Yara Amaral

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Yara Amaral
Yara Amaral
Yara em Quando as Máquinas Param (1967)
Nome completo Yara Silva do Amaral
Outros nomes Iara Amaral
Nascimento 16 de setembro de 1936
Jaboticabal, São Paulo
Morte 31 de dezembro de 1988 (52 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Ocupação atriz
Período de atividade 1968—1988

Yara Silva do Amaral (Jaboticabal, 16 de setembro de 1936Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1988) foi uma atriz brasileira.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha de um português e de uma brasileira filha de portugueses,[1] Yara nasceu no interior de São Paulo, mas cresceu no bairro do Belenzinho na capital paulista desde seu primeiro ano de vida.[1]

Estudou na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, onde se formou em 1964.[1] Foi em 1968 que participou, no Teatro de Arena, do espetáculo Arena Conta Tiradentes, de Gianfrancesco Guarnieri.

Passou também pelo Teatro Oficina e conseguiu seu primeiro grande prêmio de interpretação na década de 1970, um Moliére, como melhor atriz do ano pelo seu trabalho em Réveillon, de Flávio Márcio, ao lado de Regina Duarte ,e Sérgio Mamberti.[1]

No teatro participou de trinta espetáculos e conquistou três prêmios Moliére como melhor atriz. No cinema estreou em 1975 com O Rei da Noite, de Hector Babenco, e fez outros filmes importantes como A Dama do Lotaçãoo, Mulher Objeto, e "Leila Diniz".

Na televisão ela estreou na telenovela O Décimo Mandamento, na TV Tupi, em 1968, escrita por Benedito Ruy Barbosa. Foi para a TV Globo na década de 1970, e ali brilhou em Dancin' Days, O Amor É Nosso, Sol de Verão, Guerra dos Sexos, Um Sonho a Mais, Cambalacho, Anos Dourados, e Fera Radical.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Foi casada com Luiz Fernando Goulart e deixou dois filhos, Bernardo e João Mário.

Às 23h50 do dia 31 de dezembro de 1988, um sábado, o barco Bateau Mouche acabou afundando, e culminou na morte trágica de Yara e outras 54 pessoas que estavam a bordo.[2] A atriz não sabia nadar, e a causa de sua morte teria sido um ataque cardíaco.[3] Os restos mortais da artista encontram-se sepultados no Cemitério de São João Batista, no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ano Título Personagem Emissora
1968 A Pequena Órfã Raquel TV Excelsior
A Última Testemunha Maria Sofredora RecordTV
O Décimo Mandamento Luzia Rede Tupi
1970 E Nós, Aonde Vamos? Leila
Irmãos Coragem Tula Rede Globo
1977 Espelho Mágico Suzete Calmon
1978 Dancin' Days Áurea
1981 O Amor É Nosso Maria Helena
1982 Sol de Verão Sofia
1983 Guerra dos Sexos Nieta
1984 Viver a Vida (minissérie) Germana Rede Manchete
1985 Um Sonho a Mais Beatriz Rede Globo
1986 Anos Dourados Celeste
Cambalacho Dinorah Melina Souza e Silva
1987 Helena Dorzinha Rede Manchete
Mandala Salma Rede Globo
1988 Fera Radical Joana Flores

Cinema[editar | editar código-fonte]

Ano Título Personagem
1973 Tati Dona Marta
1975 O Rei da Noite Dona Imaculada
1977 Parada 88, o Limite de Alerta Maria
1978 A Dama do Lotação Amiga da mãe de Carlos
Nos Embalos de Ipanema Mãe de Toquinho
1980 Mulher Objeto Carmem
Prova de Fogo
1985 Tropclip Mãe de Krishna
1987 Leila Diniz Diretora do colégio

Referências

  1. a b c d e Rieche, Eduardo (2016). Yara Amaral: A Operária do Teatro. [S.l.]: Tinta Negra Bazar Editorial. 734 páginas. ISBN 978-85-5908-007-0 
  2. Daniel Schenker (19 de dezembro de 2016). «Yara Amaral tem sua sólida carreira recuperada no livro 'A operária do teatro', de Eduardo Rieche». O Globo. Consultado em 3 de março de 2018 
  3. «Naufrágio no RJ matou Yara Amaral há 33 anos e deixa saudade na irmã». www.uol.com.br. Consultado em 31 de dezembro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]