Saltar para o conteúdo

Cemitério da Consolação: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 201.69.191.48 por fazer testes nos artigos (usando Huggle) (3.1.20)
Linha 34: Linha 34:
== Personalidades sepultadas==
== Personalidades sepultadas==
[[File:Rodolfo Bernardelli - Túmulo de Campos Salles.JPG|thumb|Túmulo do ex-[[presidente do Brasil|presidente]] [[Campos Salles]].]]
[[File:Rodolfo Bernardelli - Túmulo de Campos Salles.JPG|thumb|Túmulo do ex-[[presidente do Brasil|presidente]] [[Campos Salles]].]]
[[File:Luigi Brizzolara - Mausoléu da Família Matarazzo 05.JPG|thumb|O mausoléu da Família Matarazzo, com 23 metros de altura e 2 subsolos, é considerado o maior túmulo da América Sul.]]
[[File:Luigi Brizzolara - Mausoléu da Família Matarazzo 05.JPG|thumb|O mausoléu da Família Matarazzo, com 23 metros de altura e 2 subsolos, é considerado o maior túmulo da América do Sul.]]
[[File:Francisco Leopoldo e Silva - Interrogação (Túmulo de Moacyr de Toledo Piza).JPG|thumb|Túmulo de Moacir Piza, e escultura de [[Francisco Leopoldo e Silva]], intitulada "''Interrogação''".]]
[[File:Francisco Leopoldo e Silva - Interrogação (Túmulo de Moacyr de Toledo Piza).JPG|thumb|Túmulo de Moacir Piza, e escultura de [[Francisco Leopoldo e Silva]], intitulada "''Interrogação''".]]
No Cemitério da Consolação encontram-se os restos mortais de muitas personalidades importantes da História do [[Brasil]], tais como:
No Cemitério da Consolação encontram-se os restos mortais de muitas personalidades importantes da História do [[Brasil]], tais como:

Revisão das 19h53min de 12 de maio de 2016

Vista da capela a partir do portão principal.
Uma das alamedas do Cemitério da Consolação.

O Cemitério da Consolação é a mais antiga necrópole em funcionamento na cidade de São Paulo e uma das principais referências brasileiras no campo da arte tumular [1]. Localiza-se no distrito da Consolação, na região central da capital paulista. Primeiro cemitério público da cidade, foi fundado em 10 de julho de 1858 e inaugurado em 15 de agosto de 1858 com o nome de Cemitério Municipal e área de 76.340 m², com o objetivo de garantir a salubridade e evitar epidemias, substituindo o hábito então recorrente de sepultar os mortos nos interiores das igrejas [2]. Atualmente, é um dos 22 cemitérios públicos administrados pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo.

Com a prosperidade advinda da aristocracia da cafeicultura e o surgimento de uma expressiva burguesia em São Paulo, o Cemitério da Consolação passou a abrigar obras de arte produzidas por escultores de renome, para ornamentar os jazigos de personalidades importantes na história do Brasil. Mantém visitas guiadas, por meio do projeto “Arte Tumular”.

História

A entrada no Dia de Finados, 1928.

Antes da sua construção os sepultamentos eram realizados nas igrejas e em seus arredores, o que trazia problemas de saúde pública. Com a aparição de ideias de sanitarismo e higiene, os governos das cidades criaram os primeiros cemitérios públicos.

Em São Paulo, por força do Ato Institucional do Imperador, foi-se consolidando a ideia da construção de um cemitério público de uso geral pela população. Assim, Carlos Rath incumbiu-se da missão de arquitetar o novo cemitério. Foram anos de discussão na Câmara Municipal antes de sua efetiva inauguração.

Apesar da placa colocada sobre o túmulo da Marquesa de Santos, dizendo que ela doou as terras do cemitério, na verdade a doação consistiu apenas de parte do dinheiro necessário à conclusão da capela e algumas benfeitorias para a inauguração.[3]

Túmulo de Olívia Guedes Penteado, escultura de Victor Brecheret.

Em seus primeiros anos, o cemitério da Consolação era o lugar de sepultamento de pessoas de todas as classes sociais, incluídos os escravos, que foram transferidos do cemitério dos Aflitos.

