbsp;years older than previously believed |author=Jason Overdorf |agency=Globalpost |date=28 November 2012}}</ref><ref name="milleniumold">{{cite web |url=http://www.hindustantimes.com/newdelhi/indus-valley-2-000-years-older-than-thought/article1-954601.aspx |title=Indus Valley 2,000&nbsp;years older than thought |date=2012-11-04 |df=dmy-all}}</ref><ref>{{cite news |url=http://timesofindia.indiatimes.com/india/Indus-era-8000-years-old-not-5500-ended-because-of-weaker-monsoon/articleshow/52485332.cms |title=Archeologists confirm Indian civilization is 8000&nbsp;years old |author=Jhimli Mukherjee Pandey |newspaper=Times of India |date=29 May 2016}}</ref><ref name="oldestbhirranna">{{cite web |title=History What their lives reveal |url=http://www.livemint.com/Leisure/ljfXtPZHUSi5eG8Di1n9YO/History--What-their-lives-reveal.html |date=2013-01-04 |df=dmy-all}}</ref> These dates compete with Mehrgarh for being the oldest site for cultural remains in the area.<ref name="oldest">{{cite news |title=Haryana's Bhirrana oldest Harappan site, Rakhigarhi Asia's largest: ASI |url=http://timesofindia.indiatimes.com/city/chandigarh/Haryanas-Bhirrana-oldest-Harappan-site-Rakhigarhi-Asias-largest-ASI/articleshow/46926693.cms |newspaper=The Times of India |date=15 April 2015}}</ref> Yet, Dikshit and Mani clarify that this time-bracket concerns only charcoal samples, which were radio-carbon dated at respectively 7570–7180&nbsp;BCE (sample 2481) and 6689–6201&nbsp;BCE (sample 2333).{{sfn|Dikshit|2013|pp=132, 131}}{{sfn|Mani|2008|p=237}} Dikshit further writes that the earliest phase concerns 14&nbsp;shallow dwelling-pits which "could accommodate about 3–4&nbsp;people."{{sfn|Dikshit|2013|p=129}} According to Dikshit, in the lowest level of these pits wheel-made Hakra Ware was found which was "not well finished,"{{sfn|Dikshit|2013|p=129}} together with other wares.{{sfn|Dikshit|2013|p=130}}|group=lower-alpha}} e foi influenciado pelo [[Oriente Próximo]],{{HarvRef|Gangal|2014}} com similaridades entre "variedades de trigo domesticadas, fases iniciais da agricultura, cerâmica, outros artefatos arqueológicos, algumas plantas domesticadas e animais de rebanho."{{HarvRef|Singh|2016|p=5}}{{Refn|group=lower-alpha}} De acordo com Parpola, a cultura do Oriente Próximo migrou para o vale do Indo e se tornou a civilização do vale do Indo.{{HarvRef|Parpola|2015|p=17}}
[[Ficheiro:Distribution_Haplogroup_L_Y-DNA.svg|esquerda|miniaturadaimagem| O [[Haplogrupo L (ADN-Y)|Haplogroup L-M20]] tem uma alta frequência no vale do Indo. McElreavy e Quintana-Murci (2005) observam que "a distribuição de frequência e o tempo estimado de expansão (~ 7.000 YBP) desta linhagem sugere que sua propagação no vale do Indo pode estar associada à expansão de grupos agrícolas locais durante o período neolítico."<ref>{{Citar periódico|titulo=A population genetics perspective of the Indus Valley through uniparentally-inherited markers|url=http://ibrarian.net/navon/paper/A_population_genetics_perspective_of_the_Indus_Va.pdf?paperid=6978605}}</ref>{{Refn|See also:* [http://www.pnas.org/content/103/4/843/F2.large.jpg This map] from Sahoo et al. (2006), [http://www.pnas.org/content/103/4/843 ''A prehistory of Indian Y chromosomes: Evaluating demic diffusion scenarios'']<br />* Sengupta et al. (2006), [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1380230/ ''Polarity and Temporality of High-Resolution Y-Chromosome Distributions in India Identify Both Indigenous and Exogenous Expansions and Reveal Minor Genetic Influence of Central Asian Pastoralists'']}} ]]
Jean-Francois Jarrige defende uma origem independente de Mergar. Jarrige observa "a suposição de que a economia agrícola foi introduzida em pleno desenvolvimento do Oriente Próximo ao sul da Ásia" {{Refn|According to Gangal et al. (2014), there is strong archeological and geographical evidence that neolithic farming spread from the Near East into north-west India.{{sfn|Gangal|2014}}{{sfn|Singh|2016}} Gangal et al. (2014):{{sfn|Gangal|2014}} "There are several lines of evidence that support the idea of connection between the Neolithic in the Near East and in the Indian subcontinent. The prehistoric site of Mehrgarh in Baluchistan (modern Pakistan) is the earliest Neolithic site in the north-west Indian subcontinent, dated as early as 8500&nbsp;BCE."<ref>Possehl GL (1999). ''Indus Age: The Beginnings''. Philadelphia: Univ. Pennsylvania Press.</ref>}} {{Refn|Neolithic domesticated crops in Mehrgarh include more than 90% barley and a small amount of wheat. There is good evidence for the local domestication of barley and the zebu cattle at Mehrgarh,<ref name="Jarrige 2008"/><ref>Costantini L (2008) "The first farmers in Western Pakistan: The evidence of the Neolithic agropastoral settlement of Mehrgarh". ''Pragdhara''&nbsp;18: 167–178</ref> but the wheat varieties are suggested to be of Near-Eastern origin, as the modern distribution of wild varieties of wheat is limited to Northern Levant and Southern Turkey.<ref>Fuller DQ (2006) "Agricultural origins and frontiers in South Asia: a working synthesis". ''J World Prehistory'' 20: 1–86</ref> A detailed satellite map study of a few archaeological sites in the Baluchistan and Khybar Pakhtunkhwa regions also suggests similarities in early phases of farming with sites in Western Asia.<ref>{{cite journal |last1=Petrie |first1=C.A. |last2=Thomas |first2=K.D. |year=2012 |title=The topographic and environmental context of the earliest village sites in western South Asia |journal=Antiquity |volume=86 |issue=334 |pages=1055–1067 |doi=10.1017/s0003598x00048249}}</ref> Pottery prepared by sequential slab construction, circular fire pits filled with burnt pebbles, and large granaries are common to both Mehrgarh and many Mesopotamian sites.<ref>{{cite journal |last1=Goring-Morris |first1=A.N. |last2=Belfer-Cohen |first2=A. |year=2011 |title=Neolithization processes in the Levant: The outer envelope |journal=Curr. Anthropol. |volume=52 |pages=S195–S208 |doi=10.1086/658860}}</ref> The postures of the skeletal remains in graves at Mehrgarh bear strong resemblance to those at [[Ali Kosh]] in the Zagros Mountains of southern Iran [19].<ref name="Jarrige 2008">Jarrige, J.F. (2008) "Mehrgarh Neolithic". ''Pragdhara''&nbsp;18: 136–154</ref> Clay figurines found in Mehrgarh resemble those discovered at [[Teppe Zagheh]] on the Qazvin plain south of the Elburz range in Iran (the 7th&nbsp;millennium BCE) and [[Jeitun]] in Turkmenistan (the 6th&nbsp;millennium BCE).<ref>Jarrige C. (2008) The figurines of the first farmers at Mehrgarh and their offshoots. ''Pragdhara''&nbsp;18: 155–166</ref> Strong arguments have been made for the Near-Eastern origin of some domesticated plants and herd animals at Jeitun in Turkmenistan (pp. 225–227).<ref name="Harris DR 2010">Harris D.R. (2010). ''Origins of Agriculture in Western Central Asia: An Environmental-Archaeological Study''. Philadelphia: Univ. Pennsylvania Press.</ref>}} {{Refn|The Near East is separated from the Indus Valley by the arid plateaus, ridges and deserts of Iran and Afghanistan, where rainfall agriculture is possible only in the foothills and cul-de-sac valleys.<ref name="Hiebert FT 2002">Hiebert FT, Dyson RH (2002). "Prehistoric Nishapur and frontier between Central Asia and Iran". ''Iranica Antiqua'' XXXVII: 113–149</ref> Nevertheless, this area was not an insurmountable obstacle for the dispersal of the Neolithic. The route south of the Caspian sea is a part of the Silk Road, some sections of which were in use from at least 3,000&nbsp;BCE, connecting Badakhshan (north-eastern Afghanistan and south-eastern Tajikistan) with Western Asia, Egypt and India.<ref>Kuzmina EE, Mair V.H. (2008). ''The Prehistory of the Silk Road''. Philadelphia: Univ. Pennsylvania Press</ref> Similarly, the section from Badakhshan to the Mesopotamian plains (the [[Great Khorasan Road]]) was apparently functioning by 4,000&nbsp;BCE and numerous prehistoric sites are located along it, whose assemblages are dominated by the [[Cheshmeh-Ali (Shahr-e-Rey)|Cheshmeh-Ali]] (Tehran Plain) ceramic technology, forms and designs.<ref name="Hiebert FT 2002">Hiebert FT, Dyson RH (2002). "Prehistoric Nishapur and frontier between Central Asia and Iran". ''Iranica Antiqua'' XXXVII: 113–149</ref> Striking similarities in figurines and pottery styles, and mud-brick shapes, between widely separated early Neolithic sites in the Zagros Mountains of north-western Iran (Jarmo and Sarab), the Deh Luran Plain in southwestern Iran (Tappeh Ali Kosh and Chogha Sefid), Susiana (Chogha Bonut and Chogha Mish), the Iranian Central Plateau ([[Sang-i Chakmak|Tappeh-Sang-e Chakhmaq]]), and Turkmenistan (Jeitun) suggest a common incipient culture.<ref>Alizadeh A (2003). "Excavations at the prehistoric mound of Chogha Bonut, Khuzestan, Iran. Technical report", University of Chicago, Illinois.</ref> The Neolithic dispersal across South Asia plausibly involved migration of the population.<ref>Dolukhanov P (1994). ''Environment and Ethnicity in the Ancient Middle East''. Aldershot: Ashgate.</ref><ref name="Harris DR 2010"/> This possibility is also supported by Y-chromosome and mtDNA analyses,<ref>{{cite journal |last1=Quintana-Murci |first1=L. |last2=Krausz |first2=C. |last3=Zerjal |first3=T. |last4=Sayar |first4=S.H. |last5=Hammer |first5=M.F. |display-authors=etal |year=2001 |title=Y-chromosome lineages trace diffusion of people and languages in Southwestern Asia |journal=Am J Hum Genet |volume=68 |issue=2 |pages=537–542 |doi=10.1086/318200 |pmid=11133362 |pmc=1235289}}</ref><ref>{{cite journal |last1=Quintana-Murci |first1=L. |last2=Chaix |first2=R. |last3=Wells |first3=R. Spencer |last4=Behar |first4=D.M. |last5=Sayar |first5=H. |display-authors=etal |year=2004 |title=Where West meets East: The complex mtDNA landscape of the Southwest and Central Asian corridor |journal=Am J Hum Genet |volume=74 |issue=5 |pages=827–845 |doi=10.1086/383236 |pmid=15077202 |pmc=1181978}}</ref>}} e as semelhanças entre os locais neolíticos de Mesopotâmia oriental e o vale do Indo, são consideradas evidências de um "''continuum'' cultural" entre esses locais. Mas, dada a originalidade de Mergar, Jarrige conclui que o local tem um passado local anterior " e não é um remanescente da cultura neolítica do Oriente Próximo".

Lukacs e Hemphill sugerem um desenvolvimento local inicial de Mergar, com uma continuidade no desenvolvimento cultural, mas uma mudança na população. De acordo com Lukacs e Hemphill, embora exista uma forte continuidade entre as culturas neolítica e [[Idade do Cobre|calcolítica]] (Idade do Cobre) de Mergar, evidências dentárias mostram que a população calcolítica não descende da população neolítica de Mergar,{{HarvRef|Coningham|Young|2015|p=114}} o que "sugere níveis moderados do fluxo gênico". {{HarvRef|Coningham|Young|2015|p=114}} {{Refn|They further noted that "the direct lineal descendents of the Neolithic inhabitants of Mehrgarh are to be found to the south and the east of Mehrgarh, in northwestern India and the western edge of the Deccan plateau," with neolithic Mehrgarh showing greater affinity with chalocolithic [[Inamgaon]], south of Mehrgarh, than with chalcolithic Mehrgarh.{{sfn|Coningham|Young|2015|p=114}}}} Mascarenhas ''et al.'' (2015) observam que "novos tipos de corpos, possivelmente da Ásia Ocidental, são relatados a partir das sepulturas de Mergar, começando na fase de Togau (3800 a.C.)."{{HarvRef|Mascarenhas|2015|p=9}} De acordo com Narasimhan ''et al.'' (2019), a população harapeana provavelmente resultou de uma mistura de povos relacionadas, mas não descendentes, de agricultores iranianos e de caçadores-coletores do sul da Ásia e surgiu entre cerca de 5400 a 3700 AEC.{{HarvRef|Narasimhan|et al.|2019|p=6, 11}}{{Refn|See also Tony Joseph, [https://www.thequint.com/voices/opinion/genomic-study-vedic-aryan-migration-dravidian-languages-sanskrit ''How We, The Indians, Came To Be''], the quint}}

Gallego Romero ''et al.'' (2011) afirmam que suas pesquisas sobre a tolerância à lactose na Índia sugerem que "a contribuição genética da Eurásia ocidental identificada por Reich ''et al.'' (2009) reflete principalmente o fluxo gênico do Irã e do Oriente Médio".{{HarvRef|Gallego Romero|2011|p=9}} Eles observam ainda que "as primeiras evidências de criação de gado no sul da Ásia vêm do local do rio Indo, em Mergar, e datam de 7.000 [[Antes do Presente|YBP]]".{{HarvRef|Gallego Romero|2011|p=9}}{{Refn|Gallego romero et al. (2011) refer to (Meadow 1993):{{sfn|Gallego Romero|2011|p=9}} Meadow RH. 1993. ''Animal domestication in the Middle East: a revised view from the eastern margin.'' In: Possehl G, editor. ''Harappan civilization''. New Delhi: Oxford University Press and India Book House. pp.&nbsp;295–320.{{sfn|Gallego Romero|2011|p=12}}}}

== Período inicial ==
[[Ficheiro:Indus_Valley_Civilization,_Early_Phase_(3300-2600_BCE).png|direita|miniaturadaimagem| Período inicial harapeano, c. 3300-2600 a.C. ]]
A fase inicial Ravi harapeana, nomeada por conta do [[Rio Rauí|rio Ravi]] nas proximidades, durou de {{Circa|3300}} a.C. até 2800 &nbsp; a.C.. Está relacionada à fase Hakra, identificada no vale do rio Ghaggar-Hakra, a oeste, e é anterior à fase Kot Diji (2800 a 2600). &nbsp; BCE, Harappan &nbsp; 2), nomeado após um local no norte de [[Sind|Sindh]], Paquistão, perto de [[Moenjodaro|Mohenjo-daro]] . Os primeiros exemplos do script Indus datam da 3ª &nbsp; milênio aC. <ref>{{Citar livro|título=The World's Writing Systems|ultimo=Peter T. Daniels}}</ref> <ref name="parpola">{{Citar livro|título=Deciphering the Indus Script|ultimo=Parpola|primeiro=Asko|isbn=978-0-521-43079-1}}</ref>

A fase madura das culturas das aldeias anteriores é representada por Rehman Dheri e Amri no Paquistão. <ref>{{Citar livro|título=Frontiers of Indus Civilisation|ultimo=Durrani|primeiro=F.A.|editor-sobrenome=Lal, B.B.|editor-link=B. B. Lal|capitulo=Some Early Harappan sites in Gomal and Bannu Valleys|editor-sobrenome2=Gupta, S.P.|editor-link2=S.P. Gupta}}</ref> Kot Diji representa a fase que antecedeu a Mature Harappan, com a cidadela representando autoridade centralizada e uma qualidade de vida cada vez mais urbana. Outra cidade desse estágio foi encontrada em Kalibangan, na Índia, no rio Hakra. <ref>{{Citar periódico|titulo=Kalibangan: A Harappan metropolis beyond the Indus Valley|jornal=Expedition|volume=17}}</ref>

As redes de comércio vincularam essa cultura a culturas regionais relacionadas e a fontes distantes de matérias-primas, incluindo [[lápis-lazúli]] e outros materiais para fazer contas. Nessa época, os moradores haviam domesticado numerosas culturas, incluindo [[Ervilha|ervilhas]], [[Sesamum indicum|sementes de gergelim]], [[Tamareira|tâmaras]] e algodão, além de animais, incluindo o [[Búfalo-asiático|búfalo]] . As primeiras comunidades de Harappan voltaram-se para grandes centros urbanos em 2600 aC, de onde a fase madura de Harappan começou. A pesquisa mais recente mostra que as pessoas do Vale do Indo migraram das aldeias para as cidades. <ref>{{Citar periódico|titulo=Evidence for Patterns of Selective Urban Migration in the Greater Indus Valley (2600–1900&nbsp;BC): A Lead and Strontium Isotope Mortuary Analysis|jornal=PLOS ONE|volume=10|bibcode=2015PLoSO..1023103V|doi=10.1371/journal.pone.0123103|pmc=4414352|pmid=25923705}}</ref> <ref>{{Citar jornal|titulo=Indus Valley people migrated from villages to cities: New study|url=http://timesofindia.indiatimes.com/home/science/Indus-Valley-people-migrated-from-villages-to-cities-New-study/articleshow/47111875.cms|jornal=Times of India}}</ref>

Os estágios finais do período Early Harappan são caracterizados pela construção de grandes assentamentos murados, a expansão das redes comerciais e a crescente integração das comunidades regionais em uma cultura material "relativamente uniforme" em termos de estilos de cerâmica, ornamentos e selos de carimbos. com script Indus, levando à transição para a fase Mature Harappan. <ref name="J.M. Kenoyer 2006 pp. 21">J.M. Kenoyer (2006), "Cultures and Societies of the Indus Tradition. In Historical Roots" in ''the Making of ‘the Aryan’'', R. Thapar (ed.), pp. 21–49. New Delhi, National Book Trust.</ref>

== Harappan maduro ==
De acordo com Giosan et al. (2012), a lenta migração para o sul das monções pela Ásia inicialmente permitiu que as aldeias do Vale do Indus se desenvolvessem domando as inundações do Indus e seus afluentes. A agricultura apoiada pelas inundações levou a grandes excedentes agrícolas, que por sua vez apoiaram o desenvolvimento das cidades. Os residentes da IVC não desenvolveram recursos de irrigação, contando principalmente com as monções sazonais que levaram a inundações no verão. <ref name="Giosan">{{Citar periódico|ultimo7=Stevens|titulo=Fluvial landscapes of the Harappan civilization|jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences|volume=109|doi=10.1073/pnas.1112743109|issn=0027-8424|pmc=3387054|pmid=22645375}}</ref> Brooke observa ainda que o desenvolvimento de cidades avançadas coincide com uma redução nas chuvas, o que pode ter desencadeado uma reorganização em grandes centros urbanos. <ref name="brooke-2015">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=O9TSAgAAQBAJ&pg=PA296|título=Climate Change and the Course of Global History: A Rough Journey|ultimo=Brooke|primeiro=John L.|isbn=978-0-521-87164-8}}</ref> [alfa inferior 34]

Segundo JG Shaffer e DA Lichtenstein, <ref>{{Citar livro|título=Old Problems and New Perspectives in the Archaeology of South Asia|ultimo=Shaffer|primeiro=Jim G.|ultimo2=Lichtenstein|primeiro2=Diane A.|series=Wisconsin Archaeological Reports|volume=2|capitulo=Ethnicity and Change in the Indus Valley Cultural Tradition}}</ref> a Civilização Madura Harappan era "uma fusão das tradições ou 'grupos étnicos' Bagor, Hakra e Kot Diji no vale Ghaggar-Hakra, nas fronteiras da Índia e Paquistão". <ref name="possehl">{{Citar livro|título=Harappan Civilization: A Contemporary Perspective|ultimo=Bisht|primeiro=R.S.|editor-sobrenome=Possehl Gregory L.|capitulo=Excavations at Banawali: 1974–77}}</ref>

Até 2600 &nbsp; AEC, as comunidades Early Harappan se transformaram em grandes centros urbanos. Esses centros urbanos incluem [[Harapa|Harappa]], Ganeriwala, [[Moenjodaro|Mohenjo-daro]] no Paquistão atual e Dholavira, Kalibangan, Rakhigarhi, Rupar e [[Lotal|Lothal]] na Índia moderna. <ref name="re-enters">{{Citar revista|url=http://indiatoday.intoday.in/story/indus-river-re-enters-india/1/158976.html}}</ref> No total, mais de 1.000 &nbsp; cidades e assentamentos foram encontrados, principalmente na região geral dos rios Indus e Ghaggar-Hakra e seus afluentes. <ref name="MorrisonJunker2002">{{Citar livro|título=Forager-Traders in South and Southeast Asia: Long-Term Histories|ultimo=Possehl|primeiro=Gregory L.|editor-sobrenome=Morrison, Kathleen D.|capitulo=Harappans and hunters: economic interaction and specialization in prehistoric India|isbn=978-0-521-01636-0|editor-sobrenome2=Junker, Laura L.}}</ref>

Uma cultura urbana sofisticada e tecnologicamente avançada é evidente na Civilização do Vale do Indo, tornando-os o primeiro centro urbano da região. A qualidade do planejamento municipal sugere o conhecimento do [[planejamento urbano]] e governos municipais eficientes, que priorizam a [[higiene]] ou, alternativamente, a acessibilidade aos meios de ritual religioso. <ref name="Possehl2002">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=XVgeAAAAQBAJ&pg=PA193|título=The Indus Civilization: A Contemporary Perspective|ultimo=Gregory L. Possehl|data=11 November 2002|isbn=978-0-7591-1642-9}}</ref>

Como visto em Harappa, Mohenjo-daro e Rakhigarhi, recentemente escavado parcialmente, esse plano urbano incluía os primeiros sistemas de [[saneamento]] urbano conhecidos do mundo: veja a engenharia hidráulica da civilização do vale do Indus . Dentro da cidade, casas individuais ou grupos de casas obtiveram água de [[Poço|poços]] . De uma sala que parece ter sido reservada para o banho, [[Águas residuais|as águas residuais]] eram direcionadas para esgotos cobertos, que ladeavam as principais ruas. As casas abriam apenas para pátios internos e faixas menores. A construção de casas em algumas aldeias da região ainda se assemelha em alguns aspectos à construção de casas dos Harappans. <ref>It has been noted that the courtyard pattern and techniques of flooring of Harappan houses has similarities to the way house-building is still done in some villages of the region. {{Harvnb|Lal|2002|pp=93–95}}</ref>

Os antigos sistemas Indus de esgoto e drenagem, desenvolvidos e usados em cidades de toda a região do Indo, eram muito mais avançados do que os encontrados em locais urbanos contemporâneos no Oriente Médio e ainda mais eficientes do que os encontrados em muitas áreas do Paquistão e da Índia atualmente. A arquitetura avançada dos Harappans é mostrada por seus impressionantes estaleiros, [[Celeiro|celeiros]], armazéns, plataformas de tijolos e paredes de proteção. As enormes muralhas das cidades do Indo provavelmente protegeram os Harappans das inundações e podem ter dissuadido os conflitos militares. <ref name="MorrieAEJ">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=whBEAgAAQBAJ&pg=PA31#v=onepage&q&f=false|título=History of Urban Form: Before the Industrial Revolutions|ultimo=Morris|primeiro=A.E.J.|data=1994|isbn=978-0-582-30154-2}}</ref>

O objetivo da cidadela permanece em debate. Em nítido contraste com os contemporâneos desta civilização, a [[Mesopotâmia]] e o [[Antigo Egito|Egito antigo]], nenhuma grande estrutura monumental foi construída. Não há evidências conclusivas de palácios ou templos - ou de reis, exércitos ou sacerdotes. Pensa-se que algumas estruturas sejam celeiros. Encontrado em uma cidade há um enorme banho bem construído (o " Grande Banho "), que pode ter sido um banho público. Embora as cidadelas estivessem muradas, está longe de ficar claro que essas estruturas eram defensivas.

