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Hermann Hesse: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Hermann Hesse Desk Museum Gaienhofen.jpeg|thumb|Museu Hermann Hesse, Gaienhofen]] '''Hermann Karl Hesse''' ([[Calw]], [[2 de julho]] de [[1877]] — [[Montagnola]], [[9 de agosto]] de [[1962]]) foi um [[escritor]] e [[pintor]] [[Alemanha|alemão]], que em [[1923]] se naturalizou [[Suíça|suíço]]. Em 1946 recebeu o [[Prêmio Goethe]] e, passados alguns meses, o [[Nobel de Literatura]] "''por seus escritos inspirados que, enquanto crescem em audácia e penetração, exemplificam os ideais humanitários clássicos e as altas qualidades de estilo''".<ref name="Literatura1946">{{citar web|url=http://nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1946/index.html|titulo=Nobel Prize in Literature 1946|publicado=[[Fundação Nobel]]|acessodata=03-03-2010}}</ref>
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==Biografia==
==Biografia==
Nascido no seio de uma família muito religiosa, filho de pais [[missionário]]s protestantes ([[pietismo|pietistas]], como é típico da [[Suábia]]) que pregaram o [[cristianismo]] na [[Índia]]. Estudou no seminário de [[Maulbronn]], mas não seguiu a carreira de pastor como era a vontade de seus pais. Tendo recusado a religião, ainda adolescente, rompeu com a família e emigrou para a [[Suíça]] em [[1912]], trabalhando como livreiro e operário. Acumula, então, uma sólida cultura autodidata e resolve dedicar-se à literatura.
Nascido no seio de uma família muito religiosa, filho de pais [[missionário]]s protestantes ([[pietismo|pietistas]], como é típico da [[Suábia]]) que pregaram o [[cristianismo]] na [[Índia]]. Estudou no seminário de [[Maulbronn|Maulbron]], mas não seguiu a carreira de pastor como era a vontade de seus pais. Tendo recusado a religião, ainda adolescente, rompeu com a família e emigrou para a [[Suíça]] em [[1912]], trabalhando como livreiro e operário. Acumula, então, uma sólida cultura autodidata e resolve dedicar-se à literatura.


Travou contacto com a espiritualidade oriental a partir de uma viagem à [[Índia]] em [[1911]] e com a [[psicologia analítica]] por meio de um discípulo de [[Carl Gustav Jung]], em decorrência de uma crise emocional causada pela eclosão da [[Primeira Guerra Mundial]]. Estas duas influências seriam decisivas no posterior desenvolvimento da sua obra.
Travou contacto com a espiritualidade oriental a partir de uma viagem à [[Índia]] em [[1911]] e com a [[psicologia analítica]] por meio de um discípulo de [[Carl Gustav Jung]], em decorrência de uma crise emocional causada pela eclosão da [[Primeira Guerra Mundial]]. Estas duas influências seriam decisivas no posterior desenvolvimento da sua obra.

Revisão das 00h36min de 22 de outubro de 2016

Hermann Hesse
Hermann Hesse
Hermann Hesse, em 1927
Nascimento 2 de julho de 1877
Calw
Morte 9 de agosto de 1962 (85 anos)
Montagnola
Nacionalidade Alemanha Alemão
Cidadania Suíça
Prêmios Nobel de Literatura (1946)

Prémio Goethe (1946)

Magnum opus O Lobo da Estepe
Assinatura
Museu Hermann Hesse, Gaienhofen

Herman Karl Hesse (Calw, 2 de julho de 1877Montagnola, 9 de agosto de 1962) foi um escritor e pintor alemão, que em 1923 se naturalizou suíço. Em 1946 recebeu o Prêmio Goethe e, passados alguns meses, o Nobel de Literatura "por seus escritos inspirados que, enquanto crescem em audácia e penetração, exemplificam os ideais humanitários clássicos e as altas qualidades de estilo".[1]

Biografia

Nascido no seio de uma família muito religiosa, filho de pais missionários protestantes (pietistas, como é típico da Suábia) que pregaram o cristianismo na Índia. Estudou no seminário de Maulbron, mas não seguiu a carreira de pastor como era a vontade de seus pais. Tendo recusado a religião, ainda adolescente, rompeu com a família e emigrou para a Suíça em 1912, trabalhando como livreiro e operário. Acumula, então, uma sólida cultura autodidata e resolve dedicar-se à literatura.

Travou contacto com a espiritualidade oriental a partir de uma viagem à Índia em 1911 e com a psicologia analítica por meio de um discípulo de Carl Gustav Jung, em decorrência de uma crise emocional causada pela eclosão da Primeira Guerra Mundial. Estas duas influências seriam decisivas no posterior desenvolvimento da sua obra.

