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Biosfera: diferenças entre revisões

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* Bioma [[Deserto da Arábia]];
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* Bioma [[Deserto de Calaári]].
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julio cesa 3


=== Talassociclo ===
=== Talassociclo ===

Revisão das 21h49min de 19 de fevereiro de 2013

 Nota: Para outros significados, veja Biosfera (desambiguação).
Biosfera da Terra.

Biosfera (do grego βίος, bíos = vida; e σφαίρα, sfaira = esfera; esfera da vida) é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra. O termo foi introduzido em 1875 pelo geólogo austríaco Eduard Suess. Foi criado por analogia com outros conceitos que já existiam para nomear partes da estrutura interna da Terra, tais como litosfera (o conjunto dos sólidos da Terra), atmosfera (o conjunto dos gases da Terra) e hidrosfera (o conjunto das águas da Terra). Seguindo a mesma lógica, o termo biosfera designa o conjunto dos seres vivos da Terra e seus habitats.

Biociclos, biócoros e biomas

O conceito de biosfera pode ser interpretado como o conjunto formado pelos diferentes ecossistemas. Tendo em vista a abrangência dessa conceituação, costuma-se dividir a biosfera nos chamados biociclos, que representam conjuntos de ecossistemas dentro da biosfera. Os biociclos, por sua vez, são divididos em biócoros que podem se dividir em biomas. Existem três tipos de biociclos: epinociclo, talassociclo e limnociclo.[1]

Epinociclo

O epinociclo é o biociclo terrestre. É o conjunto dos seres vivos que vivem sobre terra firme e apresenta quatro biócoros bem distintos: as florestas, as savanas, os campos e os desertos.[1]

A biócora da floresta aparece em diversos biomas diferentes, exemplos:[1]

Alguns exemplos de biomas que apresentam a biócora da savana:[1]

Alguns exemplos de biomas que apresentam o biócoro do campo:[1]

Alguns exemplos de biomas que apresentam o biócoro do deserto:[1]

julio cesa 3

Talassociclo

O talassociclo é o biociclo marinho. É o conjunto dos seres vivos que vivem em água salgada representados pelo plâncton, nécton e benton. Os plânctons são seres microscópicos, tanto como o fitoplâncton quanto o zooplâncton; os néctons são os seres vivos macroscópicos que nadam livremente como, por exemplo, os peixes, os golfinhos etc. Os bentons são os seres vivos que passam a maior parte do tempo parados afixados nas rochas ou enterrados na areia do fundo dos mares e oceanos como, por exemplo, corais, ostras, mariscos etc. O talassociclo apresenta três biócoros distintos:[1]

  • Biócoro da zona nerítica, que vai da superfície a até 200 metros de profundidade;
  • Biócoro da zona batial, que vai de 200 a até 2000 metros de profundidade;
  • Biócoro da zona abissal, que vai de 2000 a até o fundo do oceano em profundidades que variam em torno de 11.000 metros abaixo da superfície dos oceanos.

Limnociclo

O limnociclo é o biociclo dulcícola, ou seja, é o conjunto dos seres vivos que vivem em água doce e apresenta dois biócoros distintos:[1]

  • O biócoro das águas lênticas: Águas lênticas são águas paradas como pântanos, brejos, poças de água e lagoas de água doce e parada;
  • O biócoro das águas lóticas: Águas lóticas são águas correntes como riachos, ribeirões, rios e lagos de água doce e corrente.

Espectro biológico

O Espectro biológico é a representação dos níveis de organização da vida.

O Homem e a Biosfera

Planisfério evidenciando as regiões terrestres e marinhas de maior produtividade.

O homem, como ser vivo faz parte da biosfera, interage com os outros seres vivos mantendo relações ecológicas com eles, algumas vezes de forma harmônica, mas, na maioria das vezes de forma desarmônica, causando constantemente com isso prejuízos para a vida da biosfera em geral. A devastação de até biomas inteiros, a pesca abusiva, a substituição dos ecossistemas naturais por áreas destinadas a monoculturas e pecuária; o agronegócio em geral.

Os seres vivos não domesticados dependem uns dos outros nos ecossistemas e mantêm relações específicas entre uns e outros e todos eles também interagindo com o meio ambiente onde vivem, se o meio ambiente desaparece para ceder lugar aos agronegócios humanos todos aqueles seres vivos endêmicos daquela região, são extintos.

O homem moderno e civilizado é adaptado apenas para viver em sociedade e dentro das cidades, ele consegue viajar e acampar temporariamente em quase todos os lugares do planeta mas, não consegue mais se adaptar à vida dos indígenas, ficou impossível para o homem moderno voltar a viver nú na natureza.

Cada ser vivo tem um ambiente a que melhor se adapta, e, se o ecossistema em que ele vive for modificado pelo homem, a sobrevivência desse ser vivo é ameaçada. Do mesmo modo, outros seres vivos também são dependentes de ecossistemas que foram montados e organizados em teias alimentares, estabelecidas ao longo de milhões de gerações, e que fizeram e fazem a história da evolução genética de diversas espécies que viveram ou que ainda vivem há milhões de anos, sendo, por isso, ecossistemas bastante complexos e que, pouco a humanidade sabe como funcionam realmente.

