HTC Vive

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Diretor Executivo de Marketing da HTC Jeff Gattis usando um Vive headset.

HTC Vive é um dispositivo independente com uma plataforma de realidade virtual (tudo-em-um) no formato de um óculos tecnológico de cabeça para jogos eletrônicos (dispositivo tecnológico de imersão em ambiente virtual 3D e em 360°) desenvolvida pela HTC e Valve, para uso com um computador. anunciado no evento "Mobile World Congress" de 2015 (MWC) em Barcelona.

Aparelho[editar | editar código-fonte]

O HTC Vive cria uma ilusão sensorial com telas de 1080x1200, uma para cada olho, com taxa de atualização de 90 hz, posicionadas próximas aos olhos, diminuindo ou retirando o efeito "tela mosquiteiro" (screen door effect), onde é possível perceber espaços entre os pixels,[1][2][3] evitando os desconfortos comuns ao uso destes tipos de óculos.[4][5] Ele possui uma entrada de áudio de 3,5 mm para fones de ouvido e um microfone embutido e também uma câmera frontal para misturar elementos do mundo real no mundo virtual.

É um aparelho de imersão RV que oferece uma experiência imersiva sem necessitar de outros acessórios, que devem ser adquiridos separadamente. No mercado foram lançados jogos disponíveis no SteamVR.

O HTC Vive ganhou uma versão melhorada com uma resolução maior, peso menor e tecnologia sem fio que é o HTC Vive Pro. Ele tem resolução total de 2880x1600 pixels, 78% a mais do que o Vive original. A almofada para rosto e o apoio para o nariz foram projetados, deixando entrar menos luz. Além disso, o headset ganhou uma nova versão em 05 de abril de 2018, o HTC Vive Pro que inclui fones de ouvido embutidos que podem ser removidos, caso você queira usar outro. O HTC Vive possui a maior escala de sala de qualquer um dos outros sistemas atuais. Existem alguns jogos que tiram proveito disso e realmente contribuem para a imersão. O Vive também é o mais fácil de configurar e derrubar em praticamente qualquer local em comparação com os outros sistemas conectados. Você só precisa de energia para as mesas de luz e a caixa de conexão tem uma fonte de alimentação separada com HDMI e um USB necessário do PC. O cabo também é comprido o suficiente para permitir uma grande movimentação.

Especificações[editar | editar código-fonte]

Vantagens[editar | editar código-fonte]

  • Captação fluída de movimentos;
  • Controles de fácil manuseio;
  • Possibilita grande número de interações entre usuário e ambiente virtual;
  • É possível utilizar óculos de grau caso a armação caiba dentro dos óculos de Realidade Virtual;
  • O equipamento possui grande capacidade imersiva e tem uma fácil instalação.

Desvantagens[editar | editar código-fonte]

  • Preço elevado;
  • Computador com especificações de sistemas altas;
  • Grande área requisitada para seu uso;
  • Caso haja troca de usuários, pode ser necessária nova calibragem do equipamento;
  • A instalação o hardware pode ser considerada demorada caso o usuário não esteja acostumado a fazê-la;
  • Ainda existem poucas aplicações para o mesmo, se comparadas quantidade de aplicações para outros equipamentos em Realidade Virtual.[7]

Acessórios[editar | editar código-fonte]

Hardware: Responsável pela qualidade do produto,fazendo com que o HTC Vive tenha um diferencial. Nele possui dois sensores em uma área delimitada, com o objetivo de captar movimentos pelo usuário utilizando os óculos e seus acessórios, sendo assim os movimentos são transmitidos ao ambiente virtual com melhor precisão.

O HTC Vive é composto no total de 70 sensores, localizados nos controles e nos óculos, possibilitando o usuário realizar movimentos fluidos e de alta definição.[8]

Controle de câmeras[editar | editar código-fonte]

Outra grande preocupação de desenvolvedores quanto as aplicações em RV é com o uso de câmeras dentro do ambiente. Uma das grandes causas de náuseas quanto às aplicações do gênero se dá pela troca repentina de câmeras em meio a experiência. Isso ocorre porque o cérebro interpreta os estímulos de maneira ordenada e com certo tempo de adaptação, fazendo com que qualquer movimento rápido e sem preparo cause grande desconforto. Para evitá-lo deve-se preparar o usuário para troca de câmeras utilizando, por muitas vezes, transições fade in e fade out, para que haja adaptação do cérebro com ambiente virtual. Entretanto, deve-se evitar ao máximo a troca de câmeras, para que o usuário se adapte aos sentidos.[8]

Aplicação[editar | editar código-fonte]

HTC Vive

A Valve lançou o SDK OpenVR, uma versão atualizada da API Steamworks VR com documentação e exemplos de como desenvolver software para o SteamVR. Ela fornece suporte para o HTC Vive, incluindo o controlador SteamVR.

