Andresito Guacurarí

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Andrés Guaçurarí, Andrés Guazurarí ou Andrés Guacurarí y Artigas (Santo Tomé ou São Borja, 30 de novembro de 1778 - Rio de Janeiro, cerca de 1821), conhecido como Comandante Andresito, foi um militar e caudilho guarani missioneiro.[1] Foi um dos primeiros caudilhos federais[2] das Províncias Unidas do Rio da Prata. De origem guarani, governou entre 1815 e 1819 a Província Grande das Missões, da qual a atual província argentina homónima é uma remanescente. Foi um dos mais fiéis colaboradores do general da Banda Oriental (atual Uruguai) José Gervasio Artigas, que o apadrinhou e o adotou como filho; permitindo-lhe assinar como Andrés Artigas.

Grafia do sobrenome[editar | editar código-fonte]

No idioma português, o sobrenome do comandante Andresito escreve-se Guacurarí. Na obra Andresito Artigas: el lider guaraní-misionero del artiguismo,[3] os autores Oscar Daniel Cantero e Jorge Francisco Machón defendem que a pronúncia correta do sobrenome de Andresito é Guacurarí.

Então o sobrenome foi traduzido muitas vezes ―tanto na Argentina, Paraguai como no Uruguai― como «Guacurari» o pronunciando muitos de maneira errónea assim: [guakurári]. No entanto, nos monumentos de Santo Tomé (Corrientes) e Posadas seu sobrenome está escrito de duas maneiras em cada um, e uma dessas maneiras em cada monumento é "Guasurarí". Ademais, várias pessoas pronunciam-no corretamente [guazú-rarí]. No entanto, ante o repetido e estendido erro de pronúncia correta do sobrenome guarani de Andresito, detalha-se o seguinte:

  • Andrés Guacurary y Artigas
  • Andrés Guaçurarí
  • Andrés Guasurarí (monumento em Santo Tomei, Correntes)
  • Andrés Guazurarí (monumento na costanera de Posadas, Missões)
  • Andrés Guacurarí (sic, por Guazurarí)
  • Andrés Guacurari (sic, por Guazurarí)
  • Andrés Guacararí (sic, por Guazurarí)[4]
  • Andrés Guacarari (sic, por Guazurarí)[5][6][7]
  • «Artiguinhas» (com o sentido de ‘filho de Artigas’, nome que lhe davam seus subordinados brasileiros[8]
  • Andrés Tacuarí, nome que lhe davam seus inimigos lusobrasileños[9]
  • Andrés Tacuari [sic, por Tacuarí], nome que lhe davam seus inimigos lusobrasileños[7]

Suas linhagens[editar | editar código-fonte]

Andrés Guacurarí tem indiscutíveis linhagens indígenas, sejam guaranís ou de alguma outra etnia «guaranizada» culturalmente, no entanto considera-se que também possui (coisa comum em sua região natal e em sua época) alguma linhagem européia. Por sua vez conhece-se que esteve sucessivamente unido a duas mulheres: Melchora Guazurú (A Melchora Guaçurú) e depois Benedicta Blanco.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Seu início na Guerra da Independência[editar | editar código-fonte]

As Missões Ocidentais dantes da invasão luso-brasilera de 1819.
As Missões Orientais durante as guerras de independência e contra a invasão luso-brasilera (1811-1819).

Nasceu na redução jesuítica de Santo Tomei ―na actual província argentina de Correntes― na Gobernación de Missões, que pertencia ao Virreinato do Rio da Prata (que tinha sido criado dois anos dantes, em 1776) pertencente ao Império espanhol. Alguns historiadores[carece de fontes?] afirmam que poderia ter nascido em San Francisco de Borja (actual cidade brasileira de São Borja, que se encontra em frente à cidade argentina de Santo Tomei). Era de família guaraní, o que —de não ter mediado Artigas— o tivesse excluído da oficialidade da época.