O homem tem uma responsabilidade ainda maior que os demais seres vivos na manutenção da saúde da biosfera, pois ele, de uma forma significativamente maior, pode compreender o quão complexas e intrincadas são essas teias alimentares que demoraram milhões de anos em evolução para serem o que são hoje, como pode se visto através da luta pela sobrevivência dos seres vivos nas florestas e nos oceanos, cheios de vida, que por vezes, apresenta-se bastante frágil perante as consequências da interferência humana na busca desenfreada pela conquista de mais territórios sobre os ecossistemas naturais, causando com isso, a destruição destes.

Neste sentido, a UNESCO lançou, em 1971, o programa internacional "O Homem e a Biosfera" para incentivar a cooperação entre os países no sentido de conhecer e encontrar formas de evitar a degradação da biosfera.[2]

A Degradação da Biosfera

Com o avanço da ocupação humana sobre os mais diversos ecossistemas, várias têm sido as formas de impacto sobre o equilíbrio ecológico. Os seres vivos e o meio ambiente estabelecem uma interacção dinâmica, porém frágil. O grande dilema das sociedades modernas é conciliar o desenvolvimento tecnológico e a carência cada vez maior de recursos naturais com o equilíbrio da natureza.

A tentativa de conciliação ou harmonização começou a ser intensificada na década de 1980, quando se tornaram muito mais visíveis e preocupantes várias conseqüências da profunda interferência do homem na paisagem: o efeito estufa, as chuvas ácidas, as ilhas de calor nas cidades, o buraco de ozônio, a poluição dos oceanos, a grande extensão dos desmatamentos e extinção de espécies animais, o rápido esgotamento dos recursos não-renováveis, etc.

O Desenvolvimento Sustentável

O desenvolvimento sustentável proposto desde então define-se pela continuidade dos investimentos econômicos, das pesquisas tecnológicas e da exploração de matéria-prima, de tal forma que se leve em consideração não só o presente, mas também as gerações futuras. As diferentes nações têm procurado encontrar os meios de atingir a fórmula, como explorar sem destruir ou, pelo menos, diminuir os impactos ambientais.

A Degradação das Florestas

A degradação ambiental pode ser das formações vegetais, como a destruição das florestas. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, 61% das terras que hoje pertencem ao nosso país eram cobertos por matas. No Brasil, a preservação ambiental ocupa um espaço cada vez maior nos meios de comunicação que veiculam quase diariamente materiais de esclarecimento, alerta e denúncia sobre o assunto. Vários movimentos organizados, como o "S.O.S Mata Atlântica" trabalham em prol da defesa das florestas brasileiras. Quando há o rompimento do equilíbrio natural (o desmatamento das florestas) rompem-se a relação vegetação/solo que possibilita o desenvolvimento da vida vegetal e animal.

A Degradação dos Ecossistemas Marinhos

Além de reunir ecossistemas riquíssimos, os oceanos funcionam como fonte de alimento e de trabalho para milhares de pessoas em todo o mundo. Um dos principais problemas que atinge os ecossistemas próximos ao litoral, como mangues e os pântanos, é a grande concentração populacional ao longo da costa em vários países.

No caso dos recifes de coral, sua destruição é provocada pela exploração de mergulhadores, que retiram material para colecionar e vender, mas, principalmente, pela poluição das águas dos próprios oceanos. Outro fenómeno recente é o branqueamento dos corais, que é atribuído ao aquecimento global.

Mais de 80% da poluição oceânica vem do continente, trazida pelos rios, chuvas e ventos. Entre os principais poluentes, estão: agrotóxicos utilizados em plantações; plásticos, latas, metais, madeiras, resíduos industriais como metais pesados (chumbo, mercúrio, cobre, estanho); esgotos lançados sem tratamento, principalmente em países mais pobres e povoados do Terceiro Mundo.

Mas também há contaminação devida às actividades humanas no mar: óleo e petróleo derramado devido a acidentes com navios-tanques, rompimentos de dutos e emissários submarinos, lixo radiativo depositado por alguns países no fundo do mar e materiais de pesca.

Muitos desses poluentes trazem conseqüências devastadoras para a cadeia alimentar marinha. Peixes e outros animais contaminam-se com pesticidas, resíduos industriais, o que é repassado a diante para outros animais da cadeia, de maneira que o próprio homem acaba ingerindo peixes e mariscos contaminados.

O esgoto e o escoamento da área cultivada levam às águas oceânicas grande quantidades de nitrogênio e fósforo presente em detergentes e fertilizantes. Esses elementos aumentam a quantidade de algas principalmente nas regiões costeiras. Seu grande crescimento diminui o nível de oxigênio da água, sufocando as demais espécies.

Referências

  1. a b c d e f g h Cesar & Sezar. Biologia 3: genética, evolução, ecologia, embriologia. Atual Editora. capítulo VII, páginas 222 a 228.
  2. UNESCO (Brasil) - Programa "O Homem e a Biosfera"

Ver também

Referências bibliográficas

  • Coleção Biologia - 3 volumes - por César da Silva Junior e Sezar Sasson - Atual Editora - Biologia 1 - Capítulo I - Níveis de Organização - páginas 1 a 4 - São Paulo - Brasil, 1980

Ligações externas