Em 1946 recebeu o Prêmio Goethe e, passados alguns meses, o Nobel de Literatura "por seus escritos inspirados que, enquanto crescem em audácia e penetração, exemplificam os ideais humanitários clássicos e as altas qualidades de estilo".[1]

Faleceu em 09 de Agosto de 1962 e foi sepultado no cemitério de San Abbondio em Montagnola, perto de Lugano, onde Hugo Ball também foi enterrado.

Principais temas

Procurou construir sua própria filosofia, a partir da sua revolta pessoal (Peter Camenzind, 1904) e da sua própria interpretação das correntes filosóficas do Oriente (Sidarta) em especial OU (A PARTIR DAQUI FALTAM INÚMERAS REFERÊNCIAS A OBRAS PRIMORDIAIS DE HESSE, COMO DEMIAN E O LOBO DA ESTEPE, ALÉM DE OUTRAS OBRAS. APARENTEMENTE, PARTE DA VIDA E OBRA DEPOIS DA GUERRA FORAM SUMPRIMIDAS)

(1927), que é também uma crítica contra o militarismo e o revanchismo vigentes na sua terra natal depois da Primeira Guerra Mundial. Esta atitude corajosa tornou-o bastante popular na Alemanha do pós-guerra, no período pós-nazi.

O jogo das contas de vidro foi o último romance de Hesse. Durante os últimos vinte anos de sua vida, Hesse escreveu muitos contos (principalmente lembranças de sua infância) e poemas (frequentemente tendo a natureza como tema). Hesse escreveu também ensaios irónicos sobre sua alienação de escrever (por exemplo, as autobiografias simuladas: História da vida resumidamente dita e Aus den Briefwechseln eines Dichters) e passou muito tempo desenvolvendo o seu interesse por aguarelas, cujs reproduções enviava em postais aos amigos.

Hesse também se ocupou com o fluxo constante de cartas que recebeu como resultado do Prémio Nobel, e com uma nova geração de leitores alemães que se reviam no seu trabalho. Num ensaio, Hesse reflete ironicamente sobre sua falha ao longo da vida para adquirir um talento para a ociosidade, especulando-se que sua correspondência média diária foi superior a 150 páginas.

Receção no Brasil e em Portugal

Hermann Hesse foi pela primeira vez traduzido em língua portuguesa no Brasil: O lobo da estepe (Der Steppenwolf), em 1935, por Augusto de Souza, São Paulo: Cultura brasileira; nas décadas de 60 e 70 tornou-se um dos autores estrangeiros mais lidos no Brasil;[2]; em Portugal a primeira tradução é Ele e o Outro (Klein und Wagner), por Manuela de Sousa Marques, em 1952; Lisboa: Guimarães editores.[3]

Obra

  • 1898 Canções românticas
  • 1899 Eine Stunde hinter Mitternacht
  • 1903 Peter Camenzind, romance
  • 1904 Bocaccio, biografia
  • 1904 Francisco de Assis, biografia
  • 1905 Debaixo das rodas (Unterm Rad), romance
  • 1907 Diesseits, cinco contos
  • 1908 Nachbarn, cinco contos
  • 1910 Gertrud, romance
  • 1911 Unterwegs, poesias
  • 1912 Umwege, contos
  • 1913 Aus Indien
  • 1914 Rosshalde
  • 1915 Musik des Einsamen, poesias
  • 1915 Knulp, romance
  • 1917 Demian, romance
  • 1920 Blick ins Chaos, Aufsätze
  • 1920 O Último Verão de Klingsor (no originalKlingsors letzter Sommer)
  • 1922 Sidarta (romance) (Siddhartha), romance
  • 1923 Trost der Nacht, poesias
  • 1927 Brasil: O Lobo da Estepe / Portugal: O Lobo das Estepes (Der Steppenwolf), romance
  • 1928 Betrachtungen
  • 1928 Krisis, diário
  • 1930 Narciso e Goldmund, (no original Narziss und Goldmund), romance
  • 1931 Weg nach Innen, quatro contos
  • 1937 Neue Gedichte
  • Correspondência com Romain Rolland
  • 1943 O Jogo das Contas de Vidro, romance
  • 1946 Dank an Goethe
  • 1946 Der Europäer, considerações
  • 1946 Sobre a guerra e a paz
  • 1952 1957 Obras Compiladas, 7 volumes
  • Contos
  • Este lado da vida, romance
  • O livro das fábulas, romance
  • Pequeno mundo
  • 1955 Beschwörungen, prosa tardia
  • 1958 Viagem ao Oriente (no original Die Morgenlandfahrt), romance
  • O homem de muitos livros

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Hermann Hesse

Referências

Precedido por
Max Planck
Prêmio Goethe
1946
Sucedido por
Karl Jaspers
Precedido por
Gabriela Mistral
Nobel de Literatura
1946
Sucedido por
André Gide


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