Continuador das lutas que tiveram, entre outros expoentes a José Sepé Tiarayú, o protagonismo histórico de Andrés Guacurarí se inicia quando em 1811 se somou às tropas de Manuel Belgrano na tentativa da expedição para libertar ao Paraguai dos realistas. Depois acompanhou a Belgrano até a Banda Oriental com o mesmo objectivo, no entanto ao ser deslocado Belgrano da direcção das tropas e ser suplantado pelo unitário José Rondeau, Guacurarí decidiu aderir aos federais liderados por José Gervasio Artigas.

Para fins de 1812, já como comandante das Missões Ocidentais, Andrés Guacurarí conseguiu desalojar às tropas paraguaias que tinham ocupado o departamento da Candelaria (localizado no sudoeste da actual província argentina de Missões). Esta atitude explica-se pela desconfiança com respeito à atitude paraguaia na guerra pela emancipación tanto com respeito a Espanha como ante a crescente injerencia do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve e a expansão do Brasil.

A defesa ante os luso-brasileiros[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Invasión luso-brasileña

Andresito Guacurarí foi o principal capitão na defesa argentina dos extensos territórios localizados entre o rio Paraná ao oeste e o rio Yacuy ao este durante as invasões luso-brasileiras. Em 1815 venceu aos invasores na Candelaria (para perto de a actual cidade de Posadas), libertando logo Santa Ana, San Ignacio Miní e Corpus. Em setembro de 1816 cruzou o rio Uruguai em Itaquí; derrotou novamente às tropas brasileiras, conseguindo assim libertar grande parte das Missões Orientais, na extensão chamada O Tampei (o caminho, em guaraní; neste caso, o caminho para os portos do Atlántico). Novamente vitorioso na batalha de Rincão da Cruz, pôs lugar a sua cidade natal, mas os reforços que chegaram a auxiliar aos defensores o obrigaram a se retirar novamente depois do rio Uruguai.

Os lusobrasileños passaram novamente à ofensiva, avançando sobre a barra do rio Aguapey. O 17 de janeiro de 1817, por ordens do governador de Rio Grande do Sur, ao comando de Francisco dás Chagas Santos invadiram as Missões mesopotámicas, saqueando e destruindo as populações da Cruz, Yapeyú, Santo Tomei, Santa María, Mártires, San José, San Ignacio Miní, Apóstoles, e San Carlos. No entanto, Guacurarí fez-lhes frente nestas últimas duas praças, derrotando-os e obrigando-os a retirar-se. A situação permitiu-lhe passar à contraofensiva tendo como principais lugartenientes a Sití, Matías Abacú e Mariano Mverá, avançando até reconquistar San Francisco de Borja e grande parte das Missões Orientais.

Nessas circunstâncias, o Comandante Geral de Missões Andrés Guacurarí (cargo para o que tinha sido designado a fins de 1814 pelo líder da Une dos Povos Livres, José Gervasio Artigas), em março de 1817 fundou na barra do rio Miriñay, a nova capital misionera: Nossa Senhora da Assunção do Cambay. A princípios de maio Guazurarí recuperou todo o território abandonado por portugueses e paraguaios e depois conseguiu derrotar a dás Chagas Santos, quem tinha voltado a invadir Missões, em Apóstoles o 2 de junho de 1817.

Última campanha[editar | editar código-fonte]

Bandeira de Missões desde 1815 até 1827

Entre 1818 e 1819, Guazurarí atendeu a frente interna por indicação de Artigas. Marchou sobre Correntes, queda em mãos de militares afines ao poder central porteño, expulsou aos unitários e repôs ao governador Juan Bautista Méndez com a ajuda da flotilla do corsario irlandês Peter Campbell e 2000 guaraníes das antigas missões.[10][11] Até 1819 exerceria o governo militar da província, propiciando uma reforma agrária e libertando a escravos aborígenes e negros. Em abril de 1819 Guazurarí ocupou os povos misioneros de San Nicolás e San Luis Gonzaga, pelo que os luso-brasileiros contraatacaron. Guazurarí era o único caudillo preparado para enfrentá-los, pelo que avançou até a fronteira e tentou sitiar a Chagas Santos. Os brasileiros, apoiados por tropas frescas recém chegadas de Porto Alegre e Alegrete, surpreenderam-no o 6 de junho de 1819 no passo de Itacurubí do rio Camacuá (combate de Itacurubí). O desigual encontro foi desastroso para as forças de Guazurarí; muitos de seus homens, entre eles o ruvichá Vicente Tiraparé, caíram em combate e se viu obrigado a abandonar o campo, com a ideia de voltar a formar suas tropas na margem ocidental do rio Uruguai. No entanto foi feito prisioneiro pelos brasileiros quando tentava cruzar o rio Uruguai o 24 de junho de 1819.[12]