O OpenVR (Kit de desenvolvimento de software) que fornece suporte para o HTC Vive Developer Edition junto com o controlador SteamVR e o Lighthouse, o sistema de rastreamento baseado em laser que permite aos usuários mover-se em uma área de até 15 pés por 15 pés e ter esses movimentos replicados em uma experiência. [4] O rastreamento em escala de sala oferecido pelo HTC Vive permite andar em torno de objetos virtuais e inspeção mais avançadas.

Em 30 de Abril de 2015 a Epic Games anunciou suporte para o HTC Vive, permitindo que desenvolvedores pudessem criar projetos com a Unreal Engine 4 para a tecnologia SteamVr da Valve.[9]

Pontos negativos[editar | editar código-fonte]

Como todo produto, o HTC Vive possui pontos negativos, apontam os usuários que já experimentaram. São eles: O aparelho necessita de uma sala grande para instalação de seus sistemas de detecção e para a movimentação do usuário; Também possui um fio comprido, que pode atrapalhar na experiência, uma vez que ele pode ficar no caminho enquanto o usuário está utilizando, e fazer com que ele ocorra algum acidente e ele não possui fones de ouvido embutidos, sendo necessária a compra separadamente (Na versão Pro, lançada posteriormente, foram incluídos fones de ouvido). [10]

HTC Vive vs Oculus Rift[editar | editar código-fonte]

Eles seguem por caminhos diferentes, enquanto o primeiro permite disponibilidade física, no segundo, o usuário permanece sentado durante a experiência.

Principais diferenças:

Configuração: em 10 minutos o Oculus Rift está pronto, já o HTC Vive, a instalação é mais complexa, por haver muitos cabos. Precisa da ligação dos sensores que vêm com o headset, que devem ser fixados em cantos opostos do mesmo local, por isso, a empresa indica um espaço de 2×1,5 metros para uso do óculos. As experiências com o HTC são, claramente, menos convencionais do que com o Oculus Rift, mas sua instalação é mais demorada.

Design: o Oculus Rift é mais elegante e mais leve. Já o HTC tem lentes espessas, câmera frontal, botão e permite o reajuste das lentes. Em questão de conforto, é difícil competir com o Oculus Rift.

Catálogo de jogos: o do HTC Vive causa uma primeira impressão capaz de entusiasmar os usuários, mas podem acabar se enjoando muito fácil. No Rift, os jogos e experiências são mais convencionais, mas também são envolventes.[11]

Crítica[editar | editar código-fonte]

Os equipamentos e sensores que envolvem o HTC Vive, permitem desenvolvimento de aplicações e experiências de usuário fluida e agradável. Infelizmente ainda é um equipamento exclusivo para poucos desenvolvedores, devido o seu elevado custo, bem como o custo de um computador capaz de atender todos os requisitos mínimos para utilizar o mesmo.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «HTC reveals virtual reality headset with Valve at MWC». BBC News (em inglês). 1 de março de 2015. Consultado em 29 de novembro de 2022 
  2. «Samsung anuncia tela OLED com definição 30 vezes maior que a Retina, da Apple». Canaltech. 26 de outubro de 2020. Consultado em 28 de junho de 2022 
  3. «Glossário». VideoWare. Consultado em 28 de junho de 2022 
  4. Rebato, Carlos; Rebato, Carlos (5 de março de 2015). «HTC Vive: a realidade virtual da Valve chega este ano, e é incrivelmente real». Giz Brasil. Consultado em 29 de novembro de 2022 
  5. «HTC Vive | Hardware». TechTudo. Consultado em 29 de novembro de 2022 
  6. «VR Headsets, Games, and Metaverse Life». VIVE (em inglês). Consultado em 29 de novembro de 2022 
  7. https://www.researchgate.net/profile/Adriana_Alves6/publication/321198175_Desenvolvendo_aplicacoes_em_Realidade_Virtual_com_HTC_VIVE_em_Unity_C/links/5a14a1dba6fdccd697bbec25/Desenvolvendo-aplicacoes-em-Realidade-Virtual-com-HTC-VIVE-em-Unity-C.pdf
  8. a b https://www.researchgate.net/profile/Adriana_Alves6/publication/321198175_Desenvolvendo_aplicacoes_em_Realidade_Virtual_com_HTC_VIVE_em_Unity_C/links/5a14a1dba6fdccd697bbec25/Desenvolvendo-aplicacoes-em-Realidade-Virtual-com-HTC-VIVE-em-Unity-C.pdf/
  9. Hall, Charlie (30 de abril de 2015). «Now anyone can build for SteamVR with Epic's Unreal Engine 4». Polygon (em inglês). Consultado em 29 de novembro de 2022 
  10. http://www.eumed.net/rev/cccss/2016/03/realidade-virtual.html
  11. «VR». Consultado em 29 de novembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]