A maioria dos habitantes da cidade parece ter sido comerciantes ou artesãos, que moravam com outros que perseguiam a mesma ocupação em bairros bem definidos. Materiais de regiões distantes foram utilizados nas cidades para a construção de selos, contas e outros objetos. Entre os [[Artefacto (arqueologia)|artefatos]] descobertos estavam belas contas de [[faiança]] envidraçadas. [[Esteatito|Os]] selos de [[Esteatito|esteatita]] têm imagens de animais, pessoas (talvez deuses) e outros tipos de inscrições, incluindo o sistema de escrita ainda não decifrado da Civilização do Vale do Indo . Alguns dos selos foram usados para estampar argila em mercadorias comerciais.

Embora algumas casas fossem maiores que outras, as cidades da Indus Civilization eram notáveis por seu aparente, se relativo, [[igualitarismo]] . Todas as casas tinham acesso a instalações de água e drenagem. Isso dá a impressão de uma sociedade com uma [[Distribuição de riqueza|concentração de riqueza]] relativamente baixa, embora um claro nível social seja visto em adornos pessoais.  
[[Ficheiro:Mohenjo-daro_Priesterkönig.jpeg|miniaturadaimagem|181x181px|<center> Estátua do chamado "Padre Sacerdote", [[Moenjodaro|Mohenjo-daro]], período tardio de [[Civilização do Vale do Indo|Harappan]], Museu Nacional, Karachi, Paquistão. </center>]]

=== Tecnologia ===
As pessoas da civilização Indus alcançaram grande precisão na medição de comprimento, massa e tempo. Eles foram os primeiros a desenvolver um sistema de pesos e medidas uniformes.   Uma comparação dos objetos disponíveis indica variação em grande escala nos territórios do Indo. Sua menor divisão, marcada em uma escala de marfim encontrada em [[Lotal|Lothal]] em Gujarat, era de aproximadamente 1,704 &nbsp; mm, a menor divisão já registrada em uma escala da [[Idade do Bronze|Idade]] do [[Idade do Bronze|Bronze]] .   engenheiros de Harappan seguiram a divisão decimal da medida para todos os fins práticos, incluindo a medida da massa conforme revelada por seus pesos [[Hexaedro|hexaedros]] .  
<sup class="noprint Inline-Template Template-Fact" data-ve-ignore="true">&#x5B; ''<nowiki><span title="This claim needs references to reliable sources. (June 2019)">citação necessária</span></nowiki>'' &#x5D;</sup>
[[Ficheiro:Harappan_(Indus_Valley)_Balance_&_Weights.jpg|direita|miniaturadaimagem| Pesos Harappan encontrados no vale do Indo. <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=8l9X_3rHFdEC&pg=PA401|título=Art of the First Cities: The Third Millennium B.C. from the Mediterranean to the Indus|data=2003|isbn=9781588390431}}</ref> ]]
Esses pesos de [[Cherte|chert]] estavam na proporção de 5: 2: 1 com pesos de 0,05, 0,1, 0,2, 0,5, 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 &nbsp; unidades, com cada unidade pesando aproximadamente 28 &nbsp; gramas, semelhante à onça imperial inglesa ou uncia grega, e objetos menores foram pesados em proporções semelhantes com as unidades de 0,871 &nbsp; . No entanto, como em outras culturas, os pesos reais não eram uniformes em toda a área. Os pesos e medidas utilizados posteriormente no ''[[Artaxastra|Arthashastra de]]'' [[Cautília|Kautilya]] (4ª &nbsp; século AEC) são os mesmos que os usados em [[Lotal|Lothal]] . <ref>{{Citar livro|título=Genèse de l'Inde|ultimo=Sergent|primeiro=Bernard|isbn=978-2-228-89116-5}}</ref>

Uma [[pedra de toque]] contendo faixas de ouro foi encontrada em Banawali, que provavelmente foi usada para testar a pureza do ouro (essa técnica ainda é usada em algumas partes da Índia). <ref name="possehl">{{Citar livro|título=Harappan Civilization: A Contemporary Perspective|ultimo=Bisht|primeiro=R.S.|editor-sobrenome=Possehl Gregory L.|capitulo=Excavations at Banawali: 1974–77}}</ref>

=== Artes e Ofícios ===
[[Ficheiro:Red_pottery,_IVC.jpg|direita|miniaturadaimagem|158x158px| Fragmento de um grande vaso profundo; por volta de 2500 aC; cerâmica vermelha com decoração vermelha e preta; 12.5 × 15.5 &nbsp; cm (4 x 6 &nbsp; no. ); [[Brooklyn Museum|Museu do Brooklyn]] (Nova York). ]]
Várias esculturas, selos, cerâmica de vasos de bronze, jóias de ouro e figuras anatomicamente detalhadas em [[terracota]], bronze e esteatita foram encontradas em locais de escavação. <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=1AJO2A-CbccC|título=The Ancient Indus Valley: New Perspectives|ultimo=McIntosh|primeiro=Jane|isbn=978-1-57607-907-2}}</ref> Os Harappans também fizeram vários brinquedos e jogos, entre eles [[Dado (jogo)|dados]] cúbicos (com um a seis buracos nos rostos), que foram encontrados em locais como Mohenjo-Daro. <ref>{{Harvnb|Lal|2002|p=89}}</ref>

Várias estatuetas de ouro, terracota e pedra de meninas em poses de dança revelam a presença de alguma forma de dança. Essas figuras de terracota incluíam vacas, ursos, macacos e cães. O animal representado na maioria das focas em locais do período maduro não foi claramente identificado. Parte touro, parte zebra, com um chifre majestoso, tem sido uma fonte de especulação. Até o momento, não há evidências suficientes para substanciar alegações de que a imagem tenha significado religioso ou culto, mas a prevalência da imagem levanta a questão de saber se os animais nas imagens do IVC são ou não símbolos religiosos. <ref name="Keay, John 2000">Keay, John, India, a History. New York: Grove Press, 2000.</ref>

Muitos ofícios, incluindo "trabalhos com conchas, cerâmica e fabricação de contas de esteatita e ágata" foram praticados e as peças foram usadas na confecção de colares, pulseiras e outros ornamentos de todas as fases da cultura Harappan. Alguns desses ofícios ainda são praticados no subcontinente hoje. <ref>{{Citar periódico|titulo=Trade and Technology of the Indus Valley: New Insights from Harappa, Pakistan|jornal=World Archaeology|volume=29|doi=10.1080/00438243.1997.9980377}}</ref> Alguns itens de maquiagem e produtos de higiene pessoal (um tipo especial de pente (kakai), o uso de colírio e um dispositivo especial de higiene pessoal três em um) encontrados em contextos de Harappan ainda possuem contrapartes similares na Índia moderna. <ref name="Lal 2002 82">{{Harvnb|Lal|2002|p=82}}</ref> Foram encontradas figuras femininas de terracota (c. 2800–2600 &nbsp; AEC) que tinha a cor vermelha aplicada ao "mangá" (linha de partição do cabelo).
[[Ficheiro:Dancing_girl_of_Mohenjo-daro.jpg|direita|miniaturadaimagem|187x187px| A ''[[Garota Dançarina]]'' de Mohenjo-daro; 2400–1900 &nbsp; AEC; bronze; altura: 10.8 &nbsp; cm (4 &nbsp; no. ); ]]

==== Selos ====
[[Ficheiro:IndusValleySeals.JPG|direita|miniaturadaimagem| Selos, alguns deles com escrita Indus ; provavelmente feito de esteatita; [[Museu Britânico]] (Londres) ]]
Milhares de selos de [[Esteatito|esteatita]] foram recuperados e seu caráter físico é bastante consistente. Em tamanho que variam de &nbsp; polegadas para 1 &nbsp; &nbsp; polegadas quadradas. Na maioria dos casos, eles têm uma saliência furada na parte traseira para acomodar um cordão para manuseio ou para uso como adorno pessoal.

Foram encontrados selos em [[Moenjodaro|Mohenjo-daro,]] representando uma figura em pé de cabeça e outra no selo de Pashupati, sentada de pernas cruzadas no que alguns chamam de pose de [[ioga]] (veja a imagem, o chamado ''Pashupati'', abaixo). Esta figura foi identificada de várias maneiras. Sir John Marshall identificou uma semelhança com o deus hindu, Shiva. <ref>{{Citar periódico|titulo=Excavations at Mohenjodaro|jornal=Annual Report of the Archaeological Survey of India|ref=harv}}</ref>

Uma divindade humana com chifres, cascos e cauda de um touro também aparece nas focas, em particular em uma cena de luta com um animal com chifres de tigre. Essa divindade foi comparada ao homem-homem da Mesopotâmia, [[Enkidu]] . <ref name="Littleton">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=u27FpnXoyJQC&pg=PA732|título=Gods, Goddesses, and Mythology|ultimo=Littleton|primeiro=C. Scott|data=2005|isbn=9780761475651}}</ref> <ref name="Marshall">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Ds_hazstxY4C&pg=PA389|título=Mohenjo-Daro and the Indus Civilization: Being an Official Account of Archaeological Excavations at Mohenjo-Daro Carried Out by the Government of India Between the Years 1922 and 1927|ultimo=Marshall|primeiro=John|data=1996|isbn=9788120611795}}</ref> <ref name="Pearson">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=wsiXwh_tIGkC&pg=PA35|título=The Pearson Indian History Manual for the UPSC Civil Services Preliminary Examination|ultimo=Singh|isbn=9788131717530}}</ref> Várias focas também mostram um homem lutando com dois leões ou tigres, um motivo de " mestre dos animais " comum às civilizações do oeste e do sul da Ásia. <ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/TheIndusScript.TextConcordanceAndTablesIravathanMahadevan/page/n111|título=The Indus Script. Text, Concordance And Tables Iravathan Mahadevan}}</ref>

=== Comércio e transporte ===
A economia da civilização do Indo parece ter dependido significativamente do comércio, o que foi facilitado por grandes avanços na tecnologia de transporte. O IVC pode ter sido a primeira civilização a usar o transporte com rodas. <ref>Hasenpflug, Rainer, The Inscriptions of the Indus civilisation Norderstedt, Germany, 2006.</ref> Esses avanços podem ter incluído [[Carro de boi|carros de boi]] idênticos aos vistos hoje no sul da Ásia, além de barcos. A maioria desses barcos provavelmente era pequena, de fundo chato, talvez movida a vela, semelhante à que se pode ver hoje no rio Indus; no entanto, há evidências secundárias de embarcações de alto mar. Os arqueólogos descobriram um enorme canal dragado e o que consideram uma instalação de ancoragem na cidade costeira de [[Lotal|Lothal,]] no oeste da Índia (estado de [[Guzerate|Gujarat]] ). Uma extensa rede de canais, usada para irrigação, também foi descoberta por H.-P. Francfort. <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/?id=H3lUIIYxWkEC&pg=PA157&dq=H.-P.+Francfort+indus+canal+network|título=A History of Ancient and Early Medieval India|ultimo=Singh|primeiro=Upinder|isbn=978-81-317-1120-0}}</ref>
[[Ficheiro:Harappan_Burnished_and_Painted_Clay_Ovoid_Vase_with_Round_Carnelian_Beads_in_National_Museum,_Delhi_(3rd_Millennium-2nd_Millennium_BC).jpg|direita|miniaturadaimagem| Vaso ovóide de barro polido e pintado, com contas de cornalina redondas. (Terceiro &nbsp; Millennium-2nd &nbsp; Millennium BCE) ]]
Durante 4300–3200 &nbsp; AEC do período [[Idade do Cobre|calcolítico]] (idade do cobre), a área da Civilização do Vale do Indo mostra semelhanças cerâmicas com o sul do [[Turquemenistão]] e o norte do Irã, o que sugere considerável mobilidade e comércio. Durante o período Early Harappan (cerca de 3200–2600 &nbsp; AEC), semelhanças em cerâmica, focas, estatuetas, ornamentos, etc. documentam o intenso comércio de caravanas com [[Ásia Central|a Ásia Central]] e o [[Planalto iraniano|platô iraniano]] . <ref>{{Harvnb|Parpola|2005|pp=2–3}}</ref>
[[Ficheiro:Mesopotamia-Indus.jpg|miniaturadaimagem| Descobertas arqueológicas sugerem que as rotas comerciais entre a [[Mesopotâmia]] e o Indo estavam ativas durante o terceiro &nbsp; milênio aC, levando ao desenvolvimento das [[Relações indo-mesopotâmicas|relações Indus-Mesopotâmia]] . <ref name="JR12">{{Citar livro|url=https://www.academia.edu/28245304|título=The Indus-Mesopotamia relationship reconsidered|ultimo=During-Caspers|primeiro=GS Elisabeth|ultimo2=Reade|primeiro2=Julian E.|data=2008|isbn=978-1-4073-0312-3}}</ref> ]]
A julgar pela dispersão dos artefatos da civilização Indus, as redes comerciais integraram economicamente uma área enorme, incluindo partes do [[Afeganistão]], as regiões costeiras da [[Irão|Pérsia]], norte e oeste da Índia e [[Mesopotâmia]], levando ao desenvolvimento das [[Relações indo-mesopotâmicas|relações Indus-Mesopotâmia]] . Estudos de esmalte dentário de indivíduos enterrados em Harappa sugerem que alguns moradores haviam migrado para a cidade além do vale do Indo. <ref>{{Citar web|titulo=Surprising Discoveries From the Indus Civilization|obra=National Geographic|url=http://news.nationalgeographic.com/news/2013/13/130425-indus-civilization-discoveries-harappa-archaeology-science/}}</ref> Há alguma evidência de que os contatos comerciais se estendam a [[Creta]] e possivelmente ao Egito. <ref name="GoogleBooks-4532313">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=nNsXZkdHvXUC&pg=PA67|título=The Hindus: an alternative history|ultimo=Doniger|primeiro=Wendy|isbn=978-0-19-959334-7}}</ref>

Havia uma extensa rede de comércio marítimo operando entre as civilizações Harappan e Mesopotâmica, desde a fase intermediária de Harappan, com muito comércio sendo tratado por "comerciantes intermediários de [[Dilmun]] " (moderno [[Bahrein|Bahrain]] e [[Failaka|Failaka,]] localizado no [[Golfo Pérsico]] ). <ref>{{Citar livro|título=Underwater archaeology proceedings of the Society for Historical Archaeology Conference at Kingston, Jamaica 1992|ultimo=Neyland|primeiro=R.S.|editor-sobrenome=Keith, D.H.|capitulo=The seagoing vessels on Dilmun seals|editor-sobrenome2=Carrell T.L.}}</ref> Esse comércio marítimo de longa distância tornou-se viável com o desenvolvimento de embarcações construídas em pranchas, equipadas com um único mastro central que sustentava uma vela de juncos ou tecidos. <ref name="Maurizio Tosi 1993, pp. 745-61">Maurizio Tosi, "Black Boats of Magan. Some Thoughts on Bronze Age Water Transport in Oman and beyond from the Impressed Bitumen Slabs of Ra's al-Junayz", in A. Parpola (ed), South Asian Archaeology 1993, Helsinki, 1995, pp. 745–761 (in collaboration with Serge Cleuziou)</ref> <blockquote> Supõe-se geralmente que a maior parte do comércio entre o Vale do Indo (antiga Meluhha?) E os vizinhos ocidentais prosseguiu pelo Golfo Pérsico, em vez de por terra. Embora não exista uma prova incontestável de que esse era realmente o caso, a distribuição de artefatos do tipo Indus na península de Omã, no Bahrein e no sul da Mesopotâmia torna plausível que uma série de estágios marítimos ligassem o Vale do Indo e a região do Golfo. <ref>Daniel T. Potts (2009), [http://www.iranicaonline.org/articles/maritime-trade-i-pre-islamic-period Maritime Trade: Pre-Islamic Period] iranicaonline.org</ref> </blockquote> Na década de 1980, importantes descobertas arqueológicas foram feitas em Ras al-Jinz ( [[Omã]] ), demonstrando conexões marítimas do Vale do Indo com a [[Arábia|Península Arábica]] . <ref name="Maurizio Tosi 1993, pp. 745-61">Maurizio Tosi, "Black Boats of Magan. Some Thoughts on Bronze Age Water Transport in Oman and beyond from the Impressed Bitumen Slabs of Ra's al-Junayz", in A. Parpola (ed), South Asian Archaeology 1993, Helsinki, 1995, pp. 745–761 (in collaboration with Serge Cleuziou)</ref> <ref>Maurizio Tosi: ''Die Indus-Zivilisation jenseits des indischen Subkontinents'', in: ''Vergessene Städte am Indus'', Mainz am Rhein 1987,, S. 132–133</ref> <ref>[http://www.visitoman.nl/pdf/RAJ%20English%20brochure%20copy.pdf Story of Ras Al Jinz.] Oman Information</ref>

=== Agricultura ===
De acordo com Gangal et al. (2014), há fortes evidências arqueológicas e geográficas de que a agricultura neolítica se espalhou do Oriente Próximo para o noroeste da Índia, mas também há "boas evidências para a domesticação local da cevada e do gado [[zebu]] em Mehrgarh". {{HarvRef|Gangal|2014}} {{Refn|Gangal refers to Jarrige (2008), "Mehrgarh Neolithic". ''Pragdhara''&nbsp;18: 136–154; and to Costantini (2008), "The first farmers in Western Pakistan: the evidence of the Neolithic agropastoral settlement of Mehrgarh". ''Pragdhara''&nbsp;18: 167–178|group=lower-alpha}}

Segundo Jean-François Jarrige, a agricultura teve uma origem independente em Mehrgarh, apesar das semelhanças que ele observa entre os locais neolíticos da Mesopotâmia oriental e o vale do Indo ocidental, que são evidências de um "continuum cultural" entre esses locais. No entanto, Jarrige conclui que Mehrgarh tem um passado local anterior ", e não é um" remanso "da cultura neolítica do Oriente Próximo". O arqueólogo Jim G. Shaffer escreve que o site de Mehrgarh "demonstra que a produção de alimentos era um fenômeno indígena do sul da Ásia" e que os dados apóiam a interpretação da "urbanização pré-histórica e organização social complexa no sul da Ásia, com base na cultura indígena, mas não isolada". desenvolvimentos ". <ref>Shaffer 1999 p.245</ref>

Jarrige observa que o povo de [[Mergar|Mehrgarh]] usava trigo e [[cevada]] domesticados, <ref>{{Citar periódico|titulo=Excavations at Mehrgarh-Nausharo|jornal=Pakistan Archaeology|volume=10}}</ref> enquanto Shaffer e Liechtenstein observam que a principal safra de cereais cultivados era a cevada de seis linhas, uma colheita derivada da cevada de duas linhas. <ref>Shaffer and Liechtenstein 1995, 1999</ref> Gangal concorda que "as colheitas domesticadas neolíticas em Mehrgarh incluem mais de 90% da cevada", observando que "há boas evidências para a domesticação local da cevada". No entanto, Gangal também observa que a colheita também incluiu "uma pequena quantidade de trigo", que "é sugerida como de origem do Oriente Próximo, pois a distribuição moderna de variedades selvagens de trigo é limitada ao Levante do Norte e ao sul da Turquia. {{HarvRef|Gangal|2014}} {{Refn|Gangal refers to Fuller (2006), ''Agricultural origins and frontiers in South Asia: a working synthesis. J World Prehistory 20: 1–86}} "

O gado que é frequentemente retratado nas focas do Indus são aurochs indianos corcundas, semelhantes ao gado [[zebu]] . O gado zebu ainda é comum na Índia e na África. É diferente do gado europeu e foi originalmente domesticado no subcontinente indiano, provavelmente na [[Baluchistão (Paquistão)|região]] do Paquistão no [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]] . {{HarvRef|Gallego Romero|2011}} {{HarvRef|Gangal|2014}} [alfa inferior 35]

Pesquisa de J. Bates et al. (2016) confirma que as populações Indus foram as primeiras pessoas a usar estratégias complexas de cultivo múltiplo em ambas as estações, cultivando alimentos durante o verão (arroz, milho e feijão) e inverno (trigo, cevada e leguminosas), que exigiam diferentes regimes de rega. <ref>{{Citar periódico|titulo=Approaching rice domestication in South Asia: New evidence from Indus settlements in northern India|jornal=Journal of Archaeological Science|volume=78|doi=10.1016/j.jas.2016.04.018}}</ref> Bates et al. (2016) também encontraram evidências de um processo de domesticação de arroz totalmente separado no antigo sul da Ásia, baseado na espécie selvagem ''Oryza nivara'' . Isso levou ao desenvolvimento local de uma mistura de agricultura de "terras úmidas" e "terras áridas" da agricultura local de arroz ''Oryza sativa indica'', antes que o arroz verdadeiramente "úmido" ''Oryza sativa japonica'' chegasse por volta de 2000 aC. <ref>{{Citar jornal|titulo=Rice farming in India much older than thought, used as 'summer crop' by Indus civilisation|url=http://www.cam.ac.uk/research/news/rice-farming-in-india-much-older-than-thought-used-as-summer-crop-by-indus-civilisation}}</ref>

=== Língua ===
Tem sido frequentemente sugerido que os portadores do IVC correspondiam aos proto-dravidianos linguisticamente, o desmembramento do proto-dravidiano correspondendo ao desmembramento da cultura [[Civilização do Vale do Indo|Late Harappan]] . <ref>{{Citar web|url=http://www.harappa.com/script/parpola0.html|titulo=Indus Writing Analysis by Asko Parpola}}</ref> O indólogo finlandês Asko Parpola conclui que a uniformidade das inscrições do Indus exclui qualquer possibilidade de o uso de idiomas muito diferentes e que uma forma primitiva do idioma dravidiano deve ter sido o idioma do povo Indus. <ref>Sanskrit has also contributed to Indus Civilization, Deccan Herald, 12 August 2012 </ref> Hoje, a família [[Línguas dravídicas|linguística dravidiana]] concentra-se principalmente no [[Índia do Sul|sul da Índia]] e no norte e leste do [[Sri Lanka]], mas ainda existem bolsões no restante da Índia e no Paquistão ( [[Língua brahui|língua Brahui]] ), o que dá credibilidade à teoria.

