Presidência de Javier Milei

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Governo Javier Milei
Argentina
2023–presente
Presidência de Javier Milei
Início 10 de dezembro de 2023
Duração 4 meses e 21 dias
Organização e Composição
Tipo Presidencialismo
Vice-presidente Victoria Villarruel
52.° Presidente da Argentina Javier Milei
Partido A Liberdade Avança
Oposição União pela Pátria
Ministros
Mulheres 3
Homens 6
Estado na legislatura
Câmara de Deputados[nota 1]
84 / 257
Senado da Nação[nota 2]
14 / 72
Histórico
Eleição Eleição presidencial de 2023
https://www.casarosada.gob.ar/
Alberto Fernández
(2019–2023)

A presidência de Javier Milei ou Governo Javier Milei começou em 10 de dezembro de 2023, quando Javier Milei foi empossado para um mandato de quatro anos como presidente da Argentina. Milei assumiu o cargo ao lado da vice-presidente Victoria Villarruel após a vitória da coalização A Liberdade Avança na eleição presidencial argentina de 2023, com 55,65% dos votos no segundo turno contra 44,35% do ex-ministro da Economia, Sergio Massa.

Milei foi eleito com o maior total de votos de todos os tempos na Argentina, o maior percentual desde 1973 e o maior desde que a Argentina retornou à democracia em 1983, e em meio à crise monetária argentina de 2018, que ainda está em curso.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Campanha presidencial e eleição de 2023[editar | editar código-fonte]

Em 11 de abril de 2022, Milei anunciou sua candidatura em entrevista ao jornal argentino Clarín.[1] Milei escolheu Victoria Villarruel, deputada nacional pelo Partido Democrata, como sua companheira de chapa. Villaruel é uma defensora de veteranos do Exército Argentino e foi acusada de praticar revisionismo histórico em relação à Guerra Suja, ao negar o terrorismo praticado pelo Estado argentino na época.[2]

Durante a eleição, Milei subiu constantemente nas pesquisas por defender posições libertárias e populistas de direita, à medida que a inflação aumentava e ultrapassava os 100%.[3] Nas eleições primárias na Argentina em agosto de 2023, Milei emergiu como o principal candidato com 29,86% dos votos. Devido a estes resultados, a coligação de Milei venceu as suas primeiras eleições e levou pela primeira vez um partido político não afiliado ou relacionado com o radicalismo ou ao peronismo a vencer uma eleição presidencial desde a sanção da Lei Sáenz Peña.[4][5]

A notícia causou estupor mundial, devido à retumbante virada da Argentina em direção ao liberalismo e à direita. Milei também foi o primeiro candidato a vencer as PASOs sem triunfar na província de Buenos Aires, enquanto obteve a vitória em outras 16 províncias, muitas delas bastiões históricos do peronismo.[6] Milei obteve seu melhor resultado na província de Salta, onde obteve 49% dos votos. Com estes resultados, sua coligação foi autorizada a participar das eleições presidenciais de 2023.

No dia das eleições gerais, Milei foi o segundo candidato mais votado, obtendo 29,98% dos votos em todo o país, atrás apenas de Sergio Massa, o Ministro da Economia, que representava a atual coalizão União pela Pátria, que obteve 36,68% dos votos. Como nenhum candidato alcançou 45% dos votos ou 40% e mais de 10 pontos de diferença com o segundo lugar, ele se classificou junto com Massa para um segundo turno em 19 de novembro de 2023.[7]

No segundo turno, Milei foi apoiado pelo ex-presidente Mauricio Macri e pela candidata que ficou em terceiro lugar, Patricia Bullrich, ambos membros da coalizão Juntos por el Cambio.[8] Milei respondeu em suas redes sociais publicando a foto de um pato enrolado na bandeira argentina abraçando um leão; uma clara alegoria de Patrícia e dele mesmo; também declarou também que posições neutras favorecem Massa e pediu para os eleitores não votarem em branco.[9]

Milei permaneceu tecnicamente empatado nas pesquisas com Massa, mas sua chapa presidencial venceu no segundo turno, obtendo 55,65% dos votos contra 44,35% da chapa Massa-Rossi, vencendo na capital Buenos Aires e em 20 das demais províncias argentinas.[10] A vitória de Milei demonstrou a forte rejeição do eleitorado ao establishment peronista e foi comparada à vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e à de Jair Bolsonaro no Brasil,[11][12] e vista como uma vitória da extrema-direita global.[13]

É a primeira vez, desde o estabelecimento do voto popular, secreto e obrigatório em 1912 com a Lei Sáenz Peña, que a coligação política no poder não é composta pelo Partido Justicialista ou pela União Cívica Radical, os dois partidos mais tradicionais da Argentina. Milei também é o primeiro presidente com ideais libertários na história do país, bem como o primeiro economista a alcançar essa posição.[14][15]

Transição[editar | editar código-fonte]

Após o segundo turno, Javier Milei começou a anunciar os membros de seu gabinete. No dia 21 de novembro, encontrou-se com Alberto Fernández na residência presidencial Quinta de Olivos, para dar início à transição.[16] No dia 25 de novembro, ligou para o Papa Francisco, que enviou um rosário abençoado a ele e a Victoria Villaruel[17], e no mesmo dia, se comunicou por videochamada com a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Gueorguieva.[18]

Em 29 de novembro, Javier Milei e Victoria Villarruel foram proclamados presidente e vice-presidente pelo Congresso da Nação Argentina, enquanto os resultados eleitorais de 19 de novembro foram referendados em ato protocolar.[19] No dia 8 de dezembro foram confirmados os membros de seu gabinete de ministros: Nicolás Posse (Chefe de Gabinete da Nação Argentina), Diana Mondino (Relações Exteriores), Sandra Pettovello (Capital Humano), Luis Petri (Defesa), Luis Caputo (Economia), Guillermo Ferraro (Infraestrutura), Guillermo Francos (Interior), Mariano Cúneo Libarona (Justiça), Mario Russo (Saúde) e Patricia Bullrich (Segurança).[20]

Posse presidencial[editar | editar código-fonte]

Javier Milei em sua posse presidencial recebendo o cajado e a faixa presidencial do ex-presidente Alberto Fernández.
Ver artigo principal: Posse de Javier Milei

Milei foi empossado no cargo de presidente em 10 de dezembro de 2023, às 11h58, no horário argentino, na Câmara dos Deputados da Nação. Posteriormente, recebeu o cajado e a faixa presidencial do presidente Alberto Fernández.[21] Após a posse, o presidente fez um discurso de meia hora nas escadas do Congresso, onde analisou a herança econômica e social que recebeu do governo cessante, ressaltando que "nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos recebendo".[22]

Ele fez um discurso à nação argentina, alertando sobre a necessidade de um choque econômico, o que foi descrito como uma terapia de choque em termos econômicos. Segundo Milei, este choque econômico seria um meio para resolver os problemas econômicos da Argentina, com a inflação caminhando para os 200%.[23]

Javier Milei em sua posse presidencial ao lado da nova vice-presidente Victoria Villarruel.