Já a partir do século XX, o cemitério passa a receber quase que exclusivamente pessoas da alta classe média e da burguesia - notadamente os nouveaux riches - devido ao loteamento dos terrenos em jazigos perpétuos vendidos pela prefeitura. À época, um túmulo suntuoso era visto como sinal inequívoco de status social. Havia verdadeira competição entre as famílias abastadas, que construíam jazigos cada vez mais sofisticados, em materiais nobres como mármore e bronze. A ornamentação ficava a cargo de artistas de primeira grandeza, que tinham na arte tumular uma atividade com demanda estável e altamente lucrativa.

Desde então, o cemitério abriga túmulos de personalidades e famílias ilustres da sociedade brasileira e paulista, sendo também referência em arte tumular no Brasil, com importantes obras de arte de escultores como Victor Brecheret, Celso Antônio Silveira de Menezes, Nicola Rollo, Luigi Brizzolara e Galileo Emendabili.

Um dos destaques do cemitério é o colossal mausoléu da família Matarazzo, o maior da América Latina, que do subsolo ao pico possui 25 metros de altura. Tem o tamanho aproximado de um prédio de 3 andares, ocupando uma área de 150 metros quadrados. É ornamentado por um impressionante conjunto escultório em bronze italiano, obra de Luigi Brizzolara. Segundo jornalistas à época de sua construção, teria custado praticamente o mesmo que o Hospital Umberto I. Assim, o empreendedor italiano Matarazzo contrapunha-se ao elitismo da aristocracia cafeeira paulista, que ignorava abertamente os imigrantes recém-enriquecidos nos círculos sociais.

Em 31 de julho de 2015, moradores, concessionários e líderes comunitários se reuniram para debater a condição em que está o Cemitério, e o que pode ser feito no intuito de colaborar com as autoridades, a administração do local e a população para preservar tão importante patrimônio religioso, histórico e cultural. Nessa reunião fundaram o MDCC - Movimento em Defesa do Cemitério da Consolação.

Localização

Portão principal do Cemitério, na Rua da Consolação, projetado por Ramos de Azevedo.

Localizado inicialmente na periferia de São Paulo, no ponto mais distante, acaba depois de um crescimento da economia cafeeira cercado de casarões da elite paulista. Atualmente fica em uma das mais nobres áreas da cidade. Fica entre as ruas da Consolação, Sergipe, Mato Grosso e Cel. José Eusébio.

O cemitério tem acesso pela Rua da Consolação e Rua Mato Grosso.

Personalidades sepultadas

Túmulo do ex-presidente Campos Salles.
O mausoléu da Família Matarazzo, com 23 metros de altura e 2 subsolos, é considerado o maior túmulo da América do Sul.
Túmulo de Moacir Piza, e escultura de Francisco Leopoldo e Silva, intitulada "Interrogação".

No Cemitério da Consolação encontram-se os restos mortais de muitas personalidades importantes da História do Brasil, tais como:

Ver também

Bibliografia

  • FIX, Reinaldo Guilherme. Os muros que separam os mortos: um estudo de caso dos cemitérios da Consolação, dos Protestantes e da Ordem Terceira do Carmo. Trabalho de Graduação Individual. USP, São Paulo, 2007. (disponível na biblioteca da FFLCH-USP e na administração do cemitério)
  • REZENDE, Eduardo Coelho Morgado. O Céu Aberto na Terra: Uma leitura dos cemitérios de São Paulo na geogrfia urbana. São Paulo: Necrópolis. 2006

Referências

  1. Robson Rodrigues (7 de outubro de 2010). «Cemitério da Consolação». São Paulo Turismo. Consultado em 21 de dezembro de 2011 
  2. Paulo Toledo Piza (15 de agosto de 2008). «Cemitério da Consolação, marco histórico e turístico de SP, completa 150 anos». Folha Online. Consultado em 21 de dezembro de 2011 
  3. «Cemitério Consolação - Segredos Revelados - Cemiterio.net». Consultado em 28 de setembro de 2015 
  4. «Corpo da atriz Geórgia Gomide é enterrado em SP». G1. 29 de janeiro de 2011. Consultado em 20 de agosto de 2014 

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Cemitério da Consolação