Segundo Heggarty e Renfrew, as línguas dravidianas podem ter se espalhado no [[Subcontinente indiano|subcontinente]] indiano com a expansão da agricultura. {{HarvRef|Heggarty|Renfrew|2014}} Segundo David McAlpin, as línguas dravídicas foram trazidas para a Índia pela imigração de [[Elam]] na Índia. {{Refn|See:
* David McAlpin, "Toward Proto-Elamo-Dravidian", ''Language'' vol. 50 no. 1 (1974);
* David McAlpin: "Elamite and Dravidian, Further Evidence of Relationships", ''Current Anthropology'' vol. 16 no. 1 (1975);
* David McAlpin: "Linguistic prehistory: the Dravidian situation", in Madhav M. Deshpande and Peter Edwin Hook: ''Aryan and Non-Aryan in India'', Center for South and Southeast Asian Studies, University of Michigan, Ann Arbor (1979);
* David McAlpin, "Proto-Elamo-Dravidian: The Evidence and its Implications", ''Transactions of the American Philosophical Society'' vol. 71 pt. 3, (1981)|group=lower-alpha}} Em publicações anteriores, [[Colin Renfrew|Renfrew]] também afirmou que o protodravidiano foi trazido para a Índia por agricultores da parte iraniana do Crescente Fértil, {{Sfnp|Cavalli-Sforza|1994}} {{HarvRef|Mukherjee|2001}} {{Sfnp|Derenko|2013}} {{Refn|See also:
* Mukherjee (2001): "More recently, about 15,000–10,000&nbsp;years before present (ybp), when agriculture developed in the Fertile Crescent region that extends from Israel through northern Syria to western Iran, there was another eastward wave of human migration (Cavalli-Sforza et al., 1994; Renfrew 1987), a part of which also appears to have entered India. This wave has been postulated to have brought the Dravidian languages into India (Renfrew 1987). Subsequently, the Indo-European (Aryan) language family was introduced into India about 4,000&nbsp;ybp."{{sfn|Mukherjee|2001}}
* Derenko: "The spread of these new technologies has been associated with the dispersal of Dravidian and Indo-European languages in southern Asia. It is hypothesized that the proto-Elamo-Dravidian language, most likely originated in the Elam province in southwestern Iran, spread eastwards with the movement of farmers to the Indus Valley and the Indian sub-continent."{{sfnp|Derenko|2013}}<br /><br />Derenko refers to:<br />* Renfrew (1987), ''Archaeology and Language: The Puzzle of Indo-European Origins''<br />* Renfrew (1996), ''Language families and the spread of farming.'' In: Harris DR, editor, ''The origins and spread of Agriculture and Pastoralism in Eurasia'', pp.&nbsp;70–92<br />* Cavalli-Sforza, Menozzi, Piazza (1994), ''The History and Geography of Human Genes''.|group=lower-alpha}} mas mais recentemente Heggarty e Renfrew observam que "ainda há muito a ser feito para elucidar a pré-história do dravidiano". Eles também observam que "a análise de McAlpin dos dados da linguagem e, portanto, de suas alegações, permanece longe da ortodoxia". {{HarvRef|Heggarty|Renfrew|2014}} Heggarty e Renfrew concluem que vários cenários são compatíveis com os dados e que "o júri linguístico ainda está muito fora". {{HarvRef|Heggarty|Renfrew|2014}} {{Refn|Nevertheless, Kivisild et al. (1999) note that "a small fraction of the West Eurasian mtDNA lineages found in Indian populations can be ascribed to a relatively recent admixture."{{sfn|Kivisild|1999|p=1331}} at c. 9,300±3,000&nbsp;years before present,{{sfn|Kivisild|1999|p=1333}} which coincides with "the arrival to India of cereals domesticated in the [[Fertile Crescent]]" and "lends credence to the suggested [[Elamo-Dravidian languages|linguistic connection]] between the Elamite and Dravidic populations."{{sfn|Kivisild|1999|p=1333}} According to Kumar (2004), referring to Quintan-Murci et al. (2001), "microsatellite variation of Hgr9 among Iranians, Pakistanis and Indians indicate an expansion of populations to around 9000 YBP in Iran and then to 6,000 YBP in India. This migration originated in what was historically termed Elam in south-west Iran to the Indus valley, and may have been associated with the spread of Dravidian languages from south-west Iran."{{sfn|Kumar|2004}}{{refn|group=lower-alpha|Kumar: "The analysis of two Y chromosome variants, Hgr9 and Hgr3 provides interesting data (Quintan-Murci et al., 2001). Microsatellite variation of Hgr9 among Iranians, Pakistanis and Indians indicate an expansion of populations to around 9000&nbsp;YBP in Iran and then to 6,000&nbsp;YBP in India. This migration originated in what was historically termed Elam in south-west Iran to the Indus valley, and may have been associated with the spread of Dravidian languages from south-west Iran (Quintan-Murci et al., 2001)."{{sfn|Kumar|2004}}}} According to Palanichamy et al. (2015), "The presence of mtDNA haplogroups (HV14 and U1a) and Y-chromosome haplogroup ([[Haplogroup L-M20|L1]]) in Dravidian populations indicates the spread of the Dravidian language into India from west Asia."{{sfnp|Palanichamy|2015|p=645}}|group=lower-alpha}}

=== Possível sistema de escrita ===
[[Ficheiro:The_'Ten_Indus_Scripts'_discovered_near_the_northern_gateway_of_the_Dholavira_citadel.jpg|miniaturadaimagem| Dez caracteres Indus do portão norte de Dholavira . ]]
Entre 400 e 600 &nbsp; símbolos Indus distintos <ref>Wells, B. An Introduction to Indus Writing. Early Sites Research Society (West) Monograph Series, 2, Independence MO 1999</ref> foram encontrados em [[Sinete|selos]], pequenas tábuas, potes de cerâmica e mais de uma dúzia de outros materiais, incluindo uma "placa" que aparentemente pairava sobre o portão da cidadela interna da cidade de Dholavira, Indus. As inscrições típicas do Indus não têm mais que quatro ou cinco caracteres, a maioria dos quais (além da "placa" de Dholavira) é pequena; o mais longo em uma única superfície, inferior a 1 &nbsp; polegadas (2,54 &nbsp; cm) quadrado, é 17 &nbsp; sinais longos; o maior em qualquer objeto (encontrado em três faces diferentes de um objeto produzido em massa) tem um comprimento de 26 &nbsp; símbolos

Embora a civilização do vale do Indus seja geralmente caracterizada como uma sociedade letrada com base nessas evidências, essa descrição foi contestada por Farmer, Sproat e Witzel (2004) <ref>{{Citar periódico|titulo=The Collapse of the Indus-Script Thesis: The Myth of a Literate Harappan Civilization|url=http://www.safarmer.com/fsw2.pdf}}</ref> que argumentam que o sistema Indus não codificava a linguagem, mas era ao contrário, semelhante a uma variedade de sistemas de sinais não linguísticos usados extensivamente no Oriente Próximo e em outras sociedades, para simbolizar famílias, clãs, deuses e conceitos religiosos. Outros alegaram, ocasionalmente, que os símbolos eram usados exclusivamente para transações econômicas, mas essa alegação deixa inexplicável a aparência dos símbolos Indus em muitos objetos rituais, muitos dos quais produzidos em massa em [[Moldagem|moldes]] . Nenhum paralelo com essas inscrições produzidas em massa é conhecido em outras civilizações antigas. <ref>These and other issues are addressed in {{Harvtxt|Parpola|2005}}</ref>

Em um estudo de 2009 por PN Rao et al. publicado na ''[[Science]]'', cientistas da computação, comparando o padrão de símbolos com vários scripts linguísticos e sistemas não linguísticos, incluindo DNA e uma linguagem de programação de computador, descobriram que o padrão do script Indus é mais próximo do das palavras faladas, apoiando a hipótese de que ele codifica para um idioma ainda desconhecido. <ref>{{Citar periódico|titulo=Entropic Evidence for Linguistic Structure in the Indus Script|jornal=Science|volume=324|bibcode=2009Sci...324.1165R|doi=10.1126/science.1170391|pmid=19389998}}</ref> <ref>{{Citar jornal|titulo=Indus Script Encodes Language, Reveals New Study of Ancient Symbols|url=http://newswise.com/articles/view/551380/}}</ref>

Farmer, Sproat e Witzel contestaram esse achado, apontando que Rao et al. na verdade, não comparou os sinais do Indus com "sistemas não linguísticos do mundo real", mas com "dois sistemas totalmente artificiais inventados pelos autores, um composto por 200.000 &nbsp; sinais ordenados aleatoriamente e outro de 200.000 &nbsp; signos totalmente ordenados, que afirmam falsamente representar as estruturas de todos os sistemas de signos não linguísticos do mundo real ". Farmer et al. também demonstraram que a comparação de um sistema não-lingüístico, como [[Idade Média|os]] [[Heráldica|sinais heráldicos]] [[Idade Média|medievais,]] com [[Língua natural|as línguas naturais,]] produz resultados semelhantes aos de Rao et al. obtido com sinais Indus. Eles concluem que o método utilizado por Rao et al. não pode distinguir sistemas lingüísticos de sistemas não lingüísticos.

As mensagens nos selos provaram ser muito curtas para serem decodificadas por um computador. Cada selo possui uma combinação distinta de símbolos e há poucos exemplos de cada sequência para fornecer um contexto suficiente. Os símbolos que acompanham as imagens variam de selo para selo, tornando impossível derivar um significado para os símbolos das imagens. No entanto, houve uma série de interpretações oferecidas para o significado dos selos. Essas interpretações foram marcadas por ambiguidade e subjetividade. {{Rp|69}}

Fotos de muitas das milhares de inscrições existentes são publicadas no ''Corpus of Indus Seals and Inscriptions'' (1987, 1991, 2010), editado por Asko Parpola e seus colegas. O volume mais recente republicou fotos tiradas nas décadas de 1920 e 1930 de centenas de inscrições perdidas ou roubadas, juntamente com muitas descobertas nas últimas décadas; anteriormente, os pesquisadores tinham que suplementar os materiais no ''Corpus'' estudando as minúsculas fotos nos relatórios de escavação de Marshall (1931), MacKay (1938, 1943), Wheeler (1947) ou reproduções em fontes dispersas mais recentes.

As cavernas de Edakkal, no distrito de Wayanad, em [[Querala|Kerala,]] contêm desenhos que variam desde períodos de até 5.000 &nbsp; BCE a 1000 &nbsp; AEC. O grupo mais jovem de pinturas tem sido notícia para uma possível conexão com a Civilização do Vale do Indo. <ref>{{Citar jornal|titulo=This 360&nbsp;tour of Kerala's Edakkal caves will mesmerise you|url=http://indianexpress.com/article/lifestyle/destination-of-the-week/watch-this-360-degree-video-of-edakkal-caves-in-keralas-wayanad-district-will-mesmerise-you-4455856/|publicado=Indian Express}}</ref>

=== Religião ===
[[Ficheiro:Shiva_Pashupati.jpg|miniaturadaimagem|141x141px| O ''selo Pashupati'', mostrando uma figura sentada, cercada por animais ]]
O sistema de religião e crenças do povo do Vale do Indo recebeu considerável atenção, especialmente da visão de identificar precursores de divindades e práticas religiosas de [[religiões indianas]] que mais tarde se desenvolveram na área. No entanto, devido à escassez de evidências, que está aberta a interpretações variadas, e ao fato de o script Indus permanecer indecifrado, as conclusões são parcialmente especulativas e amplamente baseadas em uma visão retrospectiva de uma perspectiva hindu muito posterior. {{HarvRef|keay|}} {{HarvRef|Wright|2009|pp=281–282}}

Um trabalho inicial e influente na área que estabeleceu a tendência para interpretações hindus de evidências arqueológicas dos locais de Harappan <ref name="ratnagarCA">{{Citar periódico|titulo=Archaeology at the Heart of a Political Confrontation The Case of Ayodhya|url=http://dro.dur.ac.uk/5696/1/5696.pdf|jornal=Current Anthropology|volume=45|doi=10.1086/381044|jstor=10.1086/381044}}</ref> foi o de John Marshall, que em 1931 identificou o seguinte como características proeminentes da religião Indus: um Grande Deus Masculino e uma deusa mãe; deificação ou veneração de animais e plantas; representação simbólica do falo ( [[Lingam|linga]] ) e vulva ( [[yoni]] ); e, uso de banhos e água na prática religiosa. As interpretações de Marshall foram muito debatidas e, às vezes, disputadas nas décadas seguintes. {{HarvRef|Marshall|1931|pp=48–78}} {{HarvRef|Possehl|2002|pp=141–156}}
[[Ficheiro:IndusValleySeals_swastikas.JPG|miniaturadaimagem|140x140px| Selos de [[suástica]] da civilização do vale do Indo no [[Museu Britânico]] ]]
Um selo do Vale do Indo mostra uma figura sentada com um toucado com chifres, possivelmente [[Policefalia|tricefálico]] e possivelmente [[Falo|ítifálico]], cercado por animais. Marshall identificou a figura como uma forma primitiva do deus hindu [[Xiva|Shiva]] (ou [[Rudra]] ), associado ao [[Ascese|ascetismo]], [[Ioga|yoga]] e [[Lingam|linga]] ; considerado como um senhor de animais ; e frequentemente descrito como tendo três olhos. O selo passou a ser conhecido como o Selo Pashupati, depois de ''Pashupati'' (senhor de todos os animais), um epíteto de Shiva. {{HarvRef|Marshall|1931|pp=48–78}} {{HarvRef|Possehl|2002|pp=141–144}} Embora o trabalho de Marshall tenha recebido algum apoio, muitos críticos e até apoiadores levantaram várias objeções. Doris Srinivasan argumentou que a figura não tem três faces, ou postura iogue, e que na [[Vedas|literatura védica]] Rudra não era um protetor de animais selvagens. {{HarvRef|Srinivasan|1975}} {{HarvRef|Srinivasan|1997|pp=180–181}} Herbert Sullivan e Alf Hiltebeitel também rejeitaram as conclusões de Marshall, com o primeiro alegando que a figura era feminina, enquanto o último associou a figura com ''Mahisha'', o Deus Buffalo e os animais ao redor com vahanas (veículos) de divindades para as quatro direções cardeais. {{HarvRef|Sullivan|1964}} {{HarvRef|Hiltebeitel|2011|pp=399–432}} Escrevendo em 2002, Gregory L. Possehl concluiu que, embora seja apropriado reconhecer a figura como uma divindade, sua associação com o búfalo de água e sua postura como disciplina ritual, considerando-a como um proto -Shiva estaria indo longe demais. {{HarvRef|Possehl|2002|pp=141–144}} Apesar das críticas à associação de Marshall ao selo com um ícone proto-Shiva, ele foi interpretado como o [[Tirthankara]] Rishabhanatha por [[Jainismo|Jains]] e Vilas Sangave <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=2FGSGmP4jNcC|título=Facets of Jainology: Selected Research Papers on Jain Society, Religion, and Culture|ultimo=Vilas Sangave|isbn=978-81-7154-839-2}}</ref> ou um antigo [[Sidarta Gautama|Buda]] pelos budistas. <ref name="ratnagarCA">{{Citar periódico|titulo=Archaeology at the Heart of a Political Confrontation The Case of Ayodhya|url=http://dro.dur.ac.uk/5696/1/5696.pdf|jornal=Current Anthropology|volume=45|doi=10.1086/381044|jstor=10.1086/381044}}</ref> Historiadores como [[Heinrich Zimmer]] e Thomas McEvilley acreditam que há uma conexão entre o primeiro [[Jainismo|Jain]] Tirthankara Rishabhanatha e a civilização do Vale do Indo. <ref>{{Citar livro|título=Philosophies of India|ultimo=Zimmer|primeiro=Heinrich|editor-sobrenome=Campbell|isbn=978-0-691-01758-7}}</ref> <ref>[[Thomas McEvilley]] (2002) ''The Shape of Ancient Thought: Comparative Studies in Greek and Indian Philosophies''. Allworth Communications, Inc. 816 pages; </ref>

Marshall hipotetizou a existência de um culto à adoração à Deusa Mãe, com base na escavação de várias figuras femininas, e achou que isso era um precursor da seita hindu do [[shaktismo]] . No entanto, a função das figuras femininas na vida das pessoas do vale do Indo permanece incerta, e Possehl não considera que as evidências da hipótese de Marshall sejam "terrivelmente robustas". {{HarvRef|Possehl|2002|pp=141–145}} Alguns dos baetilos interpretados por Marshall como representações fálicas sagradas agora são pensados para ter sido usados como pilões ou balcões de caça, enquanto as pedras de anel que foram pensadas para simbolizar ''yoni'' foram determinadas como características arquitetônicas usadas para sustentar pilares, embora a possibilidade de seu simbolismo religioso não possa ser eliminada. {{HarvRef|McIntosh|2008|pp=286–287}} Muitos focas do vale do Indo mostram animais, com alguns deles sendo transportados em procissões, enquanto outros mostram [[Quimera|criações quiméricas]] . Um selo de Mohenjo-daro mostra um monstro meio humano e meio búfalo atacando um tigre, o que pode ser uma referência ao [[Mitologia suméria|mito sumério]] de um monstro criado pela deusa [[Ninhursag|Aruru]] para combater [[Gilgamesh]] . {{HarvRef|Marshall|1931|p=67}}

Em contraste com [[Antigo Egito|as]] civilizações [[Antigo Egito|egípcias]] e [[Antigo Oriente Próximo|mesopotâmicas]] contemporâneas, o Vale do Indo carece de palácios monumentais, embora as cidades escavadas indiquem que a sociedade possuía o conhecimento de engenharia necessário. {{HarvRef|Possehl|2002|p=18}} {{HarvRef|Thapar|2004|p=85}} Isso pode sugerir que as cerimônias religiosas, se houver, podem ter sido confinadas em grande parte a lares individuais, pequenos templos ou ao ar livre. Vários locais foram propostos por Marshall e estudiosos posteriores como possivelmente devotados a fins religiosos, mas atualmente apenas se pensa que apenas o Grande Banho de Mohenjo-daro tenha sido tão usado, como um local para purificação ritual. {{HarvRef|Possehl|2002|pp=141–145}} {{HarvRef|McIntosh|2008|pp=275–277, 292}} As práticas funerárias da civilização Harappan são marcadas por enterro fracionário (no qual o corpo é reduzido a restos esqueléticos por exposição aos elementos antes do enterro final) e até cremação. {{HarvRef|Possehl|2002|pp=152, 157–176}} {{HarvRef|McIntosh|2008|pp=293–299}}

== Harappan atrasado ==
[[Ficheiro:Indus_Valley_Civilization,_Late_Phase_(1900-1300_BCE).png|direita|miniaturadaimagem| Período tardio de Harappan, c. 1900–1300 &nbsp; AEC ]]
[[Ficheiro:Coach_driver_Indus_01.jpg|direita|miniaturadaimagem| Figuras de Harappan atrasadas de um tesouro em Daimabad, 2000 &nbsp; AEC ]]
Por volta de 1900 &nbsp; Começaram a surgir sinais de um declínio gradativo e, por volta de 1700 aC, a maioria das cidades havia sido abandonada. Exames recentes de esqueletos humanos no local de Harappa demonstraram que o fim da civilização do Indo viu um aumento na violência interpessoal e em doenças infecciosas como [[Lepra|hanseníase]] e [[tuberculose]] . <ref name="Schug2012">{{Citar periódico|titulo=A Peaceful Realm? Trauma and Social Differentiation at Harappa|jornal=International Journal of Paleopathology|volume=2|doi=10.1016/j.ijpp.2012.09.012|pmid=29539378}}</ref> <ref name="Schug2013">{{Citar periódico|titulo=Infection, Disease, and Biosocial Process at the End of the Indus Civilization|jornal=PLOS ONE|volume=0084814|bibcode=2013PLoSO...884814R|doi=10.1371/journal.pone.0084814|pmc=3866234|pmid=24358372}}</ref>

Segundo o historiador Upinder Singh, "o quadro geral apresentado pela fase tardia de Harappan é o de uma quebra de redes urbanas e uma expansão de redes rurais". <ref>Upinder Singh (2008), [https://books.google.com/books?id=H3lUIIYxWkEC&pg=PA211 ''A History of Ancient and Early Medieval India From the Stone Age to the 12th Century''], p. 181</ref>

Durante o período de aproximadamente 1900 a 1700 aC, várias culturas regionais surgiram na área da civilização do Indo. A cultura do Cemitério H estava em [[Panjabe|Punjab]], [[Haryana]] e Western Uttar Pradesh, a cultura Jhukar estava em [[Sind|Sindh]] e a cultura Rangpur (caracterizada pela cerâmica Lustrous Red Ware) estava em [[Guzerate|Gujarat]] . <ref>{{Citar web|url=https://www.harappa.com/indus2/180.html|titulo=Late Harappan Localization Era Map}}</ref> <ref>McIntosh, Jane (2008). [https://books.google.com/books?id=1AJO2A-CbccC&pg=PR14 ''The Ancient Indus Valley: New Perspectives.'']</ref> <ref>Upinder Singh (2008), [https://books.google.com/books?id=H3lUIIYxWkEC&pg=PA211 ''A History of Ancient and Early Medieval India From the Stone Age to the 12th Century''], p. 211</ref> Outros sites associados à fase tardia da cultura Harappan são Pirak, no [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão, Paquistão]], e Daimabad, em [[Maharashtra]], Índia. <ref name="J.M. Kenoyer 2006 pp. 21">J.M. Kenoyer (2006), "Cultures and Societies of the Indus Tradition. In Historical Roots" in ''the Making of ‘the Aryan’'', R. Thapar (ed.), pp. 21–49. New Delhi, National Book Trust.</ref>

Os maiores sites de Late Harappan são Kudwala no [[Deserto de Cholistão|Colônia]], Bet Dwarka em [[Guzerate|Gujarat]] e Daimabad em [[Maharashtra]], que podem ser considerados urbanos, mas são menores e têm menor número em comparação com as cidades maduras de Harappan. Bet Dwarka foi fortalecido e continuou a ter contatos com a região do [[Golfo Pérsico]], mas houve uma diminuição geral do comércio de longa distância. <ref>U. Singh (2008), pp. 181, 223</ref> Por outro lado, o período também viu uma diversificação da base agrícola, com uma diversidade de culturas e o advento da dupla colheita, bem como uma mudança de assentamento rural em direção ao leste e ao sul. <ref name="U. Singh 2008, pp.180-181">U. Singh (2008), pp. 180–181</ref>

A cerâmica do período Late Harappan é descrita como "mostrando alguma continuidade com as tradições maduras da cerâmica Harappan", mas também diferenças distintas. <ref name="U. Singh 2008, p.211">U. Singh (2008), p. 211</ref> Muitos locais continuaram ocupados por alguns séculos, embora suas características urbanas tenham declinado e desaparecido. Artefatos anteriormente típicos, como pesos de pedra e figuras femininas, tornaram-se raros. Existem alguns selos circulares com desenhos geométricos, mas faltam a escrita Indus que caracterizava a fase madura da civilização. O script é raro e restrito a inscrições de barba por fazer. Houve também um declínio no comércio de longa distância, embora as culturas locais mostrem novas inovações em [[faiança]] e fabricação de vidro e escultura de contas de pedra. <ref>Kenoyer (2006).</ref> As comodidades urbanas, como esgotos e banheiros públicos, não eram mais mantidas, e os edifícios mais novos eram "mal construídos". Esculturas de pedra foram deliberadamente vandalizadas, objetos de valor às vezes foram escondidos em tesouros, sugerindo inquietação, e os cadáveres de animais e até humanos foram deixados desenterrados nas ruas e em prédios abandonados. <ref>McIntosh (2008), pp. 91, 98</ref>

Durante a segunda metade do 2º &nbsp; no milênio aC, a maioria dos assentamentos pós-urbanos de Late Harappan foi totalmente abandonada. A cultura material subsequente era tipicamente caracterizada por ocupação temporária ", os acampamentos de uma população que era nômade e principalmente pastoril" e que usava "cerâmica artesanal grosseira". <ref>F.R. Allchin (ed.), [https://books.google.com/books?id=Q5kI02_zW70C&pg=PA36 ''The Archaeology of Early Historic South Asia: The Emergence of Cities and States''] (Cambridge University Press, 1995), p. 36</ref> No entanto, há maior continuidade e sobreposição entre o Late Harappan e as fases culturais subseqüentes em locais em [[Panjabe|Punjab]], [[Haryana]] e oeste de [[Uttar Pradesh]], principalmente pequenos assentamentos rurais. <ref name="U. Singh 2008, pp.180-181">U. Singh (2008), pp. 180–181</ref> <ref>Allchin (ed., 1995), pp. 37–38</ref>

=== "Invasão ariana" ===
[[Ficheiro:Cemetery_H_Pottery.png|direita|miniaturadaimagem| Urnas de cerâmica pintada de Harappa ( cultura do Cemitério H, c. 1900-1300 &nbsp; AEC) ]]
Em 1953, Sir [[Mortimer Wheeler]] propôs que a invasão de uma tribo indo-européia da Ásia Central, os " [[Índia antiga|arianos]] ", causou o declínio da civilização do Indo. Como evidência, ele citou um grupo de 37 esqueletos encontrados em várias partes do Mohenjo-daro, e passagens nos Vedas referentes a batalhas e fortes. No entanto, os estudiosos logo começaram a rejeitar a teoria de Wheeler, já que os esqueletos pertenciam a um período após o abandono da cidade e nenhum foi encontrado perto da cidadela. Os exames subsequentes dos esqueletos por Kenneth Kennedy em 1994 mostraram que as marcas nos crânios eram causadas por erosão, e não por violência. <ref name="Bryant">{{Citar livro|título=The Quest for the Origins of Vedic Culture|ultimo=Edwin Bryant}}</ref>

Na cultura do Cemitério H (a fase tardia de Harappan na região de Punjab), alguns dos desenhos pintados nas urnas funerárias foram interpretados pelas lentes da [[Religião védica|literatura védica]] : por exemplo, pavões com corpos ocos e uma pequena forma humana no interior, que foi interpretada como a alma dos mortos, e um cão que pode ser visto como o cão de Yama, o deus da morte. <ref>J.P. Mallory and Douglas Q. Adams (eds., 1997), [https://books.google.com/books?id=tzU3RIV2BWIC ''Encyclopedia of Indo-European Culture''], p. 102</ref> <ref>Bridget and Raymond Allchin (1982), [https://books.google.com/books?id=r4s-YsP6vcIC ''The Rise of Civilization in India and Pakistan''], p. 246</ref> Isso pode indicar a introdução de novas crenças religiosas durante esse período, mas as evidências arqueológicas não sustentam a hipótese de que o povo do Cemitério H seja o destruidor das cidades de Harappan. {{HarvRef|Mallory|Adams|1997|pp=102–103}}