Gabinete[editar | editar código-fonte]

O gabinete de Milei tomou posse em 10 de dezembro de 2023. Após a renúncia dos demais dirigentes da presidência de Alberto Fernández, Milei indicou os novos os responsáveis pelas pastas existentes. Seu gabinete inclui ministros afiliados à coligação A Liberdade Avança e à coligação extinta Juntos pela Mudança.[24]

Gabinete presidencial de Javier Milei
Ministério Incumbente Partido/coligação Posse no dia Saída no dia Ref.
Chefe de Gabinete da Nação Argentina Nicolás Posse (Sem partido)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício [20]
Capital Humano Sandra Pettovello (União do Centro Democrático)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício
Defesa Luis Petri (União Cívica Radical)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício
Economia Luis Caputo (Proposta Republicana)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício
Infraestrutura (extinto) Guillermo Ferraro (Sem partido)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 5 de março de 2024[25]
Interior Guillermo Francos (Sem partido)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício
Justiça Mariano Cúneo Libarona (Sem partido)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício
Relações Exteriores Diana Mondino (Sem partido)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício
Saúde Mario Russo (Sem partido)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício
Segurança Patricia Bullrich Proposta Republicana 10 de dezembro de 2023 Em exercício
Secretarias com status de ministério
Secretaria Geral da Presidência Karina Milei (Partido Libertário)
A Liberdade Avança
10 de dezembro de 2023 Em exercício [26]
Secretaria Legal e Técnica Javier Herrera Bravo 10 de dezembro de 2023 Em exercício [27]
Secretaria de Comunicação e Imprensa Eduardo Serenellini 29 de dezembro de 2023 Em exercício [28]

Medidas tomadas pelo Executivo[editar | editar código-fonte]

Ao assumir a presidência, Milei assinou 13 decretos, a maioria relacionado a nomeação de membros do seu gabinete, um dos quais serviu para nomear o Chefe de Gabinete da Nação Argentina[29] e os ministros do Interior, das Relações Exteriores, da Defesa, da Economia, da Segurança e da Saúde. Com o decreto nº 1 ao nº 7, nomeou Guillermo Francos[30], Diana Mondino[31], Luis Petri[32], Luis Caputo[33], Patricia Bullrich[34], e Mario Russo[35] para seu gabinete presidencial.

Em 10 de dezembro, com seu 8º decreto (o primeiro como presidente da Argentina), modificou a lei e reduziu os dezoito ministérios governamentais existentes para nove.[36] Com os decretos nº 9 a 11, nomeou Mariano Cúneo Libarona para o ministério da Justiça, Guillermo Ferraro ao da Infraestrutura e Sandra Pettovello para o Capital Humano.[24] Seu 12º decreto removeu o impedimento assinado pelo ex-presidente Mauricio Macri que ditava sobre a indicação de parentes no estado Argentino.[37] Seu 13º decreto nomeou sua irmã, Karina Milei, para o cargo de Secretária Geral da Presidência.[38]

Após uma série de informações sobre reuniões interministeriais que eram realizadas na Casa Rosada terem sido vazadas, Milei decide demitir Guillermo Ferraro do Ministério da Infraestrutura da Argentina em 25 de janeiro de 2024, sendo este o primeiro ministro a cair de seu governo. Outra razão que motivou a demissão de Ferraro foram as desavenças que o mesmo tinha com Nicolás Posse, ministro-chefe da Casa Civil e figura de confiança do próprio presidente.[39] Na mesma semana, Milei anunciou que a pasta iria ser incorporada ao Ministério da Economia.[40]

Política interna[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

Em seu primeiro discurso como Presidente da Nação, Javier Milei afirmou que "nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos recebendo".[41] Referindo-se aos "déficits gêmeos de 17 pontos do PIB" (relativos ao déficit primário e financeiro), ele mencionou uma inflação de 157,5% ao ano, uma dívida bruta do setor público de US$419,2 bilhões, reservas brutas no Banco Central de US$21,1 bilhões e uma dívida em Leliq de $23 trilhões de pesos, o que gera "uma emissão de mais de $2 trilhões por mês em juros".[42] Milei sempre defendeu, durante a campanha eleitoral, medidas de choque e um forte ajuste no setor público. O ministro da economia designado é Luis Caputo[33], e o presidente do Banco Central da República Argentina designado é Santiago Bausili.[43]

Reforma do Estado[editar | editar código-fonte]

Para reduzir o déficit fiscal, Milei propôs uma política de austeridade focada na redução do orçamento das organizações públicas nacionais, com o objetivo de reduzir 5 pontos do PIB em gastos públicos, o que representa o atual déficit orçamental do Estado argentino.[44] A primeira medida, ao chegar ao gabinete presidencial após sua posse, foi a assinatura do Decreto 8/2023[36], que reduziu o número de ministérios de 18 para 9, o número de secretarias, de 106 para 54 e o número de subsecretarias, de 182 a 140.[45] Milei também ordenou o fim do Home office (e a exigência de trabalho 100% presencial) para funcionários públicos e a revisão de despesas e contratações de todos os ministérios restantes que foram realizadas no último ano, com o objetivo de “constatar contratações irregulares”.[46][47] Também foi anunciada a não renovação de contratos de trabalho do Estado com menos de um ano de vigência.[48]

Em dezembro de 2023, foi anunciado pelo porta-voz de Milei, Manuel Adorni, um corte orçamentário avaliado em US$3 bilhões anuais em "despesas operacionais", o que incluiria a redução da frota de carros presidenciais, a venda de dois aviões da empresa YPF, a redução de motoristas de funcionários públicos para 50% e a redução da manutenção de pinturas da residência oficial.[49] No mesmo mês, por meio do Decreto 84/2023[50], Milei anunciou que não renovará o contrato de 7 mil funcionários públicos que ingressaram no Estado Argentino no ano de 2023.[51]

Medidas econômicas[editar | editar código-fonte]

