Polinização: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de Utilizar a ferramenta 51683 para a última revisão de Pixial, de 18h56min de 2 de julho de 2022 (UTC)
Etiqueta: Reversão
m ajustando datas, traduzindo nome/parâmetro nas citações, outros ajustes usando script, +correções semiautomáticas (v0.57/3.1.56/)
Linha 1: Linha 1:
[[Imagem:Pollination Diagram.svg|thumb|upright=1.25|Diagrama ilustrando o processo de polinização]]
{{mais notas|data=julho de 2019}}
[[Imagem:Bee carpenter with pollen.jpg|thumb|upright=1.25|[[Xylocopini|Abelha carpinteira]] fêmea com pólen coletado de um ''[[Cereus]]'' que floresce à noite]]'''Polinização''' é a transferência de [[pólen]] de uma [[antera]] de uma [[Plantae|planta]] para o [[estigma]] de uma planta, permitindo posteriormente a [[Fecundação|fertilização]] e a produção de [[semente]]s, na maioria das vezes por um [[Animalia|animal]] ou pelo [[Síndrome de polinização|vento]].<ref>{{citar livro| vauthors = Barrows EM |data= 2011 |título= Animal Behavior Desk Reference. A Dictionary of Animal Behavior, Ecology, and Evolution. |edição= Third |publicado= CRC Press LCC |local= Boca Raton, FL. |páginas= 794 }}</ref> Agentes polinizadores podem ser animais como [[insetos]], [[Passeriformes|pássaros]] e [[morcego]]s; [[água]]; [[vento]]; e até as próprias plantas, quando a [[autopolinização]] ocorre dentro de uma [[flor]] fechada. A polinização geralmente ocorre dentro de uma [[espécie]]. Quando a polinização ocorre entre espécies, ela pode produzir descendentes [[Híbrido (biologia)|híbridos]] na natureza e no trabalho de melhoramento de plantas.
[[Ficheiro:Cortaderia1.jpg|thumb|Gramínea ''Cortaderia sellowana'', com suas inflorescências ao vento: polinização anemófilia]]
[[Ficheiro:Neomarica1.jpg|thumb|Flor de ''Neomarica candida'' sendo visitada por abelha: polinização entomófila]]
[[Ficheiro:Borboleta1-wedelia paludosa.jpg|thumb|Flor de ''Wedellia paludosa'' visitada por borboleta: polinização psicófila]]


Nas [[angiosperma]]s, após o grão de pólen ([[gametófito]]) ter pousado no estigma, ele [[Germinação|germina]] e desenvolve um [[tubo polínico]] que desce pelo [[Estilete (botânica)|estilete]] até atingir um [[Ovário (botânica)|ovário]]. Seus dois [[Gâmeta|gametas]] viajam pelo tubo até onde o(s) gametófito(s) contendo os gametas femininos são mantidos dentro do [[Gineceu|carpelo]]. Depois de entrar na [[célula]] do óvulo através da [[Micrópilo|micrópila]], um núcleo masculino se funde com os [[Glóbulo polar|corpos polares]] para produzir os tecidos do [[endosperma]], enquanto o outro se funde com o óvulo para produzir o [[embrião]].<ref>{{citar livro|último1=Fritsch|primeiro1= Felix Eugene|último2= Salisbury |primeiro2=Edward James | name-list-style = vanc |título= An introduction to the structure and reproduction of plants |publicado= G. Bell |ano=1920 |url=https://archive.org/details/cu31924001698905}}</ref><ref name="Maus">{{citar livro|último= Mauseth |primeiro= James D. | name-list-style = vanc |título= Botany: An Introduction to Plant Biology. |publicado= Jones & Bartlett |data= 2008 | isbn = 978-0-7637-5345-0 }}</ref> Daí o termo: "[[Dupla fecundação|dupla fertilização]]". Esse processo resultaria na produção de uma semente, feita de [[tecido]]s [[Nutriente|nutritivos]] e [[embrião]].
'''Polinização''' é o ato da transferência de células reprodutivas masculinas (núcleos espermáticos) através dos grãos de [[pólen]] (espermatozoides das plantas) que estão localizados nas anteras de uma [[flor]], para o receptor feminino (estigma) de outra flor (da mesma espécie), ou para o seu próprio [[estigma]].<ref name="usda">{{Citar web|titulo=What is Pollination?|url=https://www.fs.fed.us/wildflowers/pollinators/What_is_Pollination/|obra=www.fs.fed.us|acessodata=2019-07-04}}</ref> Pode-se dizer que a polinização é o ato [[sexo|sexual]] das [[plantae|planta]]s [[espermatófita]]s, já que é através deste processo que o [[gameta]] masculino pode alcançar o gameta feminino e [[Fecundação|fecundá-lo]].

