Lista de governadores das unidades federativas do Brasil (1983–1987)

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Esta é uma lista dos governadores das 27 unidades federativas do Brasil durante o mandato 1983-1987.

Para efeito de informação foi considerada a extensão dos mandatos originalmente previstos em lei. No caso em tela eles se estenderam de 15 de março de 1983 a 15 de março de 1987.

Bandeira Unidade federativa Abreviação Governador Partido Mandato Notas
Acre AC Nabor Júnior PMDB 1983-1987 Eleito senador em 1986
Alagoas AL Divaldo Suruagy PDS 1983-1987 Eleito senador em 1986
Amazonas AM Gilberto Mestrinho PMDB 1983-1987
Bahia BA João Durval PDS 1983-1987
Ceará CE Gonzaga Mota PDS 1983-1987
Espírito Santo ES Gerson Camata PMDB 1983-1987 Eleito senador em 1986
Goiás GO Iris Rezende PMDB 1983-1987 Ministro de estado em 1986
Maranhão MA Luís Rocha PDS 1983-1987
Mato Grosso MT Júlio Campos PDS 1983-1987 Eleito deputado em 1986
Mato Grosso do Sul MS Wilson Martins PMDB 1983-1987 Eleito senador em 1986
Minas Gerais MG Tancredo Neves PMDB 1983-1987 Eleito presidente em 1985
Pará PA Jader Barbalho PMDB 1983-1987
Paraíba PB Wilson Braga PDS 1983-1987 Renunciou em 1986
Paraná PR José Richa PMDB 1983-1987 Eleito senador em 1986
Pernambuco PE Roberto Magalhães PDS 1983-1987 Renunciou em 1986
Piauí PI Hugo Napoleão PDS 1983-1987 Eleito senador em 1986
Rio de Janeiro RJ Leonel Brizola PDT 1983-1987
Rio Grande do Norte RN José Agripino Maia PDS 1983-1987 Eleito senador em 1986
Rio Grande do Sul RS Jair Soares PDS 1983-1987
Santa Catarina SC Esperidião Amin PDS 1983-1987
São Paulo SP Franco Montoro PMDB 1983-1987
Sergipe SE João Alves Filho PDS 1983-1987

No início da década de 1980 o Brasil possuía vinte e três estados e pela primeira vez desde as eleições para governador ocorridas em 1965 (Alagoas, Goiás, Guanabara, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina) os brasileiros estavam aptos a eleger seus mandatários. Envolto em um ambiente onde a abertura política se mesclava a uma crise crônica na economia (dívida externa acima dos US$ 100 bilhões e um empréstimo do Fundo Monetário Internacional) o Regime Militar de 1964 estabeleceu uma série de regras destinadas a garantir sua vitória nos embates de novembro: sublegendas, vinculação de votos e proibição de coligações. Amparado por tais "salvaguardas" o governo João Figueiredo elegeu doze governadores contra dez das legendas de oposição, sendo que o PDS elegeu 49% dos deputados federais e 60% dos senadores (um terço das cadeiras estava em disputa) além de ter conquistado o maior número de prefeituras e eleito a maior bancada de vereadores.

Segundo a edição de 1986 do Almanaque Abril sete governadores pedessistas (Alagoas, Maranhão, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe) aderiram ao PFL até agosto do ano anterior.

Vitorioso em todos os estados do Nordeste o governo viu refluir seu poderio no centro-sul do país e na Amazônia onde predominou a força do PMDB e ainda viu o PDT conquistar o governo do Rio de Janeiro com Leonel Brizola. Em meio a tantas disputas ressalte-se o fato de que embora elevado ao patamar de estado ao final de 1981, Rondônia não pôde eleger seu governador pelo voto direto. Seus últimos governadores biônicos foram Jorge Teixeira (1979-1985) e a seguir Ângelo Angelim (1985-1987).

Dentre os nomes que compuseram essa cepa de governadores tivemos os de Divaldo Suruagy, o primeiro dentre os antigos governadores biônicos a retornar ao cargo pelo voto direto e Iris Rezende, nomeado Ministro da Agricultura em 1986, porém o mais notório foi Tancredo Neves que em 1985 foi eleito o primeiro presidente civil do país após vinte e um anos de governos militares.

Ver também[editar | editar código-fonte]