No dia 12 de dezembro, o ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou um pacote de ajustes com o objetivo de “neutralizar a crise e estabilizar as variáveis ​​econômicas”, apelidado pela imprensa argentina de Plano Motosserra (uma referência à motosserra que Milei utilizou em sua campanha eleitoral e o simbolismo que a mesma carrega com o corte de gastos). Entre as medidas elencadas, estão a suspensão da publicidade do governo por um período de um ano (em 2023 foram gastos 34 bilhões de pesos com este tipo de propaganda), a redução ao mínimo possível das transferências do Estado nacional para as províncias, a suspensão das licitações de obras públicas e o cancelamento das que não foram iniciadas (anunciando que estas serão realizadas pela iniciativa privada), a redução dos subsídios às tarifas de energia e transportes e a desvalorização do peso (US$1 dólar passará a valer 800 pesos).[48] Junto a isso, o governo também anunciou o aumento temporário do Imposto PAIS (que é emergencial e tem como foco tributar a compra de moedas estrangeiras). Este aumento irá incidir exclusivamente nas importações e retenções sobre exportações não agrícolas. Foi também anunciado que, posteriormente, todos os direitos de exportação serão eliminados, por considerarem que “prejudicam o desenvolvimento”.[52][53]

Decreto de Necessidade e Urgência[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Decreto 70/2023

Em 20 de dezembro de 2023, Milei anunciou um 'decretaço' em que modifica ou revoga mais de 350 normas, permitindo a desregulamentação da economia argentina. O texto, publicado por meio de um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), entrou em vigor no dia seguinte, dia 21. Entre as principais medidas, estão:

  1. A revogação da Lei do Aluguel, que estabelecia contratos de três anos e a proibição de acordos que fossem feitos em dólares. Com a mudança, os contratos terão dois anos e poderão ser negociados na moeda estrangeira. Também houve a revogação da Lei de Abastecimento, da Lei das Gôndolas, da Lei Nacional de Compras, da Lei de Promoção Industrial, da Lei de Promoção Comercial, da Lei de Terras, e também a revogação do Observatório de Preços do Ministério da Economia. A regulamentação que impedia a privatização de empresas públicas também foi revogada junto ao regime das empresas estatais.[54]
  2. A “transformação de todas as empresas estatais em sociedades anônimas para posterior privatização”.[54]
  3. A modificação da Lei de Combate ao Fogo, do Código Civil e Comercial para reforçar o princípio da liberdade contratual entre as partes, a modificação do marco regulatório de medicamentos pré-pagos e obras sociais e a modificação da Lei das Sociedades por Ações para que os clubes de futebol possam se tornar corporações.[54]
  4. Reforma trabalhista: limitação do direito à greve (trabalhadores de setores essenciais como saúde, educação, transporte e telecomunicações só poderão entrar em greve caso 75% dos serviços sejam mantidos)[55], prorrogação do período de experiência de três a oito meses (sendo que este contrato pode ser encerrado por qualquer uma das partes a qualquer momento, sem o direito à indenização)[55][56] e a redução geral de indenizações (uma mudança no cálculo, no qual o trabalhador demitido receberá um mês de salário para cada ano trabalhado - atualmente, o trabalhador argentino tem direito à uma série de benefícios extras).[55][57]
  5. Reforma do Código Aduaneiro para facilitar o comércio internacional.[54]

Sessões extraordinárias do Congresso Nacional também foram convocadas para discutir este decreto proposto por Milei.[58] Assim que foi anunciado, protestos foram registrados em vários pontos do país, como panelaços na cidade de Buenos Aires e grandes manifestações nas portas do Congresso.[59] Especialistas em direito constitucional afirmam que o decreto não atende aos requisitos exigidos pela Constituição Nacional da Argentina.[60][61], levando ao questionamento da constitucionalidade do mesmo. A organização social Observatório do Direito a Cidade entrou com um recurso para que o 'decretaço' fosse anulado na Justiça Argentina, que aceitou o pedido e irá analisá-lo.[62]

Milei afirmou que fará um plebiscito sobre seu DNU (Decreto de Necessidade e Urgência) caso o mesmo seja rejeitado pelo Congresso, embora os resultados de um plebiscito não sejam vinculativos caso sejam convocados pelo Presidente da República; sendo esta uma prerrogativa exclusiva do legislativo argentino.[63] Em 14 de março de 2024, o decretaço foi rejeitado pelo Senado da Nação Argentina, quando obteve 42 votos contrários, 25 votos favoráveis, 4 abstenções e uma ausência. Inicialmente, Milei não queria que o decretaço fosse votado pelo Senado, mas a discussão e a votação foi convocada mesmo assim pela vice-presidente Victoria Villaruel, também presidente do Senado. Apesar desta decisão, o DNU irá seguir para a Câmara dos Deputados e continuará valendo devido à medida provisória. Depois da rejeição do DNU pelo Senado, o gabinete de governo postou uma nota no X (antigo Twitter) criticando a decisão e repetindo um discurso de Milei que foi direcionado aos legisladores:

"O presidente apresentou duas alternativas, o acordo ou o confronto. Chegou o momento da classe politica decidir de que lado da história quer ficar". [64]

Lei Ônibus[editar | editar código-fonte]

Junto com o anúncio do decreto, Milei enviou ao Congresso da Nação Argentina um pacote de leis com uma série de reformas no Estado argentino; estas sendo de caráter econômico, eleitoral e penal. O documento, chamado de "Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos" possui cerca de 183 páginas e 664 artigos, e por seu tamanho e abrangência, é conhecida como "Lei Ônibus" (Ley ómnibus). Além das inúmeras reformas, o texto declara "emergência pública em questões econômicas, financeiras, fiscais, previdenciárias, de segurança, administrativas e sociais" até dezembro de 2025, com possibilidade de prorrogação por dois anos.

Alguns dos pontos centrais dessa lei são:

  1. Privatizações de 41 empresas estatais, entre elas, as Aerolíneas Argentinas, o Banco de la Nación e a Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF).
  2. Desregulação de diversos setores; como o fim da regulação do preço de livros.
  3. Aposentadoria - haverá mudança em relação ao cálculo anterior de reajuste; embora uma nova fórmula não tenha sido estabelecida. O texto afirma que o Poder Executivo poderá realizar aumentos periódicos para atender de forma prioritária os beneficiários que possuem aposentadorias menores.
  4. A criminalização de manifestações ou reuniões de 3 ou mais pessoas com o objetivo de impedir ou dificultar o funcionamento dos transportes terrestres, aquáticos ou aéreos. Também se aplica ao impedimento dos serviços públicos de comunicações e do fornecimento de água e eletricidade. A pena para quem infringir a legislação será de 1 a 3 anos de prisão.[65]