Foi enviado envolvido numa pele de couro cru (o qual ao se secar lhe dificultava a respiração) à prisão de Porto Alegre, e daí a Rio de Janeiro. Acha-se que morreu prisioneiro nas masmorras da Ilha dás Cobras (ilha de cobra-las), provavelmente em 1821. No mesmo ano de sua derrota assinou-se em Montevideo o chamado Tratado da Luz, pelo qual os nascidos na Banda Oriental que abandonaram a José Gervasio Artigas e passaram a fazer parte do probrasileño Clube do Barón (antecedente do Partido Colorado) cedem as Missões Orientais ao já reino de Brasil a mudança da construção de um faro na Ilha de Flores.

A entrega das Missões, bem como a Banda Oriental (hoje República do Uruguai), foram parte do acordo pelo que Brasil anexou territórios e Buenos Aires eliminou seu principal foco federal de resistência a sua centralismo. Artigas, com restos de seu exército se asiló em Paraguai em 1820, para já não regressar.

Legado[editar | editar código-fonte]

Na Argentina[editar | editar código-fonte]

Monumento a Guacurarí em Santo Tomé, na província de Corrientes, perto da Ponte da Integração.

Uma cidade no nordeste da actual província argentina de Missões homenageia-lhe tendo-lhe como epónimo: Comandante Andresito. Para perto de dita localidade, a Ponte Internacional Comandante Andresito cruza o rio San Antonio unindo-a com Brasil.

Em 2003 o estádio do clube Cruzeiro do Norte da cidade de Posadas foi baptizado Andrés Guacurarí [sic, por Guazurarí] em homenagem ao prócer.

Em Posadas (Missões) a Lei VI n.º 155 (do 5 de julho de 2012) declarou «prócer misionero ao comandante geral Andrés Guacurarí [sic, por Guazurarí] e Artigas».[13]

O 28 de setembro de 2012, na cidade de San Cosme (província de Correntes) mudou-se o nome de uma rua ―denominada Conquista do Deserto― por Andrés Guacurari (sic, por Guazurarí).[14]

O 29 de junho de 2014, através da Resolução n.º 1.136, o então intendente da Cidade de Correntes, engenheiro Fabián Rios promulgó a Ordem n.º 6.266, a partir da qual se aderiu a cidade à Lei Nacional n.º 27.116 que declarou Herói Nacional e Geral, pós mortem, ao chamado "Comandante Andresito". Ao mesmo tempo e em sua honra, foi erigida na cabeceira Sur da Avenida Costanera dessa Cidade, um coloso de ferro realizado por artesãos do movimento "Cultura Vallese", na qual está representada a figura do General Andrés Guazurarí.[15]

O 17 de dezembro de 2014, sanciona-se a lei 27.117 em cujo artigo 1.º estabelece-se que se toma a data 30 de novembro em "O Dia Nacional do Mate" em comemoração do nascimento de Andrés Guacurarí [sic, por Guazurarí] e Artigas, a fim de promover o reconhecimento permanente dos costumes de Argentina.

No Uruguai[editar | editar código-fonte]

No Uruguai, a Rota 4 leva o nome de Andrés Artigas.

No departamento de Flores existe um povo chamado Andresito.

