Acervo do Centro para a Preservação da Arte, da Cultura e da Ciência Indígena

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Acervo do Centro para a Preservação da Arte, da Cultura e da Ciência Indígena
Apresentação
Tipo
acervo (en)
Estatuto patrimonial
bem tombado pelo DPHAC (d) ()Visualizar e editar dados no Wikidata
Localização
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O acervo do Museu do Índio, ou acervo do Centro de Preservação da Arte Indígena (CPAI), é uma coleção de arte ancestral constituída em 1991, composta de cerâmica e artefatos de povos nativos da Amazônia, que inicialmente estava sob salvaguarda do município brasileiro de Santarém (estado do Pará).[1] Em 1997 foi tombado como patrimônio histórico do estado do Pará.[2]

Atualmente, devido problemas estruturais em Santarém o acervo Belém do Pará, salvaguardado no Museu do Estado do Pará,[1]

Dentre os objetos, estão adornos; artefatos de madeira; bancos; bonecas; cocares; cordões; estatuetas; instrumentos musicais, de caça e de pesca, de transporte e de trabalho; máscaras; peças de cerâmica; trançados de palha; e utensílios domésticos.[1][3]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Inicialmente, o acervo pertencia ao "Centro para a Preservação da Arte, da Cultura e, da Ciência Indígena" também conhecido como projeto Museu do Índio, foi constituído em 1991 e funcionava na Vila de Alter do Chão, é uma coleção composta por cerca de 1 500 peças de cerâmica e artefatos de setenta povos nativos da Amazônia (este chegou a conter quatro mil itens).[1] O projeto foi criado pelo historiador estadunidense Davi Richarson e por Maria Antonina de Lima, sua esposa e indígena da região.[1] Até o ano de 2001 o espaço em Santarém foi referência para visitação de turistas e realização de pesquisas.[1][3]

Então o espaço ficou abandonado por algum tempo e, por sua importância, o acervo foi transferido por via legal para a salvaguarda do Sistema Integrado de Museus e da Secretaria Estadual de Cultura (SIMM/Secult), guardado no Museu do Estado do Pará localizado na cidade de Belém; onde passou por inventário e identificação por etnia, higienização,⁣ registro fotográfico e, acondicionamento.[1]

Após anos de fechamento do centro CPAI, o acervo está em processo legal à ser devolvido para a prefeitura de Santarém, a partir de uma ação judicial feita por: Secretaria Estadual de Cultura, Centro Regional de Governo, Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IGTAP), Secretaria Municipal de Cultura e, procurador público do acervo.[2]

Tombamento[editar | editar código-fonte]

O Acervo do Centro para a Preservação da Arte, da Cultura e da Ciência Indígena foi tombado como patrimônio histórico em nível estadual pelo Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural do Pará (DPHAC/Secult), setor da Secretaria de Cultura do Estado do Pará, em 1997.[2]

Saber tradicional[editar | editar código-fonte]

O saber tradicional é um produto histórico resultado do modo de vida de uma comunidade tradicional e o relacionamento com a biodiversidade que está inserida (intelecto coletivo ou intelecto cultural).[4] Este saber se reconstrói na transmissão entre as gerações e, que geralmente é feita por via oral, possui uma vísivel e imediata aplicação prática na sociedade.[4]

Referências

  1. a b c d e f g Secult do Pará (10 de dezembro de 2020). «Você conhece o acervo de Arte Indígena de Santarém?». Instagram. Consultado em 30 de abril de 2023 
  2. a b c «Santarém – Acervo do Centro para a Preservação da Arte, da Cultura e da Ciência Indígena | ipatrimônio». Consultado em 30 de abril de 2023 
  3. a b «Após 18 anos, acervo do Museu do Índio deve ser repatriado para Santarém». G1. Consultado em 1 de maio de 2023 
  4. a b Costa, Nivia Maria Vieira Costa; Melo, Lana Gabriela Guimarães; Costa, Norma Cristina Vieira (10 de fevereiro de 2018). «A Etnofísica da Carpintaria Naval em Bragança - Pará - Brasil». Amazônica - Revista de Antropologia (1): 414–436. ISSN 2176-0675. doi:10.18542/amazonica.v9i1.5497. Consultado em 26 de julho de 2023. Resumo divulgativo 

Veja também[editar | editar código-fonte]