No dia 24 de janeiro de 2024, o governo obteve as assinaturas necessárias para aprovar o parecer inicial desta lei. O projeto foi debatido na Câmara de Deputados e aprovado no dia 2 de fevereiro, com 144 votos positivos e 109 votos negativos, após uma maratona de debates que durou cerca de três dias. Além da própria bancada do La Libertad Avanza, o projeto também teve apoio total dos blocos Proposta Republicana, Innovación Federal e quase todos os deputados do União Cívica Radical e o Hacemos Coalición Federal. No entanto, o texto foi desfigurado durante as negociações e a sua versão final perdeu metade de seu conteúdo original.[66]

No dia 6 de fevereiro de 2024, a Câmara começou a votar nos artigos individuais da Lei Ônibus e o governo passou a sofrer derrotas maciças, perdendo apoio de deputados de províncias leais à governadores peronistas. O governo, esperando e temendo uma possível rejeição do artigo que fala sobre as privatizações, decidiu interromper a votação do projeto, encerrar o debate e enviá-lo de volta à comissão, para que este pudesse ser debatido do zero. Embora Milei tivesse obtido a aprovação para governar por decreto por pelo menos um ano, a oposição colocou limitações neste poder delegado ao presidente.[67][68]

Conflito com governadores[editar | editar código-fonte]

Após diversos artigos do projeto da Lei Ônibus terem sido rejeitados pelos deputados ligados aos governadores de várias províncias argentinas, Milei passou a tomar uma série de medidas para cortar recursos às mesmas como uma forma de retaliação.[69] Em fevereiro de 2024, seu governo anunciou a eliminação do Fundo de Compensação dos Transportes Públicos, uma espécie de subsídio nacional pago pelo Estado Argentino para o transporte público em todo o país.[70][71] Além disso, deu fim ao Fundo Nacional de Incentivo aos Professores (FONID), um fundo financiado pela Nação Argentina desde 1998 e que fornecia recursos às províncias para melhorar os salários dos professores.[72][73] O governador Ignacio Torres, da província de Chubut, a segunda maior produtora de petróleo do país, ameaçou cortar o fornecimento de petróleo e gás caso Milei não liberasse uma verba bilionária que havia sido retida para a província.[74]

Reforma eleitoral[editar | editar código-fonte]

O ministro do Interior Guillermo Francos propôs a implementação de uma reforma eleitoral, que inclui a eliminação das primárias abertas, simultâneas e obrigatórias (PASO) e a passagem a um sistema de voto único, em papel ou eletrônico.[75] Estas questões são debatidas há anos na Argentina e a implementação do voto único já foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 2022.[76] A medida que elimina as primárias abertas (PASO) foi incluída na Ley ómnibus encaminhada para o Congresso Nacional em 27 de dezembro de 2023[77] e ainda estabelece a adoção do voto distrital para a eleição da Câmara de Deputados, um sistema semelhante ao que é adotado nos Estados Unidos.[65] Também foram incluídas modificações no financiamento dos partidos políticos e a retirada de sanções para candidatos que não participem dos debates.[78]

Segurança[editar | editar código-fonte]

A ministra da segurança é Patricia Bullrich, que já havia ocupado o mesmo cargo durante a presidência de Mauricio Macri. Ao longo da campanha eleitoral, um tópico bastante debatido foi o combate ao crime, e Milei sempre criticou a chamada “Doutrina Zaffaroni”, que acusa de colocar o criminoso como vítima. Milei propôs uma reforma na lei de segurança interna, defesa nacional e inteligência, e a modificação do “sistema prisional e do código de processo penal”.[79] O primeiro fato relacionado à segurança ocorreu na própria posse presidencial, onde, durante a caravana que se dirigia à Casa Rosada, um homem jogou uma garrafa de vidro em Milei, atingindo um membro de sua segurança e o ferindo. Logo após o incidente, o homem foi preso.[80]

A questão dos piquetes (bloqueio às ruas) foi um tema recorrente durante a campanha eleitoral. Milei sempre mencionou que iria garantir o direito à livre circulação dos cidadãos, prejudicado pelo fechamento de ruas, principalmente na cidade de Buenos Aires. Em seu discurso inaugural, Milei afirmou que “Quem corta não recebe”, o que implica que qualquer pessoa que participasse de um bloqueio às ruas não receberia qualquer benefício social do governo.[81]

No dia 14 de dezembro, a ministra Bullrich, em coletiva de imprensa, apresentou o novo “Protocolo de Ordem Pública” de aplicação nacional. Entre os itens do protocolo, estão:

  1. As quatro forças federais, com a ajuda do serviço penitenciário federal, intervirão diante de bloqueios, sejam eles parciais ou totais. Também foi dito que será empregada a força necessária e suficiente para casos como esse, proporcional à resistência.
  2. O uso destas forças permanecerá até que o espaço de circulação seja liberado.
  3. O governo prometeu identificar autores e instigadores dos bloqueios; o mesmo acontecerá com os veículos e seus motoristas. Os dados dos autores, cúmplices, participantes, instigadores e organizadores serão enviados às autoridades competentes.
  4. A atuação também será feita em estações de trem, caso seja percebida a presença de pessoas possuindo materiais que devem ser apreendidos.
  5. Em caso de estrangeiros com residência provisória, será enviada a informação à Direção Nacional de Migrações.
  6. Um juíz será notificado caso ocorra algum dano ambiental nas manifestações.
  7. Caso crianças ou adolescentes participem dos piquetes, as devidas autoridades responsáveis pela proteção dos mesmos serão avisados.
  8. Manifestantes poderão se manifestar em calçadas, mas não poderão bloquear as ruas. Sanções severas serão aplicadas aos infratores responsáveis pelo impedimento à livre circulação de cidadãos. Se houver crime em flagrante, haverá intervenção.
  9. Eventuais custos ligados às operações de segurança serão cobrados de organizações ou dos indivíduos responsáveis, por meio de "faturas".[82][83][84]

Em 27 de dezembro de 2023, na própria Lei Ônibus, foi proposto o aumento de penas em caso de realização de piquetes: de cerca de três meses a dois anos para até três anos e meio. Este aumento permite que a pena seja cumprida de maneira efetiva, já que só é permitido cumprir pena a partir dos três anos de condenação.[85] O governo também pediu que qualquer manifestação deve ser informada ao Ministério de Segurança argentino com 48 horas de antecedência, a quem caberá a decisão final sobre a legalidade da mesma ou não. No mesmo projeto, foi apresentada a ampliação do conceito de "legítima defesa", tanto pra casos de agressão sexual, quanto para às forças policiais, que se aproveitariam de uma maior proteção legal.[86][87]

Intervenção na Telám e em outras estatais[editar | editar código-fonte]

