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Absinto: diferenças entre revisões

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Para apreciação de novos odores, era servido com torrão de [[açúcar]] e [[láudano]], este último um [[opióide]]. Sem o láudano, atualmente pode ser consumido com água, que reduz a graduação alcoólica da bebida. Desta forma, sobre o copo com a bebida é colocada uma colher perfurada que sustenta o torrão de açúcar, e por onde passará a água gelada que será vertida lentamente sobre o torrão.
Para apreciação de novos odores, era servido com torrão de [[açúcar]] e [[láudano]], este último um [[opióide]]. Sem o láudano, atualmente pode ser consumido com água, que reduz a graduação alcoólica da bebida. Desta forma, sobre o copo com a bebida é colocada uma colher perfurada que sustenta o torrão de açúcar, e por onde passará a água gelada que será vertida lentamente sobre o torrão.

Terrivelmente perigosa


==Proibição==
==Proibição==

Revisão das 12h59min de 1 de fevereiro de 2011

 Nota: Se procura a planta, veja Absinto (planta).
Absinto com torrão de açúcar

Absinto destilada feito da erva Artemisia absinthium. Anis, funcho e por vezes outras ervas compõem a bebida. Ela foi criada e utilizada primeiramente como remédio pelo Dr. Pierre Ordinaire, médico francês que vivia em Couvet na Suíça por volta de 1792.[1]

É por vezes incorretamente chamado de licor, mas é na verdade uma bebida destilada.

O absinto foi especialmente popular na França, sobretudo pela ligação aos artistas parisienses de finais do século XIX e princípios do século XX, até a sua proibição em 1915, tendo ganho alguma popularidade com a sua legalização em vários países. É também conhecido popularmente de fada verde (La Fée Verte) em virtude de um suposto efeito alucinógeno. Charles Baudelaire, Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, Van Gogh, Oscar Wilde, Henri de Toulouse-Lautrec e Aleister Crowley eram adeptos da fada verde.

Aparência e consumo

Rótulo demonstrando a graduação alcoólica: 60% vol.

Tem geralmente uma cor verde-pálida, transparente ou, no caso de envelhecido, castanho claro.

Criada originalmente como infusão medicinal pelo médico francês, com uma porcentagem de álcool muito elevada de 40% e 85%, na Belle Epoque tornou-se a bebida da moda, contando com certo poder alucinogénio da planta Artemisia absinthium que a integrava e que deu nome à bebida.

Para apreciação de novos odores, era servido com torrão de açúcar e láudano, este último um opióide. Sem o láudano, atualmente pode ser consumido com água, que reduz a graduação alcoólica da bebida. Desta forma, sobre o copo com a bebida é colocada uma colher perfurada que sustenta o torrão de açúcar, e por onde passará a água gelada que será vertida lentamente sobre o torrão.

Terrivelmente perigosa

Proibição

Na Europa do início do século XX o absinto pode ser considerado uma de droga de massas, levando a população ao alcoolismo e, segundo médicos da época, ocasionando outros problemas de saúde, inclusive mentais, tais como: epilepsia, suicídio e loucura.

Em 1873, após noite de consumo de absinto, o poeta Paul Verlaine atirou em Arthur Rimbaud, seu amante na ocasião. Van Gogh, além de suas perturbações inatas, estava sob o efeito do absinto quando cortou a própria orelha e agrediu Gauguin.[2]

Na Suíça, considera-se que cerca de 40% da população adulta era dependente da "fada verde". Em 1912, cerca de 220 milhões de litros de absinto eram produzidos na França.[2] O consumo de absinto na França era tão elevado que a hora do consumo foi apelidada de hora verde, entre 17:00 e 19:00 da noite.[3][4]

Além dos males causados à saúde popular, o absinto foi responsável pelo aumento da criminalidade. Em 1905, Jean Lanfray assassinou sua família com uma espingarda após grande consumo de outros tipos de álcool e de absinto.[2] Em 1908, por plebiscito popular, foi proibido na Suíça, onde 63,5% dos eleitores apoiaram a proibição. Aplicada em 1910, a lei proibiu o absinto na Suíça. Outros países seguiram e em 1913 os Estados Unidos e quase toda Europa haviam adotado a proibição. Apenas na Espanha, Portugal, Dinamarca e e Inglaterra ainda era permitido o consumo, desde que a bebida fosse produzida com quantidade limitada de tujona.[2]

Em 1999 no Brasil, foi trazida pelo empresário Lalo Zanini e legalizada no mesmo ano, porém teve de adaptar-se à lei brasileira, com teor alcoólico máximo de 54°GL.

Referências

  1. «Adega - A fada verde». Consultado em 5 de janeiro de 2010 
  2. a b c d «Fada Verde nasce em vale suíço». Swiss info. Consultado em 5 de janeiro de 2010 
  3. «Absinthism: a fictitious 19th century syndrome with present impact» (em inglês). Substanceabusepolicy.com. 10 de Maio, 2006. Consultado em 5 de janeiro de 2010  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. «L'heure verte» (em francês). heureverte.com. Consultado em 5 de janeiro de 2010 

Ligações externas

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