=== Mudança climática e seca ===
As causas contributivas sugeridas para a localização do IVC incluem mudanças no curso do rio <ref>David Knipe (1991), ''Hinduism''. San Francisco: Harper</ref> e [[Mudança do clima|mudanças climáticas]] que também são sinalizadas para as áreas vizinhas do Oriente Médio. <ref>{{Citar jornal|titulo=Decline of Bronze Age 'megacities' linked to climate change|url=http://phys.org/news/2014-02-decline-bronze-age-megacities-linked.html|publicado=phys.org}}</ref> <ref>Emma Maris (2014), [http://www.nature.com/news/two-hundred-year-drought-doomed-indus-valley-civilization-1.14800#b1 ''Two-hundred-year drought doomed Indus Valley Civilization''], nature</ref> {{Desde|2016}} muitos estudiosos acreditam que a seca e um declínio no comércio com o Egito e a Mesopotâmia causaram o colapso da civilização do Indo. <ref name="Science">{{Citar periódico|titulo=Indus Collapse: The End or the Beginning of an Asian Culture?|jornal=Science Magazine|volume=320}}</ref> A mudança climática que causou o colapso da civilização do vale do Indus deveu-se possivelmente a "uma [[Evento climático de 4200 ap|mega-seca]] abrupta e crítica [[Evento climático de 4200 ap|e ao resfriamento 4.200 &nbsp; anos atrás]] ", que marca o início da [[Meghalaiano|Era Meghalayan]], o estágio atual do [[Holoceno]] . <ref>{{Citar web|titulo=Collapse of civilizations worldwide defines youngest unit of the Geologic Time Scale|url=http://www.stratigraphy.org/index.php/ics-news-and-meetings/119-collapse-of-civilizations-worldwide-defines-youngest-unit-of-the-geologic-time-scale|series=News and Meetings}}</ref>

O sistema [[Rio Gagar|Ghaggar-Hakra]] foi alimentado pela chuva, {{Refn|Geological research by a group led by [[Peter Clift]] investigated how the courses of rivers have changed in this region since 8000&nbsp;years ago, to test whether climate or river reorganisations caused the decline of the Harappan. Using U-Pb dating of zircon sand grains they found that sediments typical of the Beas, Sutlej and Yamuna rivers (Himalayan tributaries of the Indus) are actually present in former Ghaggar-Hakra channels. However, sediment contributions from these glacial-fed rivers stopped at least by 10,000&nbsp;years ago, well before the development of the Indus civilisation.<ref name=Clift>Clift et al., 2011, U-Pb zircon dating evidence for a Pleistocene Sarasvati River and capture of the Yamuna River, ''Geology'', 40, 211–214 (2011). [http://geology.gsapubs.org/content/40/3/211.short]</ref>}} {{Refn|Tripathi et al. (2004) found that the isotopes of sediments carried by the Ghaggar-Hakra system over the last 20&nbsp;thousand years do not come from the glaciated Higher Himalaya but have a sub-Himalayan source, and concluded that the river system was rain-fed. They also concluded that this contradicted the idea of a Harappan-time mighty "Sarasvati" river.<ref name="Tripathi_2004">{{cite journal |first1=Jayant K. |last1=Tripathi |author2=Bock, Barbara |author3=Rajamani, V. |author4=Eisenhauer, A. |title=Is River Ghaggar, Saraswati? Geochemical Constraints |journal=Current Science |volume=87 |issue=8 |date=25 October 2004 |url=http://www.ias.ac.in/currsci/oct252004/1141.pdf |archive-url=https://web.archive.org/web/20041225113356/http://www.ias.ac.in/currsci/oct252004/1141.pdf |url-status=dead |archive-date=25 December 2004}}</ref>}} e o suprimento de água dependia das monções. O clima do Vale do Indo cresceu significativamente mais frio e seco a partir de 1800 &nbsp; AEC, ligado a um enfraquecimento geral das [[Monção|monções]] na época. A monção indiana declinou e a aridez aumentou, com o Ghaggar-Hakra retraindo seu alcance em direção ao sopé do Himalaia, <ref name="Giosan">{{Citar periódico|ultimo7=Stevens|titulo=Fluvial landscapes of the Harappan civilization|jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences|volume=109|doi=10.1073/pnas.1112743109|issn=0027-8424|pmc=3387054|pmid=22645375}}</ref> <ref>{{Citar jornal|titulo=An Ancient Civilization, Upended by Climate Change|url=http://green.blogs.nytimes.com/2012/05/29/an-ancient-civilization-upended-by-climate-change/?_r=0|jornal=New York Times|series=LiveScience}}</ref> <ref>{{Citar jornal|titulo=Huge Ancient Civilization's Collapse Explained|url=http://www.livescience.com/20614-collapse-mythical-river-civilization.html|jornal=New York Times}}</ref> levando a inundações erráticas e menos extensas que tornaram a agricultura de inundação menos sustentável.

A aridificação reduziu o suprimento de água o suficiente para causar o fim da civilização e espalhar sua população para o leste. <ref name="madella-fuller">{{Citar periódico|titulo=Palaeoecology and the Harappan Civilisation of South Asia: a reconsideration|jornal=Quaternary Science Reviews|volume=25|bibcode=2006QSRv...25.1283M|doi=10.1016/j.quascirev.2005.10.012}}</ref> <ref name="macdonald">{{Citar periódico|titulo=Potential influence of the Pacific Ocean on the Indian summer monsoon and Harappan decline|jornal=Quaternary International|volume=229|bibcode=2011QuInt.229..140M|doi=10.1016/j.quaint.2009.11.012}}</ref> <ref name="brooke-2015">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=O9TSAgAAQBAJ&pg=PA296|título=Climate Change and the Course of Global History: A Rough Journey|ultimo=Brooke|primeiro=John L.|isbn=978-0-521-87164-8}}</ref> {{Refn|Broke:<ref name=brooke-2015/> "The story in Harappan India was somewhat different (see Figure 111.3). The Bronze Age village and urban societies of the Indus Valley are some-thing of an anomaly, in that archaeologists have found little indication of local defense and regional warfare. It would seem that the bountiful monsoon rainfall of the Early to Mid-Holocene had forged a condition of plenty for all, and that competitive energies were channeled into commerce rather than conflict. Scholars have long argued that these rains shaped the origins of the urban Harappan societies, which emerged from Neolithic villages around 2600 BC. It now appears that this rainfall began to slowly taper off in the third millennium, at just the point that the Harappan cities began to develop. Thus it seems that this "first urbanisation" in South Asia was the initial response of the Indus Valley peoples to the beginning of Late Holocene aridification. These cities were maintained for 300 to 400 years and then gradually abandoned as the Harappan peoples resettled in scattered villages in the eastern range of their territories, into the Punjab and the Ganges Valley....'<br />17 (footnote):<br />
(a) {{Sfn|Giosan|Clift|Macklin|Fuller|2012}}<br />
(b) Camilo Ponton, [http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1029/2011GL050722/full "Holocene Aridification of India,"] GRL 39 (2012), L03704;<br />
(c) Harunur Rashid et al., [http://research.bpcrc.osu.edu/Icecore/publications/Rashid%20et%20al%20Terr%20Atmos%20Ocean%20Sci%202011v222p215.pdf "Late Glacial to Holocene Indian Summer Monsoon Variability Based upon Sediment Records Taken from the Bay of Bengal,"] Terrestrial, Atmospheric, and Oceanic Sciences 22 (2011), 215–28;<br />
(d) Marco Madella and Dorian Q. Fuller, [http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0277379105002908 "Paleoecology and the Harappan Civilization of South Asia: A Reconsideration,"] Quaternary Science Reviews 25 (2006), 1283–301. Compare with the very different interpretations in <br/>
(e) {{citation |last=Possehl |first=Gregory L. |title=The Indus Civilization: A Contemporary Perspective |url=https://books.google.com/books?id=pmAuAsi4ePIC&pg=PA239 |year=2002 |pages=237–245 |publisher=Rowman Altamira |isbn=978-0-7591-0172-2}}<br/>
(f) Michael Staubwasser et al., "Climate Change at the 4.2&nbsp;ka&nbsp;BP termination of the Indus Valley Civilization and Holocene South Asian Monsoon Variability," GRL 30 (2003), 1425. [in] Bar-Matthews and Avner Ayalon, "Mid-Holocene Climate Variations."}} De acordo com Giosan et al. (2012), os residentes da IVC não desenvolveram capacidade de irrigação, contando principalmente com as monções sazonais que causam inundações no verão. À medida que as monções se deslocavam para o sul, as inundações se tornaram muito irregulares para atividades agrícolas sustentáveis. Os moradores então migraram para a bacia do Ganges, no leste, onde estabeleceram aldeias menores e fazendas isoladas. O pequeno excedente produzido nessas pequenas comunidades não permitiu o desenvolvimento do comércio e as cidades morreram. <ref>{{Citar jornal|titulo=Migration of monsoons created, then killed Harappan civilization|url=http://www.latimes.com/news/science/sciencenow/la-sci-sn-indus-harappan-20120528,0,1127932.story|jornal=Los Angeles Times}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo7=Skinner|titulo=Intensified summer monsoon and the urbanization of Indus Civilization in northwest India|jornal=Scientific Reports|volume=8|bibcode=2018NatSR...8.4225D|doi=10.1038/s41598-018-22504-5|issn=2045-2322|pmc=5844871|pmid=29523797}}</ref>

=== Terremotos ===
Existem evidências arqueológicas de grandes terremotos em Dholavira em 2200 aC e em Kalibangan em 2700 e 2900 aC. Tal sucessão de terremotos, juntamente com a seca, pode ter contribuído para o declínio do sistema Ghaggar-Harka. Alterações no nível do mar também são encontradas em dois locais portuários possíveis ao longo da costa de Makran, que agora estão no interior. Terremotos podem ter contribuído para o declínio de vários locais devido a danos diretos por agitação, pela mudança do nível do mar ou pela mudança no suprimento de água. <ref>{{Citar periódico|titulo=Evidence for Tectonic Activity During the Mature Harappan Civilization, 2600-1800&nbsp;BCE|url=https://www.researchgate.net/publication/253829072|jornal=AGU Fall Meeting Abstracts}}</ref> <ref>{{Citar periódico|titulo=Tectonic Activity during the Harappan Civilization|url=https://www.researchgate.net/publication/253859373|jornal=AGU Fall Meeting Abstracts|volume=2001|bibcode=2001AGUFM.U52B..07P}}</ref> <ref>{{Citar livro|url=https://www.researchgate.net/publication/283831911|título=Earthquakes and civilizations of the Indus Valley: A challenge for archaeoseismology|ultimo=Kovach|primeiro=Robert L.|ultimo2=Grijalva|primeiro2=Kelly|ultimo3=Nur|primeiro3=Amos|data=2010-10-01|series=Geological Society of America Special Papers|volume=471|doi=10.1130/2010.2471(11)|isbn=978-0-8137-2471-3}}</ref>

=== Continuidade ===
Escavações arqueológicas indicam que o declínio de Harappa levou as pessoas para o leste. <ref>{{Citar livro|título=Kamandalu: The Seven Sacred Rivers of Hinduism|ultimo=Warrier|primeiro=Shrikala}}</ref> Segundo Possehl, depois de 1900 &nbsp; AEC, o número de sites na Índia atual aumentou de 218 para 853. Segundo Andrew Lawler, "escavações ao longo da planície do Gangético mostram que as cidades começaram a surgir por lá a partir de 1200 &nbsp; AEC, apenas alguns séculos depois que Harappa foi abandonada e muito antes do que se suspeitava. " <ref name="Science">{{Citar periódico|titulo=Indus Collapse: The End or the Beginning of an Asian Culture?|jornal=Science Magazine|volume=320}}</ref> {{Refn|Most sites of the [[Painted Grey Ware]] culture in the Ghaggar-Hakra and Upper Ganges Plain were small farming villages. However, "several dozen" PGW sites eventually emerged as relatively large settlements that can be characterized as towns, the largest of which were fortified by ditches or moats and embankments made of piled earth with wooden palisades, albeit smaller and simpler than the elaborately fortified large cities which grew after 600&nbsp;BCE in the more fully urban [[Northern Black Polished Ware]] culture.<ref>James Heitzman, [https://books.google.com/books?id=RdcnAgh_StUC ''The City in South Asia''] (Routledge, 2008), pp. 12–13</ref>}} De acordo com Jim Shaffer, houve uma série contínua de desenvolvimentos culturais, assim como na maioria das áreas do mundo. Elas vinculam "as chamadas duas principais fases da urbanização no sul da Ásia". <ref name="Spodek">{{Citar livro|título=Urban Form and Meaning in South Asia: The Shaping of Cities from Prehistoric to Precolonial Times|ultimo=Shaffer|primeiro=Jim|editor-sobrenome=[[Howard Spodek|Spodek, Howard]]|capitulo=Reurbanization: The eastern Punjab and beyond|editor-sobrenome2=Srinivasan, Doris M.}}</ref>

Em locais como Bhagwanpura (em [[Haryana]] ), escavações arqueológicas descobriram uma sobreposição entre a fase final da cerâmica Late Harappan e a fase inicial da cerâmica Painted Grey Ware, sendo esta última associada à [[Civilização védica|cultura védica]] e datando de 1200 &nbsp; AEC. Este site fornece evidências de vários grupos sociais ocupando a mesma vila, mas usando cerâmica diferente e vivendo em diferentes tipos de casas: "com o tempo, a cerâmica Late Harappan foi gradualmente substituída pela cerâmica de louça pintada em cinza" e outras mudanças culturais indicadas pela arqueologia incluem o introdução do cavalo, ferramentas de ferro e novas práticas religiosas. <ref name="J.M. Kenoyer 2006 pp. 21">J.M. Kenoyer (2006), "Cultures and Societies of the Indus Tradition. In Historical Roots" in ''the Making of ‘the Aryan’'', R. Thapar (ed.), pp. 21–49. New Delhi, National Book Trust.</ref>

Há também um site em Harappan chamado Rojdi no distrito de [[Rajkot]] em [[Saurashtra]] . Sua escavação começou sob uma equipe arqueológica do Departamento de Arqueologia do Estado de Gujarat e do Museu da Universidade da Pensilvânia em 1982-83. Em seu relatório sobre escavações arqueológicas em Rojdi, Gregory Possehl e MH Raval escrevem que, embora haja "sinais óbvios de continuidade cultural" entre a civilização Harappan e as culturas posteriores do sul da Ásia, muitos aspectos do "sistema sociocultural" de Harappan e da "civilização integrada" foram "perdidos para sempre", enquanto a Segunda Urbanização da Índia (começando com a cultura Northern Black Polished Ware, c. 600 &nbsp; AEC) "está bem fora desse ambiente sociocultural". <ref>Harappan Civilisation and Rojdi, by Gregory L. Possehl and M.H. Raval (1989) https://books.google.com/books?id=LtgUAAAAIAAJ&pg=PA19#v=onepage&q&f=false</ref>

== Pós-Harappan ==
Anteriormente, os estudiosos acreditavam que o declínio da civilização Harappan levou a uma interrupção da vida urbana no subcontinente indiano. No entanto, a civilização do vale do Indo não desapareceu repentinamente, e muitos elementos da civilização do Indo aparecem em culturas posteriores. A cultura do cemitério H pode ser a manifestação do Late Harappan em uma grande área na região de [[Panjabe|Punjab]], [[Haryana]] e oeste de [[Uttar Pradesh]], e a cultura da cerâmica colorida de ocre é sua sucessora. David Gordon White cita três outros estudiosos tradicionais que "demonstraram enfaticamente" que [[Religião védica|a religião védica]] deriva parcialmente das Civilizações do Vale do Indo. <ref>{{Citar livro|título=Kiss of the Yogini|ultimo=White|primeiro=David Gordon|isbn=978-0-226-89483-6}}</ref>

{{Desde|2016}} , dados arqueológicos sugerem que a cultura material classificada como Late Harappan pode ter persistido até pelo menos c. 1000–900 &nbsp; BCE e foi parcialmente contemporâneo da cultura Painted Grey Ware . <ref name="Spodek">{{Citar livro|título=Urban Form and Meaning in South Asia: The Shaping of Cities from Prehistoric to Precolonial Times|ultimo=Shaffer|primeiro=Jim|editor-sobrenome=[[Howard Spodek|Spodek, Howard]]|capitulo=Reurbanization: The eastern Punjab and beyond|editor-sobrenome2=Srinivasan, Doris M.}}</ref> O arqueólogo de Harvard Richard Meadow aponta para o final do assentamento de Pirak, em Harappan, que prosperou continuamente desde 1800 aC até a época da invasão de [[Alexandre, o Grande|Alexandre, o Grande,]] em 325 &nbsp; AEC. <ref name="Science">{{Citar periódico|titulo=Indus Collapse: The End or the Beginning of an Asian Culture?|jornal=Science Magazine|volume=320}}</ref>

Após a localização da civilização Indus, surgiram culturas regionais, em graus variados, mostrando a influência da civilização Indus. Na antiga cidade de Harappa, foram encontrados enterros que correspondem a uma cultura regional chamada cultura do Cemitério H. Ao mesmo tempo, a cultura da cerâmica colorida ocre expandiu-se do [[Rajastão]] para a [[Planície Indo-Gangética|planície]] do [[Planície Indo-Gangética|Gangético]] . A cultura do cemitério H tem as primeiras evidências de [[cremação]] ; uma prática dominante no [[hinduísmo]] hoje.

== Contexto histórico ==
[[Ficheiro:Impression_of_a_cylinder_seal_of_The_Divine_Sharkalisharri_Prince_of_Akkad_Ibni-Sharrum_the_Scribe_his_servant.jpg|miniaturadaimagem| Impressão de um selo cilíndrico do [[Império Acádio|Império Akkadian]], com o rótulo: "O Divino [[Charcalicharri|Sharkalisharri]] Príncipe de Akkad, Ibni-Sharrum, o Escriba, seu servo". Pensa-se que o [[Búfalo-asiático|búfalo de chifres longos]] tenha vindo do [[Rio Indo|vale]] do [[Rio Indo|Indo]] e testemunha trocas com [[Meluhha]], a [[Civilização do Vale do Indo|civilização]] do [[Civilização do Vale do Indo|vale]] do [[Civilização do Vale do Indo|Indo]] . Circa 2217-2193 &nbsp; AEC. [[Museu do Louvre]] . <ref>{{Citar web|titulo=Cylinder Seal of Ibni-Sharrum|url=https://www.louvre.fr/en/oeuvre-notices/cylinder-seal-ibni-sharrum|obra=Louvre Museum}}</ref> <ref>{{Citar web|titulo=Site officiel du musée du Louvre|url=http://cartelfr.louvre.fr/cartelfr/visite?srv=car_not_frame&idNotice=12067|obra=cartelfr.louvre.fr}}</ref> <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=F4DoBQAAQBAJ&pg=PA187|título=Critical Approaches to Ancient Near Eastern Art|ultimo=Brown|primeiro=Brian A.|ultimo2=Feldman|primeiro2=Marian H.|data=2013|isbn=9781614510352}}</ref> ]]
A fase madura (Harappan) do IVC é contemporânea à [[Idade do Bronze]] do [[Idade do Bronze|início]] e do [[Idade do Bronze|meio]] no [[antigo Oriente Próximo]], em particular o [[Elam|período]] do [[Elam|velho elamita]], [[Período Dinástico Arcaico|Dinastia precoce]], [[Império Acádio|Império acadiano]] a [[Terceira dinastia de Ur|Ur &nbsp; III]] [[Mesopotâmia]], [[Civilização Minoica|Creta]] Minoana Prépalatial e [[Império Antigo|Antigo Reino]] do [[Primeiro Período Intermediário]] [[Antigo Egito|Egito]] .

O IVC foi comparado em particular com as civilizações de [[Elam]] (também no contexto da hipótese Elamo-Dravidian ) e com a [[Civilização Minoica|Creta minóica]] (por causa de paralelos culturais isolados, como o onipresente [[Deusa|culto à deusa]] e representações de [[Taurocatapsia|saltos]] de [[Taurocatapsia|touros]] ). <ref>{{Citar livro|título=Indische Frühkulturen und ihre Beziehungen zum Westen|ultimo=Mode|primeiro=H.}}</ref> O IVC foi identificado provisoriamente com o topônimo [[Meluhha]] conhecido nos registros sumérios; os sumérios os chamavam de meluhhaitas. <ref>John Haywood, ''The Penguin Historical Atlas of Ancient Civilizations'', Penguin Books, London, 2005, p. 76</ref>

[[Shahr-e Sūkhté|Shahr-i-Sokhta]], localizado no sudeste do Irã, mostra rota comercial com a [[Mesopotâmia]] . <ref>{{Citar livro|título=Iran Almanac and Book of Facts}}</ref> <ref name="brotherhood">{{Citar livro|url=https://books.google.com/?id=JTvRCwAAQBAJ&pg=PA49&dq=Shahr-i-Sokhta+indus+valley|título=Brotherhood of Kings: How International Relations Shaped the Ancient Near East|ultimo=Podany|primeiro=Amanda H.|isbn=978-0-19-971829-0}}</ref> Um número de selos com escrita Indus também foi encontrado em locais da Mesopotâmia. <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=VfrQAAAAMAAJ|título=Legacy of Dilmun: The Roots of Ancient Maritime Trade in Eastern Coastal Arabia in the 4th/3rd Millennium B.C.|ultimo=Piesinger|primeiro=Constance Maria}}</ref> <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=8l9X_3rHFdEC&pg=PA246|título=Art of the First Cities: The Third Millennium B.C. from the Mediterranean to the Indus|ultimo=Joan Aruz|ultimo2=Ronald Wallenfels|isbn=978-1-58839-043-1}}</ref>

=== Dasyu ===
Após a descoberta do IVC na década de 1920, foi imediatamente associado aos [[Dasa|Dasyu]] indígenas, hostis às tribos rigvédicas, em numerosos hinos do [[Rigveda]] . [[Mortimer Wheeler]] interpretou a presença de muitos cadáveres não enterrados encontrados nos níveis mais altos de Mohenjo-daro como vítimas de uma conquista bélica e afirmou que " [[Indra]] é acusado" da destruição do IVC. A associação do IVC com o Dasyus, que mora na cidade, permanece sedutora porque o prazo assumido da primeira migração indo-ariana para a Índia corresponde perfeitamente ao período de declínio do IVC observado no registro arqueológico. A descoberta do IVC urbano avançado, no entanto, mudou o século XIX &nbsp; visão do século da migração indo-ariana precoce como uma "invasão" de uma cultura avançada às custas de uma população aborígene "primitiva", a uma [[aculturação]] gradual de "bárbaros" nômades em uma civilização urbana avançada, comparável às migrações germânicas após a [[Queda do Império Romano do Ocidente|queda de Roma]], ou a invasão [[Cassitas|kassita]] da [[Civilização babilônica|Babilônia]] . Esse afastamento de cenários simplistas "invasionistas" é paralelo a desenvolvimentos semelhantes no pensamento sobre a transferência de idiomas e o movimento populacional em geral, como no caso da migração dos falantes de proto-grego para a Grécia ou a indo-europeização da Europa Ocidental.

=== Munda ===
[[Línguas munda|Proto-Munda]] (ou [[Parafilético|Para]] [[Línguas munda|-Munda]] ) e um "filo perdido" (talvez relacionado ou ancestral da língua Nihali ) <ref>{{Citar periódico|titulo=Substrate Languages in Old Indo-Aryan ({{IAST|Ṛgvedic}}, Middle and Late Vedic)|url=http://ejvs.laurasianacademy.com/ejvs0501/ejvs0501article.pdf|jornal=Electronic Journal of Vedic Studies|volume=5|arquivodata=5 March 2016}}</ref> foram propostos como outros candidatos à linguagem do IVC. Michael Witzel sugere uma linguagem de prefixo subjacente semelhante ao [[Línguas austro-asiáticas|Austroasiatic]], principalmente o [[Língua khasi|Khasi]] ; ele argumenta que o Rigveda mostra sinais dessa influência hipotética de Harappan no nível histórico mais antigo, e o dravidiano apenas em níveis posteriores, sugerindo que os falantes de austroasiático eram os habitantes originais de Punjab e que os indo-arianos só encontravam falantes de dravidiano mais tarde . <ref name="Witzel">{{Citar periódico|titulo=The Languages of Harappa|url=http://www.people.fas.harvard.edu/~witzel/IndusLang.pdf|jornal=Electronic Journal of Vedic Studies|ref=harv}}</ref>

== Veja também ==
{{Div col}}

* [[List of Indus Valley Civilisation sites]]
* [[List of inventions and discoveries of the Indus Valley Civilisation]]
* [[Cradle of civilization|Cradle of civilisation]]
* [[History of Hinduism]]
* [[History of Afghanistan]]
* [[History of India]]
* [[History of Pakistan]]
* [[Early Indians]]
{{-fim}}

== Notas de rodapé ==
{{Notelist|1}}

== Citações ==
{{Referências|30em}}
[[Categoria:Civilizações]]
[[Categoria:Civilização do Vale do Indo]]

Revisão das 08h30min de 2 de outubro de 2019


Predefinição:Infobox archaeological culture

Ruínas escavadas de Mohenjo-daro, província de Sindh, Paquistão. Mohenjo-daro, na margem direita do rio Indo, é um Patrimônio Mundial da UNESCO, o primeiro local no sul da Ásia a ser declarado como tal.