Em março de 2024, Milei anunciou uma intervenção de um ano na agência de notícias estatal Telám. Ele afirmou que ela era usada nas últimas décadas como uma "agência de propaganda kirchnerista", que as empresas públicas na Argentina estão em "situação de emergência pública" em questões econômicas, financeiras e fiscais desde 20 de dezembro de 2023 e que é necessária uma "profunda reorganização nas empresas públicas".[88] A Telám operava desde 1945 no país e é a única que possuia correspondentes em todas as províncias argentinas.[89]

Política externa[editar | editar código-fonte]

A Ministra das Relações Exteriores é Diana Mondino. Ela era um dos nomes cotados na campanha de Milei para assumir o cargo[90], e durante o período eleitoral, havia proposto que a Argentina parasse de interagir com o Brasil e a China.[91] O próprio Milei afirmou que o alinhamento geopolítico que a Argentina passaria a adotar seria com países como os Estados Unidos e Israel, e ao se referir a uma possível entrada do país nos BRICS, falou que "não impulsionaria um acordo com comunistas", embora tenha afirmado que a iniciativa privada pudesse comercializar com quem bem quisesse.[92] Em seguida, foi confirmada a informação de que a Argentina não entraria nos BRICS em 2024.[93]

Logo após assumir o cargo de presidente, Milei enviou uma carta à OCDE com um pedido formal para o início das negociações da entrada da Argentina na organização. Ele também pediu para que esta entrada seja feita o mais rápido possível[94], ainda que o processo de adesão do país possa levar seis anos para ser concluído.[95] O convite da OCDE para que o país se unisse ao bloco foi feito em 2022, e a chanceler Diana Mondino iniciou um périplo de 36 horas na França em 20 de dezembro de 2023, onde foram realizadas 12 reuniões com empresários, diplomatas e membros do governo francês, com o objetivo principal de “avançar na sua incorporação na OCDE, um dos objetivos de Javier Milei na sua gestão".[96] Um dos objetivos desta viagem era garantir que o presidente francês Emmanuel Macron se tornasse um aliado na Europa, no caso de tratativas para se chegar a acordos diplomáticos e empreender negociações comerciais.[97]

Em dezembro de 2023, como demonstração dos novos rumos da política externa de Milei, foi anunciado que o país não terá representação diplomática em países como Venezuela, Cuba e Nicarágua. A chanceler argentina também foi instruida a votar contra à adesão da Nicarágua na Organização dos Estados Americanos (OEA) e para que Cuba seja condenada nos organismos multilaterais de direitos humanos.[98]

No dia 17 de janeiro de 2024, Milei viajou, juntamente com membros do seu gabinete à sede do Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça, onde participou como orador na referida conferência. No seu discurso, destacou que não existem diferenças substanciais entre comunistas, nazistas e sociais-democratas e que o Ocidente estaria em perigo pela influência dos modelos coletivistas e infiltração do pensamento neo-marxista.[99] Milei também se manifestou contra o aborto, o feminismo[100], o estatismo, negou as mudanças climáticas[101] e defendeu o capitalismo, chamando os empresários presentes na conferência de "heróis".[102] Após o seu discurso, reuniu-se com David Cameron, ex-primeiro ministro do Reino Unido e Secretário de Relações Exteriores e um dos assuntos discutidos foi a questão da soberania das Ilhas Malvinas.[103] Um mês depois do encontro, em visita às ilhas, Cameron afirmou que não há qualquer discussão aberta sobre a soberania do arquipélago e que a situação não irá mudar.[104]

Milei também fez uma viagem à Itália em 12 de fevereiro e se encontrou com a primeira-ministra Giorgia Meloni e o presidente Sergio Mattarella[105] e ao Vaticano, onde se encontrou com o Papa Francisco. Ele aproveitou a ocasião para se desculpar por declarações anteriores, nas quais ofendeu abertamente o líder religioso.[106]

Relações diplomáticas com Israel[editar | editar código-fonte]

Em 12 de dezembro de 2023, a Argentina mudou sua posição diante da ONU em relação ao Conflito israelo-palestino de 2023; inicialmente o país havia votado a favor de um cessar-fogo em outubro (durante a gestão de Alberto Fernández) e se absteve na resolução de dezembro, um aceno de Milei a Israel no conflito.[107] No início de fevereiro de 2024, Milei fez uma viagem à Israel, onde se encontrou com o presidente Isaac Herzog e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele aifrmou que a visita à Jerusalém serviu para aprofundar as relações bilaterais entre Israel e Argentina. Ele confirmou em encontro ao chanceler israelense Israel Katz que pretende transferir a sede da embaixada argentina para Jerusalém.[108] Milei visitou as zonas afetadas pela Guerra entre Israel-Hamas, onde também teve a oportunidade de se reunir com familiares de reféns e também visitou o Muro das Lamentações e o Yad Vashem, o museu do Holocausto em Israel.[109]

Mercosul[editar | editar código-fonte]

Durante a campanha eleitoral, em agosto de 2023, Milei afirmou que, caso eleito, a Argentina deixaria o Mercosul[110]. Todavia, semanas depois, isto foi desmentido pela chanceler de Milei, Diana Mondino, que afirmou que os laços diplomáticos com o bloco seriam mantidos, embora ela afirme que o Mercosul "envelheceu" e precisa de uma reformulação.[111] Desde que a gestão de Diana Mondino como chanceler se iniciou, um de seus objetivos é concretizar o Acordo comercial do Mercosul e União Europeia o quanto antes, depois de décadas de negociações estagnadas.[112] No dia 7 de dezembro, o governo de Alberto Fernández rejeitou a assinatura do acordo, apesar do pedido de Mondino, afirmando que ele “terá um impacto negativo na indústria do Mercosul”.[113] Com a mudança de gestão, as negociações para que o acordo possa ser alcançado se reiniciaram, e estas envolveram diretamente reuniões com parlamentares europeus e embaixadores do G7.[114][115]

Relações com a China[editar | editar código-fonte]

Embora Milei seja um ferrenho crítico do governo chinês, ao ponto de chamar Xi Jinping de "assassino" com o qual não se faz comércio, o presidente argentino acabou voltando atrás e escreveu uma carta direcionada à Pequim pedindo o desbloqueio de um crédito bilionário, oriundo da renovação de um acordo de swap cambial do governo antecessor.[116] Todavia, o governo chinês decidiu congelar o envio deste empréstimo até que Milei prove que os gestos de aproximação com o país asiático sejam sinceros. Havia uma expectativa de Milei e de seu ministro da economia, Luis Caputo, que este crédito fosse liberado para a quitação de dívidas que podem vencer nas próximas semanas.[117]