Nas [[Gimnospérmica|gimnospermas]], o óvulo não está contido em um carpelo, mas exposto na superfície de um órgão de suporte dedicado, como a escama de um cone, de modo que a penetração no tecido do carpelo é desnecessária. Os detalhes do processo variam de acordo com a [[Divisão (biologia)|divisão]] das gimnospermas em questão. Dois modos principais de fertilização são encontrados nas gimnospermas: as [[cicadáceas]] e o ''[[Ginkgo]]'' têm [[espermatozoide]]s móveis que nadam diretamente para o óvulo dentro do óvulo, enquanto as [[conífera]]s e [[gnetófitas]] têm espermatozoides incapazes de nadar, mas são conduzidos ao óvulo ao longo de um tubo polínico.

O estudo da polinização abrange muitas [[Disciplina (conhecimento)|disciplinas]], como [[botânica]], [[horticultura]], [[entomologia]] e [[ecologia]]. O processo de polinização como uma interação entre flor e vetor de pólen foi abordado pela primeira vez no século XVIII por [[Christian Konrad Sprengel]]. É importante na horticultura e na [[agricultura]], porque a [[frutificação]] depende da fertilização: o resultado da polinização. O estudo da polinização por insetos é conhecido como [[antecologia]]. Há também estudos em [[economia]] que analisam os pontos positivos e negativos da polinização, com foco nas abelhas, e como o processo afeta os próprios polinizadores.


== Métodos ==
== Métodos ==
A polinização pode ser [[Fator biótico|biótica]] ou [[Fator abiótico|abiótica]]. A polinização biótica depende de [[polinizador]]es vivos para mover o pólen de uma flor para outra. A polinização abiótica depende do vento, da água ou mesmo da chuva.
A transferência de pólen pode ser através de fatores [[bióticos]], ou seja, com auxílio de seres vivos, ou [[abióticos]], através de fatores ambientais.<ref name="usda"/> Os tipos gerais de polinização são os seguintes:

* [[Anemofilia]]: através do [[vento]];<ref name=":0">{{Citar web|titulo=Polinização: como ocorre, tipos, polinizadores|url=https://www.todamateria.com.br/polinizacao/|obra=Toda Matéria|acessodata=2020-02-27|lingua=pt-br}}</ref>
=== Polinização biótica ===
* [[Entomofilia]]: Termo geral para todos os meios de polinização através de [[inseto]]s,<ref name=":0" /> como exemplo a polinização efetuada por [[mosca]]s ou a [[Melitofilia]];
[[Imagem:Hummingbird in ggp 7.jpg|thumb|Beija-flores normalmente se alimentam de flores vermelhas]]
* [[Cantarofilia]]: com auxílio de [[Coleoptera|besouros]];<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-29452014000500004&lng=en&nrm=iso&tlng=en |titulo=Evolutionary steps in the reproductive biology of Annonaceae |jornal=Revista Brasileira de Fruticultura |numero=SPE1 |ultimo=Gottsberger |primeiro=Gerhard |paginas=32–43 |lingua=en |doi=10.1590/S0100-29452014000500004 |issn=0100-2945 |volume=36}}</ref><ref name=":1">{{Citar web|titulo=Adaptações para a polinização|url=https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/adaptacoes-para-polinizacao.htm|obra=Mundo Educação|acessodata=2020-02-27|lingua=pt-br}}</ref>
[[Imagem:Melissodes desponsa, f, face, Maine, Du Clos 2015-12-01-17.37 (24469964305).jpg|thumb|Uma abelha (''Mellisodes desponsus'') coberta de pólen]]
* [[Falenofilia]]: através de [[mariposa]]s;<ref name=":1" />
{{Artigo principal|Polinizador}}
* Ornitofilia: polinização feita por [[aves]];<ref name=":0" />