Civilização do Vale do Indo (CVI) foi uma civilização da Idade do Bronze nas regiões noroeste do sul da Ásia, que existiu entre 3300 a.C. e 1300 a.C., sendo que atingiu seu auge entre 2600 a.C. e 1900 a.C.. [1] [2] Juntamente com o Egito antigo e a Mesopotâmia, foi uma das três primeiras civilizações da região, compreendendo o norte da África, o oeste da Ásia e o sul da Ásia, e das três, a mais difundida, sendo que seu complexo de centros urbanos abrangem uma área que se estende do nordeste do Afeganistão, através de grande parte do Paquistão e o oeste e noroeste da Índia.[3][4] Floresceu nas bacias do rio Indo, que flui através do Paquistão e ao longo de um sistema de rios perenes, principalmente alimentados por monções, que antes corriam nas proximidades do rio sazonal Ghaggar -Hakra, no noroeste da Índia e no leste do Paquistão.[1][5]

As cidades da civilização eram destacadas por seu planejamento urbano, casas de tijolos assados, sistemas elaborados de drenagem e abastecimento de água, aglomerados de grandes edifícios não residenciais e novas técnicas de artesanato (produtos de cornalina, entalhes em selos) e metalurgia (cobre, bronze, chumbo e estanho). [6] As grandes cidades de Mohenjo-daro e Harapa muito provavelmente chegaram a ter entre 30.000 e 60.000 habitantes,[7][8] sendo que a própria civilização, durante sua florescência, pode ter contido entre um e cinco milhões de pessoas.[9][10] A gradual seca do solo da região durante o terceiro milênio a.C. pode ter sido o estímulo inicial para a urbanização associada à civilização, mas também reduziu o suprimento de água o suficiente para causar seu desaparecimento e a migração de sua população para o leste.[11][12][5][13]

A civilização também é conhecida como Civilização Harapeana, por conta da cidade de Harapa, a primeira a ser escavada no início do século XX no que era então a Índia britânica e agora é o Paquistão.[14][15] A descoberta de Harapa, e logo depois de Mohenjo-Daro, foi o ponto culminante do trabalho que começou em 1861 com a fundação do Serviço Arqueológico da Índia durante o Raj britânico.[16] No entanto, houve culturas anteriores e posteriores, frequentemente chamadas pré-harapeanas e pós-harapeanas na mesma região. Em 2002, foram relatadas mais de 1.000 cidades e assentamentos harapeanos, dos quais pouco menos de cem haviam sido escavados,[17][18][19][20][21] Entretanto, existem cinco principais locais urbanos:[22][23] Harappa, Mohenjo-daro (Património Mundial da UNESCO ), Dholavira, Ganeriwala em Cholistan e Rakhigarhi.[24][25] As primeiras culturas harapeanas foram precedidas por aldeias agrícolas neolíticas locais, a partir das quais as planícies fluviais foram povoadas. [26] [27]

O idioma harapeano não é diretamente atestado e sua afiliação é incerta, pois a escrita indo ainda não foi decifrada.[28] Um relacionamento com a família de idiomas dravidiano é uma teoria defendidas por uma parte dos estudiosos. [29] [30]

Nome

A civilização do vale do Indo é nomeada por conta do sistema do rio Indo, cujas planícies aluviais foram os primeiros locais onde vestígios da civilização foram identificados e escavados.[31][32] Seguindo uma tradição em arqueologia, a civilização é às vezes chamada de harapeana, por conta de Harapa, o primeiro local a ser escavado na década de 1920; isso é notavelmente verdadeiro no uso empregado pelo Serviço Arqueológico da Índia após a independência da Índia em 1947.[33][34]

Uma parte dos estudiosos usa os termos "cultura sarasvati", "civilização sarasvati", "civilização indo-sarasvati" ou "civilização sindhu-saraswati", porque consideram o rio Ghaggar-Hakra o mesmo que o Sarasvati,[35][36][37] um rio mencionado várias vezes no Rig Veda, uma coleção de antigos hinos sânscritos compostos no segundo milênio a.C..[38][39][40][a] No entanto, pesquisas geofísicas recentes sugerem que, diferentemente do Sarasvati, cujas descrições no Rig Veda são as de um rio alimentado pela neve, o Ghaggar-Hakra era um sistema perene de rios alimentados por monções, que se tornaram sazonais na época em que a civilização diminuiu, aproximadamente 4.000 anos atrás.[5][b] Além disso, os defensores da nomenclatura "sarasvati" veem uma conexão entre o declínio da civilização e a ascensão da civilização védica na planície gangética; no entanto, historiadores do declínio da civilização do Vale do Indo consideram as duas substancialmente desconectadas.[43][c]

Extensão

Principais locais e extensão da civilização do vale do Indo

A civilização do Indo era aproximadamente contemporânea das demais civilizações ribeirinhas do mundo antigo: o Egito ao longo do Nilo, Mesopotâmia nas terras regadas pelo Eufrates e Tigre e a China na bacia de drenagem do rio Amarelo. Na época de sua fase madura, a civilização havia se espalhado por uma área maior do que as outras mencionadas, o que incluía um núcleo de 1.500 km acima do plano aluvial do Indo e de seus afluentes. Além disso, havia uma região com flora, fauna e habitats díspares, até dez vezes maiores, que haviam sido moldados cultural e economicamente pelo Indo.[44][45]

Por volta de 6500 a.C., a agricultura surgiu no Baluchistão, nas margens do aluvião do Indo.[7][46][47][48] Nos milênios seguintes, incursões nas planícies do Indo preparam o terreno para o crescimento de assentamentos humanos rurais e urbanos.[49][50] A vida sedentária mais organizada, por sua vez, levou a um aumento líquido na taxa de natalidade.[7][51] Os grandes centros urbanos de Mohenjo-daro e Harappa muito provavelmente chegaram a ter entre 30.000 e 60.000 habitantes e, durante o florescimento da civilização, a população do subcontinente cresceu para algo entre 4 e 6 milhões de pessoas.[7][52] Durante esse período, a taxa de mortalidade também aumentou, pois as condições de vida próximas de humanos e animais domesticados levaram a um aumento de doenças contagiosas.[47][53] Segundo uma estimativa, a população da civilização do Indo em seu pico pode ter sido entre um e cinco milhões de pessoas.[54][55]

A Civilização do Vale do Indo se estendeu do Baluchistão do Paquistão, a oeste, a Uttar Pradesh no oeste da Índia, a leste, do nordeste do Afeganistão, no norte, ao estado de Gujarat, no sul da Índia.[35] O maior número de locais harapeanos está nos estados de Gujarat, Haryana, Punjab, Rajastão, Uttar Pradesh, Jammu e Caxemira na Índia, e nas províncias de Sindh, Punjab e Baluchistão no Paquistão. Os assentamentos costeiros se estenderam de Sutkagan Dor[56] no Baluchistão Ocidental a Lothal[57] em Gujarat. Uma cidade do Vale do Indo foi encontrada no rio Oxus em Shortugai no norte do Afeganistão,[58] no vale do rio Gomal no noroeste do Paquistão,[59] em Manda, Jammu no rio Beas perto de Jammu,[60] Índia, e em Alamgirpur, no rio Hindon, apenas 28 km de Deli.[61] O local harapeano mais ao sul é Daimabad, em Maharashtra. Os sítios arqueológicos harapeanos são encontrados com mais frequência nos rios, mas também no litoral antigo,[62] por exemplo, Balakot,[63] e nas ilhas, por exemplo, Dholavira.[64]

RD Banerji, um oficial da ASI, visitou Mohenjo-daro em 1919-1920 e novamente em 1922-1923, postulando a antiguidade distante do local

Era pré-harapeana: Mergar

Modelo de difusão da agricultura do Crescente Fértil após 9000 a.C.

Mergar é um assentamente neolítico (7000 a.C. até 2500 a.C.), a oeste do vale do rio Indo, perto da passagem de Bolan,[65] que deu novas ideias sobre o surgimento da civilização do vale do Indo.[66][d] Mergar é um dos primeiros locais com evidências de agricultura e pastoreio no sul da Ásia[67][68][e] e foi influenciado pelo Oriente Próximo,[78] com similaridades entre "variedades de trigo domesticadas, fases iniciais da agricultura, cerâmica, outros artefatos arqueológicos, algumas plantas domesticadas e animais de rebanho."[79]Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; refs sem parâmetro de nome devem ter conteúdo associado De acordo com Parpola, a cultura do Oriente Próximo migrou para o vale do Indo e se tornou a civilização do vale do Indo.[80]

O Haplogroup L-M20 tem uma alta frequência no vale do Indo. McElreavy e Quintana-Murci (2005) observam que "a distribuição de frequência e o tempo estimado de expansão (~ 7.000 YBP) desta linhagem sugere que sua propagação no vale do Indo pode estar associada à expansão de grupos agrícolas locais durante o período neolítico."[81][82]

Jean-Francois Jarrige defende uma origem independente de Mergar. Jarrige observa "a suposição de que a economia agrícola foi introduzida em pleno desenvolvimento do Oriente Próximo ao sul da Ásia" [85] [93] [100] e as semelhanças entre os locais neolíticos de Mesopotâmia oriental e o vale do Indo, são consideradas evidências de um "continuum cultural" entre esses locais. Mas, dada a originalidade de Mergar, Jarrige conclui que o local tem um passado local anterior " e não é um remanescente da cultura neolítica do Oriente Próximo".

Lukacs e Hemphill sugerem um desenvolvimento local inicial de Mergar, com uma continuidade no desenvolvimento cultural, mas uma mudança na população. De acordo com Lukacs e Hemphill, embora exista uma forte continuidade entre as culturas neolítica e calcolítica (Idade do Cobre) de Mergar, evidências dentárias mostram que a população calcolítica não descende da população neolítica de Mergar,[101] o que "sugere níveis moderados do fluxo gênico". [101] [102] Mascarenhas et al. (2015) observam que "novos tipos de corpos, possivelmente da Ásia Ocidental, são relatados a partir das sepulturas de Mergar, começando na fase de Togau (3800 a.C.)."[103] De acordo com Narasimhan et al. (2019), a população harapeana provavelmente resultou de uma mistura de povos relacionadas, mas não descendentes, de agricultores iranianos e de caçadores-coletores do sul da Ásia e surgiu entre cerca de 5400 a 3700 AEC.[104][105]

Gallego Romero et al. (2011) afirmam que suas pesquisas sobre a tolerância à lactose na Índia sugerem que "a contribuição genética da Eurásia ocidental identificada por Reich et al. (2009) reflete principalmente o fluxo gênico do Irã e do Oriente Médio".[106] Eles observam ainda que "as primeiras evidências de criação de gado no sul da Ásia vêm do local do rio Indo, em Mergar, e datam de 7.000 YBP".[106][108]

Período inicial

Período inicial harapeano, c. 3300-2600 a.C.

A fase inicial Ravi harapeana, nomeada por conta do rio Ravi nas proximidades, durou de c. 3300 a.C. até 2800   a.C.. Está relacionada à fase Hakra, identificada no vale do rio Ghaggar-Hakra, a oeste, e é anterior à fase Kot Diji (2800 a 2600).   BCE, Harappan   2), nomeado após um local no norte de Sindh, Paquistão, perto de Mohenjo-daro . Os primeiros exemplos do script Indus datam da 3ª   milênio aC. [109] [110]

A fase madura das culturas das aldeias anteriores é representada por Rehman Dheri e Amri no Paquistão. [111] Kot Diji representa a fase que antecedeu a Mature Harappan, com a cidadela representando autoridade centralizada e uma qualidade de vida cada vez mais urbana. Outra cidade desse estágio foi encontrada em Kalibangan, na Índia, no rio Hakra. [112]

As redes de comércio vincularam essa cultura a culturas regionais relacionadas e a fontes distantes de matérias-primas, incluindo lápis-lazúli e outros materiais para fazer contas. Nessa época, os moradores haviam domesticado numerosas culturas, incluindo ervilhas, sementes de gergelim, tâmaras e algodão, além de animais, incluindo o búfalo . As primeiras comunidades de Harappan voltaram-se para grandes centros urbanos em 2600 aC, de onde a fase madura de Harappan começou. A pesquisa mais recente mostra que as pessoas do Vale do Indo migraram das aldeias para as cidades. [113] [114]

Os estágios finais do período Early Harappan são caracterizados pela construção de grandes assentamentos murados, a expansão das redes comerciais e a crescente integração das comunidades regionais em uma cultura material "relativamente uniforme" em termos de estilos de cerâmica, ornamentos e selos de carimbos. com script Indus, levando à transição para a fase Mature Harappan. [115]

Harappan maduro

De acordo com Giosan et al. (2012), a lenta migração para o sul das monções pela Ásia inicialmente permitiu que as aldeias do Vale do Indus se desenvolvessem domando as inundações do Indus e seus afluentes. A agricultura apoiada pelas inundações levou a grandes excedentes agrícolas, que por sua vez apoiaram o desenvolvimento das cidades. Os residentes da IVC não desenvolveram recursos de irrigação, contando principalmente com as monções sazonais que levaram a inundações no verão. [116] Brooke observa ainda que o desenvolvimento de cidades avançadas coincide com uma redução nas chuvas, o que pode ter desencadeado uma reorganização em grandes centros urbanos. [117] [alfa inferior 34]

Segundo JG Shaffer e DA Lichtenstein, [118] a Civilização Madura Harappan era "uma fusão das tradições ou 'grupos étnicos' Bagor, Hakra e Kot Diji no vale Ghaggar-Hakra, nas fronteiras da Índia e Paquistão". [119]

Até 2600   AEC, as comunidades Early Harappan se transformaram em grandes centros urbanos. Esses centros urbanos incluem Harappa, Ganeriwala, Mohenjo-daro no Paquistão atual e Dholavira, Kalibangan, Rakhigarhi, Rupar e Lothal na Índia moderna. [120] No total, mais de 1.000   cidades e assentamentos foram encontrados, principalmente na região geral dos rios Indus e Ghaggar-Hakra e seus afluentes. [121]

Uma cultura urbana sofisticada e tecnologicamente avançada é evidente na Civilização do Vale do Indo, tornando-os o primeiro centro urbano da região. A qualidade do planejamento municipal sugere o conhecimento do planejamento urbano e governos municipais eficientes, que priorizam a higiene ou, alternativamente, a acessibilidade aos meios de ritual religioso. [122]

Como visto em Harappa, Mohenjo-daro e Rakhigarhi, recentemente escavado parcialmente, esse plano urbano incluía os primeiros sistemas de saneamento urbano conhecidos do mundo: veja a engenharia hidráulica da civilização do vale do Indus . Dentro da cidade, casas individuais ou grupos de casas obtiveram água de poços . De uma sala que parece ter sido reservada para o banho, as águas residuais eram direcionadas para esgotos cobertos, que ladeavam as principais ruas. As casas abriam apenas para pátios internos e faixas menores. A construção de casas em algumas aldeias da região ainda se assemelha em alguns aspectos à construção de casas dos Harappans. [123]

Os antigos sistemas Indus de esgoto e drenagem, desenvolvidos e usados em cidades de toda a região do Indo, eram muito mais avançados do que os encontrados em locais urbanos contemporâneos no Oriente Médio e ainda mais eficientes do que os encontrados em muitas áreas do Paquistão e da Índia atualmente. A arquitetura avançada dos Harappans é mostrada por seus impressionantes estaleiros, celeiros, armazéns, plataformas de tijolos e paredes de proteção. As enormes muralhas das cidades do Indo provavelmente protegeram os Harappans das inundações e podem ter dissuadido os conflitos militares. [124]

O objetivo da cidadela permanece em debate. Em nítido contraste com os contemporâneos desta civilização, a Mesopotâmia e o Egito antigo, nenhuma grande estrutura monumental foi construída. Não há evidências conclusivas de palácios ou templos - ou de reis, exércitos ou sacerdotes. Pensa-se que algumas estruturas sejam celeiros. Encontrado em uma cidade há um enorme banho bem construído (o " Grande Banho "), que pode ter sido um banho público. Embora as cidadelas estivessem muradas, está longe de ficar claro que essas estruturas eram defensivas.

A maioria dos habitantes da cidade parece ter sido comerciantes ou artesãos, que moravam com outros que perseguiam a mesma ocupação em bairros bem definidos. Materiais de regiões distantes foram utilizados nas cidades para a construção de selos, contas e outros objetos. Entre os artefatos descobertos estavam belas contas de faiança envidraçadas. Os selos de esteatita têm imagens de animais, pessoas (talvez deuses) e outros tipos de inscrições, incluindo o sistema de escrita ainda não decifrado da Civilização do Vale do Indo . Alguns dos selos foram usados para estampar argila em mercadorias comerciais.

Embora algumas casas fossem maiores que outras, as cidades da Indus Civilization eram notáveis por seu aparente, se relativo, igualitarismo . Todas as casas tinham acesso a instalações de água e drenagem. Isso dá a impressão de uma sociedade com uma concentração de riqueza relativamente baixa, embora um claro nível social seja visto em adornos pessoais.  

Estátua do chamado "Padre Sacerdote", Mohenjo-daro, período tardio de Harappan, Museu Nacional, Karachi, Paquistão.

Tecnologia

As pessoas da civilização Indus alcançaram grande precisão na medição de comprimento, massa e tempo. Eles foram os primeiros a desenvolver um sistema de pesos e medidas uniformes.   Uma comparação dos objetos disponíveis indica variação em grande escala nos territórios do Indo. Sua menor divisão, marcada em uma escala de marfim encontrada em Lothal em Gujarat, era de aproximadamente 1,704   mm, a menor divisão já registrada em uma escala da Idade do Bronze .   engenheiros de Harappan seguiram a divisão decimal da medida para todos os fins práticos, incluindo a medida da massa conforme revelada por seus pesos hexaedros .   [ <span title="This claim needs references to reliable sources. (June 2019)">citação necessária</span> ]

Pesos Harappan encontrados no vale do Indo. [125]

Esses pesos de chert estavam na proporção de 5: 2: 1 com pesos de 0,05, 0,1, 0,2, 0,5, 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500   unidades, com cada unidade pesando aproximadamente 28   gramas, semelhante à onça imperial inglesa ou uncia grega, e objetos menores foram pesados em proporções semelhantes com as unidades de 0,871   . No entanto, como em outras culturas, os pesos reais não eram uniformes em toda a área. Os pesos e medidas utilizados posteriormente no Arthashastra de Kautilya (4ª   século AEC) são os mesmos que os usados em Lothal . [126]

Uma pedra de toque contendo faixas de ouro foi encontrada em Banawali, que provavelmente foi usada para testar a pureza do ouro (essa técnica ainda é usada em algumas partes da Índia). [119]

Artes e Ofícios

Fragmento de um grande vaso profundo; por volta de 2500 aC; cerâmica vermelha com decoração vermelha e preta; 12.5 × 15.5   cm (4 x 6   no. ); Museu do Brooklyn (Nova York).

Várias esculturas, selos, cerâmica de vasos de bronze, jóias de ouro e figuras anatomicamente detalhadas em terracota, bronze e esteatita foram encontradas em locais de escavação. [127] Os Harappans também fizeram vários brinquedos e jogos, entre eles dados cúbicos (com um a seis buracos nos rostos), que foram encontrados em locais como Mohenjo-Daro. [128]

Várias estatuetas de ouro, terracota e pedra de meninas em poses de dança revelam a presença de alguma forma de dança. Essas figuras de terracota incluíam vacas, ursos, macacos e cães. O animal representado na maioria das focas em locais do período maduro não foi claramente identificado. Parte touro, parte zebra, com um chifre majestoso, tem sido uma fonte de especulação. Até o momento, não há evidências suficientes para substanciar alegações de que a imagem tenha significado religioso ou culto, mas a prevalência da imagem levanta a questão de saber se os animais nas imagens do IVC são ou não símbolos religiosos. [129]

Muitos ofícios, incluindo "trabalhos com conchas, cerâmica e fabricação de contas de esteatita e ágata" foram praticados e as peças foram usadas na confecção de colares, pulseiras e outros ornamentos de todas as fases da cultura Harappan. Alguns desses ofícios ainda são praticados no subcontinente hoje. [130] Alguns itens de maquiagem e produtos de higiene pessoal (um tipo especial de pente (kakai), o uso de colírio e um dispositivo especial de higiene pessoal três em um) encontrados em contextos de Harappan ainda possuem contrapartes similares na Índia moderna. [131] Foram encontradas figuras femininas de terracota (c. 2800–2600   AEC) que tinha a cor vermelha aplicada ao "mangá" (linha de partição do cabelo).

A Garota Dançarina de Mohenjo-daro; 2400–1900   AEC; bronze; altura: 10.8   cm (4   no. );

Selos

Selos, alguns deles com escrita Indus ; provavelmente feito de esteatita; Museu Britânico (Londres)

Milhares de selos de esteatita foram recuperados e seu caráter físico é bastante consistente. Em tamanho que variam de   polegadas para 1     polegadas quadradas. Na maioria dos casos, eles têm uma saliência furada na parte traseira para acomodar um cordão para manuseio ou para uso como adorno pessoal.

