Geórgia Gomide
Geórgia Gomide | |
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Nome completo | Elfriede Helene Witecy |
Nascimento | 17 de agosto de 1937 São Paulo, SP |
Morte | 29 de janeiro de 2011 (73 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Beatriz do Prado Gomide Pai: Maximilian Witecy |
Ocupação | atriz |
Elfriede Helene Witecy, mais conhecida como Geórgia Gomide (São Paulo, 17 de agosto de 1937 — São Paulo, 29 de janeiro de 2011), foi uma atriz brasileira.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Filha de Max (Maximilian Witecy), imigrante de nacionalidade alemã, mas de etnia polaca, nascido em Gliwice (hoje na Polônia) e Beatriz do Prado Gomide, de família paulista "quatrocentona".
Carreira[editar | editar código-fonte]
Geórgia foi uma das atrizes pioneiras da televisão brasileira, trabalhando nas emissoras Tupi, Excelsior, Record, Globo, Manchete e SBT, entre outras.
Como atriz[editar | editar código-fonte]
Geórgia estreou na TV Tupi em 29 de janeiro de 1962. Em Calúnia (teleteatro de 1963 na TV Tupi) protagonizou, com Vida Alves, o primeiro beijo entre pessoas do mesmo sexo da história da televisão brasileira, escandalizando a sociedade ao representar uma professora lésbica.[1][2][3] Participou de várias novelas importantes, como Redenção, As Pupilas do Senhor Reitor, Éramos Seis e O Direito de Nascer. Na TV Globo, seus maiores sucessos foram a dona de cantina italiana Bina, na novela Vereda Tropical, de Carlos Lombardi, e a maquiavélica Donana, na novela Hipertensão, de Ivani Ribeiro. Geórgia Gomide também participou das minisséries Anos Rebeldes e O Quinto dos Infernos.
Como dubladora[editar | editar código-fonte]
Geórgia dublou "zumbi" nos comerciais de K-Fee exibidos entre 2005 e 2006: a atriz apareceu em 5 de 9 comerciais e Denise Del Vecchio ("gárgula") nos outros 4 comerciais; Fábio Lucindo ("rapaz"), Celso Alves ("ursinho") e Orlando Drummond ("diabo") apareceram respectivamente em mais 3 comerciais do produto em 2006 ("K-Fee Latte Macchiato" AKA a versão "K-Fee Lite").
Morte[editar | editar código-fonte]
Geórgia morreu em 29 de janeiro de 2011, aos 73 anos, de infecção generalizada. Em 2009, a atriz sofria de Alzheimer e esteve afastada dos palcos desde então, quando encenou a peça Perto do Fogo, de Nicolau Ayer.[4]
Vida pessoal[editar | editar código-fonte]
Desde os 18 anos a atriz tinha apenas 5% da visão, em razão de uma doença congênita, o que não impediu seu sucesso na televisão. Tinha um filho, Daniel Witecy Goldfinger.[5]
Filmografia[editar | editar código-fonte]
Televisão[editar | editar código-fonte]
Dublagem[editar | editar código-fonte]
Ano | Trabalho | Personagem | Estúdio de dublagem |
---|---|---|---|
2005-2006 | Comerciais de K-Fee | Zumbi | Vox Mundi - São Paulo, SP |
Cinema[editar | editar código-fonte]
Ano | Trabalho | Personagem |
---|---|---|
1963 | Mord in Rio | |
1965 | Quatro Brasileiros em Paris | Stripper |
1969 | Corisco, o Diabo Loiro | Lídia |
1973 | A Super Fêmea | Betty |
1974 | Exorcismo Negro | Lúcia |
1975 | O Sexo Mora ao Lado | Marlene[6] |
1976 | Chão Bruto | Xaíca |
1981 | Sexo, sua Única Arma | Judite |
1983 | O Médium | |
1989 | Os Trapalhões na Terra dos Monstros | Cida (Dona Fofa)[7] |
2006 | Fuga e Cativeiro | Avó[8] |
Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]
Ano | Premiação | Categoria | Nomeação | Resultado | Ref |
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1963 | Troféu Roquette Pinto | Revelação Feminina | Venceu | [9] | |
1965 | Troféu Imprensa | Melhor Atriz | Venceu | [10] | |
1966 | Troféu Imprensa | Venceu | [10] | ||
1985 | Troféu APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte | Melhor Atriz | Venceu | ||
Troféu Imprensa | Melhor Atriz | Venceu | [10] |
Referências
- ↑ "Atriz Geórgia Gomide, pioneira da TV, morre aos 73 anos" Portal Terra, 29 de janeiro de 2011
- ↑ "Morre aos 73 anos a atriz Geórgia Gomide", Folha.com, 29 de janeiro de 2011
- ↑ "Atriz Georgia Gomide morre aos 73 anos em SP", Estadão, 29 de janeiro de 2011
- ↑ Prova de Fogo[ligação inativa], no Espaço Cultural Juca Chaves, em São Paulo.
- ↑ Pace, Eliana. Georgia Gomide, uma atriz brasileira. São Paulo : Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008.
- ↑ «O Sexo Mora ao Lado». Cinemateca Brasileira. Consultado em 21 de março de 2018
- ↑ Cinemateca Brasileira, Os Trapalhões na Terra dos Monstros [em linha]
- ↑ «Fuga e Cativeiro - Elenco». O Fuxico. Consultado em 30 de julho de 2017
- ↑ Folha de S.Paulo (26 de fevereiro de 1963). «Eles foram os melhores de 62!». Consultado em 13 de janeiro de 2018
- ↑ a b c Xavier, Nilson. «Teledramaturgia - Troféu Imprensa»