* Hepertofilia: polinização feita por [[anfíbios]] e [[répteis]];
Cerca de 80% das angiospermas dependem da polinização biótica,<ref>{{citar periódico|vauthors=Ackerman JD |data=2000-03-01 |título=Abiotic pollen and pollination: Ecological, functional, and evolutionary perspectives |periódico=Plant Systematics and Evolution |volume=222 |número=1–4 |páginas=167–185 |doi=10.1007/BF00984101 |s2cid=36015720}}</ref> também chamados de vetores de pólen: [[organismo]]s que carregam ou movem os grãos de pólen da antera de uma flor para a parte receptiva do carpelo ou [[Gineceu|pistilo]] (estigma) de outra.<ref name="crop_Type">{{Citar web| título=Types of Pollination, Pollinators and Terminology | obra=CropsReview.Com |acessodata=2015-10-20 | url=http://www.cropsreview.com/types-of-pollination.html}}</ref> Entre cem mil e duzentas mil espécies de animais atuam como polinizadores das 250 mil espécies de plantas com flores do mundo.<ref name="Abrol">{{citar livro|último= Abrol |primeiro= Dharam P. | name-list-style = vanc |ano=2012 |capítulo=Non Bee Pollinators-Plant Interaction |periódico=Pollination Biology |volume=Chapter 9 |páginas=265–310 |título=Digital object identifier - Wikipedia |doi=10.1007/978-94-007-1942-2_9|isbn=978-94-007-1941-5 }}</ref> A maioria desses polinizadores são insetos, mas cerca de mil e quinhentas espécies de pássaros e [[mamíferos]] visitam flores e podem transferir pólen entre elas. Além das [[aves]] e morcegos que são os visitantes mais frequentes, estes incluem [[macaco]]s, [[Colugos|lêmures]], [[esquilo]]s, [[roedores]] e [[gambá]]s.<ref name="Abrol" />
* [[Melitofilia]]: polinização feita por [[abelha]]s, [[Meliponini|abelhas sem ferrão]] e [[vespa]]s;

* Hidrofilia: através da [[água]];<ref name=":0" />
A entomofilia, polinização por insetos, geralmente ocorre em plantas que desenvolveram [[pétala]]s coloridas e um [[Odor|cheiro]] forte para atrair insetos como [[abelha]]s, [[vespa]]s e, ocasionalmente, [[formiga]]s (''[[Hymenoptera]]''), [[besouro]]s (''Coleoptera''), [[mariposa]]s e [[borboleta]]s (''[[Lepidoptera]]'') e moscas (''[[Diptera]]''). A existência da polinização por insetos remonta à era dos [[dinossauros]].<ref name="scie_Firs">{{Citar web| título=First ever record of insect pollination from 100 million years ago | obra=ScienceDaily |acessodata=2015-10-20 | url=https://www.sciencedaily.com/releases/2012/05/120514153113.htm }}</ref>
* Artificial: através do [[homem]];

* Quiropterofilia: polinização feita por morcegos;<ref name=":0" />
Na [[zoofilia]], a polinização é realizada por [[vertebrados]], como pássaros e morcegos, particularmente [[beija-flor]]es, [[Nectariniidae|''sunbirds'']], [[Arachnothera|caçadores de aranhas]], [[Meliphagidae|comedores de mel]] e [[Pteropodidae|morcegos frugívoros]]. [[Ornitofilia]] ou polinização por pássaros é a polinização de plantas com flores por pássaros. Quiropterofilia ou polinização por morcegos é a polinização de plantas com flores por morcegos. Plantas adaptadas para usar morcegos ou mariposas como polinizadores geralmente têm pétalas brancas, perfume forte e flores à noite, enquanto plantas que usam pássaros como polinizadores tendem a produzir néctar copioso e têm pétalas vermelhas.<ref>{{citar periódico| vauthors = Rodríguez-Gironés MA, Santamaría L |título= Why are so many bird flowers red? |periódico= PLOS Biology | volume = 2 |número= 10 |páginas= e350 |data=outubro de 2004 | pmid = 15486585 | pmc = 521733 | doi = 10.1371/journal.pbio.0020350 }}</ref>
<!--
Insect pollinators such as [[honey bee]]s (''Apis'' spp.),<ref>{{citar periódico| vauthors = Hill PS, Wells PH, Wells H |título= Spontaneous flower constancy and learning in honey bees as a function of colour |periódico= Animal Behaviour | volume = 54 |número= 3 |páginas= 615–27 |data=setembro de 1997 | pmid = 9299046 | doi = 10.1006/anbe.1996.0467 | s2cid = 24674731 }}</ref>
[[bumblebee]]s (''Bombus'' spp.),<ref>{{citar periódico| vauthors = Stout JC, Allen JA, Goulson D |título= The influence of relative plant density and floral morphological complexity on the behaviour of bumblebees |periódico= Oecologia | volume = 117 |número= 4 |páginas= 543–550 |data=dezembro de 1998 | pmid = 28307680 | doi = 10.1007/s004420050691 | bibcode = 1998Oecol.117..543S | s2cid = 5829708 }}</ref><ref>{{citar periódico| vauthors = Chittka L, Gumbert A, Kunze J |ano=1997 |título=Foraging dynamics of bumble bees: correlates of movement within and between plant species |periódico=Behavioral Ecology | volume=8 |número=3 |páginas=239–249 | doi=10.1093/beheco/8.3.239}}</ref> and [[Butterfly|butterflies]] (e.g., ''Thymelicus flavus'')<ref>{{citar periódico| vauthors = Goulson D, Ollerton J, Sluman C |ano=1997 |título=Foraging strategies in the small skipper butterfly, ''Thymelicus flavus'': when to switch? |periódico=Animal Behaviour | volume=53 |número= 5|páginas=1009–1016 | doi=10.1006/anbe.1996.0390| s2cid=620334 }}</ref> have been observed to engage in [[flower constancy]], which means they are more likely to transfer pollen to other conspecific plants.<ref>{{citar livro| vauthors = Harder LD, Williams NM, Jordan CY, Nelson WA |capítulo= The effects of Floral design and display on pollinator economics and pollen dispersal |páginas= 297–317 | veditors = Chittka L, Thomson JD |título= Cognitive Ecology of Pollination: Animal Behavior and Floral Evolution |data= 2001 |publicado= Cambridge University Press }}</ref> This can be beneficial for the pollinators, as flower constancy prevents the loss of pollen during interspecific flights and pollinators from clogging stigmas with pollen of other flower species. It also improves the probability that the pollinator will find productive flowers easily accessible and recognisable by familiar clues.<ref>{{citar periódico| vauthors = Chittka L, Thomson JD, Waser NM |ano=1999 |título=Flower constancy, insect psychology, and plant evolution |periódico=Naturwissenschaften | volume=86 |número= 8|páginas=361–377 | doi=10.1007/s001140050636| bibcode=1999NW.....86..361C | s2cid=27377784 }}</ref>

