Portal:Mitologia/Artigo selecionado

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Tapeçaria retratando Artur como um dos Nove da Fama, usando uma vestimenta com um brasão geralmente atribuído a sua figura.
Tapeçaria retratando Artur como um dos Nove da Fama, usando uma vestimenta com um brasão geralmente atribuído a sua figura.

Rei Artur é um lendário líder britânico que, de acordo com as histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxões no final do século V e no início do século VI. Os detalhes das histórias Arturianas são em sua maioria compostas por folclore e invenções literárias, e sua existência histórica é motivo de debate acadêmico entre os historiadores contemporâneos. O contexto histórico escasso sobre Artur foi construído a partir de várias fontes, incluindo o Annales Cambriae, a Historia Brittonum e os escritos de Gildas. O nome de Artur também é citado em poesias medievais, como a de Y Gododdin.

Artur é uma figura central das lendas classificadas atualmente como Matéria da Bretanha. O lendário Rei Artur começou a despertar grande interesse internacional através da popularidade da crônica fantástica e imaginativa Historia Regum Britanniae (História dos Reis da Bretanha), composta pelo clérigo galês Godofredo de Monmouth. Em alguns contos e poemas galeses-bretões que datam antes desse trabalho, Artur aparece tanto como um grande guerreiro defendendo a Bretanha de inimigos humanos e sobrenaturais, quanto como uma figura mágica folclórica, algumas vezes associado com o paraíso celta (Outro Mundo) Annwn. É desconhecido se a crônica de Godofredo (completa em 1138) é de autoria própria ou influenciada por outras fontes. (leia mais...)




O portal norte da Igreja de madeira de Urnes do século XI tem sido interpretado como contendo representações de serpentes e dragões que representam o Ragnarök
O portal norte da Igreja de madeira de Urnes do século XI tem sido interpretado como contendo representações de serpentes e dragões que representam o Ragnarök

Na mitologia nórdica, Ragnarök (nórdico antigo "destino final dos deuses") é uma série de eventos futuros, incluindo uma grande batalha anunciada para por fim resultar na morte de um número de figuras importantes (incluindo os deuses Odin, Thor, Týr, Freyr, Heimdallr e Loki), a ocorrência de vários desastres naturais e a submersão subsequente do mundo em água. Depois, o mundo vai ressurgir de novo e fértil, os sobreviventes e os deuses renascidos se reunirão e o mundo será repovoado por dois sobreviventes humanos. Ragnarök é um evento importante no cânone nórdico e tem sido o tema de discurso acadêmico e teórico.

O Ragnarök é o tema de muitos discursos e controvérsias para determinar a verdadeira origem da história escrita mais tarde, após a cristianização do mundo nórdico. Muitos especialistas argumentam que os textos fazem referências ao fim do mundo e são inspirados em histórias bíblicas do Juízo Final, especialmente o Apocalipse e o fim do mundo do Milenarismo, e do Eclesiastes. Há também algumas comparações com outras histórias das mitologias indo-europeias, o que poderia indicar uma origem comum de mitos ou de influências pagãs externas. Para muitos estudiosos, essas influências emprestadas de outras culturas e reescritas por clérigos cristãos são erroneamente atribuídas à mitologia viking, e têm distorcido o conhecimento que temos da fé escandinava. (leia mais...)




Vampiro é um ser mitológico ou folclórico que sobrevive alimentando-se da essência vital de criaturas vivas (geralmente sob a forma de sangue), independentemente de ser um morto-vivo ou uma pessoa viva. Embora entidades vampíricas tenham sido registadas em várias culturas, possivelmente em tempos tão recuados como a pré-história, o termo vampiro apenas se tornou popular no início do século XIX, após um influxo de superstições vampíricas na Europa Ocidental, vindas de áreas onde lendas sobre vampiros eram frequentes, como os Balcãs e a Europa Oriental, embora variantes locais sejam também conhecidas por outras designações, como vrykolakas na Grécia e strigoi naRoménia. Este aumento das superstições vampíricas na Europa levou a uma histeria colectiva, resultando em alguns casos na perfuração de cadáveres com estacas e acusações de vampirismo.

