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Imigração na Europa: diferenças entre revisões

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A '''imigração na Europa''' tem uma longa história, mas aumentou substancialmente no final do [[século XX]]. Os países da [[Europa Ocidental]], especialmente, tiveram um alto crescimento na imigração após a [[Segunda Guerra Mundial]] e muitas nações europeias hoje (particularmente as da [[União Europeia]]) têm populações consideráveis ​​de imigrantes, tanto de origem europeia quanto não europeia. Na globalização contemporânea, as migrações para a Europa aceleraram em velocidade e escala. Nas últimas décadas, houve um aumento nas atitudes negativas em relação à [[imigração]], e muitos estudos enfatizaram diferenças marcantes na força das atitudes [[Oposição à imigração|anti-imigração]] entre os países europeus.<ref>{{cite journal |title=Construction, Robustness Assessment and Application of an Index of Perceived Level of Socio-economic Threat from Immigrants: A Study of 47 European Countries and Regions |date=2015 |journal=Social Indicators Research |pages=413–437 |doi=10.1007/s11205-015-1037-z |volume=128 |last1=Marozzi |first1=Marco |s2cid=152888964}}</ref>
A questão da imigração é um tema que gera muita discussão em todo o mundo, e envolve diversos fatores que levam as pessoas a deixarem seus países de origem em busca de novas oportunidades em outras nações. Esses fatores podem incluir desde conflitos armados, perseguições políticas ou religiosas, até motivos econômicos e sociais.


A partir de 2004, a União Europeia concedeu aos cidadãos da UE [[Mercado comum da União Europeia|liberdade de movimento e residência]] dentro da UE, e o termo "imigrante" passou a ser usado para se referir a cidadãos de fora da UE, o que significa que os cidadãos da UE não devem ser definidos como imigrantes. A [[Comissão Europeia]] define "imigração" como a ação pela qual uma pessoa de um país não pertencente à UE estabelece a sua residência habitual no território de um país da UE por um período que é ou deverá ser de pelo menos doze meses. Entre 2010 e 2013, cerca de 1,4 milhões de cidadãos não pertencentes à UE, excluindo requerentes de asilo e [[Refugiado|refugiados]], imigraram para a UE todos os anos através de meios regulares, com um ligeiro decréscimo desde 2010.<ref>{{cite web|url=http://ec.europa.eu/dgs/home-affairs/e-library/docs/infographics/immigration/migration-in-EU-infographic_en.pdf|title=Immigration in the EU|publisher=European Commission}}</ref>
Ao longo dos anos, vários governos ao redor do mundo têm tentado lidar com a questão da imigração de diferentes maneiras. Alguns países adotam políticas mais abertas e receptivas, enquanto outros preferem adotar medidas mais restritivas e fechar suas fronteiras.
Estados Unidos


== História ==
Os Estados Unidos são um dos países que mais recebem imigrantes em todo o mundo. No entanto, o país tem adotado medidas cada vez mais restritivas nos últimos anos, sobretudo durante a administração Trump. Em 2018, por exemplo, o governo norte-americano adotou a política de "tolerância zero" em relação à imigração ilegal, que resultou na separação de famílias e na detenção de crianças em condições precárias.
A migração histórica para ou dentro da Europa assumiu principalmente a forma de [[Invasão|invasão militar]], mas houve exceções; isso diz respeito principalmente aos movimentos populacionais dentro do [[Império Romano]] sob a [[Pax Romana]]; a [[diáspora judaica]] na Europa foi o resultado da [[Primeira guerra judaico-romana|Primeira Guerra judaico-romana]] de 66-73 [[Anno Domini|DC]].