Some flowers have specialized mechanisms to [[pollination trap|trap pollinators]] to increase effectiveness.<ref name=":Potts1995" /> Other flowers will attract pollinators by odor. For example, bee species such as ''[[Euglossa cordata]]'' are attracted to orchids this way, and it has been suggested that the bees will become intoxicated during these visits to the orchid flowers, which last up to 90 minutes.<ref>{{citar periódico| vauthors = Dressler RL |título= Pollination by Euglossine Bees |periódico= Evolution; International Journal of Organic Evolution | volume = 22 |número= 1 |páginas= 202–210 |data=março de 1968 | pmid = 28564982 | doi = 10.2307/2406664 | jstor = 2406664 }}</ref> However, in general, plants that rely on pollen vectors tend to be adapted to their particular type of vector, for example day-pollinated species tend to be brightly coloured, but if they are pollinated largely by birds or specialist mammals, they tend to be larger and have larger nectar rewards than species that are strictly insect-pollinated. They also tend to spread their rewards over longer periods, having long flowering seasons; their specialist pollinators would be likely to starve if the pollination season were too short.<ref name=":Potts1995">{{Citar web|último1= Potts |primeiro1= Brad |último2= Gore |primeiro2= Peter | name-list-style = vanc | título = Reproductive Biology and Controlled Pollination of Eucalyptus | publicado = School of Plant Science, University of Tasmania | data = 1995 | url = https://eprints.utas.edu.au/7447/1/Potts_and_Gore_reproductive_biology_manual.pdf }}</ref>

As for the types of pollinators, reptile pollinators are known, but they form a minority in most ecological situations. They are most frequent and most ecologically significant in island systems, where insect and sometimes also bird populations may be unstable and less species-rich. Adaptation to a lack of animal food and of predation pressure, might therefore favour reptiles becoming more herbivorous and more inclined to feed on pollen and nectar.<ref name="OJMVA">{{citar periódico| vauthors = Olesen JM, Valido A |título= Lizards as pollinators and seed dispersers: an island phenomenon. |periódico= Trends in Ecology & Evolution |data=abril de 2003 | volume = 18 |número= 4 |páginas= 177–81 | doi = 10.1016/S0169-5347(03)00004-1 }}</ref> Most species of lizards in the families that seem to be significant in pollination seem to carry pollen only incidentally, especially the larger species such as [[Varanidae]] and [[Iguanidae]], but especially several species of the [[Gekkonidae]] are active pollinators, and so is at least one species of the [[Lacertidae]], ''[[Podarcis lilfordi]]'', which pollinates various species, but in particular is the major pollinator of ''[[Euphorbia dendroides]]'' on various Mediterranean islands.<ref name="GAH">{{citar periódico|último= Godínez-Álvarez |primeiro= Héctor | name-list-style = vanc |título= Pollination and seed dispersal by lizards. |periódico= Revista Chilena de Historia Natural | volume = 77 |páginas= 569–577 |data= 2004 |número= 3 | doi = 10.4067/S0716-078X2004000300015 | doi-access = free }}</ref>

