Calímaco

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Nota: Se procura pelo escultor grego, consulte Calímaco (escultor).
Calímaco
Calímaco
Nascimento século IV a.C.
Cirene
Morte 240 a.C.
Alexandria
Ocupação poeta, bibliotecário, epigramatista, mitógrafo, elegista, escritor

Calímaco (em grego clássico: Καλλίμαχος; romaniz.:Kallímakhos; 310 a.C.240 a.C.), foi um poeta, bibliotecário, gramático e mitógrafo grego.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em Cirene[1] (atual Shahhat, Líbia), Calímaco foi educado em Atenas. Após um período em que ensinou gramática, em Elêusis, transferiu-se para o Egito onde, ao longo dos seus últimos vinte anos de vida, esteve a serviço dos reis Ptolomeu II Filadelfo e Ptolomeu III Evérgeta.

Tendo-se tornado diretor da Biblioteca de Alexandria, criou um catálogo das obras existentes naquela biblioteca - os Pinaces - com autores por ordem alfabética e com breve biografia de cada um deles. Após Zenódoto de Éfeso, Calímaco foi o segundo diretor da Biblioteca de Alexandria, seguido pelo seu discípulo Eratóstenes de Cirene.[2]

Alguns dos mais importantes poetas e gramáticos gregos foram seus alunos. Os seus epigramas estão entre as grandes criações da poesia alexandrina[1] e os seus poemas elegíacos foram, mais tarde, elogiados e utilizados como fonte de inspiração pelos gregos e pelos poetas romanos, Caio Valério Catulo, Públio Ovídio Nasão (43 a.C. - 18 a.C.) e Sextus Aurelius Propertius (43 a.C. - 17 a.C.).

Calímaco tinha uma visão muito especial da Literatura, o que o tornou num dos máximos expoentes do helenismo. Sustentava, também, uma particular concepção de epopeia,[3] sobre a qual polemizou com o seu discípulo, Apolónio de Rodes. Por outro lado, era antiaristotélico, contestando a unidade, a perfeição e a extensão defendidas pelo filósofo.

Das suas mais de 800 obras, apenas 6 hinos, 64 epigramas e fragmentos (de papiros) de outros livros chegaram até nós, dentre elas:

Obras relacionadas[editar | editar código-fonte]

Alguns epigramas foram traduzidos por José Paulo Paes em Poemas da Antologia Grega ou Palatina (São Paulo: Companhia das Letras, 1995)

Referências

  1. a b c Bigotte de Carvalho, Maria Irene (1997). Nova Enciclopédia Larousse vol. V. Lisboa: Círculo de Leitores. p. 1344. 1578 páginas. ISBN 972-42-1477-X. OCLC 959016748 
  2. [1] The MacTutor History of Mathematics archive, Universidade de Saint Andrews (Escócia). (em inglês)
  3. Calímaco era grande apreciador de Homero, a quem considerava inimitável
  4. Conhecemos esse poema apenas através de uma imitação de Catulo

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • R. Pfeiffer. Callimachus. Oxford, 1949.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Zenódoto de Éfeso
Diretores da
Biblioteca de Alexandria
260 a.C. - 240 a.C.
Sucedido por
Apolônio de Rodes