Com o colapso do Império Romano, a migração foi novamente associada principalmente à invasão bárbara, não apenas durante o chamado [[Migrações dos povos bárbaros|período de migração]] (germânica), as [[Eslavos|migrações eslavas]], a conquista húngara da [[Planície da Panónia|bacia dos Cárpatos]], as [[Expansão islâmica|conquistas islâmicas]] e a expansão turca na Europa Oriental ([[Quipechaques]], [[tártaros]], [[cumanos]]). Os [[Império Otomano|otomanos]] mais uma vez estabeleceram uma estrutura imperial multiétnica na [[Sudoeste Asiático|Ásia Ocidental]] e no [[Bálcãs|sudeste da Europa]], mas a turquificação no sudeste da Europa se deveu mais à assimilação cultural do que à imigração em massa. No final do [[Idade Média|período medieval]], o [[Ciganos|povo cigano]] se mudou para a Europa através da [[Anatólia]] e do [[Magrebe]].
Alemanha


Houve movimentos populacionais substanciais na Europa ao longo do [[Idade Moderna|período moderno]], principalmente no contexto da Reforma e das [[Guerras de religião na Europa|guerras religiosas europeias]], e novamente como resultado da [[Segunda Guerra Mundial]].
A Alemanha é outro país que recebe muitos imigrantes. Desde 2015, o governo alemão adotou uma política de portas abertas para refugiados sírios, que fugiam da guerra civil em seu país. No entanto, essa política gerou controvérsias e críticas, especialmente em relação à integração dos imigrantes na sociedade alemã.


Do final do [[século XV]] até o final dos [[Década de 1960|anos 1960]] e início dos [[Década de 1970|anos 1970]], [[Grécia]], [[Irlanda]], [[Itália]], [[Alemanha]], [[Noruega]],<ref>{{cite web|url=http://www.regjeringen.no/upload/BLD/IMA/Report_oecd_2010_final.pdf|title=International Migration 2009-2010: SOPEMI-report for Norway|date=Dezembro de 2010|acessodata=11 de janeiro de 2018|website=Regjeringen.no}}</ref> [[Suécia]],<ref>{{cite web|url=https://augustana.net/general-information/swenson-center/academic-activities/swedish-american-immigration-history|title=Swedish Immigration to North America &#124; Augustana College|acessodata=2018-07-01|archive-url=https://web.archive.org/web/20180702011511/https://augustana.net/general-information/swenson-center/academic-activities/swedish-american-immigration-history|archive-date=2018-07-02|url-status=}}</ref> [[Dinamarca]], [[Bélgica]], [[Portugal]], [[Espanha]] e [[Reino Unido]]<ref>{{cite news|last=Johnston|first=Philip|url=https://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1569400/Emigration-soars-as-Britons-desert-the-UK.html|title=Emigration soars as Britons desert the UK|date=15 de novembro de 2007|work=The Daily Telegraph|location=London}}</ref> foram as principais fontes de [[emigração]], enviando um grande número de emigrantes para as [[América|Américas]], [[Austrália]], [[Sibéria]] e [[África Austral]]. Alguns também foram para outros países europeus (principalmente [[França]], [[Suíça]], Alemanha e [[Bélgica]]). À medida que os padrões de vida desses países aumentaram, a tendência se inverteu e eles foram um ímã para a imigração (principalmente de [[Marrocos]], [[Somália]], [[Egito]] para a Itália e Grécia; de Marrocos, [[Argélia]] e [[América Latina]] para Espanha e Portugal; e da Irlanda, [[Índia]], [[Paquistão]], Alemanha, [[Estados Unidos]], [[Bangladesh]] e [[Jamaica]] para o Reino Unido).
Itália