Mammals are not generally thought of as pollinators, but some rodents, bats and marsupials are significant pollinators and some even specialise in such activities. In South Africa certain species of ''[[Protea]]'' (in particular ''Protea humiflora'', ''P. amplexicaulis'', ''P. subulifolia'', ''P. decurrens'' and ''P. cordata'') are adapted to pollination by rodents (particularly [[Cape Spiny Mouse]], ''Acomys subspinosus'')<ref>{{citar periódico| vauthors = Wiens D, Rourke JP, Casper BB, Rickart EA, LaPine TR, Peterson CJ, Channing A |título= Nonflying Mammal Pollination of Southern African Proteas. |periódico= Annals of the Missouri Botanical Garden | volume = 70 |número= 1 |data= 1983 | doi = 10.2307/2399006 | jstor = 2399006 | url = https://www.biodiversitylibrary.org/part/31073 }}</ref> and [[elephant shrew]]s (''Elephantulus'' species).<ref>{{citar periódico| vauthors = Fleming PA, Nicolson SW |título= Arthropod fauna of mammal-pollinated Protea humiflora: ants as an attractant for insectivore pollinators? |periódico= African Entomology |data=março de 2003 | volume = 11 |número= 1 |páginas= 9–14 | url = https://www.ingentaconnect.com/content/sabinet/ento/2003/00000011/00000001/art00002 }}</ref> The flowers are borne near the ground, are yeasty smelling, not colourful, and sunbirds reject the nectar with its high [[xylose]] content. The mice apparently can digest the xylose and they eat large quantities of the pollen.<ref>{{Citar web|url=http://www.proteaatlas.org.za/p52prhumi.htm |título=Who is pollinating Pr humiflora |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130219070835/http://protea.worldonline.co.za/p52prhumi.htm |arquivodata=2013-02-19 |primeiro1= Trish|último1= Fleming|primeiro2= Sue|último2=Nicholson | name-list-style = vanc }}</ref> In Australia pollination by flying, gliding and earthbound mammals has been demonstrated.<ref>{{citar periódico| vauthors = Goldingay RL, Carthew SM, Whelan RJ |título=The Importance of Non-Flying Mammals in Pollination |periódico= Oikos |volume= 61|número= 1 |data=maio de 1991 |páginas= 79–87 |jstor=3545409|doi=10.2307/3545409 }}</ref> Examples of pollen vectors include many species of wasps, that transport pollen of many plant species, being potential or even efficient pollinators.<ref>{{citar periódico| vauthors = Sühs RB, Somavilla A, Köhler A, Putzke J |url=http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/1123 |título=Pollen vector wasps (Hymenoptera, Vespidae) of ''Schinus terebinthifolius'' Raddi (Anacardiaceae) |ano=2009 |páginas=138–143 |periódico=Brazilian Journal of Biosciences |volume=7 |número=2}}</ref>

{{Excerpt|Pollinator|Other invertebrates}}


=== Abiotic Pollination ===
Pode haver também a [[autopolinização]], quando uma flor recebe seu próprio pólen.<ref>{{Citar web|titulo=Biology of Plants: Pollination|url=http://www.mbgnet.net/bioplants/pollination.html|obra=www.mbgnet.net|acessodata=2019-07-04}}</ref> Em muitos casos, a flor possui mecanismos que rejeitam o pólen produzido em suas [[antera]]s, o que assegura a polinização cruzada, ou seja, que haja intercâmbio de [[gene]]s com outros indivíduos da espécie.<ref name="britannica">{{Citar web|titulo=Pollination - Mechanisms that prevent self-pollination|url=https://www.britannica.com/science/pollination|obra=Encyclopædia Britannica|acessodata=2019-07-04|lingua=en}}</ref> No entanto, indivíduos de algumas espécies não apresentam esses mecanismos, e aproveitam-se de seu próprio pólen para produzir sementes e garantir a estabilidade de sua população. Alguns destes mecanismos são:<ref name="britannica"/>
Abiotic pollination uses nonliving methods such as wind and water to move pollen from one [[flower]] to another. This allows the plant to spend energy directly on pollen rather than on attracting pollinators with flowers and [[nectar]]. Pollination by wind is more common amongst abiotic pollination.
* [[Dicogamia]]: consiste no amadurecimento dos órgãos reprodutores em épocas diferentes; a dicogamia pode ser de dois tipos:
* [[Protandria]]: quando amadurecem em primeiro lugar os órgãos masculinos e posteriormente os órgãos femininos.
* [[Protoginia]]: quando amadurecem primeiramente os órgãos femininos e posteriormente os órgãos masculinos.
* [[Dioicia]]: aparecimento de indivíduos com sexos separados: uma planta masculina e outra feminina.
* [[Hercogamia]]: ocorre uma barreira física, que separa com filetes curtos e estiletes longos.
* [[Heterostilia]]: ocorrência, nas flores, de estames com filetes curtos e estiletes longos
* [[Auto-esterilidade]]: neste caso, a flor é estéril ao pólen que ela mesma produziu.
* [[Casmogamia]]: fecundação que ocorre após a abertura da flor (oposto de [[clistogamia]].