Na cidade de Montevideo (capital de Uruguai) existe uma rua Andresito Guacarari.[6]

A Escola rural nº 54, em Rancheríos de Ponce (localizada no departamento de Canelones) chama-se «Coronel Andrés Guacararí “Andresito”».[4]

Na cidade de Rivera, a escola nº 45 chama-se Andresito. Também a rua na que está localizada a mesma se chama Andresito, ambas em homenagem ao Comandante Andrés Guazurarí.[16]

Busca infrutífera de seus restos mortais[editar | editar código-fonte]

A província de Misiones emitiu um decreto para que se pesquise o paradeiro de seu corpo, e se repatriem seus restos. O deputado Iturrieta, no salão Delia Parodi da Câmara de Deputados da Nação, comunicou que no 21 de novembro de 2008, a Comissão de Legislação Geral opinou, por unanimidade, que «se considere o reconhecimento do grau militar do comandante geral Andrés Guaçurarý (ou Andrés Guazurarí) e seja revindicado na história da emancipação, como assim também, a criação de uma comissão especial com o objecivo de repatriar os restos do herói missioneiro.

Documentário Procurando o comandante Andresito (2011)[editar | editar código-fonte]

Em 2011 estreou-se o documentário argentino Procurando o comandante Andresito, narrado e protagonizado pelo cantautor Victor Heredia. No documentário, Heredia viaja procurando as impressões de Andrés Guazurarí nas terras de Corrientes e Misiones, enquanto tenta decifrar por que a história oficial quis apagar seu nome da memória do povo argentino. O filme foi produzido pela empresa Payé Cinema, e conta com a participação do destacado historiador Norberto Galasso.[17][18][19][20][21]

Ascensão a General "post mortem"[editar | editar código-fonte]

Na Argentina, o dia 1º de abril de 2014, a presidente Cristina Fernández de Kirchner ascendeu-o post mortem a General do Exército Argentino.[1]

Do mesmo modo, no Uruguai, por iniciativa de Tabaré Vázquez, foi-lhe conferido o grau de General do Exército uruguaio no ano 2016.[22][23]

Dia de Andresito Guazurarí[editar | editar código-fonte]