Foram encontrados selos em Mohenjo-daro, representando uma figura em pé de cabeça e outra no selo de Pashupati, sentada de pernas cruzadas no que alguns chamam de pose de ioga (veja a imagem, o chamado Pashupati, abaixo). Esta figura foi identificada de várias maneiras. Sir John Marshall identificou uma semelhança com o deus hindu, Shiva. [132]

Uma divindade humana com chifres, cascos e cauda de um touro também aparece nas focas, em particular em uma cena de luta com um animal com chifres de tigre. Essa divindade foi comparada ao homem-homem da Mesopotâmia, Enkidu . [133] [134] [135] Várias focas também mostram um homem lutando com dois leões ou tigres, um motivo de " mestre dos animais " comum às civilizações do oeste e do sul da Ásia. [136]

Comércio e transporte

A economia da civilização do Indo parece ter dependido significativamente do comércio, o que foi facilitado por grandes avanços na tecnologia de transporte. O IVC pode ter sido a primeira civilização a usar o transporte com rodas. [137] Esses avanços podem ter incluído carros de boi idênticos aos vistos hoje no sul da Ásia, além de barcos. A maioria desses barcos provavelmente era pequena, de fundo chato, talvez movida a vela, semelhante à que se pode ver hoje no rio Indus; no entanto, há evidências secundárias de embarcações de alto mar. Os arqueólogos descobriram um enorme canal dragado e o que consideram uma instalação de ancoragem na cidade costeira de Lothal, no oeste da Índia (estado de Gujarat ). Uma extensa rede de canais, usada para irrigação, também foi descoberta por H.-P. Francfort. [138]

Vaso ovóide de barro polido e pintado, com contas de cornalina redondas. (Terceiro   Millennium-2nd   Millennium BCE)

Durante 4300–3200   AEC do período calcolítico (idade do cobre), a área da Civilização do Vale do Indo mostra semelhanças cerâmicas com o sul do Turquemenistão e o norte do Irã, o que sugere considerável mobilidade e comércio. Durante o período Early Harappan (cerca de 3200–2600   AEC), semelhanças em cerâmica, focas, estatuetas, ornamentos, etc. documentam o intenso comércio de caravanas com a Ásia Central e o platô iraniano . [139]

Descobertas arqueológicas sugerem que as rotas comerciais entre a Mesopotâmia e o Indo estavam ativas durante o terceiro   milênio aC, levando ao desenvolvimento das relações Indus-Mesopotâmia . [140]

A julgar pela dispersão dos artefatos da civilização Indus, as redes comerciais integraram economicamente uma área enorme, incluindo partes do Afeganistão, as regiões costeiras da Pérsia, norte e oeste da Índia e Mesopotâmia, levando ao desenvolvimento das relações Indus-Mesopotâmia . Estudos de esmalte dentário de indivíduos enterrados em Harappa sugerem que alguns moradores haviam migrado para a cidade além do vale do Indo. [141] Há alguma evidência de que os contatos comerciais se estendam a Creta e possivelmente ao Egito. [142]

Havia uma extensa rede de comércio marítimo operando entre as civilizações Harappan e Mesopotâmica, desde a fase intermediária de Harappan, com muito comércio sendo tratado por "comerciantes intermediários de Dilmun " (moderno Bahrain e Failaka, localizado no Golfo Pérsico ). [143] Esse comércio marítimo de longa distância tornou-se viável com o desenvolvimento de embarcações construídas em pranchas, equipadas com um único mastro central que sustentava uma vela de juncos ou tecidos. [144]

Supõe-se geralmente que a maior parte do comércio entre o Vale do Indo (antiga Meluhha?) E os vizinhos ocidentais prosseguiu pelo Golfo Pérsico, em vez de por terra. Embora não exista uma prova incontestável de que esse era realmente o caso, a distribuição de artefatos do tipo Indus na península de Omã, no Bahrein e no sul da Mesopotâmia torna plausível que uma série de estágios marítimos ligassem o Vale do Indo e a região do Golfo. [145]

Na década de 1980, importantes descobertas arqueológicas foram feitas em Ras al-Jinz ( Omã ), demonstrando conexões marítimas do Vale do Indo com a Península Arábica . [144] [146] [147]

Agricultura

De acordo com Gangal et al. (2014), há fortes evidências arqueológicas e geográficas de que a agricultura neolítica se espalhou do Oriente Próximo para o noroeste da Índia, mas também há "boas evidências para a domesticação local da cevada e do gado zebu em Mehrgarh". [78] [f]

Segundo Jean-François Jarrige, a agricultura teve uma origem independente em Mehrgarh, apesar das semelhanças que ele observa entre os locais neolíticos da Mesopotâmia oriental e o vale do Indo ocidental, que são evidências de um "continuum cultural" entre esses locais. No entanto, Jarrige conclui que Mehrgarh tem um passado local anterior ", e não é um" remanso "da cultura neolítica do Oriente Próximo". O arqueólogo Jim G. Shaffer escreve que o site de Mehrgarh "demonstra que a produção de alimentos era um fenômeno indígena do sul da Ásia" e que os dados apóiam a interpretação da "urbanização pré-histórica e organização social complexa no sul da Ásia, com base na cultura indígena, mas não isolada". desenvolvimentos ". [148]

Jarrige observa que o povo de Mehrgarh usava trigo e cevada domesticados, [149] enquanto Shaffer e Liechtenstein observam que a principal safra de cereais cultivados era a cevada de seis linhas, uma colheita derivada da cevada de duas linhas. [150] Gangal concorda que "as colheitas domesticadas neolíticas em Mehrgarh incluem mais de 90% da cevada", observando que "há boas evidências para a domesticação local da cevada". No entanto, Gangal também observa que a colheita também incluiu "uma pequena quantidade de trigo", que "é sugerida como de origem do Oriente Próximo, pois a distribuição moderna de variedades selvagens de trigo é limitada ao Levante do Norte e ao sul da Turquia. [78] [151] "

O gado que é frequentemente retratado nas focas do Indus são aurochs indianos corcundas, semelhantes ao gado zebu . O gado zebu ainda é comum na Índia e na África. É diferente do gado europeu e foi originalmente domesticado no subcontinente indiano, provavelmente na região do Paquistão no Baluchistão . [152] [78] [alfa inferior 35]

Pesquisa de J. Bates et al. (2016) confirma que as populações Indus foram as primeiras pessoas a usar estratégias complexas de cultivo múltiplo em ambas as estações, cultivando alimentos durante o verão (arroz, milho e feijão) e inverno (trigo, cevada e leguminosas), que exigiam diferentes regimes de rega. [153] Bates et al. (2016) também encontraram evidências de um processo de domesticação de arroz totalmente separado no antigo sul da Ásia, baseado na espécie selvagem Oryza nivara . Isso levou ao desenvolvimento local de uma mistura de agricultura de "terras úmidas" e "terras áridas" da agricultura local de arroz Oryza sativa indica, antes que o arroz verdadeiramente "úmido" Oryza sativa japonica chegasse por volta de 2000 aC. [154]

Língua

Tem sido frequentemente sugerido que os portadores do IVC correspondiam aos proto-dravidianos linguisticamente, o desmembramento do proto-dravidiano correspondendo ao desmembramento da cultura Late Harappan . [155] O indólogo finlandês Asko Parpola conclui que a uniformidade das inscrições do Indus exclui qualquer possibilidade de o uso de idiomas muito diferentes e que uma forma primitiva do idioma dravidiano deve ter sido o idioma do povo Indus. [156] Hoje, a família linguística dravidiana concentra-se principalmente no sul da Índia e no norte e leste do Sri Lanka, mas ainda existem bolsões no restante da Índia e no Paquistão ( língua Brahui ), o que dá credibilidade à teoria.

Segundo Heggarty e Renfrew, as línguas dravidianas podem ter se espalhado no subcontinente indiano com a expansão da agricultura. [157] Segundo David McAlpin, as línguas dravídicas foram trazidas para a Índia pela imigração de Elam na Índia. [g] Em publicações anteriores, Renfrew também afirmou que o protodravidiano foi trazido para a Índia por agricultores da parte iraniana do Crescente Fértil, [158] [159] [160] [h] mas mais recentemente Heggarty e Renfrew observam que "ainda há muito a ser feito para elucidar a pré-história do dravidiano". Eles também observam que "a análise de McAlpin dos dados da linguagem e, portanto, de suas alegações, permanece longe da ortodoxia". [157] Heggarty e Renfrew concluem que vários cenários são compatíveis com os dados e que "o júri linguístico ainda está muito fora". [157] [j]

Possível sistema de escrita

Dez caracteres Indus do portão norte de Dholavira .

Entre 400 e 600   símbolos Indus distintos [165] foram encontrados em selos, pequenas tábuas, potes de cerâmica e mais de uma dúzia de outros materiais, incluindo uma "placa" que aparentemente pairava sobre o portão da cidadela interna da cidade de Dholavira, Indus. As inscrições típicas do Indus não têm mais que quatro ou cinco caracteres, a maioria dos quais (além da "placa" de Dholavira) é pequena; o mais longo em uma única superfície, inferior a 1   polegadas (2,54   cm) quadrado, é 17   sinais longos; o maior em qualquer objeto (encontrado em três faces diferentes de um objeto produzido em massa) tem um comprimento de 26   símbolos

Embora a civilização do vale do Indus seja geralmente caracterizada como uma sociedade letrada com base nessas evidências, essa descrição foi contestada por Farmer, Sproat e Witzel (2004) [166] que argumentam que o sistema Indus não codificava a linguagem, mas era ao contrário, semelhante a uma variedade de sistemas de sinais não linguísticos usados extensivamente no Oriente Próximo e em outras sociedades, para simbolizar famílias, clãs, deuses e conceitos religiosos. Outros alegaram, ocasionalmente, que os símbolos eram usados exclusivamente para transações econômicas, mas essa alegação deixa inexplicável a aparência dos símbolos Indus em muitos objetos rituais, muitos dos quais produzidos em massa em moldes . Nenhum paralelo com essas inscrições produzidas em massa é conhecido em outras civilizações antigas. [167]

Em um estudo de 2009 por PN Rao et al. publicado na Science, cientistas da computação, comparando o padrão de símbolos com vários scripts linguísticos e sistemas não linguísticos, incluindo DNA e uma linguagem de programação de computador, descobriram que o padrão do script Indus é mais próximo do das palavras faladas, apoiando a hipótese de que ele codifica para um idioma ainda desconhecido. [168] [169]

Farmer, Sproat e Witzel contestaram esse achado, apontando que Rao et al. na verdade, não comparou os sinais do Indus com "sistemas não linguísticos do mundo real", mas com "dois sistemas totalmente artificiais inventados pelos autores, um composto por 200.000   sinais ordenados aleatoriamente e outro de 200.000   signos totalmente ordenados, que afirmam falsamente representar as estruturas de todos os sistemas de signos não linguísticos do mundo real ". Farmer et al. também demonstraram que a comparação de um sistema não-lingüístico, como os sinais heráldicos medievais, com as línguas naturais, produz resultados semelhantes aos de Rao et al. obtido com sinais Indus. Eles concluem que o método utilizado por Rao et al. não pode distinguir sistemas lingüísticos de sistemas não lingüísticos.

As mensagens nos selos provaram ser muito curtas para serem decodificadas por um computador. Cada selo possui uma combinação distinta de símbolos e há poucos exemplos de cada sequência para fornecer um contexto suficiente. Os símbolos que acompanham as imagens variam de selo para selo, tornando impossível derivar um significado para os símbolos das imagens. No entanto, houve uma série de interpretações oferecidas para o significado dos selos. Essas interpretações foram marcadas por ambiguidade e subjetividade. :69

Fotos de muitas das milhares de inscrições existentes são publicadas no Corpus of Indus Seals and Inscriptions (1987, 1991, 2010), editado por Asko Parpola e seus colegas. O volume mais recente republicou fotos tiradas nas décadas de 1920 e 1930 de centenas de inscrições perdidas ou roubadas, juntamente com muitas descobertas nas últimas décadas; anteriormente, os pesquisadores tinham que suplementar os materiais no Corpus estudando as minúsculas fotos nos relatórios de escavação de Marshall (1931), MacKay (1938, 1943), Wheeler (1947) ou reproduções em fontes dispersas mais recentes.

As cavernas de Edakkal, no distrito de Wayanad, em Kerala, contêm desenhos que variam desde períodos de até 5.000   BCE a 1000   AEC. O grupo mais jovem de pinturas tem sido notícia para uma possível conexão com a Civilização do Vale do Indo. [170]

Religião

O selo Pashupati, mostrando uma figura sentada, cercada por animais

O sistema de religião e crenças do povo do Vale do Indo recebeu considerável atenção, especialmente da visão de identificar precursores de divindades e práticas religiosas de religiões indianas que mais tarde se desenvolveram na área. No entanto, devido à escassez de evidências, que está aberta a interpretações variadas, e ao fato de o script Indus permanecer indecifrado, as conclusões são parcialmente especulativas e amplamente baseadas em uma visão retrospectiva de uma perspectiva hindu muito posterior. [171] [172]

Um trabalho inicial e influente na área que estabeleceu a tendência para interpretações hindus de evidências arqueológicas dos locais de Harappan [173] foi o de John Marshall, que em 1931 identificou o seguinte como características proeminentes da religião Indus: um Grande Deus Masculino e uma deusa mãe; deificação ou veneração de animais e plantas; representação simbólica do falo ( linga ) e vulva ( yoni ); e, uso de banhos e água na prática religiosa. As interpretações de Marshall foram muito debatidas e, às vezes, disputadas nas décadas seguintes. [174] [175]

Selos de suástica da civilização do vale do Indo no Museu Britânico

Um selo do Vale do Indo mostra uma figura sentada com um toucado com chifres, possivelmente tricefálico e possivelmente ítifálico, cercado por animais. Marshall identificou a figura como uma forma primitiva do deus hindu Shiva (ou Rudra ), associado ao ascetismo, yoga e linga ; considerado como um senhor de animais ; e frequentemente descrito como tendo três olhos. O selo passou a ser conhecido como o Selo Pashupati, depois de Pashupati (senhor de todos os animais), um epíteto de Shiva. [174] [176] Embora o trabalho de Marshall tenha recebido algum apoio, muitos críticos e até apoiadores levantaram várias objeções. Doris Srinivasan argumentou que a figura não tem três faces, ou postura iogue, e que na literatura védica Rudra não era um protetor de animais selvagens. [177] [178] Herbert Sullivan e Alf Hiltebeitel também rejeitaram as conclusões de Marshall, com o primeiro alegando que a figura era feminina, enquanto o último associou a figura com Mahisha, o Deus Buffalo e os animais ao redor com vahanas (veículos) de divindades para as quatro direções cardeais. [179] [180] Escrevendo em 2002, Gregory L. Possehl concluiu que, embora seja apropriado reconhecer a figura como uma divindade, sua associação com o búfalo de água e sua postura como disciplina ritual, considerando-a como um proto -Shiva estaria indo longe demais. [176] Apesar das críticas à associação de Marshall ao selo com um ícone proto-Shiva, ele foi interpretado como o Tirthankara Rishabhanatha por Jains e Vilas Sangave [181] ou um antigo Buda pelos budistas. [173] Historiadores como Heinrich Zimmer e Thomas McEvilley acreditam que há uma conexão entre o primeiro Jain Tirthankara Rishabhanatha e a civilização do Vale do Indo. [182] [183]

Marshall hipotetizou a existência de um culto à adoração à Deusa Mãe, com base na escavação de várias figuras femininas, e achou que isso era um precursor da seita hindu do shaktismo . No entanto, a função das figuras femininas na vida das pessoas do vale do Indo permanece incerta, e Possehl não considera que as evidências da hipótese de Marshall sejam "terrivelmente robustas". [184] Alguns dos baetilos interpretados por Marshall como representações fálicas sagradas agora são pensados para ter sido usados como pilões ou balcões de caça, enquanto as pedras de anel que foram pensadas para simbolizar yoni foram determinadas como características arquitetônicas usadas para sustentar pilares, embora a possibilidade de seu simbolismo religioso não possa ser eliminada. [185] Muitos focas do vale do Indo mostram animais, com alguns deles sendo transportados em procissões, enquanto outros mostram criações quiméricas . Um selo de Mohenjo-daro mostra um monstro meio humano e meio búfalo atacando um tigre, o que pode ser uma referência ao mito sumério de um monstro criado pela deusa Aruru para combater Gilgamesh . [186]

Em contraste com as civilizações egípcias e mesopotâmicas contemporâneas, o Vale do Indo carece de palácios monumentais, embora as cidades escavadas indiquem que a sociedade possuía o conhecimento de engenharia necessário. [187] [188] Isso pode sugerir que as cerimônias religiosas, se houver, podem ter sido confinadas em grande parte a lares individuais, pequenos templos ou ao ar livre. Vários locais foram propostos por Marshall e estudiosos posteriores como possivelmente devotados a fins religiosos, mas atualmente apenas se pensa que apenas o Grande Banho de Mohenjo-daro tenha sido tão usado, como um local para purificação ritual. [184] [189] As práticas funerárias da civilização Harappan são marcadas por enterro fracionário (no qual o corpo é reduzido a restos esqueléticos por exposição aos elementos antes do enterro final) e até cremação. [190] [191]

Harappan atrasado

Período tardio de Harappan, c. 1900–1300   AEC
Figuras de Harappan atrasadas de um tesouro em Daimabad, 2000   AEC

Por volta de 1900   Começaram a surgir sinais de um declínio gradativo e, por volta de 1700 aC, a maioria das cidades havia sido abandonada. Exames recentes de esqueletos humanos no local de Harappa demonstraram que o fim da civilização do Indo viu um aumento na violência interpessoal e em doenças infecciosas como hanseníase e tuberculose . [192] [193]

Segundo o historiador Upinder Singh, "o quadro geral apresentado pela fase tardia de Harappan é o de uma quebra de redes urbanas e uma expansão de redes rurais". [194]

Durante o período de aproximadamente 1900 a 1700 aC, várias culturas regionais surgiram na área da civilização do Indo. A cultura do Cemitério H estava em Punjab, Haryana e Western Uttar Pradesh, a cultura Jhukar estava em Sindh e a cultura Rangpur (caracterizada pela cerâmica Lustrous Red Ware) estava em Gujarat . [195] [196] [197] Outros sites associados à fase tardia da cultura Harappan são Pirak, no Baluchistão, Paquistão, e Daimabad, em Maharashtra, Índia. [115]

Os maiores sites de Late Harappan são Kudwala no Colônia, Bet Dwarka em Gujarat e Daimabad em Maharashtra, que podem ser considerados urbanos, mas são menores e têm menor número em comparação com as cidades maduras de Harappan. Bet Dwarka foi fortalecido e continuou a ter contatos com a região do Golfo Pérsico, mas houve uma diminuição geral do comércio de longa distância. [198] Por outro lado, o período também viu uma diversificação da base agrícola, com uma diversidade de culturas e o advento da dupla colheita, bem como uma mudança de assentamento rural em direção ao leste e ao sul. [199]

A cerâmica do período Late Harappan é descrita como "mostrando alguma continuidade com as tradições maduras da cerâmica Harappan", mas também diferenças distintas. [200] Muitos locais continuaram ocupados por alguns séculos, embora suas características urbanas tenham declinado e desaparecido. Artefatos anteriormente típicos, como pesos de pedra e figuras femininas, tornaram-se raros. Existem alguns selos circulares com desenhos geométricos, mas faltam a escrita Indus que caracterizava a fase madura da civilização. O script é raro e restrito a inscrições de barba por fazer. Houve também um declínio no comércio de longa distância, embora as culturas locais mostrem novas inovações em faiança e fabricação de vidro e escultura de contas de pedra. [201] As comodidades urbanas, como esgotos e banheiros públicos, não eram mais mantidas, e os edifícios mais novos eram "mal construídos". Esculturas de pedra foram deliberadamente vandalizadas, objetos de valor às vezes foram escondidos em tesouros, sugerindo inquietação, e os cadáveres de animais e até humanos foram deixados desenterrados nas ruas e em prédios abandonados. [202]

Durante a segunda metade do 2º   no milênio aC, a maioria dos assentamentos pós-urbanos de Late Harappan foi totalmente abandonada. A cultura material subsequente era tipicamente caracterizada por ocupação temporária ", os acampamentos de uma população que era nômade e principalmente pastoril" e que usava "cerâmica artesanal grosseira". [203] No entanto, há maior continuidade e sobreposição entre o Late Harappan e as fases culturais subseqüentes em locais em Punjab, Haryana e oeste de Uttar Pradesh, principalmente pequenos assentamentos rurais. [199] [204]

"Invasão ariana"

Urnas de cerâmica pintada de Harappa ( cultura do Cemitério H, c. 1900-1300   AEC)

Em 1953, Sir Mortimer Wheeler propôs que a invasão de uma tribo indo-européia da Ásia Central, os " arianos ", causou o declínio da civilização do Indo. Como evidência, ele citou um grupo de 37 esqueletos encontrados em várias partes do Mohenjo-daro, e passagens nos Vedas referentes a batalhas e fortes. No entanto, os estudiosos logo começaram a rejeitar a teoria de Wheeler, já que os esqueletos pertenciam a um período após o abandono da cidade e nenhum foi encontrado perto da cidadela. Os exames subsequentes dos esqueletos por Kenneth Kennedy em 1994 mostraram que as marcas nos crânios eram causadas por erosão, e não por violência. [205]

Na cultura do Cemitério H (a fase tardia de Harappan na região de Punjab), alguns dos desenhos pintados nas urnas funerárias foram interpretados pelas lentes da literatura védica : por exemplo, pavões com corpos ocos e uma pequena forma humana no interior, que foi interpretada como a alma dos mortos, e um cão que pode ser visto como o cão de Yama, o deus da morte. [206] [207] Isso pode indicar a introdução de novas crenças religiosas durante esse período, mas as evidências arqueológicas não sustentam a hipótese de que o povo do Cemitério H seja o destruidor das cidades de Harappan. [208]

Mudança climática e seca

As causas contributivas sugeridas para a localização do IVC incluem mudanças no curso do rio [209] e mudanças climáticas que também são sinalizadas para as áreas vizinhas do Oriente Médio. [210] [211] Desde 2016 muitos estudiosos acreditam que a seca e um declínio no comércio com o Egito e a Mesopotâmia causaram o colapso da civilização do Indo. [212] A mudança climática que causou o colapso da civilização do vale do Indus deveu-se possivelmente a "uma mega-seca abrupta e crítica e ao resfriamento 4.200   anos atrás ", que marca o início da Era Meghalayan, o estágio atual do Holoceno . [213]

O sistema Ghaggar-Hakra foi alimentado pela chuva, [215] [217] e o suprimento de água dependia das monções. O clima do Vale do Indo cresceu significativamente mais frio e seco a partir de 1800   AEC, ligado a um enfraquecimento geral das monções na época. A monção indiana declinou e a aridez aumentou, com o Ghaggar-Hakra retraindo seu alcance em direção ao sopé do Himalaia, [116] [218] [219] levando a inundações erráticas e menos extensas que tornaram a agricultura de inundação menos sustentável.

A aridificação reduziu o suprimento de água o suficiente para causar o fim da civilização e espalhar sua população para o leste. [220] [221] [117] [222] De acordo com Giosan et al. (2012), os residentes da IVC não desenvolveram capacidade de irrigação, contando principalmente com as monções sazonais que causam inundações no verão. À medida que as monções se deslocavam para o sul, as inundações se tornaram muito irregulares para atividades agrícolas sustentáveis. Os moradores então migraram para a bacia do Ganges, no leste, onde estabeleceram aldeias menores e fazendas isoladas. O pequeno excedente produzido nessas pequenas comunidades não permitiu o desenvolvimento do comércio e as cidades morreram. [223] [224]

Terremotos

Existem evidências arqueológicas de grandes terremotos em Dholavira em 2200 aC e em Kalibangan em 2700 e 2900 aC. Tal sucessão de terremotos, juntamente com a seca, pode ter contribuído para o declínio do sistema Ghaggar-Harka. Alterações no nível do mar também são encontradas em dois locais portuários possíveis ao longo da costa de Makran, que agora estão no interior. Terremotos podem ter contribuído para o declínio de vários locais devido a danos diretos por agitação, pela mudança do nível do mar ou pela mudança no suprimento de água. [225] [226] [227]

Continuidade

Escavações arqueológicas indicam que o declínio de Harappa levou as pessoas para o leste. [228] Segundo Possehl, depois de 1900   AEC, o número de sites na Índia atual aumentou de 218 para 853. Segundo Andrew Lawler, "escavações ao longo da planície do Gangético mostram que as cidades começaram a surgir por lá a partir de 1200   AEC, apenas alguns séculos depois que Harappa foi abandonada e muito antes do que se suspeitava. " [212] [230] De acordo com Jim Shaffer, houve uma série contínua de desenvolvimentos culturais, assim como na maioria das áreas do mundo. Elas vinculam "as chamadas duas principais fases da urbanização no sul da Ásia". [231]

Em locais como Bhagwanpura (em Haryana ), escavações arqueológicas descobriram uma sobreposição entre a fase final da cerâmica Late Harappan e a fase inicial da cerâmica Painted Grey Ware, sendo esta última associada à cultura védica e datando de 1200   AEC. Este site fornece evidências de vários grupos sociais ocupando a mesma vila, mas usando cerâmica diferente e vivendo em diferentes tipos de casas: "com o tempo, a cerâmica Late Harappan foi gradualmente substituída pela cerâmica de louça pintada em cinza" e outras mudanças culturais indicadas pela arqueologia incluem o introdução do cavalo, ferramentas de ferro e novas práticas religiosas. [115]

Há também um site em Harappan chamado Rojdi no distrito de Rajkot em Saurashtra . Sua escavação começou sob uma equipe arqueológica do Departamento de Arqueologia do Estado de Gujarat e do Museu da Universidade da Pensilvânia em 1982-83. Em seu relatório sobre escavações arqueológicas em Rojdi, Gregory Possehl e MH Raval escrevem que, embora haja "sinais óbvios de continuidade cultural" entre a civilização Harappan e as culturas posteriores do sul da Ásia, muitos aspectos do "sistema sociocultural" de Harappan e da "civilização integrada" foram "perdidos para sempre", enquanto a Segunda Urbanização da Índia (começando com a cultura Northern Black Polished Ware, c. 600   AEC) "está bem fora desse ambiente sociocultural". [232]

Pós-Harappan

Anteriormente, os estudiosos acreditavam que o declínio da civilização Harappan levou a uma interrupção da vida urbana no subcontinente indiano. No entanto, a civilização do vale do Indo não desapareceu repentinamente, e muitos elementos da civilização do Indo aparecem em culturas posteriores. A cultura do cemitério H pode ser a manifestação do Late Harappan em uma grande área na região de Punjab, Haryana e oeste de Uttar Pradesh, e a cultura da cerâmica colorida de ocre é sua sucessora. David Gordon White cita três outros estudiosos tradicionais que "demonstraram enfaticamente" que a religião védica deriva parcialmente das Civilizações do Vale do Indo. [233]

Desde 2016 , dados arqueológicos sugerem que a cultura material classificada como Late Harappan pode ter persistido até pelo menos c. 1000–900   BCE e foi parcialmente contemporâneo da cultura Painted Grey Ware . [231] O arqueólogo de Harvard Richard Meadow aponta para o final do assentamento de Pirak, em Harappan, que prosperou continuamente desde 1800 aC até a época da invasão de Alexandre, o Grande, em 325   AEC. [212]

Após a localização da civilização Indus, surgiram culturas regionais, em graus variados, mostrando a influência da civilização Indus. Na antiga cidade de Harappa, foram encontrados enterros que correspondem a uma cultura regional chamada cultura do Cemitério H. Ao mesmo tempo, a cultura da cerâmica colorida ocre expandiu-se do Rajastão para a planície do Gangético . A cultura do cemitério H tem as primeiras evidências de cremação ; uma prática dominante no hinduísmo hoje.