==== By wind ====
Entre as [[Gimnosperma]]s a polinização é quase sempre anemófila. Especula-se que isso seja consequência do momento em que estas plantas [[evolução|evoluíram]], quando não havia insetos especializados na coleta de pólen, como abelhas. A pequena variedade de meios de polinização neste grupo reflete-se na pouca variação morfológica de suas [[Estrutura (biologia)|estruturas]] reprodutivas.
[[Imagem:Pollen from Dactylis glomerata.jpg|alt=Cat grass (Dactylis glomerata) spreading pollen by wind|thumb|Cat grass (''[[Dactylis glomerata]]'') spreading pollen by wind]]
Some 98% of abiotic pollination is [[anemophily]], i.e., pollination by wind. This probably arose from insect pollination (entomophily), most likely due to changes in the environment or the availability of pollinators.<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=3zfLBAAAQBAJ&pg=PA34 |título=Principles of Pollination Ecology |vauthors=Faegri K, Van der Pijl L |data=2013-10-22 |publicado=Elsevier |isbn=9781483293035 |página=34}}</ref><ref>{{citar periódico|vauthors=Whitehead DR |data=março de 1969 |título=Wind Pollination in the Angiosperms: Evolutionary and Environmental Considerations |periódico=Evolution; International Journal of Organic Evolution |volume=23 |número=1 |páginas=28–35 |doi=10.2307/2406479 |jstor=2406479 |pmid=28562955}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Culley |primeiro1=Theresa M. |último2=Weller |primeiro2=Stephen G. |último3=Sakai |primeiro3=Ann K. |name-list-style=vanc |data=2002-08-01 |título=The evolution of wind pollination in angiosperms |periódico=Trends in Ecology & Evolution |volume=17 |número=8 |páginas=361–369 |doi=10.1016/S0169-5347(02)02540-5}}</ref> The transfer of pollen is more efficient than previously thought; wind pollinated plants have developed to have specific heights, in addition to specific floral, [[stamen]] and stigma positions that promote effective pollen dispersal and transfer.<ref>{{citar periódico|vauthors=Friedman J, Barrett SC |data=junho de 2009 |título=Wind of change: new insights on the ecology and evolution of pollination and mating in wind-pollinated plants |periódico=Annals of Botany |volume=103 |número=9 |páginas=1515–27 |doi=10.1093/aob/mcp035 |pmc=2701749 |pmid=19218583}}</ref>


==== By water ====
Em contraste, entre as [[Angiosperma]]s, o surgimento de flores coincidiu com o surgimento de abelhas, borboletas, mariposas, aves e [[mamífero]]s, e a estrutura reprodutiva destas plantas foi selecionada de forma a atrair estes animais, surgindo então uma miríade de formas, tamanhos, cores, aromas e texturas, cada uma de acordo com uma estratégia mais ou menos específica de atração de [[polinizador]]es. Surgiram novas estruturas, como [[nectário]]s, anteras com pólen [[estéril]], ornamentações, [[pétala]]s comestíveis, [[glândula]]s de perfume, [[óleo]] e resina, todos recursos benéficos a aqueles animais que asseguram que suas flores sejam visitadas e seu pólen carregado para outra flor da mesma espécie.
Pollination by water, [[hydrophily]], uses water to transport pollen, sometimes as whole anthers; these can travel across the surface of the water to carry dry pollen from one flower to another.<ref name=":10">{{citar periódico|último=Cox |primeiro=Paul Alan |name-list-style=vanc |data=1988 |título=Hydrophilous Pollination |periódico=Annual Review of Ecology and Systematics |volume=19 |páginas=261–279 |doi=10.1146/annurev.es.19.110188.001401 |jstor=2097155}}</ref> In ''[[Vallisneria spiralis]]'', an unopened male flower floats to the surface of the water, and, upon reaching the surface, opens up and the fertile anthers project forward. The female flower, also floating, has its stigma protected from the water, while its [[sepal]]s are slightly depressed into the water, allowing the male flowers to tumble in.<ref name=":10" />