Notas

  1. Inclui 41 deputados do La Libertad Avanza, 37 da Propuesta Republicana, e outros 6 deputados de outros partidos.
  2. Inclui 7 senadores do La Libertad Avanza, 6 da Propuesta Republicana e 1 do Compromiso Tucumán

Referências

  1. Paladini, Eduardo (11 de abril de 2022). «Javier Milei decidió que será candidato a presidente: qué tiene, cuánto mide y a quiénes quiere sumar» [Javier Milei decided that he will be a candidate for president: what he has, how tall he is and who he wants to join]. Clarín (em espanhol). Consultado em 11 de dezembro de 2023. Arquivado do original em 11 de dezembro de 2023 
  2. «Ultraliberal Javier Milei convida defensora da ditadura argentina para ser sua vice nas eleições». Estadão. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  3. «Javier Milei, an Argentine libertarian, is rising in the polls». The Economist. 4 de maio de 2023. ISSN 0013-0613. Consultado em 11 de dezembro de 2023. Arquivado do original em 16 de agosto de 2023 
  4. «Javier Milei es el candidato más votado en las PASO: Massa, segundo y Bullrich ganó su interna». www.ambito.com. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  5. «Milei tem chances? Veja as viradas históricas nas eleições argentinas desde 1983». Exame. 23 de outubro de 2023. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  6. LPO. «Milei es el candidato más votado y desplazó al peronismo al tercer lugar». www.lapoliticaonline.com (em espanhol). Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  7. «Sergio Massa e Javier Milei vão disputar o 2º turno na Argentina». G1. 23 de outubro de 2023. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  8. Craveiro', 'Rodrigo (26 de outubro de 2023). «Eleições na Argentina: Bullrich e Macri anunciam apoio a Milei». Mundo. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  9. PODER360 (25 de outubro de 2023). «Milei publica montagem sobre apoio de Bullrich». Poder360. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  10. «Argentina divulga resultado final das eleições: Milei teve 55,65%, e Massa, 44,35%». G1. 28 de novembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  11. Bayer, Lili; Jones, Sam; Phillips, Tom; Salomón, Josefina (20 de novembro de 2023). «Trump and Bolsonaro salute Javier Milei as far right rejoice around the world». The Guardian. ISSN 0261-3077. Consultado em 11 de dezembro de 2023. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2023 
  12. Carmo, Marcia; Corrêa, Alessandra (21 de novembro de 2023). «Milei presidente: En qué se parece el político argentino a Trump y Bolsonaro» [President Milei: How the Argentine politician is similar to Trump and Bolsonaro]. BBC Mundo (em espanhol). Consultado em 30 de novembro de 2023. Arquivado do original em 4 de dezembro de 2023 
  13. Nicas, Jack (19 de novembro de 2023). «Argentina Elects Javier Milei in Victory for Far Right». The New York Times. ISSN 0362-4331. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  14. «Javier Milei will be Argentina's first libertarian president». The Economist. ISSN 0013-0613. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  15. TÉLAM. «Javier Milei es el primer economista que accede a la Presidencia en la historia argentina». www.telam.com.ar (em espanhol). Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  16. «Milei e Fernández se encontram para dar início à transição de governo na Argentina - SBT News». www.sbtnews.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  17. «Papa Francisco envía un rosario bendecido a Javier Milei – DW – 25/11/2023». dw.com (em espanhol). Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  18. «Milei e FMI discutem plano de ajuste fiscal e programa monetário». R7.com. 25 de novembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  19. «Javier Milei y Victoria Villarruel en el Congreso: la Asamblea Legislativa proclamó la fórmula presidencial». LA NACION (em espanhol). 29 de novembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  20. a b deutschewelle. «Quem são os ministros de Javier Milei na Argentina». Terra. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  21. CNN, Da. «Javier Milei toma posse como presidente da Argentina». CNN Brasil. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  22. «Milei pintou o quadro catastrófico da Argentina e a herança maldita para anunciar ajuste e choque na economia». G1. 10 de dezembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  23. reuters. «Milei alerta para inevitável choque econômico na Argentina em discurso de posse». Terra. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  24. a b deutschewelle. «Quem são os ministros de Javier Milei na Argentina». Terra. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  25. ««BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - MINISTERIO DE INFRAESTRUCTURA - Decreto 216/2024».». 5 de março de 2024. Consultado em 9 de março de 2024 
  26. Segundo, iG Último (11 de dezembro de 2023). «Quem é Karina Milei, irmã do presidente, nomeada secretária-geral». Portal iG. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  27. Mayol, Por Federico (7 de dezembro de 2023). «Javier Herrera Bravo será el secretario Legal y Técnico que cuidará la firma de Javier Milei». infobae (em espanhol). Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  28. Página|12 (30 de dezembro de 2023). «Eduardo Serenellini, nuevo secretario de Medios | Reemplaza a Belén Stettler, que duró 19 días en el cargo». PAGINA12 (em espanhol). Consultado em 8 de março de 2024 
  29. «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - JEFATURA DE GABINETE DE MINISTROS - Decreto 1/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  30. «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - MINISTERIO DEL INTERIOR - Decreto 2/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  31. «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - MINISTERIO DE RELACIONES EXTERIORES, COMERCIO INTERNACIONAL Y CULTO - Decreto 3/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  32. «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - MINISTERIO DE DEFENSA - Decreto 4/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  33. a b «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - MINISTERIO DE ECONOMÍA - Decreto 5/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  34. «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - MINISTERIO DE SEGURIDAD - Decreto 6/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  35. «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - MINISTERIO DE SALUD - Decreto 7/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  36. a b «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - LEY DE MINISTERIOS - Decreto 8/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  37. «Milei derruba regra que impedia nepotismo e nomeia a irmã para o primeiro escalão; veja primeiros decretos do presidente da Argentina». G1. 