Contexto histórico

Impressão de um selo cilíndrico do Império Akkadian, com o rótulo: "O Divino Sharkalisharri Príncipe de Akkad, Ibni-Sharrum, o Escriba, seu servo". Pensa-se que o búfalo de chifres longos tenha vindo do vale do Indo e testemunha trocas com Meluhha, a civilização do vale do Indo . Circa 2217-2193   AEC. Museu do Louvre . [234] [235] [236]

A fase madura (Harappan) do IVC é contemporânea à Idade do Bronze do início e do meio no antigo Oriente Próximo, em particular o período do velho elamita, Dinastia precoce, Império acadiano a Ur   III Mesopotâmia, Creta Minoana Prépalatial e Antigo Reino do Primeiro Período Intermediário Egito .

O IVC foi comparado em particular com as civilizações de Elam (também no contexto da hipótese Elamo-Dravidian ) e com a Creta minóica (por causa de paralelos culturais isolados, como o onipresente culto à deusa e representações de saltos de touros ). [237] O IVC foi identificado provisoriamente com o topônimo Meluhha conhecido nos registros sumérios; os sumérios os chamavam de meluhhaitas. [238]

Shahr-i-Sokhta, localizado no sudeste do Irã, mostra rota comercial com a Mesopotâmia . [239] [240] Um número de selos com escrita Indus também foi encontrado em locais da Mesopotâmia. [241] [242]

Dasyu

Após a descoberta do IVC na década de 1920, foi imediatamente associado aos Dasyu indígenas, hostis às tribos rigvédicas, em numerosos hinos do Rigveda . Mortimer Wheeler interpretou a presença de muitos cadáveres não enterrados encontrados nos níveis mais altos de Mohenjo-daro como vítimas de uma conquista bélica e afirmou que " Indra é acusado" da destruição do IVC. A associação do IVC com o Dasyus, que mora na cidade, permanece sedutora porque o prazo assumido da primeira migração indo-ariana para a Índia corresponde perfeitamente ao período de declínio do IVC observado no registro arqueológico. A descoberta do IVC urbano avançado, no entanto, mudou o século XIX   visão do século da migração indo-ariana precoce como uma "invasão" de uma cultura avançada às custas de uma população aborígene "primitiva", a uma aculturação gradual de "bárbaros" nômades em uma civilização urbana avançada, comparável às migrações germânicas após a queda de Roma, ou a invasão kassita da Babilônia . Esse afastamento de cenários simplistas "invasionistas" é paralelo a desenvolvimentos semelhantes no pensamento sobre a transferência de idiomas e o movimento populacional em geral, como no caso da migração dos falantes de proto-grego para a Grécia ou a indo-europeização da Europa Ocidental.

Munda

Proto-Munda (ou Para -Munda ) e um "filo perdido" (talvez relacionado ou ancestral da língua Nihali ) [243] foram propostos como outros candidatos à linguagem do IVC. Michael Witzel sugere uma linguagem de prefixo subjacente semelhante ao Austroasiatic, principalmente o Khasi ; ele argumenta que o Rigveda mostra sinais dessa influência hipotética de Harappan no nível histórico mais antigo, e o dravidiano apenas em níveis posteriores, sugerindo que os falantes de austroasiático eram os habitantes originais de Punjab e que os indo-arianos só encontravam falantes de dravidiano mais tarde . [244]

Veja também

Notas de rodapé

  1. For example Michel Danino notes that an alternative dating of the Vedas to the third millennium BCE coincides with the mature phase of the Indus Valley civilisation,[41] and that it is "tempting" to equate the Indus Valley and Vedic cultures.[42] S.P. Gupta "argued that Vedic elements such as the horse, fire altars and animal sacrifices had existed at the so-called 'Indus-Sarasvati' culture sites."[39] These suggestions are rejected by mainstream scholarship.[38]
  2. Giosan (2012): "Numerous speculations have advanced the idea that the Ghaggar-Hakra fluvial system, at times identified with the lost mythical river of Sarasvati (e.g., 4, 5, 7, 19), was a large glacier fed Himalayan river. Potential sources for this river include the Yamuna River, the Sutlej River, or both rivers. However, the lack of large-scale incision on the interfluve demonstrates that large, glacier-fed rivers did not flow across the Ghaggar-Hakra region during the Holocene. ... The present Ghaggar-Hakra valley and its tributary rivers are currently dry or have seasonal flows. Yet rivers were undoubtedly active in this region during the Urban Harappan Phase. We recovered sandy fluvial deposits approximately 5,400 y old at Fort Abbas in Pakistan (SI Text), and recent work (33) on the upper Ghaggar-Hakra interfluve in India also documented Holocene channel sands that are approximately 4,300 y old. On the upper interfluve, fine-grained floodplain deposition continued until the end of the Late Harappan Phase, as recent as 2,900 y ago (33) (Fig. 2B). This widespread fluvial redistribution of sediment suggests that reliable monsoon rains were able to sustain perennial rivers earlier during the Holocene and explains why Harappan settlements flourished along the entire Ghaggar-Hakra system without access to a glacier-fed river."[5]
  3. Sen: "The so-called lost-Saraswati controversy has reignited the debate about the end of the Harappan civilization and the beginning of the Vedic civilization of the Ganges. Were aspects of the mature Vedic cultures of the first millennium B.C.E. derived from a late version of the Indus Valley culture? Historians of the decline of the Harappan phase of the Indus Valley civilization such as Shereen Ratnagar have described the two as essentially disconnected, separated in both time and substance."[43]
  4. According to Ahmad Hasan Dani, professor emeritus at Quaid-e-Azam University, Islamabad, the discovery of Mehrgarh "changed the entire concept of the Indus civilisation ... There we have the whole sequence, right from the beginning of settled village life."[66]
  5. Excavations at Bhirrana, Haryana, in India between 2006 and 2009, by archaeologist K.N. Dikshit, provided six artefacts, including "relatively advanced pottery," so-called Hakra ware, which were dated at a time bracket between 7380–6201 BCE.[69][70][71][72] These dates compete with Mehrgarh for being the oldest site for cultural remains in the area.[73] Yet, Dikshit and Mani clarify that this time-bracket concerns only charcoal samples, which were radio-carbon dated at respectively 7570–7180 BCE (sample 2481) and 6689–6201 BCE (sample 2333).[74][75] Dikshit further writes that the earliest phase concerns 14 shallow dwelling-pits which "could accommodate about 3–4 people."[76] According to Dikshit, in the lowest level of these pits wheel-made Hakra Ware was found which was "not well finished,"[76] together with other wares.[77]
  6. Gangal refers to Jarrige (2008), "Mehrgarh Neolithic". Pragdhara 18: 136–154; and to Costantini (2008), "The first farmers in Western Pakistan: the evidence of the Neolithic agropastoral settlement of Mehrgarh". Pragdhara 18: 167–178
  7. See:
    • David McAlpin, "Toward Proto-Elamo-Dravidian", Language vol. 50 no. 1 (1974);
    • David McAlpin: "Elamite and Dravidian, Further Evidence of Relationships", Current Anthropology vol. 16 no. 1 (1975);
    • David McAlpin: "Linguistic prehistory: the Dravidian situation", in Madhav M. Deshpande and Peter Edwin Hook: Aryan and Non-Aryan in India, Center for South and Southeast Asian Studies, University of Michigan, Ann Arbor (1979);
    • David McAlpin, "Proto-Elamo-Dravidian: The Evidence and its Implications", Transactions of the American Philosophical Society vol. 71 pt. 3, (1981)
  8. See also:
    • Mukherjee (2001): "More recently, about 15,000–10,000 years before present (ybp), when agriculture developed in the Fertile Crescent region that extends from Israel through northern Syria to western Iran, there was another eastward wave of human migration (Cavalli-Sforza et al., 1994; Renfrew 1987), a part of which also appears to have entered India. This wave has been postulated to have brought the Dravidian languages into India (Renfrew 1987). Subsequently, the Indo-European (Aryan) language family was introduced into India about 4,000 ybp."[159]
    • Derenko: "The spread of these new technologies has been associated with the dispersal of Dravidian and Indo-European languages in southern Asia. It is hypothesized that the proto-Elamo-Dravidian language, most likely originated in the Elam province in southwestern Iran, spread eastwards with the movement of farmers to the Indus Valley and the Indian sub-continent."[160]

      Derenko refers to:
      * Renfrew (1987), Archaeology and Language: The Puzzle of Indo-European Origins
      * Renfrew (1996), Language families and the spread of farming. In: Harris DR, editor, The origins and spread of Agriculture and Pastoralism in Eurasia, pp. 70–92
      * Cavalli-Sforza, Menozzi, Piazza (1994), The History and Geography of Human Genes.
  9. Kumar: "The analysis of two Y chromosome variants, Hgr9 and Hgr3 provides interesting data (Quintan-Murci et al., 2001). Microsatellite variation of Hgr9 among Iranians, Pakistanis and Indians indicate an expansion of populations to around 9000 YBP in Iran and then to 6,000 YBP in India. This migration originated in what was historically termed Elam in south-west Iran to the Indus valley, and may have been associated with the spread of Dravidian languages from south-west Iran (Quintan-Murci et al., 2001)."[163]
  10. Nevertheless, Kivisild et al. (1999) note that "a small fraction of the West Eurasian mtDNA lineages found in Indian populations can be ascribed to a relatively recent admixture."[161] at c. 9,300±3,000 years before present,[162] which coincides with "the arrival to India of cereals domesticated in the Fertile Crescent" and "lends credence to the suggested linguistic connection between the Elamite and Dravidic populations."[162] According to Kumar (2004), referring to Quintan-Murci et al. (2001), "microsatellite variation of Hgr9 among Iranians, Pakistanis and Indians indicate an expansion of populations to around 9000 YBP in Iran and then to 6,000 YBP in India. This migration originated in what was historically termed Elam in south-west Iran to the Indus valley, and may have been associated with the spread of Dravidian languages from south-west Iran."[163][i] According to Palanichamy et al. (2015), "The presence of mtDNA haplogroups (HV14 and U1a) and Y-chromosome haplogroup (L1) in Dravidian populations indicates the spread of the Dravidian language into India from west Asia."[164]