==== By rain ====
O sucesso das Angiospermas entre os outros grupos vegetais, no que se refere à polinização, deve-se à elasticidade morfológica das flores de Angiosperma e sua capacidade de adaptação a diferentes agentes polinizadores, entre outros fatores.
Rain pollination is used by a small percentage of plants. Heavy rain discourages insect pollination and damages unprotected flowers, but can itself disperse pollen of suitably adapted plants, such as ''[[Ranunculus flammula]]'', ''[[Narthecium ossifragum]]'', and ''[[Caltha palustris]]''.<ref name="pollin" /> In these plants, excess rain drains allowing the floating pollen to come in contact with the stigma.<ref name="pollin" /> In some orchids ombrophily occurs, and rain water splashes cause the anther cap to be removed, allowing for the pollen to be exposed. After exposure, raindrops causes the pollen to be shot upward, when the stipe pulls them back, and then fall into the cavity of the stigma. Thus, for the orchid ''[[Acampe rigida]]'', this allows the plant to self-pollinate, which is useful when biotic pollinators in the environment have decreased.<ref name="Fan2012">{{citar periódico|vauthors=Fan XL, Barrett SC, Lin H, Chen LL, Zhou X, Gao JY |data=outubro de 2012 |título=Rain pollination provides reproductive assurance in a deceptive orchid |url= |periódico=Annals of Botany |volume=110 |número=5 |páginas=953–8 |doi=10.1093/aob/mcs165 |pmc=3448421 |pmid=22851311 |doi-access=free}}</ref>


==== Switching methods ====
==Referências==
It is possible for a plant have varying pollination methods, including both biotic and abiotic pollination. The orchid ''[[Oeceoclades maculata]]'' uses both rain and butterflies, depending on its environmental conditions.<ref>{{citar periódico|último1=Aguiar |primeiro1=João M. R. B. V. |último2=Pansarin |primeiro2=Ludmila M. |último3=Ackerman |primeiro3=James D. |último4=Pansarin |primeiro4=Emerson R. |name-list-style=vanc |data=2012 |título=Biotic versus abiotic pollination in Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. (Orchidaceae) |periódico=Plant Species Biology |volume=27 |número=1 |páginas=86–95 |doi=10.1111/j.1442-1984.2011.00330.x}}</ref>
<references />
-->
{{Referências}}


== Ligações externas ==
{{Commonscat|Pollination}}
{{Commonscat|Pollination}}
*{{Link||2=http://nas-sites.org/pollinators/ |3=Resources on Pollinators |4=from the [[National Academies]]}}
*{{Link||2=http://pollinator.com |3=The Pollination Home page}}
*{{Link||2=http://www.hydroponicsonline.com/blog/hydroponic-pollination-blue-bottle-flies |3=Pollination in Hydroponics}}
*{{Link||2=https://web.archive.org/web/20110224205808/http://www.cas.vanderbilt.edu/bioimages/pages/pollination.htm |3=Pollination syndromes images at bioimages.vanderbilt.edu}}
*{{Cite EB1911|wstitle=Pollination|short=x}}
{{Botânica}}
{{Botânica}}
{{Portal3|Botânica}}


[[Categoria:Polinização|!]]
[[Categoria:Polinização|!]]

Revisão das 03h53min de 16 de abril de 2023

Diagrama ilustrando o processo de polinização
Abelha carpinteira fêmea com pólen coletado de um Cereus que floresce à noite

Polinização é a transferência de pólen de uma antera de uma planta para o estigma de uma planta, permitindo posteriormente a fertilização e a produção de sementes, na maioria das vezes por um animal ou pelo vento.[1] Agentes polinizadores podem ser animais como insetos, pássaros e morcegos; água; vento; e até as próprias plantas, quando a autopolinização ocorre dentro de uma flor fechada. A polinização geralmente ocorre dentro de uma espécie. Quando a polinização ocorre entre espécies, ela pode produzir descendentes híbridos na natureza e no trabalho de melhoramento de plantas.

Nas angiospermas, após o grão de pólen (gametófito) ter pousado no estigma, ele germina e desenvolve um tubo polínico que desce pelo estilete até atingir um ovário. Seus dois gametas viajam pelo tubo até onde o(s) gametófito(s) contendo os gametas femininos são mantidos dentro do carpelo. Depois de entrar na célula do óvulo através da micrópila, um núcleo masculino se funde com os corpos polares para produzir os tecidos do endosperma, enquanto o outro se funde com o óvulo para produzir o embrião.[2][3] Daí o termo: "dupla fertilização". Esse processo resultaria na produção de uma semente, feita de tecidos nutritivos e embrião.