Embora mesmo os vampiros do folclore balcânico e da Europa Oriental possuam um vasto leque de aparências físicas, variando de quase humanos até corpos em avançado estado de decomposição, foi em 1819, com o sucesso do romance de John Polidori The Vampyre, que se estabeleceu o arquétipo do vampiro carismático e sofisticado; este pode ser considerado a mais influente obra sobre vampiros do início do século XIX, inspirando obras como Varney the Vampire e eventualmente Drácula. (ler mais)




Hades e Cérbero, numa antiga escultura.
Hades e Cérbero, numa antiga escultura.

Hades (em grego clássico: Άδης, transl. Hádēs), na mitologia grega, é o deus do Mundo Inferior e dos mortos. Equivalente ao deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Consta também ser chamado Serápis (deus de obscura origem egípcia).

É considerado um deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos (Saturno, na teogonia romana) e de Reia, formando com seus cinco irmãos os Crônidas: as mulheres Héstia, Deméter e Hera, e os homens Posidão e Zeus. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone (Koré ou Core), filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais: a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes - vida e morte.

Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como Tanatos, deus da morte, ou as Queres (Ker) - estas últimas retratadas na Ilíada recolhendo avidamente as almas dos guerreiros, enquanto Tanatos surge nos mitos da bondosa Alceste ou do astuto Sísifo. Como o senhor implacável e invencível da morte, é Hades o deus mais odiado pelos mortais, como registou Homero (Ilíada 9.158.159). (leia mais...)




Detalhe do Vaso de Mykonos, com uma das mais antigas representações do Cavalo de Troia, século VIII a.C.
Detalhe do Vaso de Mykonos, com uma das mais antigas representações do Cavalo de Troia, século VIII a.C.

Cavalo de Troia foi um grande cavalo de madeira usado pelos gregos durante a Guerra de Troia, como um estratagema decisivo para a conquista da cidade fortificada de Troia, cujas ruínas estão em terras hoje turcas. Tomado pelos troianos como um símbolo de sua vitória, foi carregado para dentro das muralhas, sem saberem que em seu interior se ocultava o inimigo. À noite, guerreiros saem do cavalo, dominam as sentinelas e possibilitam a entrada do exército grego, levando a cidade à ruína. A história da guerra foi contada primeiro na Ilíada de Homero, mas ali o cavalo não é mencionado, só aparecendo brevemente na sua Odisseia, que narra a acidentada viagem de Odisseu de volta para casa. Outros escritores depois dele ampliaram e detalharam o episódio.

O cavalo é considerado em geral uma criação lendária, mas não é impossível que tenha realmente existido. Pode, mais provavelmente, ter sido uma máquina de guerra verdadeira transfigurada pela fantasia dos cronistas. Seja como for, revelou-se um fértil motivo literário e artístico, e desde a Antiguidade foi citado ou reproduzido vezes incontáveis em poemas, romances, pinturas, esculturas, monumentos, filmes e de outras maneiras, incluindo caricaturas e brinquedos.(leia mais...)




Afrodite (em grego antigo: Ἀφροδίτ, transl. Aphrodítē) é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na mitologia grega. Sua equivalente romana é a deusa Vênus. Outros atributos incluem deusa da fertilidade, do prazer e alegria. Historicamente, seu culto na Grécia Antiga foi importado, ou ao menos influenciado, pelo culto de Astarte, na Fenícia. De acordo com a Teogonia, de Hesíodo, ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e arremessou-os no mar; da espuma (aphros) surgida ergueu-se Afrodite.

Afrodite recebe os nomes de Citere ou Citereia (Cytherea) e Cípria (Cypris) por dois locais onde seu culto era célebre na Antiguidade, Citera e Chipre - ambos os quais alegavam ser o local de nascimento dela. A murta, pardais, pombos, cavalos e cisnes eram considerados sagrados para ela. Os gregos também identificavam-na com a deusa egípcia Hator. Afrodite ainda recebia muitos outros nomes locais, como Acidália e Cerigo, utilizadas em regiões específicas da Grécia. Em cada cidade ela recebia um culto ligeiramente diferente, porém os gregos reconheciam a semelhança geral entre todas como sendo a única Afrodite. (leia mais...)