O 30 de novembro foi instituído como o Dia Nacional do Mate na Argentina, em comemoração ao nascimento de Andrés Guacurarí y Artigas.[24]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «Ascenso a general para el comandante Andresito, prócer argentino, guaraní y artiguista. La presidenta Cristina Fernández de Kirchner firmó el ascenso posmórtem del guaraní Andrés Guazurarí, más conocido como el comandante Andresito, hijo adoptivo de José Gervasio Artigas. CFK lo recordó como "el aborigen que perdió la vida en la lucha por la independencia"», artículo del 2 de abril de 2014 en el diario Página/12 (Buenos Aires).
    Cuando mandan a pelear al frente, mandan a morir por la Patria a los que menos tienen. Es una historia constante también en nuestra historia. Si uno ve las luchas por la independencia iniciadas a partir del 25 de mayo de 1810, si bien los que dirigían esa revolución ―como San Martín, Las Heras, Dorrego, Belgrano, hombres de familias reconocidas―, todos los que estaban abajo, los que iban al frente, la carne de cañón eran de las clases más humildes, eran los negros, eran los mulatos.
  2. En esta época, el término «federal» no se refería al federalismo de la época de Rosas (a principios del siglo XIX) sino a la Liga Federal (o Liga de los Pueblos Libres) liderada por José Gervasio Artigas.
  3. Machon, Jorge Francisco (2013). Andresito Artigas : el lider guarani - misionero del artiguismo. Oscar Daniel Cantero. Durazno-Montevideo, Uruguay: [s.n.] OCLC 936569716 
  4. a b «Ley n.º 15.962», promulgada el 7 de julio de 1988 y publicada en el sitio web Justia (Uruguay). Menciona que el Senado y la Cámara de Representantes de la República Oriental del Uruguay designaron a la Escuela rural n.º 54, de Rancheríos de Ponce (en el departamento de Canelones) con el nombre de «Coronel Andrés Guacararí [sic, por Guazurarí] “Andresito”».
  5. [Salomon, Frank; y Schwartz, Stuart B. (eds.): The Cambridge History of the Native Peoples of the Americas (part 2). Cambridge University Press, 1999. Menciona al prócer como Andresito Guacarari.
  6. a b «Resolución N.º 553/12/0112», artículo del 14 de junio de 2012 en el sitio web del Gobierno de la ciudad de Montevideo. Menciona que en la ciudad de Montevideo existe una calle Andresito Guacarari [sic, por Guazurarí].
  7. a b Fernández Herrero, Beatriz: La utopía de América: teoría, leyes, experimentos. Menciona a Andresito como Andrés Guacarari [sic, por Guaçurarí] y como Andrés Tacuari [sic, por Tacuarí].
  8. «Andrés Guaçurarí» Erro na predefinição wayback: Verifique |url= value. Vazio., artículo biográfico en el sitio web oficial de la provincia de Misiones.
  9. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Vexilología
  10. Azcuy Ameghino, Eduardo (1993). Historia de Artigas y la Independencia Argentina. Montevideo: Ediciones de la Banda Oriental, pp. 143.
  11. Azcuy Ameghino, Eduardo (1986). Artigas en la historia argentina. Buenos Aires: Ediciones Corregidor, pp. 87.
  12. El último combate militar de Andresito. Por Alejandro Larguía Avellaneda
  13. «Comandante Andrés Guacurari» [sic, por Guazurarí], video publicado el 13 de mayo de 2013 en el sitio web YouTube. A pesar de que el locutor repite varias veces [guakurarí], en la música de fondo puede escucharse a los cantantes pronunciar [guasurarí].
  14. «San Cosme: calle Andrés Guacurari» [sic, por Guazurarí], artículo del 2 de octubre de 2012 en el diario Época (Corrientes).
    Bartolomé Mitre, en carta a su amigo Vicente Fidel López, expresaba: «Los dos, usted y yo, hemos tenido la misma predilección por las grandes figuras y las misma repulsión contra los bárbaros disociadores como Artigas, a quienes hemos enterrado históricamente» (Pacho O’Donnell: Caudillos federales, pág 72).
  15. «Corrientes tendrá desde hoy un gran monumento a Andresito. El Territorio - 29-06-2014». Consultado em 24 de julho de 2016. Arquivado do original em 5 de agosto de 2020 
  16. [1].
  17. «Buscando al comandante Andresito» Erro na predefinição wayback: Verifique |url= value. Vazio. en el sitio web Payé Cine.
  18. Fernández de Kirchner, Cristina (2013): «Buscando al comandante Andresito y apoyando el cine nacional. Artistas haciendo patria en Corrientes, gracias a programas y políticas públicas. Very grosso», artículo del 2 de julio de 2013 en el sitio web CFK Argentina (Buenos Aires). Menciona a Andresito Guazurarí como un «ornapo» (‘originario, nacional y popular’).
  19. Fernández de Kirchner, Cristina (2013): «Andresito Guazurarí y el estadio Crucero del Norte (Misiones). Ahí estamos los argentinos, entre Colón y la Juana Azurduy, libertadora de pueblos, como Andresito», artículo del 22 de junio de 2013 en el sitio web CFK Argentina (Buenos Aires). Menciona que solicitó a la empresa propietaria del estadio Comandante Andrés Guazurarí que no lo rebautice con su nombre.
  20. «La presidenta destacó la realización de un documental sobre el comandante Andrés Guazurarí», artículo del 2 de julio de 2013 en el sitio web de la agencia Télam (Buenos Aires). Menciona que Cristina Fernández de Kirchner resaltó la película Buscando al comandante Andresito, dirigido por Camilo José Gómez, licenciado en cine y televisión oriundo de Corrientes, «gracias a los concursos de Estado nacional y del INCAA (Instituto Nacional de Cine y Artes Visuales)».
  21. Tráiler de la película Buscando al comandante Andresito, hablada en guaraní, video en el sitio web YouTube.
  22. ElPais. «"Andresito" será elevado a General post mortem». Diario EL PAIS Uruguay (em espanhol). Consultado em 8 de maio de 2019 
  23. «Ley 19.387 - EXTINTO CORONEL DON ANDRÉS GUACURARÍ Y ARTIGAS "ANDRESITO"». legislativo.parlamento.gub.uy. Consultado em 8 de maio de 2019 
  24. «¡A celebrar! Ya tienen su día el mate y los humoristas», artículo del 28 de enero de 2015 en el diario La Nación (Buenos Aires).