Citações

30em

  1. a b c Wright 2009, p. 1.
  2. Wright: "Mesopotamia and Egypt ... co-existed with the Indus civilization during its florescence between 2600 and 1900 BC."[1]
  3. a b Wright 2009.
  4. Wright: "The Indus civilisation is one of three in the 'Ancient East' that, along with Mesopotamia and Pharaonic Egypt, was a cradle of early civilisation in the Old World (Childe, 1950). Mesopotamia and Egypt were longer lived, but coexisted with Indus civilisation during its florescence between 2600 and 1900 B.C. Of the three, the Indus was the most expansive, extending from today's northeast Afghanistan to Pakistan and India."[3]
  5. a b c d e Giosan et al. 2012.
  6. Wright 2009, pp. 115–125.
  7. a b c d e f g h Dyson 2018, p. 29.
  8. Dyson: "Mohenjo-daro and Harappa may each have contained between 30,000 and 60,000 people (perhaps more in the former case). Water transport was crucial for the provisioning of these and other cities. That said, the vast majority of people lived in rural areas. At the height of the Indus valley civilization the subcontinent may have contained 4-6 million people."[7]
  9. a b McIntosh 2008, p. 187.
  10. McIntosh: "The enormous potential of the greater Indus region offered scope for huge population increase; by the end of the Mature Harappan period, the Harappans are estimated to have numbered somewhere between 1 and 5 million, probably well below the region's carrying capacity."[9]
  11. Madella & Fuller 2006.
  12. MacDonald 2011.
  13. Brooke 2014.
  14. a b Habib 2015, p. 13.
  15. Habib: "Harappa, in Sahiwal district of west Punjab, Pakistan, had long been known to archaeologists as an extensive site on the Ravi river, but its true significance as a major city of an early great civilization remained unrecognized until the discovery of Mohenjo Daro near the banks of the Indus, in the Larkana district of Sindh, by Rakhaldas Banerji in 1922. Sir John Marshall, then Director General of the Archaeological Survey of India, used the term 'Indus civilization' for the culture discovered at Harappa and Mohenjo Daro, a term doubly apt because of the geographical context implied in the name 'Indus' and the presence of cities implied in the word 'civilization'. Others, notably the Archaeological Survey of India after Independence, have preferred to call it `Harappan', or 'Mature Harappan', taking Harappa to be its type-site."[14]
  16. Wright 2009, p. 2.
  17. a b Possehl 2002a, pp. 62–76.
  18. Possehl: "There are 1,056 Mature Harappan sites that have been reported of which 96 have been excavated."[17]
  19. Possehl 2002, p. 20.
  20. a b Singh 2008, p. 137.
  21. Singh: "Today, the count of Harappan sites has risen to about 1,022, of which 406 are in Pakistan and 616 in India. Of these, only 97 have so far been excavated."[20]
  22. a b Coningham & Young 2015, p. 192.
  23. Coningham and Young: "More than 1,000 settlements belonging to the Integrated Era have been identified (Singh, 2008: 137), but there are only five significant urban sites at the peak of the settlement hierarchy (Smith, 2.006a: 110) (Figure 6.2).These are: Mohenjo-daro in the lower Indus plain; Harappa in the western Punjab; Ganweriwala in Cholistan; Dholavira in western Gujarat; and Rakhigarhi in Haryana. Mohenjo-daro covered an area of more than 250 hectares, Harappa exceeded 150 hectares, Dholavira 100 hectares and Ganweriwala and Rakhigarhi around 80 hectares each."[22]
  24. a b Wright 2009, p. 107.
  25. Wright: "Five major Indus cities are discussed in this chapter. During the Urban period, the early town of Harappa expanded in size and population and became a major center in the Upper Indus. Other cities emerging during the Urban period include Mohenjo-daro in the Lower Indus, Dholavira to the south on the western edge of peninsular India in Kutch, Ganweriwala in Cholistan, and a fifth city, Rakhigarhi, on the Ghaggar-Hakra. Rakhigarhi will be discussed briefly in view of the limited published material."[24]
  26. Shaffer 1992, I:441–464, II:425–446.
  27. Kenoyer 1991.
  28. «We are all Harappans». Outlook India 
  29. Ratnagar, Shereen. Trading Encounters: From the Euphrates to the Indus in the Bronze Age. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-19-566603-8 
  30. Lockard, Craig. Societies, Networks, and Transitions. Volume 1: To 1500. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-4390-8535-6 
  31. a b Wright 2009, p. 10.
  32. Wright: "Unable to state the age of the civilization, he went on to observe that the Indus (which he (John Marshall) named after the river system) artifacts differed from any known other civilizations in the region, ..."[31]
  33. a b Habib 2002, pp. 13–14.
  34. Habib: "Sir John Marshall, then Director General of the Archaeological Survey of India, used the term 'Indus civilization' for the culture discovered at Harappa and Mohenjo Daro, a term doubly apt because of the geographical context implied in the name 'Indus' and the presence of cities implied in the word 'civilization'. Others, notably the Archaeological Survey of India after Independence, have preferred to call it (Harappan', or 'Mature Harappan', taking Harappa to be its type-site."[33]
  35. a b Singh, Upinder. A History of Ancient and Early medieval India: from the Stone Age to the 12th century. [S.l.: s.n.] ISBN 978-81-317-1120-0 
  36. Charles Keith Maisels. «The Indus/'Harappan'/Sarasvati Civilization». Early Civilizations of the Old World: The formative histories of Egypt, The Levant, Mesopotamia, India, and China. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-134-83731-1 
  37. Denise Cush; Catherine A. Robinson; Michael York. Encyclopedia of Hinduism. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-7007-1267-0 
  38. a b Mukherjee 2001b.
  39. a b Habib 2002, p. 44.
  40. Danino 2010.
  41. Danino 2010, p. 256.
  42. Danino 2010, p. 258.
  43. a b Sen 2019, p. 81.
  44. a b Fisher 2018, p. 35.
  45. Fisher: "This was the same broad period that saw the rise of the civilizations of Mesopotamia (between the Tigris and Euphrates Rivers), Egypt (along the Nile), and northeast China (in the Yellow River basin). At its peak, the Indus was the most extensive of these ancient civilizations, extending 1,500 km (930 mi) up the Indus plain, with a core area of 30,000–100,000 km² (11,600–38,600 mil) and with more ecologically diverse peripheral spheres of economic and cultural influence extending out to ten times that area. The cultural and technological uniformity of the Indus cities is especially striking in light of the relatively great distances among them, with separations of about 280 km (175 mi) whereas the Mesopotamian cities, for example, only averaged about 20–25 km (12.5–16 mi) apart.[44]
  46. Dyson: "The subcontinent's people were hunter-gatherers for many millennia. There were very few of them. Indeed, 10,000 years ago there may only have been a couple of hundred thousand people, living in small, often isolated groups, the descendants of various 'modern' human incomers. Then, perhaps linked to events in Mesopotamia, about 8,500 years ago agriculture emerged in Baluchistan."[7]
  47. a b c d Fisher 2018, p. 33.
  48. Fisher: "The earliest discovered instance in India of well-established, settled agricultural society is at Mehrgarh in the hills between the Bolan Pass and the Indus plain (today in Pakistan) (see Map 3.1). From as early as 7000 BCE, communities there started investing increased labor in preparing the land and selecting, planting, tending, and harvesting particular grain-producing plants. They also domesticated animals, including sheep, goats, pigs, and oxen (both humped zebu [Bos indicus] and unhumped [Bos taurus]). Castrating oxen, for instance, turned them from mainly meat sources into domesticated draft-animals as well.[47]
  49. a b Coningham & Young 2015, p. 138.
  50. Coningham and Young: "Mehrgarh remains one of the key sites in South Asia because it has provided the earliest known undisputed evidence for farming and pastoral communities in the region, and its plant and animal material provide clear evidence for the ongoing manipulation, and domestication, of certain species. Perhaps most importantly in a South Asian context, the role played by zebu makes this a distinctive, localised development, with a character completely different to other parts of the world. Finally, the longevity of the site, and its articulation with the neighbouring site of Nausharo (c. 2800–2000 BCE), provides a very clear continuity from South Asia's first farming villages to the emergence of its first cities (Jarrige, 1984)."[49]
  51. Dyson: "In the millennia which followed, farming developed and spread slowly into the Indus valley and adjacent areas. The transition to agriculture led to population growth and the eventual rise of the Indus civilization. With the movement to settled agriculture, and the emergence of villages, towns and cities, there was probably a modest rise in the average death rate and a slightly greater rise in the birth rate."[7]
  52. Dyson: "Mohenjo-daro and Harappa may each have contained between 30,000 and 60,000 people (perhaps more in the former case). Water transport was crucial for the provisioning of these and other cities. That said, the vast majority of people lived in rural areas. At the height of the Indus valley civilization the subcontinent may have contained 4-6 million people."[7]
  53. Fisher: "Such an "agricultural revolution" enabled food surpluses that supported growing populations. Their largely cereal diet did not necessarily make people healthier, however, since conditions like caries and protein deficiencies can increase. Further, infectious diseases spread faster with denser living conditions of both humans and domesticated animals (which can spread measles, influenza, and other diseases to humans)."[47]
  54. a b McIntosh 2008, pp. 186–187.
  55. McIntosh: "Population Growth and Distribution: "The prehistory of the Indo-Iranian borderlands shows a steady increase over time in the number and density of settlements based on farming and pastoralism. In contrast, the population of the Indus plains and adjacent regions lived mainly by hunting and gathering; the limited traces suggest their settlements were far fewer in number, and were small and widely scattered, though to some extent this apparent situation must reflect the difficulty of locating hunter-gatherer settlements. The presence of domestic animals in some hunter-gatherer settlements attests to contact with the people of the border-lands, probably in the context of pastoralists' seasonal movement from the hills into the plains. The potential for population expansion in the hills was severely limited, and so, from the fourth millennium into the third, settlers moved out from the borderlands into the plains and beyond into Gujarat, the first being pastoralists, followed later by farmers. The enormous potential of the greater Indus region offered scope for huge population increase; by the end of the Mature Harappan period, the Harappans are estimated to have numbered somewhere between 1 and 5 million, probably well below the region's carrying capacity."[54]
  56. «Harappan Outposts on the Makran Coast». Antiquity. 36. doi:10.1017/S0003598X00029689 
  57. Rao, Shikaripura Ranganatha. Lothal and the Indus civilization. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-210-22278-2 
  58. Kenoyer 1998, p. 96
  59. «Excavations in the Gomal Valley». Ancient Pakistan 
  60. Joshi, J.P.; Bala, M. «Manda: A Harappan site in Jammu and Kashmir». In: Possehl, Gregory L. Harappan Civilization: A recent perspective. [S.l.: s.n.] 
  61. A. Ghosh (ed.). «Excavations at Alamgirpur». Indian Archaeology, A Review (1958–1959). [S.l.: s.n.] 
  62. Ray, Himanshu Prabha. The Archaeology of Seafaring in Ancient South Asia. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-521-01109-9 
  63. Dales, George F. «The Balakot Project: Summary of four years excavations in Pakistan». In: Maurizio Taddei. South Asian Archaeology 1977. [S.l.: s.n.] 
  64. Bisht, R.S. «A new model of the Harappan town planning as revealed at Dholavira in Kutch: A surface study of its plan and architecture». In: Chatterjee Bhaskar. History and Archaeology. [S.l.: s.n.] ISBN 978-81-85205-46-5 
  65. «Stone age man used dentist drill» 
  66. a b «Traders of the Plain». Saudi Aramco World  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  67. UNESCO World Heritage. 2004. ". Archaeological Site of Mehrgarh
  68. Hirst, K. Kris. 2005. "Mehrgarh". Guide to Archaeology
  69. Jason Overdorf (28 November 2012). «Archeologists confirm Indian civilization is 2000 years older than previously believed». Globalpost  Verifique data em: |data= (ajuda)
  70. «Indus Valley 2,000 years older than thought». 4 de novembro de 2012 
  71. Jhimli Mukherjee Pandey (29 May 2016). «Archeologists confirm Indian civilization is 8000 years old». Times of India  Verifique data em: |data= (ajuda)
  72. «History What their lives reveal». 4 de janeiro de 2013 
  73. «Haryana's Bhirrana oldest Harappan site, Rakhigarhi Asia's largest: ASI». The Times of India. 15 April 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  74. Dikshit 2013, pp. 132, 131.
  75. Mani 2008, p. 237.
  76. a b Dikshit 2013, p. 129.
  77. Dikshit 2013, p. 130.
  78. a b c d e f Gangal 2014.
  79. Singh 2016, p. 5.
  80. Parpola 2015, p. 17.
  81. «A population genetics perspective of the Indus Valley through uniparentally-inherited markers» (PDF) 
  82. See also:* This map from Sahoo et al. (2006), A prehistory of Indian Y chromosomes: Evaluating demic diffusion scenarios
    * Sengupta et al. (2006), Polarity and Temporality of High-Resolution Y-Chromosome Distributions in India Identify Both Indigenous and Exogenous Expansions and Reveal Minor Genetic Influence of Central Asian Pastoralists
  83. Singh 2016.
  84. Possehl GL (1999). Indus Age: The Beginnings. Philadelphia: Univ. Pennsylvania Press.
  85. According to Gangal et al. (2014), there is strong archeological and geographical evidence that neolithic farming spread from the Near East into north-west India.[78][83] Gangal et al. (2014):[78] "There are several lines of evidence that support the idea of connection between the Neolithic in the Near East and in the Indian subcontinent. The prehistoric site of Mehrgarh in Baluchistan (modern Pakistan) is the earliest Neolithic site in the north-west Indian subcontinent, dated as early as 8500 BCE."[84]
  86. a b Jarrige, J.F. (2008) "Mehrgarh Neolithic". Pragdhara 18: 136–154
  87. Costantini L (2008) "The first farmers in Western Pakistan: The evidence of the Neolithic agropastoral settlement of Mehrgarh". Pragdhara 18: 167–178
  88. Fuller DQ (2006) "Agricultural origins and frontiers in South Asia: a working synthesis". J World Prehistory 20: 1–86
  89. Petrie, C.A.; Thomas, K.D. (2012). «The topographic and environmental context of the earliest village sites in western South Asia». Antiquity. 86 (334): 1055–1067. doi:10.1017/s0003598x00048249 
  90. Goring-Morris, A.N.; Belfer-Cohen, A. (2011). «Neolithization processes in the Levant: The outer envelope». Curr. Anthropol. 52: S195–S208. doi:10.1086/658860 
  91. Jarrige C. (2008) The figurines of the first farmers at Mehrgarh and their offshoots. Pragdhara 18: 155–166
  92. a b Harris D.R. (2010). Origins of Agriculture in Western Central Asia: An Environmental-Archaeological Study. Philadelphia: Univ. Pennsylvania Press.
  93. Neolithic domesticated crops in Mehrgarh include more than 90% barley and a small amount of wheat. There is good evidence for the local domestication of barley and the zebu cattle at Mehrgarh,[86][87] but the wheat varieties are suggested to be of Near-Eastern origin, as the modern distribution of wild varieties of wheat is limited to Northern Levant and Southern Turkey.[88] A detailed satellite map study of a few archaeological sites in the Baluchistan and Khybar Pakhtunkhwa regions also suggests similarities in early phases of farming with sites in Western Asia.[89] Pottery prepared by sequential slab construction, circular fire pits filled with burnt pebbles, and large granaries are common to both Mehrgarh and many Mesopotamian sites.[90] The postures of the skeletal remains in graves at Mehrgarh bear strong resemblance to those at Ali Kosh in the Zagros Mountains of southern Iran [19].[86] Clay figurines found in Mehrgarh resemble those discovered at Teppe Zagheh on the Qazvin plain south of the Elburz range in Iran (the 7th millennium BCE) and Jeitun in Turkmenistan (the 6th millennium BCE).[91] Strong arguments have been made for the Near-Eastern origin of some domesticated plants and herd animals at Jeitun in Turkmenistan (pp. 225–227).[92]
  94. a b Hiebert FT, Dyson RH (2002). "Prehistoric Nishapur and frontier between Central Asia and Iran". Iranica Antiqua XXXVII: 113–149
  95. Kuzmina EE, Mair V.H. (2008). The Prehistory of the Silk Road. Philadelphia: Univ. Pennsylvania Press
  96. Alizadeh A (2003). "Excavations at the prehistoric mound of Chogha Bonut, Khuzestan, Iran. Technical report", University of Chicago, Illinois.
  97. Dolukhanov P (1994). Environment and Ethnicity in the Ancient Middle East. Aldershot: Ashgate.
  98. Quintana-Murci, L.; Krausz, C.; Zerjal, T.; Sayar, S.H.; Hammer, M.F.; et al. (2001). «Y-chromosome lineages trace diffusion of people and languages in Southwestern Asia». Am J Hum Genet. 68 (2): 537–542. PMC 1235289Acessível livremente. PMID 11133362. doi:10.1086/318200 
  99. Quintana-Murci, L.; Chaix, R.; Wells, R. Spencer; Behar, D.M.; Sayar, H.; et al. (2004). «Where West meets East: The complex mtDNA landscape of the Southwest and Central Asian corridor». Am J Hum Genet. 74 (5): 827–845. PMC 1181978Acessível livremente. PMID 15077202. doi:10.1086/383236 
  100. The Near East is separated from the Indus Valley by the arid plateaus, ridges and deserts of Iran and Afghanistan, where rainfall agriculture is possible only in the foothills and cul-de-sac valleys.[94] Nevertheless, this area was not an insurmountable obstacle for the dispersal of the Neolithic. The route south of the Caspian sea is a part of the Silk Road, some sections of which were in use from at least 3,000 BCE, connecting Badakhshan (north-eastern Afghanistan and south-eastern Tajikistan) with Western Asia, Egypt and India.[95] Similarly, the section from Badakhshan to the Mesopotamian plains (the Great Khorasan Road) was apparently functioning by 4,000 BCE and numerous prehistoric sites are located along it, whose assemblages are dominated by the Cheshmeh-Ali (Tehran Plain) ceramic technology, forms and designs.[94] Striking similarities in figurines and pottery styles, and mud-brick shapes, between widely separated early Neolithic sites in the Zagros Mountains of north-western Iran (Jarmo and Sarab), the Deh Luran Plain in southwestern Iran (Tappeh Ali Kosh and Chogha Sefid), Susiana (Chogha Bonut and Chogha Mish), the Iranian Central Plateau (Tappeh-Sang-e Chakhmaq), and Turkmenistan (Jeitun) suggest a common incipient culture.[96] The Neolithic dispersal across South Asia plausibly involved migration of the population.[97][92] This possibility is also supported by Y-chromosome and mtDNA analyses,[98][99]
  101. a b c Coningham & Young 2015, p. 114.
  102. They further noted that "the direct lineal descendents of the Neolithic inhabitants of Mehrgarh are to be found to the south and the east of Mehrgarh, in northwestern India and the western edge of the Deccan plateau," with neolithic Mehrgarh showing greater affinity with chalocolithic Inamgaon, south of Mehrgarh, than with chalcolithic Mehrgarh.[101]
  103. Mascarenhas 2015, p. 9.
  104. Narasimhan & et al. 2019, p. 6, 11.
  105. See also Tony Joseph, How We, The Indians, Came To Be, the quint
  106. a b c Gallego Romero 2011, p. 9.
  107. Gallego Romero 2011, p. 12.
  108. Gallego romero et al. (2011) refer to (Meadow 1993):[106] Meadow RH. 1993. Animal domestication in the Middle East: a revised view from the eastern margin. In: Possehl G, editor. Harappan civilization. New Delhi: Oxford University Press and India Book House. pp. 295–320.[107]
  109. Peter T. Daniels. The World's Writing Systems. [S.l.: s.n.] 
  110. Parpola, Asko. Deciphering the Indus Script. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-521-43079-1 
  111. Durrani, F.A. «Some Early Harappan sites in Gomal and Bannu Valleys». In: Lal, B.B.; Gupta, S.P. Frontiers of Indus Civilisation. [S.l.: s.n.] 
  112. «Kalibangan: A Harappan metropolis beyond the Indus Valley». Expedition. 17 
  113. «Evidence for Patterns of Selective Urban Migration in the Greater Indus Valley (2600–1900 BC): A Lead and Strontium Isotope Mortuary Analysis». PLOS ONE. 10. Bibcode:2015PLoSO..1023103V. PMC 4414352Acessível livremente. PMID 25923705. doi:10.1371/journal.pone.0123103 
  114. «Indus Valley people migrated from villages to cities: New study». Times of India 
  115. a b c J.M. Kenoyer (2006), "Cultures and Societies of the Indus Tradition. In Historical Roots" in the Making of ‘the Aryan’, R. Thapar (ed.), pp. 21–49. New Delhi, National Book Trust.
  116. a b «Fluvial landscapes of the Harappan civilization». Proceedings of the National Academy of Sciences. 109. ISSN 0027-8424. PMC 3387054Acessível livremente. PMID 22645375. doi:10.1073/pnas.1112743109 
  117. a b c Brooke, John L. Climate Change and the Course of Global History: A Rough Journey. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-521-87164-8 
  118. Shaffer, Jim G.; Lichtenstein, Diane A. «Ethnicity and Change in the Indus Valley Cultural Tradition». Old Problems and New Perspectives in the Archaeology of South Asia. Col: Wisconsin Archaeological Reports. 2. [S.l.: s.n.] 
  119. a b Bisht, R.S. «Excavations at Banawali: 1974–77». In: Possehl Gregory L. Harappan Civilization: A Contemporary Perspective. [S.l.: s.n.] 
  120. http://indiatoday.intoday.in/story/indus-river-re-enters-india/1/158976.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  121. Possehl, Gregory L. «Harappans and hunters: economic interaction and specialization in prehistoric India». In: Morrison, Kathleen D.; Junker, Laura L. Forager-Traders in South and Southeast Asia: Long-Term Histories. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-521-01636-0 
  122. Gregory L. Possehl (11 November 2002). The Indus Civilization: A Contemporary Perspective. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-7591-1642-9  Verifique data em: |data= (ajuda)
  123. It has been noted that the courtyard pattern and techniques of flooring of Harappan houses has similarities to the way house-building is still done in some villages of the region. Lal 2002, pp. 93–95
  124. Morris, A.E.J. (1994). History of Urban Form: Before the Industrial Revolutions. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-582-30154-2 
  125. Art of the First Cities: The Third Millennium B.C. from the Mediterranean to the Indus. [S.l.: s.n.] 2003. ISBN 9781588390431 
  126. Sergent, Bernard. Genèse de l'Inde. [S.l.: s.n.] ISBN 978-2-228-89116-5 
  127. McIntosh, Jane. The Ancient Indus Valley: New Perspectives. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-57607-907-2 
  128. Lal 2002, p. 89
  129. Keay, John, India, a History. New York: Grove Press, 2000.
  130. «Trade and Technology of the Indus Valley: New Insights from Harappa, Pakistan». World Archaeology. 29. doi:10.1080/00438243.1997.9980377 
  131. Lal 2002, p. 82
  132. «Excavations at Mohenjodaro». Annual Report of the Archaeological Survey of India 
  133. Littleton, C. Scott (2005). Gods, Goddesses, and Mythology. [S.l.: s.n.] ISBN 9780761475651 
  134. Marshall, John (1996). Mohenjo-Daro and the Indus Civilization: Being an Official Account of Archaeological Excavations at Mohenjo-Daro Carried Out by the Government of India Between the Years 1922 and 1927. [S.l.: s.n.] ISBN 9788120611795 
  135. Singh. The Pearson Indian History Manual for the UPSC Civil Services Preliminary Examination. [S.l.: s.n.] ISBN 9788131717530 
  136. The Indus Script. Text, Concordance And Tables Iravathan Mahadevan. [S.l.: s.n.] 
  137. Hasenpflug, Rainer, The Inscriptions of the Indus civilisation Norderstedt, Germany, 2006.
  138. Singh, Upinder. A History of Ancient and Early Medieval India. [S.l.: s.n.] ISBN 978-81-317-1120-0 
  139. Parpola 2005, pp. 2–3
  140. During-Caspers, GS Elisabeth; Reade, Julian E. (2008). The Indus-Mesopotamia relationship reconsidered. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-4073-0312-3 
  141. «Surprising Discoveries From the Indus Civilization». National Geographic 
  142. Doniger, Wendy. The Hindus: an alternative history. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-19-959334-7 
  143. Neyland, R.S. «The seagoing vessels on Dilmun seals». In: Keith, D.H.; Carrell T.L. Underwater archaeology proceedings of the Society for Historical Archaeology Conference at Kingston, Jamaica 1992. [S.l.: s.n.] 
  144. a b Maurizio Tosi, "Black Boats of Magan. Some Thoughts on Bronze Age Water Transport in Oman and beyond from the Impressed Bitumen Slabs of Ra's al-Junayz", in A. Parpola (ed), South Asian Archaeology 1993, Helsinki, 1995, pp. 745–761 (in collaboration with Serge Cleuziou)
  145. Daniel T. Potts (2009), Maritime Trade: Pre-Islamic Period iranicaonline.org
  146. Maurizio Tosi: Die Indus-Zivilisation jenseits des indischen Subkontinents, in: Vergessene Städte am Indus, Mainz am Rhein 1987,, S. 132–133
  147. Story of Ras Al Jinz. Oman Information
  148. Shaffer 1999 p.245
  149. «Excavations at Mehrgarh-Nausharo». Pakistan Archaeology. 10 
  150. Shaffer and Liechtenstein 1995, 1999
  151. Gangal refers to Fuller (2006), Agricultural origins and frontiers in South Asia: a working synthesis. J World Prehistory 20: 1–86
  152. Gallego Romero 2011.
  153. «Approaching rice domestication in South Asia: New evidence from Indus settlements in northern India». Journal of Archaeological Science. 78. doi:10.1016/j.jas.2016.04.018 
  154. «Rice farming in India much older than thought, used as 'summer crop' by Indus civilisation» 
  155. «Indus Writing Analysis by Asko Parpola» 
  156. Sanskrit has also contributed to Indus Civilization, Deccan Herald, 12 August 2012
  157. a b c Heggarty & Renfrew 2014.
  158. Cavalli-Sforza (1994).
  159. a b Mukherjee 2001.
  160. a b Derenko (2013).
  161. Kivisild 1999, p. 1331.
  162. a b Kivisild 1999, p. 1333.
  163. a b Kumar 2004.
  164. Palanichamy (2015), p. 645.
  165. Wells, B. An Introduction to Indus Writing. Early Sites Research Society (West) Monograph Series, 2, Independence MO 1999
  166. «The Collapse of the Indus-Script Thesis: The Myth of a Literate Harappan Civilization» (PDF) 
  167. These and other issues are addressed in Parpola (2005)
  168. «Entropic Evidence for Linguistic Structure in the Indus Script». Science. 324. Bibcode:2009Sci...324.1165R. PMID 19389998. doi:10.1126/science.1170391 
  169. «Indus Script Encodes Language, Reveals New Study of Ancient Symbols» 
  170. «This 360 tour of Kerala's Edakkal caves will mesmerise you». Indian Express 
  171. keay.
  172. Wright 2009, pp. 281–282.
  173. a b «Archaeology at the Heart of a Political Confrontation The Case of Ayodhya» (PDF). Current Anthropology. 45. JSTOR 10.1086/381044. doi:10.1086/381044 
  174. a b Marshall 1931, pp. 48–78.
  175. Possehl 2002, pp. 141–156.
  176. a b Possehl 2002, pp. 141–144.
  177. Srinivasan 1975.
  178. Srinivasan 1997, pp. 180–181.
  179. Sullivan 1964.
  180. Hiltebeitel 2011, pp. 399–432.
  181. Vilas Sangave. Facets of Jainology: Selected Research Papers on Jain Society, Religion, and Culture. [S.l.: s.n.] ISBN 978-81-7154-839-2 
  182. Zimmer, Heinrich. Campbell, ed. Philosophies of India. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-691-01758-7 
  183. Thomas McEvilley (2002) The Shape of Ancient Thought: Comparative Studies in Greek and Indian Philosophies. Allworth Communications, Inc. 816 pages;
  184. a b Possehl 2002, pp. 141–145.
  185. McIntosh 2008, pp. 286–287.
  186. Marshall 1931, p. 67.
  187. Possehl 2002, p. 18.
  188. Thapar 2004, p. 85.
  189. McIntosh 2008, pp. 275–277, 292.
  190. Possehl 2002, pp. 152, 157–176.
  191. McIntosh 2008, pp. 293–299.
  192. «A Peaceful Realm? Trauma and Social Differentiation at Harappa». International Journal of Paleopathology. 2. PMID 29539378. doi:10.1016/j.ijpp.2012.09.012 
  193. «Infection, Disease, and Biosocial Process at the End of the Indus Civilization». PLOS ONE. 0084814. Bibcode:2013PLoSO...884814R. PMC 3866234Acessível livremente. PMID 24358372. doi:10.1371/journal.pone.0084814 
  194. Upinder Singh (2008), A History of Ancient and Early Medieval India From the Stone Age to the 12th Century, p. 181
  195. «Late Harappan Localization Era Map» 
  196. McIntosh, Jane (2008). The Ancient Indus Valley: New Perspectives.
  197. Upinder Singh (2008), A History of Ancient and Early Medieval India From the Stone Age to the 12th Century, p. 211
  198. U. Singh (2008), pp. 181, 223
  199. a b U. Singh (2008), pp. 180–181
  200. U. Singh (2008), p. 211
  201. Kenoyer (2006).
  202. McIntosh (2008), pp. 91, 98
  203. F.R. Allchin (ed.), The Archaeology of Early Historic South Asia: The Emergence of Cities and States (Cambridge University Press, 1995), p. 36
  204. Allchin (ed., 1995), pp. 37–38
  205. Edwin Bryant. The Quest for the Origins of Vedic Culture. [S.l.: s.n.] 
  206. J.P. Mallory and Douglas Q. Adams (eds., 1997), Encyclopedia of Indo-European Culture, p. 102
  207. Bridget and Raymond Allchin (1982), The Rise of Civilization in India and Pakistan, p. 246
  208. Mallory & Adams 1997, pp. 102–103.
  209. David Knipe (1991), Hinduism. San Francisco: Harper
  210. «Decline of Bronze Age 'megacities' linked to climate change». phys.org 
  211. Emma Maris (2014), Two-hundred-year drought doomed Indus Valley Civilization, nature
  212. a b c «Indus Collapse: The End or the Beginning of an Asian Culture?». Science Magazine. 320 
  213. «Collapse of civilizations worldwide defines youngest unit of the Geologic Time Scale». News and Meetings 
  214. Clift et al., 2011, U-Pb zircon dating evidence for a Pleistocene Sarasvati River and capture of the Yamuna River, Geology, 40, 211–214 (2011). [1]
  215. Geological research by a group led by Peter Clift investigated how the courses of rivers have changed in this region since 8000 years ago, to test whether climate or river reorganisations caused the decline of the Harappan. Using U-Pb dating of zircon sand grains they found that sediments typical of the Beas, Sutlej and Yamuna rivers (Himalayan tributaries of the Indus) are actually present in former Ghaggar-Hakra channels. However, sediment contributions from these glacial-fed rivers stopped at least by 10,000 years ago, well before the development of the Indus civilisation.[214]
  216. Tripathi, Jayant K.; Bock, Barbara; Rajamani, V.; Eisenhauer, A. (25 October 2004). «Is River Ghaggar, Saraswati? Geochemical Constraints» (PDF). Current Science. 87 (8). Cópia arquivada (PDF) em 25 December 2004  Verifique data em: |arquivodata=, |data= (ajuda)
  217. Tripathi et al. (2004) found that the isotopes of sediments carried by the Ghaggar-Hakra system over the last 20 thousand years do not come from the glaciated Higher Himalaya but have a sub-Himalayan source, and concluded that the river system was rain-fed. They also concluded that this contradicted the idea of a Harappan-time mighty "Sarasvati" river.[216]
  218. «An Ancient Civilization, Upended by Climate Change». New York Times. LiveScience 
  219. «Huge Ancient Civilization's Collapse Explained». New York Times 
  220. «Palaeoecology and the Harappan Civilisation of South Asia: a reconsideration». Quaternary Science Reviews. 25. Bibcode:2006QSRv...25.1283M. doi:10.1016/j.quascirev.2005.10.012 
  221. «Potential influence of the Pacific Ocean on the Indian summer monsoon and Harappan decline». Quaternary International. 229. Bibcode:2011QuInt.229..140M. doi:10.1016/j.quaint.2009.11.012 
  222. Broke:[117] "The story in Harappan India was somewhat different (see Figure 111.3). The Bronze Age village and urban societies of the Indus Valley are some-thing of an anomaly, in that archaeologists have found little indication of local defense and regional warfare. It would seem that the bountiful monsoon rainfall of the Early to Mid-Holocene had forged a condition of plenty for all, and that competitive energies were channeled into commerce rather than conflict. Scholars have long argued that these rains shaped the origins of the urban Harappan societies, which emerged from Neolithic villages around 2600 BC. It now appears that this rainfall began to slowly taper off in the third millennium, at just the point that the Harappan cities began to develop. Thus it seems that this "first urbanisation" in South Asia was the initial response of the Indus Valley peoples to the beginning of Late Holocene aridification. These cities were maintained for 300 to 400 years and then gradually abandoned as the Harappan peoples resettled in scattered villages in the eastern range of their territories, into the Punjab and the Ganges Valley....'
    17 (footnote):
    (a) [5]
    (b) Camilo Ponton, "Holocene Aridification of India," GRL 39 (2012), L03704;
    (c) Harunur Rashid et al., "Late Glacial to Holocene Indian Summer Monsoon Variability Based upon Sediment Records Taken from the Bay of Bengal," Terrestrial, Atmospheric, and Oceanic Sciences 22 (2011), 215–28;
    (d) Marco Madella and Dorian Q. Fuller, "Paleoecology and the Harappan Civilization of South Asia: A Reconsideration," Quaternary Science Reviews 25 (2006), 1283–301. Compare with the very different interpretations in
    (e) Possehl, Gregory L. (2002), The Indus Civilization: A Contemporary Perspective, ISBN 978-0-7591-0172-2, Rowman Altamira, pp. 237–245 
    (f) Michael Staubwasser et al., "Climate Change at the 4.2 ka BP termination of the Indus Valley Civilization and Holocene South Asian Monsoon Variability," GRL 30 (2003), 1425. [in] Bar-Matthews and Avner Ayalon, "Mid-Holocene Climate Variations."
  223. «Migration of monsoons created, then killed Harappan civilization». Los Angeles Times 
  224. «Intensified summer monsoon and the urbanization of Indus Civilization in northwest India». Scientific Reports. 8. Bibcode:2018NatSR...8.4225D. ISSN 2045-2322. PMC 5844871Acessível livremente. PMID 29523797. doi:10.1038/s41598-018-22504-5 
  225. «Evidence for Tectonic Activity During the Mature Harappan Civilization, 2600-1800 BCE». AGU Fall Meeting Abstracts 
  226. «Tectonic Activity during the Harappan Civilization». AGU Fall Meeting Abstracts. 2001. Bibcode:2001AGUFM.U52B..07P 
  227. Kovach, Robert L.; Grijalva, Kelly; Nur, Amos (1 de outubro de 2010). Earthquakes and civilizations of the Indus Valley: A challenge for archaeoseismology. Col: Geological Society of America Special Papers. 471. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-8137-2471-3. doi:10.1130/2010.2471(11) 
  228. Warrier, Shrikala. Kamandalu: The Seven Sacred Rivers of Hinduism. [S.l.: s.n.] 
  229. James Heitzman, The City in South Asia (Routledge, 2008), pp. 12–13
  230. Most sites of the Painted Grey Ware culture in the Ghaggar-Hakra and Upper Ganges Plain were small farming villages. However, "several dozen" PGW sites eventually emerged as relatively large settlements that can be characterized as towns, the largest of which were fortified by ditches or moats and embankments made of piled earth with wooden palisades, albeit smaller and simpler than the elaborately fortified large cities which grew after 600 BCE in the more fully urban Northern Black Polished Ware culture.[229]
  231. a b Shaffer, Jim. «Reurbanization: The eastern Punjab and beyond». In: Spodek, Howard; Srinivasan, Doris M. Urban Form and Meaning in South Asia: The Shaping of Cities from Prehistoric to Precolonial Times. [S.l.: s.n.] 
  232. Harappan Civilisation and Rojdi, by Gregory L. Possehl and M.H. Raval (1989) https://books.google.com/books?id=LtgUAAAAIAAJ&pg=PA19#v=onepage&q&f=false
  233. White, David Gordon. Kiss of the Yogini. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-226-89483-6 
  234. «Cylinder Seal of Ibni-Sharrum». Louvre Museum 
  235. «Site officiel du musée du Louvre». cartelfr.louvre.fr 
  236. Brown, Brian A.; Feldman, Marian H. (2013). Critical Approaches to Ancient Near Eastern Art. [S.l.: s.n.] ISBN 9781614510352 
  237. Mode, H. Indische Frühkulturen und ihre Beziehungen zum Westen. [S.l.: s.n.] 
  238. John Haywood, The Penguin Historical Atlas of Ancient Civilizations, Penguin Books, London, 2005, p. 76
  239. Iran Almanac and Book of Facts. [S.l.: s.n.] 
  240. Podany, Amanda H. Brotherhood of Kings: How International Relations Shaped the Ancient Near East. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-19-971829-0 
  241. Piesinger, Constance Maria. Legacy of Dilmun: The Roots of Ancient Maritime Trade in Eastern Coastal Arabia in the 4th/3rd Millennium B.C. [S.l.: s.n.] 
  242. Joan Aruz; Ronald Wallenfels. Art of the First Cities: The Third Millennium B.C. from the Mediterranean to the Indus. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-58839-043-1 
  243. «Substrate Languages in Old Indo-Aryan (Ṛgvedic, Middle and Late Vedic)» (PDF). Electronic Journal of Vedic Studies. 5  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  244. «The Languages of Harappa» (PDF). Electronic Journal of Vedic Studies