11 de dezembro de 2023. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  38. «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - SECRETARÍA GENERAL - Decreto 13/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  39. PODER360 (26 de janeiro de 2024). «Após vazamento de reuniões, Milei demite ministro, diz jornal». Poder360. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  40. O TEMPO (27 de janeiro de 2024). «Milei demite ministro e elimina sua pasta em menos de 2 meses de governo». O Tempo. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  41. perfilbrasil. «"Nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos recebendo", diz Milei no primeiro discurso como presidente». Terra. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  42. «La Argentina, en grave crisis. Esta es la pesada herencia que deberá gestionar Javier Milei». LA NACION (em espanhol). 10 de dezembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  43. «BOLETIN OFICIAL REPUBLICA ARGENTINA - BANCO CENTRAL DE LA REPÚBLICA ARGENTINA - Decreto 19/2023». www.boletinoficial.gob.ar. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  44. PODER360 (10 de dezembro de 2023). «Milei toma posse na Argentina e diz ter recebido "pior herança"». Poder360. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  45. Agências (12 de dezembro de 2023). «Milei suspende propaganda oficial na Argentina e corta 34% dos cargos públicos | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  46. «Fim do home office e revisão de cargos e contratos públicos: como foi o 1º dia de trabalho de Javier Milei». G1. 12 de dezembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  47. PODER360 (11 de dezembro de 2023). «Milei pede revisão de nomeações feitas durante governo de Fernández». Poder360. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  48. a b «'Plano Motosserra': os 9 pontos do ajuste fiscal que o governo Milei anunciou na Argentina». G1. 13 de dezembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  49. PODER360 (16 de dezembro de 2023). «Argentina anuncia venda de carros e aviões da frota presidencial». Poder360. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  50. «Argentina.gob.ar». Argentina.gob.ar (em espanhol). Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  51. perfilbrasil. «Milei não renovará contrato de 7 mil funcionários públicos». Terra. Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  52. «Após pacote fiscal, governo Milei quer mexer no Imposto de Renda e na aposentadoria». O Globo. 13 de dezembro de 2023. Consultado em 8 de março de 2024 
  53. Barca, Juan Manuel (12 de dezembro de 2023). «Arranca el ajuste de Javier Milei: dólar oficial a $ 800, suben la luz y el gas, y habrá cambios en jubilaciones». Clarín (em espanhol). Consultado em 8 de março de 2024 
  54. a b c d «Reforma trabalhista, privatizações, aluguéis: os principais pontos do decreto de Milei». G1. 21 de dezembro de 2023. Consultado em 21 de dezembro de 2023 
  55. a b c «Javier Milei anuncia decreto com mais de 360 medidas para desregulamentar a economia». G1. 22 de dezembro de 2023. Consultado em 24 de dezembro de 2023 
  56. «El DNU de Milei incluye la extensión del período de prueba laboral de 3 a 8 meses». Todo Noticias (em espanhol). 21 de dezembro de 2023. Consultado em 21 de dezembro de 2023 
  57. «La reforma laboral por decreto de Javier Milei: límites al derecho a huelga, cambios en las indemnizaciones y un golpe a la caja sindical». LA NACION (em espanhol). 21 de dezembro de 2023. Consultado em 21 de dezembro de 2023 
  58. «Javier Milei dispuso por decreto una masiva reforma de leyes y regulaciones económicas». LA NACION (em espanhol). 21 de dezembro de 2023. Consultado em 21 de dezembro de 2023 
  59. PODER360 (21 de dezembro de 2023). «Argentinos fazem panelaço contra super pacote econômico de Milei». Poder360. Consultado em 21 de dezembro de 2023 
  60. «Duras críticas de constitucionalistas al megadecreto de Javier Milei: sostienen que avanzó sobre facultades exclusivas del Congreso». LA NACION (em espanhol). 21 de dezembro de 2023. Consultado em 24 de dezembro de 2023 
  61. Santoro, Daniel (21 de dezembro de 2023). «Constitucionalistas polemizan por el uso de DNU por parte de Javier Milei para desregular la economía». Clarín (em espanhol). Consultado em 24 de dezembro de 2023 
  62. redacaoterra. «Justiça vai analisar 'decretaço' de Milei que revoga centenas de leis na economia». Terra. Consultado em 24 de dezembro de 2023 
  63. «Até onde Milei pode ir com a ameaça de aprovar seu megadecreto por plebiscito?». G1. 27 de dezembro de 2023. Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  64. «Senado argentino rejeita 'decretaço' de Milei». G1. 14 de março de 2024. Consultado em 15 de março de 2024 
  65. a b PODER360 (27 de dezembro de 2023). «Milei envia ao Congresso pacote que amplia reforma do Estado». Poder360. Consultado em 28 de dezembro de 2023 
  66. «Câmara de Deputados da Argentina aprova versão geral de 'Lei Ônibus' de Milei». O Globo. 2 de fevereiro de 2024. Consultado em 8 de março de 2024 
  67. «Revés para el Gobierno: la oposición limita las facultades del Milei y la ley ómnibus vuelve a comisión». Perfil (em espanhol). 6 de fevereiro de 2024. Consultado em 8 de março de 2024 
  68. Anhanguera, O. «Milei sofre derrota na Câmara e reformas devem voltar a ser discutidas do zero». O Anhanguera. Consultado em 8 de março de 2024 
  69. «Milei corta verba de províncias e abre crise política na Argentina». Agência Brasil. 28 de fevereiro de 2024. Consultado em 4 de abril de 2024 
  70. PODER360 (9 de fevereiro de 2024). «Milei corta subsídios do transporte público na Argentina». Poder360. Consultado em 4 de abril de 2024 
  71. Maza, Por Agustín (8 de fevereiro de 2024). «El Gobierno decidió eliminar un fondo que subsidiaba a empresas de colectivos en el interior». infobae (em espanhol). Consultado em 5 de abril de 2024 
  72. AbrilAbril (4 de abril de 2024). «Professores argentinos em greve contra medidas de Milei». AbrilAbril. Consultado em 5 de abril de 2024 
  73. «Inicio de clases 2024: ¿qué es el FONID, el fondo docente que no prorrogó el gobierno de Javier Milei? - Chequeado» (em espanhol). 20 de fevereiro de 2024. Consultado em 5 de abril de 2024 
  74. «Petróleo vira arma na guerra de Milei com governadores, expondo novas fissuras no governo». www.folhape.com.br. Consultado em 5 de abril de 2024 
  75. Galligani, Por Federico (14 de dezembro de 2023). «Tras los anuncios económicos, el Gobierno va por la reforma electoral: boleta única y eliminación de las PASO». infobae (em espanhol). Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  76. Millenaar, Por Federico (9 de junho de 2022). «La oposición logró aprobar la Boleta Única en Diputados y ahora el oficialismo buscará frenar su avance en el Senado». infobae (em espanhol). Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  77. Berón, Gustavo (27 de dezembro de 2023). «Milei incluyó en su ley ómnibus la derogación de las PASO». Clarín (em espanhol). Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  78. «"Ley ómnibus": la reforma electoral deroga las PASO y modifica la Cámara de Diputados». www.ambito.com. Consultado em 8 de março de 2024 