== Migração na Europa após o Acordo de Schengen de 1985 ==
A Itália é um país que tem enfrentado uma grande pressão migratória nos últimos anos, sobretudo devido à crise dos refugiados que se intensificou a partir de 2015. O governo italiano tem adotado uma postura mais dura em relação à imigração, fechando portos e impedindo a entrada de barcos com migrantes resgatados no Mar Mediterrâneo.
Como resultado do [[Acordo de Schengen]], assinado em 14 de junho de 1985,<ref>{{cite web|url=https://www.schengenvisainfo.com/schengen-agreement/|title=The Schengen Agreement - History and the Definition|website=SchengenVisaInfo.com|language=en|access-date=2022-01-10}}</ref> há viagens gratuitas dentro da União Europeia — conhecida como espaço Schengen<ref name="Schengen Area">{{cite web|url=https://ec.europa.eu/home-affairs/policies/schengen-borders-and-visa/schengen-area_en|title=Schengen Area|website=ec.europa.eu|language=en|access-date=2022-01-10}}</ref> — para todos os cidadãos e residentes de todos os 27 estados membros;<ref>{{cite web|url=https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=LEGISSUM%3Al33020|title=The Schengen area and cooperation|acessodata=30 de setembro de 2021|work=Summaries of EU legislation|publisher=European Commission}}</ref> no entanto, os não cidadãos só podem fazê-lo para fins turísticos, e por até três meses.<ref name="Schengen Area" /><ref>{{cite web|url=https://www.robert-schuman.eu/en/european-issues/0361-schengen-thirty-years-on-results-realities-challenges|title=Schengen thirty years on: results, realities, challenges|website=www.robert-schuman.eu|access-date=2022-01-10}}</ref> Além disso, os cidadãos da UE e suas famílias têm o direito de viver e trabalhar em qualquer lugar da UE;<ref>{{cite web|url=https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=LEGISSUM%3Al33152|title=EU freedom of movement and residence|acessodata=30 de setembro de 2021|work=Summaries of EU legislation|publisher=European Commission}}</ref> os cidadãos de países não pertencentes à UE ou não pertencentes ao EEE podem obter um [[Cartão Azul (União Europeia)|Cartão Azul]] ou um visto de residência de longa duração.<ref>{{cite web|url=https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=LEGISSUM%3Al23034|title=Non-EU nationals — rules for long-term residence|acessodata=30 de setembro de 2021|work=Summaries of EU legislation|publisher=European Commission}}</ref>


Uma grande proporção de imigrantes nos estados da [[Europa Ocidental]] veio de antigos estados do [[Bloco de Leste|bloco oriental]] na [[década de 1990]], especialmente na Espanha, Grécia, Alemanha, Itália, Portugal e Reino Unido. Frequentemente, existem padrões de migração específicos, com [[geografia]], [[Língua natural|idioma]] e [[cultura]] desempenhando um papel fundamental. Por exemplo, há um grande número de [[Polacos|poloneses]] que se mudaram para o Reino Unido, Irlanda e [[Islândia]], enquanto [[romenos]] e também [[búlgaros]] escolheram Espanha e Itália.<ref>{{cite web|url=http://www.ceemr.uw.edu.pl/vol-3-no-2-december-2014/articles/polish-emigration-uk-after-2004-why-did-so-many-come|title=Polish Emigration to the UK after 2004; Why Did So Many Come?|date=24 de maio de 2014|acessodata=13 de março de 2018|work=Central and Eastern European Migration Review|author=Okólski, Marek}}</ref><ref name="book">{{cite book|title=Beyond a Border: The Causes and Consequences of Contemporary Immigration|author=Kivisto, Peter; Faist, Thomas|publisher=SAGE Publishing|isbn=978-1-41292-495-5|year=2009|pages=75–76}}</ref> Com o primeiro dos dois recentes alargamentos da UE, embora a maioria dos países tenha restringido a livre circulação de nacionais dos países aderentes, o Reino Unido não restringiu o alargamento da União Europeia em 2004 e recebeu polacos, [[letões]] e outros cidadãos de novos membros da UE. A Espanha não foi restrita para o [[alargamento da União Europeia em 2007]] e recebeu muitos romenos e búlgaros, bem como outros cidadãos dos novos estados da UE.<ref>{{cite web|url=https://ec.europa.eu/economy_finance/publications/pages/publication14287_en.pdf|title=Migration in an enlarged EU: A challenging solution?|date=28 de março de 2009|acessodata=20 de junho de 2015|website=ec.europa.eu}}</ref>