Nas gimnospermas, o óvulo não está contido em um carpelo, mas exposto na superfície de um órgão de suporte dedicado, como a escama de um cone, de modo que a penetração no tecido do carpelo é desnecessária. Os detalhes do processo variam de acordo com a divisão das gimnospermas em questão. Dois modos principais de fertilização são encontrados nas gimnospermas: as cicadáceas e o Ginkgo têm espermatozoides móveis que nadam diretamente para o óvulo dentro do óvulo, enquanto as coníferas e gnetófitas têm espermatozoides incapazes de nadar, mas são conduzidos ao óvulo ao longo de um tubo polínico.

O estudo da polinização abrange muitas disciplinas, como botânica, horticultura, entomologia e ecologia. O processo de polinização como uma interação entre flor e vetor de pólen foi abordado pela primeira vez no século XVIII por Christian Konrad Sprengel. É importante na horticultura e na agricultura, porque a frutificação depende da fertilização: o resultado da polinização. O estudo da polinização por insetos é conhecido como antecologia. Há também estudos em economia que analisam os pontos positivos e negativos da polinização, com foco nas abelhas, e como o processo afeta os próprios polinizadores.

Métodos

A polinização pode ser biótica ou abiótica. A polinização biótica depende de polinizadores vivos para mover o pólen de uma flor para outra. A polinização abiótica depende do vento, da água ou mesmo da chuva.

Polinização biótica

Beija-flores normalmente se alimentam de flores vermelhas
Uma abelha (Mellisodes desponsus) coberta de pólen
Ver artigo principal: Polinizador

Cerca de 80% das angiospermas dependem da polinização biótica,[4] também chamados de vetores de pólen: organismos que carregam ou movem os grãos de pólen da antera de uma flor para a parte receptiva do carpelo ou pistilo (estigma) de outra.[5] Entre cem mil e duzentas mil espécies de animais atuam como polinizadores das 250 mil espécies de plantas com flores do mundo.[6] A maioria desses polinizadores são insetos, mas cerca de mil e quinhentas espécies de pássaros e mamíferos visitam flores e podem transferir pólen entre elas. Além das aves e morcegos que são os visitantes mais frequentes, estes incluem macacos, lêmures, esquilos, roedores e gambás.[6]

A entomofilia, polinização por insetos, geralmente ocorre em plantas que desenvolveram pétalas coloridas e um cheiro forte para atrair insetos como abelhas, vespas e, ocasionalmente, formigas (Hymenoptera), besouros (Coleoptera), mariposas e borboletas (Lepidoptera) e moscas (Diptera). A existência da polinização por insetos remonta à era dos dinossauros.[7]

Na zoofilia, a polinização é realizada por vertebrados, como pássaros e morcegos, particularmente beija-flores, sunbirds, caçadores de aranhas, comedores de mel e morcegos frugívoros. Ornitofilia ou polinização por pássaros é a polinização de plantas com flores por pássaros. Quiropterofilia ou polinização por morcegos é a polinização de plantas com flores por morcegos. Plantas adaptadas para usar morcegos ou mariposas como polinizadores geralmente têm pétalas brancas, perfume forte e flores à noite, enquanto plantas que usam pássaros como polinizadores tendem a produzir néctar copioso e têm pétalas vermelhas.[8]

Referências

  1. Barrows EM (2011). Animal Behavior Desk Reference. A Dictionary of Animal Behavior, Ecology, and Evolution. Third ed. Boca Raton, FL.: CRC Press LCC. 794 páginas 
  2. Fritsch FE, Salisbury EJ (1920). An introduction to the structure and reproduction of plants. [S.l.]: G. Bell 
  3. Mauseth JD (2008). Botany: An Introduction to Plant Biology. [S.l.]: Jones & Bartlett. ISBN 978-0-7637-5345-0 
  4. Ackerman JD (1 de março de 2000). «Abiotic pollen and pollination: Ecological, functional, and evolutionary perspectives». Plant Systematics and Evolution. 222 (1–4): 167–185. doi:10.1007/BF00984101 
  5. «Types of Pollination, Pollinators and Terminology». CropsReview.Com. Consultado em 20 de outubro de 2015 
  6. a b Abrol DP (2012). «Non Bee Pollinators-Plant Interaction». Digital object identifier - Wikipedia. Pollination Biology. Chapter 9. [S.l.: s.n.] pp. 265–310. ISBN 978-94-007-1941-5. doi:10.1007/978-94-007-1942-2_9 
  7. «First ever record of insect pollination from 100 million years ago». ScienceDaily. Consultado em 20 de outubro de 2015 
  8. Rodríguez-Gironés MA, Santamaría L (outubro de 2004). «Why are so many bird flowers red?». PLOS Biology. 2 (10): e350. PMC 521733Acessível livremente. PMID 15486585. doi:10.1371/journal.pbio.0020350 

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Polinização