  79. «¿Qué es la doctrina Zaffaroni? La fuerte crítica de Javier Milei a la Justicia». www.cronista.com (em espanhol). 8 de outubro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  80. «Homem que jogou garrafa em Milei durante posse presidencial é preso na Argentina». UOL. 12 de dezembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  81. «Governo Milei ameaça prender em flagrante manifestantes que bloquearem ruas na Argentina». G1. 14 de dezembro de 2023. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  82. Tortella, Tiago. «Governo Milei anuncia "sanções severas" contra quem bloquear ruas para protestar». CNN Brasil. Consultado em 17 de dezembro de 2023 
  83. «Após anunciar arrocho, governo Milei lança plano para sufocar protestos na Argentina». CartaCapital. 14 de dezembro de 2023. Consultado em 8 de março de 2024 
  84. «Patricia Bullrich anunció que el Gobierno no permitirá cortes de calles ni piquetes y pidió que no usen a los niños». LA NACION (em espanhol). 14 de dezembro de 2023. Consultado em 8 de março de 2024 
  85. «Desde multas hasta penas de prisión efectiva: los cambios que quiere hacer el Gobierno para los piquetes». Todo Noticias (em espanhol). 27 de dezembro de 2023. Consultado em 9 de março de 2024 
  86. «Lei 'Ómnibus' prevê superpoderes para Milei até o fim de seu mandato». G1. 28 de dezembro de 2023. Consultado em 9 de março de 2024 
  87. «Reforma. Mayor protección legal a policías y ampliación del concepto de la legítima defensa: qué propone el proyecto de ley en seguridad». LA NACION (em espanhol). 27 de dezembro de 2023. Consultado em 9 de março de 2024 
  88. PODER360 (6 de fevereiro de 2024). «Milei decreta intervenção em empresas estatais de mídia». Poder360. Consultado em 9 de março de 2024 
  89. PODER360 (2 de março de 2024). «Milei anuncia fechamento da agência estatal de notícias "Telám"». Poder360. Consultado em 9 de março de 2024 
  90. «Elo com Brasil, piolho e órgãos: o que cotada a chanceler de Milei já falou». UOL. 22 de novembro de 2023. Consultado em 23 de dezembro de 2023 
  91. «Argentina não vai 'interagir' com Brasil e China, diz cotada a ministério». UOL. 21 de novembro de 2023. Consultado em 23 de dezembro de 2023 
  92. Agências (24 de agosto de 2023). «'Não vou impulsionar acordo com comunistas', diz Milei sobre Argentina no Brics | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 23 de dezembro de 2023 
  93. «Ministra de Javier Milei afirma que Argentina não vai integrar o grupo dos Brics». G1. 30 de novembro de 2023. Consultado em 23 de dezembro de 2023 
  94. Reuters (13 de dezembro de 2023). «Milei envia pedido formal para negociar adesão da Argentina à OCDE». Money Times. Consultado em 23 de dezembro de 2023 
  95. Pinto, Paulo Silva (11 de dezembro de 2023). «Argentina retoma entrada na OCDE». Poder360. Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  96. «Diana Mondino inició gira por Francia con intensa agenda enfocada en el ingreso a la OCDE». www.ambito.com. Consultado em 23 de março de 2024 
  97. Lejtman, Por Román (20 de dezembro de 2023). «Mondino se reúne con la canciller de Francia para avanzar en una agenda común entre Milei y Macron». infobae (em espanhol). Consultado em 23 de março de 2024 
  98. «Argentina não terá embaixadores na Venezuela, Nicarágua e Cuba». UOL. 19 de dezembro de 2023. Consultado em 23 de dezembro de 2023 
  99. «Milei alerta empresários em Davos: Não se intimidem por parasitas que vivem do Estado». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 8 de março de 2024 
  100. «Milei diz em Davos que 'Ocidente está em perigo' com o socialismo». UOL. 17 de janeiro de 2024. Consultado em 8 de março de 2024 
  101. elDiarioAR (17 de janeiro de 2024). «Milei desplegó su discurso más ultra en Davos: atacó al "feminismo radicalizado", al Estado y a la defensa del medio ambiente». elDiarioAR.com (em espanhol). Consultado em 8 de março de 2024 
  102. Conteúdo, Estadão (17 de janeiro de 2024). «Milei discursa em defesa do capitalismo e do libertarismo em Davos | Mundo e Ciência». O Dia. Consultado em 8 de março de 2024 
  103. Haczek, Ángela Reyes (17 de janeiro de 2024). «Milei aborda el diferendo sobre las Malvinas con el canciller británico». CNN (em espanhol). Consultado em 8 de março de 2024 
  104. «No discussion over Falklands, says Lord Cameron ahead of visit» (em inglês). 18 de fevereiro de 2024. Consultado em 8 de março de 2024 
  105. «Milei e Meloni se reúnem durante 1 hora em Roma». UOL. 12 de fevereiro de 2024. Consultado em 8 de março de 2024 
  106. PODER360 (12 de fevereiro de 2024). «Milei se encontra com papa no Vaticano e pede desculpas». Poder360. Consultado em 8 de março de 2024 
  107. Niebieskikwiat, Natasha (13 de dezembro de 2023). «Primer gesto contundente del gobierno de Milei a favor de su alianza con Israel». Clarín (em espanhol). Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  108. Taddeo, Luciana. «Milei se encontra com presidente de Israel e chora ao visitar Muro das Lamentações». CNN Brasil. Consultado em 8 de março de 2024 
  109. «Javier Milei visitó zonas afectadas por los ataques de Hamas en la frontera con Gaza y se reunió con familiares de rehenes». www.ambito.com. Consultado em 8 de março de 2024 
  110. Tobias, Scott Squires,Ignacio Ignacio Olivera Doll,Manuela (17 de agosto de 2023). «Quero Argentina fora do Mercosul e sem banco central, diz Javier Milei». Bloomberg Línea Brasil. Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  111. «Diana Mondino, señalada como la canciller de Milei: "El Mercosur quedó viejo"». www.ambito.com. Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  112. Maia, Mateus (26 de novembro de 2023). «Chanceler de Milei diz querer assinar acordo Mercosul-UE». Poder360. Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  113. «'Não estão reunidas as condições para assinar um acordo' Mercosul-UE, afirma chanceler argentino». Exame. 3 de dezembro de 2023. Consultado em 23 de março de 2024 
  114. «Argentina reitera voluntad de alcanzar acuerdo Mercosur-UE – DW – 19/12/2023». dw.com (em espanhol). Consultado em 23 de março de 2024 
  115. «Página en reconstrucción». www.telam.com.ar. Consultado em 23 de março de 2024 
  116. «Após atacar China durante campanha, Milei escreve a Xi Jinping para acessar U$ 5 bilhões». operamundi.uol.com.br. Consultado em 23 de dezembro de 2023 
  117. Juliboni, Márcio (19 de dezembro de 2023). «China põe Milei na geladeira e congela crédito de US$ 6,5 bi à Argentina». Money Times. Consultado em 23 de dezembro de 2023