Outra tendência migratória tem sido a dos [[Europa Setentrional|europeus do norte]] se movendo em direção ao [[Europa meridional|sul da Europa]]. Os cidadãos da União Europeia constituem uma proporção crescente dos imigrantes em Espanha, provenientes principalmente do Reino Unido e da Alemanha, mas também da Itália, França, Portugal, Holanda, Bélgica, etc. As autoridades britânicas estimam que a população de cidadãos britânicos que vivem na Espanha é muito maior do que os números oficiais espanhóis sugerem, estabelecendo-os em cerca de 1 milhão, sendo 800 mil residentes permanentes. De acordo com o [[Financial Times|''Financial Times'']], a Espanha é o destino preferido dos europeus ocidentais que estão pensando em sair de seu próprio país e procurar empregos em outros países da UE.<ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/shared/spl/hi/in_depth/brits_abroad/html/europe.stm|title=BBC NEWS - Special Reports - Brits Abroad|acessodata=13 de maio de 2016|website=News.bbc.co.uk}}</ref><ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6161705.stm|title=BBC NEWS - UK - Brits Abroad: Country-by-country|date=2006-12-11|acessodata=13 de maio de 2016|website=News.bbc.co.uk}}</ref><ref>{{cite news|url=https://www.theguardian.com/spain/article/0,,1830838,00.html|title=Spain attracts record levels of immigrants seeking jobs and sun|date=2006-07-26|acessodata=13 de maio de 2016|website=The Guardian|author=Giles Tremlett}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.byebyeblighty.com/1/british-immigrants-swamping-spanish-villages/|title=Bye Bye Blighty article: British Immigrants Swamping Spanish Villages?|archive-url=https://web.archive.org/web/20101223102348/http://www.byebyeblighty.com/1/british-immigrants-swamping-spanish-villages/|archive-date=23 de dezembro de 2010|url-status=}}</ref><ref>{{cite news|url=https://www.theguardian.com/spain/article/0,,1588156,00.html|title=An Englishman's home is his casa as thousands go south|date=2005-10-09|acessodata=13 de maio de 2016|website=The Guardian|author=Jason Burke}}</ref><ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6210358.stm|title=BBC NEWS - UK - 5.5m Britons 'opt to live abroad'|date=2006-12-11|acessodata=13 de maio de 2016|website=News.bbc.co.uk}}</ref><ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/5237236.stm|title=BBC NEWS - UK - More Britons consider move abroad|date=2006-08-02|acessodata=13 de maio de 2016|website=News.bbc.co.uk}}</ref>
Os imigrantes deixam seus países de diversas formas, dependendo das circunstâncias individuais de cada um. Alguns imigrantes optam por sair de seus países por meios legais, como por exemplo, obtendo um visto de trabalho ou estudante. Outros, no entanto, saem ilegalmente, muitas vezes em busca de melhores condições de vida.
Entre as formas mais comuns de deixar um país ilegalmente estão as travessias de fronteiras terrestres, utilizando-se de rotas clandestinas e de contrabandistas de pessoas. Outra forma é por meio de viagens marítimas, onde os imigrantes arriscam suas vidas em embarcações precárias para chegar a outros países


== Notas ==
Fonte: <ref>Livros de geografia, estudos de havard, pesquisas de varios geografos<ref>
=== De tradução ===
{{Tradução/ref|en|Editing Immigration to Europe}}

== Referências ==
{{reflist}}
=== Bibliografia ===
*[http://pcalefato.xoom.it/pcalefato/libri_vari.htm Calefato, Patrizia] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20150616013245/http://pcalefato.xoom.it/pcalefato/libri_vari.htm |data=2015-06-16 }} (1994) [https://books.google.com/books?id=484imbeZVhcC ''Europa fenicia: identità linguistica, comunità, linguaggio come pratica sociale'']
* Pieter C. Emmer / Leo Lucassen: [http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0159-2012111308 ''Migration from the Colonies to Western Europe since 1800''], European History Online, [[Mainz]]: Institute of European History, 2010, arquivado: 17 de dezembro de 2012.
*Elspeth Guild, Paul Minderhoud (2006) [https://books.google.com/books?id=1uCrJ8ykkOMC ''Immigration and criminal law in the European Union: the legal measures and social consequences of criminal law in member states on trafficking and smuggling in human beings'']
*Dal Lago, Alessandro (2005) [https://books.google.com/books?id=KPsXl5WAsKsC&pg=PA122 ''Non-persone: l'esclusione dei migranti in una società globale'']

Revisão das 16h48min de 28 de março de 2023

A imigração na Europa tem uma longa história, mas aumentou substancialmente no final do século XX. Os países da Europa Ocidental, especialmente, tiveram um alto crescimento na imigração após a Segunda Guerra Mundial e muitas nações europeias hoje (particularmente as da União Europeia) têm populações consideráveis ​​de imigrantes, tanto de origem europeia quanto não europeia. Na globalização contemporânea, as migrações para a Europa aceleraram em velocidade e escala. Nas últimas décadas, houve um aumento nas atitudes negativas em relação à imigração, e muitos estudos enfatizaram diferenças marcantes na força das atitudes anti-imigração entre os países europeus.[1]

