Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão

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Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão
Atividade Transporte ferroviário
Destino Fusão com a Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães
Encerramento 14 de Janeiro de 1927
Sede Portugal Portugal
Área(s) servida(s) Distritos do Porto e Braga
Locais Porto, Póvoa de Varzim, Famalicão
Antecessora(s) Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa
Sucessora(s) Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal

A Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão, originalmente conhecida como Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa, e igualmente conhecida como Companhia da Póvoa, foi uma empresa portuguesa, que construiu e explorou o troço entre as Estações de Porto-Boavista e Famalicão da Linha do Porto à Póvoa e Famalicão, em Portugal; fundiu-se com a Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães, criando a Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal, em 14 de Janeiro de 1927.[1]

História

Antecedentes, formação e construção da Linha do Porto à Póvoa e Famalicão

No dia 19 de Junho de 1873, foi deferida, ao Barão de Kessler e a Temple Ellicot, a construção e exploração de um caminho de ferro entre as cidades do Porto e da Póvoa de Varzim; um despacho de 30 de Dezembro de 1873 autorizou que se procedesse ao trespasse desta concessão para a Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa, que foi criada expressamente para aquele fim, processo que foi validado por uma portaria de 9 de Abril de 1874.[1] A linha, entre a Boavista, na cidade do Porto, e a Póvoa de Varzim, foi inaugurada em 1 de Outubro de 1875.[1]

Em 19 de Dezembro de 1876, a Companhia foi autorizada a prolongar a Linha até Famalicão, aonde se iria encontrar com a Linha do Minho; o troço até Famalicão entrou ao serviço em 12 de Junho de 1881, tendo a denominação da empresa sido alterada, de acordo com o novo traçado.[1]

Formação da Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal

Desde o início do Século XX que esta empresa se queria unir com a Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães, devido, principalmente, à proximidade das operações, uma vez que esta explorava a Linha de Guimarães, que também fazia parte da rede ferroviária secundária do Minho; a união esteve quase a fazer-se em 1908, mas sem sucesso.[1] Uma lei, datada de 20 de Junho de 1912, firmou as condições necessárias para se realizar a fusão entre estas duas Companhias, mais uma outra, que tinha recebido a concessão para construir as as Linhas do Alto Minho, de Braga a Guimarães, e de Viana a Ponte da Barca.[2] No entanto, este processo foi atrasado por vários problemas, especialmente o decorrer da Primeira Guerra Mundial, tendo a fusão entre esta empresa e a Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães ocorrido com a publicação dos novos estatutos, em 14 de Janeiro de 1927, formando a Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal.[1]

Ver também

Referências

  1. a b c d e f TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 71 (1686): 136, 137 
  2. PORTUGAL. Lei sem número, de 20 de Junho de 1912. Ministério do Fomento - Secretaria Geral. Paços do Governo da República. Publicado no Diário da República n.º 149, Série I, de 27 de Junho de 1912