A partir de 2004, a União Europeia concedeu aos cidadãos da UE liberdade de movimento e residência dentro da UE, e o termo "imigrante" passou a ser usado para se referir a cidadãos de fora da UE, o que significa que os cidadãos da UE não devem ser definidos como imigrantes. A Comissão Europeia define "imigração" como a ação pela qual uma pessoa de um país não pertencente à UE estabelece a sua residência habitual no território de um país da UE por um período que é ou deverá ser de pelo menos doze meses. Entre 2010 e 2013, cerca de 1,4 milhões de cidadãos não pertencentes à UE, excluindo requerentes de asilo e refugiados, imigraram para a UE todos os anos através de meios regulares, com um ligeiro decréscimo desde 2010.[2]

História

A migração histórica para ou dentro da Europa assumiu principalmente a forma de invasão militar, mas houve exceções; isso diz respeito principalmente aos movimentos populacionais dentro do Império Romano sob a Pax Romana; a diáspora judaica na Europa foi o resultado da Primeira Guerra judaico-romana de 66-73 DC.

Com o colapso do Império Romano, a migração foi novamente associada principalmente à invasão bárbara, não apenas durante o chamado período de migração (germânica), as migrações eslavas, a conquista húngara da bacia dos Cárpatos, as conquistas islâmicas e a expansão turca na Europa Oriental (Quipechaques, tártaros, cumanos). Os otomanos mais uma vez estabeleceram uma estrutura imperial multiétnica na Ásia Ocidental e no sudeste da Europa, mas a turquificação no sudeste da Europa se deveu mais à assimilação cultural do que à imigração em massa. No final do período medieval, o povo cigano se mudou para a Europa através da Anatólia e do Magrebe.

Houve movimentos populacionais substanciais na Europa ao longo do período moderno, principalmente no contexto da Reforma e das guerras religiosas europeias, e novamente como resultado da Segunda Guerra Mundial.

Do final do século XV até o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, Grécia, Irlanda, Itália, Alemanha, Noruega,[3] Suécia,[4] Dinamarca, Bélgica, Portugal, Espanha e Reino Unido[5] foram as principais fontes de emigração, enviando um grande número de emigrantes para as Américas, Austrália, Sibéria e África Austral. Alguns também foram para outros países europeus (principalmente França, Suíça, Alemanha e Bélgica). À medida que os padrões de vida desses países aumentaram, a tendência se inverteu e eles foram um ímã para a imigração (principalmente de Marrocos, Somália, Egito para a Itália e Grécia; de Marrocos, Argélia e América Latina para Espanha e Portugal; e da Irlanda, Índia, Paquistão, Alemanha, Estados Unidos, Bangladesh e Jamaica para o Reino Unido).

Migração na Europa após o Acordo de Schengen de 1985

Como resultado do Acordo de Schengen, assinado em 14 de junho de 1985,[6] há viagens gratuitas dentro da União Europeia — conhecida como espaço Schengen[7] — para todos os cidadãos e residentes de todos os 27 estados membros;[8] no entanto, os não cidadãos só podem fazê-lo para fins turísticos, e por até três meses.[7][9] Além disso, os cidadãos da UE e suas famílias têm o direito de viver e trabalhar em qualquer lugar da UE;[10] os cidadãos de países não pertencentes à UE ou não pertencentes ao EEE podem obter um Cartão Azul ou um visto de residência de longa duração.[11]

Uma grande proporção de imigrantes nos estados da Europa Ocidental veio de antigos estados do bloco oriental na década de 1990, especialmente na Espanha, Grécia, Alemanha, Itália, Portugal e Reino Unido. Frequentemente, existem padrões de migração específicos, com geografia, idioma e cultura desempenhando um papel fundamental. Por exemplo, há um grande número de poloneses que se mudaram para o Reino Unido, Irlanda e Islândia, enquanto romenos e também búlgaros escolheram Espanha e Itália.[12][13] Com o primeiro dos dois recentes alargamentos da UE, embora a maioria dos países tenha restringido a livre circulação de nacionais dos países aderentes, o Reino Unido não restringiu o alargamento da União Europeia em 2004 e recebeu polacos, letões e outros cidadãos de novos membros da UE. A Espanha não foi restrita para o alargamento da União Europeia em 2007 e recebeu muitos romenos e búlgaros, bem como outros cidadãos dos novos estados da UE.[14]

Outra tendência migratória tem sido a dos europeus do norte se movendo em direção ao sul da Europa. Os cidadãos da União Europeia constituem uma proporção crescente dos imigrantes em Espanha, provenientes principalmente do Reino Unido e da Alemanha, mas também da Itália, França, Portugal, Holanda, Bélgica, etc. As autoridades britânicas estimam que a população de cidadãos britânicos que vivem na Espanha é muito maior do que os números oficiais espanhóis sugerem, estabelecendo-os em cerca de 1 milhão, sendo 800 mil residentes permanentes. De acordo com o Financial Times, a Espanha é o destino preferido dos europeus ocidentais que estão pensando em sair de seu próprio país e procurar empregos em outros países da UE.[15][16][17][18][19][20][21]

Notas

De tradução

Referências

  1. Marozzi, Marco (2015). «Construction, Robustness Assessment and Application of an Index of Perceived Level of Socio-economic Threat from Immigrants: A Study of 47 European Countries and Regions». Social Indicators Research. 128: 413–437. doi:10.1007/s11205-015-1037-z 
  2. «Immigration in the EU» (PDF). European Commission 
  3. «International Migration 2009-2010: SOPEMI-report for Norway» (PDF). Regjeringen.no. Dezembro de 2010. Consultado em 11 de janeiro de 2018 
  4. «Swedish Immigration to North America | Augustana College». Consultado em 1 de julho de 2018. Cópia arquivada em 2 de julho de 2018 
  5. Johnston, Philip (15 de novembro de 2007). «Emigration soars as Britons desert the UK». The Daily Telegraph. London 
  6. «The Schengen Agreement - History and the Definition». SchengenVisaInfo.com (em inglês). Consultado em 10 de janeiro de 2022 
  7. a b «Schengen Area». ec.europa.eu (em inglês). Consultado em 10 de janeiro de 2022 
  8. «The Schengen area and cooperation». Summaries of EU legislation. European Commission. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  9. «Schengen thirty years on: results, realities, challenges». www.robert-schuman.eu. Consultado em 10 de janeiro de 2022 
  10. «EU freedom of movement and residence». Summaries of EU legislation. European Commission. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  11. «Non-EU nationals — rules for long-term residence». Summaries of EU legislation. European Commission. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  12. Okólski, Marek (24 de maio de 2014). «Polish Emigration to the UK after 2004; Why Did So Many Come?». Central and Eastern European Migration Review. Consultado em 13 de março de 2018 
  13. Kivisto, Peter; Faist, Thomas (2009). Beyond a Border: The Causes and Consequences of Contemporary Immigration. [S.l.]: SAGE Publishing. pp. 75–76. ISBN 978-1-41292-495-5 
  14. «Migration in an enlarged EU: A challenging solution?» (PDF). ec.europa.eu. 28 de março de 2009. Consultado em 20 de junho de 2015 
  15. «BBC NEWS - Special Reports - Brits Abroad». News.bbc.co.uk. Consultado em 13 de maio de 2016 
  16. «BBC NEWS - UK - Brits Abroad: Country-by-country». News.bbc.co.uk. 11 de dezembro de 2006. Consultado em 13 de maio de 2016 
  17. Giles Tremlett (26 de julho de 2006). «Spain attracts record levels of immigrants seeking jobs and sun». The Guardian. Consultado em 13 de maio de 2016 
  18. «Bye Bye Blighty article: British Immigrants Swamping Spanish Villages?». Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2010 
  19. Jason Burke (9 de outubro de 2005). «An Englishman's home is his casa as thousands go south». The Guardian. Consultado em 13 de maio de 2016 
  20. «BBC NEWS - UK - 5.5m Britons 'opt to live abroad'». News.bbc.co.uk. 11 de dezembro de 2006. Consultado em 13 de maio de 2016 
  21. «BBC NEWS - UK - More Britons consider move abroad». News.bbc.co.uk. 2 de agosto de 2006. Consultado em 13 de maio de 2016 

Bibliografia