Ateísmo de Estado: diferenças entre revisões

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=== Camboja sob o Khmer Vermelho ===
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=== Mongólia ===
Na [[República Popular da Mongólia]], após a invasão das tropas japonesas em 1936, a União Soviética implantou suas tropas em 1937, lançando uma ofensiva contra a religião budista. Paralelamente, uma [https://ao.istanbulseo.net/wiki/Stalinist_repressions_in_Mongolia campanha de expurgo] no estilo soviético foi desencadeada no Partido Comunista e no exército mongol. O líder mongol na época era [[Khorloogiin Choibalsan]], um seguidor de Joseph Stalin, que emulou muitas das políticas que Stalin desenvolveu na União Soviética. Os [[Expurgo|expurgos]] conseguiram erradicar virtualmente o [[Budismo tibetano|lamaísmo]], com apenas um templo sobrevivendo em [[Ulaanbaatar]]. Aproximadamente 100.000 pessoas foram perseguidas por motivos religiosos, entre 17.000 e 30.000 foram executadas e 10.000 foram enviadas para gulags.<ref>{{Citar web |ultimo=EFE |url=https://www.eldiario.es/politica/resurgir-budismo-mongolia_1_3863333.html |titulo=El resurgir del budismo en Mongolia |data=2016-08-24 |acessodata=2021-05-29 |website=ElDiario.es |lingua=es}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=España |primeiro=B. I. |url=https://www.businessinsider.es/dentro-vidas-monjes-millennial-mongolia-274973 |titulo=Dentro de las vidas de los monjes 'millennial' de Mongolia |data=2018-07-11 |acessodata=2021-05-29 |website=Business Insider España |lingua=es}}</ref>
=== Cuba ===
{{Principal|Religião em Cuba}}


== Ver também ==
== Ver também ==

Revisão das 16h11min de 29 de maio de 2021

Ateísmo de Estado é a promoção oficial do ateísmo por um governo, eventualmente, com supressão coercitiva da liberdade religiosa e anticlericalismo estatal ativo[1]. Em contraposição, um estado secular objetiva ser oficialmente neutro em relação à religião ou antirreligião. A rejeição de todas as formas de religião por um Estado em favor do ateísmo pode vir acompanhada da supressão da liberdade de expressão e religiosa, como no caso da União Soviética.[2][3][4] O ateísmo de estado pode se referir aos governos anticlericais, opondo-se ao poder religioso institucionalizado e à influência religiosa em todos os aspectos da vida pública e política, incluindo o envolvimento da religião no dia a dia dos cidadãos. A França durante a Revolução Francesa promoveu um estado de ateísmo com a campanha de descristianizacão em favor do Culto da Razão; A constituição México de 1917 foi origianalmente anticlerical e restringiu a liberdade religosa com a lei de tolerância de cultos do presidente Plutarco Elías Calles. Estados ateus foram implementados nos países comunistas da antiga União Soviética,[3][5] China comunista, Albânia comunista, Afeganistão comunista, Coreia do Norte e Mongólia comunista. O ateísmo nestes países inclui uma oposição ativa contra a religião, e perseguição de instituições religiosas, líderes e fiéis. A União Soviética teve êxito social em proclamar o ateísmo e discriminar igrejas, essa atitude foi especialmente observada sob Stalin.[6][7][8] A União Soviética tentou impor o ateísmo em vastas áreas da sua influência, incluindo locais como a Ásia Central.[9] A Albânia comunista sob Enver Hoxha chegou a proibir oficialmente a prática de qualquer religião. [10]

Estados ateus

Ver artigo principal: Ateísmo marxista-leninista

É frequentemente dito que a ideologia comunista defende explicitamente o Estado ateu e a supressão da religião, pois de acordo com Karl Marx, o fundador da ideologia comunista, a religião é uma ferramenta utilizada pelas classes dominantes para que as massas possam "aliviar" brevemente seu "sofrimento", através do ato de "experiências e emoções" religiosas. [carece de fontes?] Marx afirma que é do interesse das classes dominantes inculcar nas massas a convicção religiosa que os seus atuais sofrimentos levarão a uma "eventual felicidade". Assim, enquanto as massas acreditarem na religião, eles não tentariam fazer qualquer esforço genuíno para compreender e superar a verdadeira fonte de seu sofrimento, o que, na opinião do Marx foi o seu sistema econômico não comunista.[11]

Albânia

A Albânia tornou-se um Estado ateu declarado por Enver Hoxha,[12] e manteve-se assim a partir de 1967 até 1991.[13] A tendência ateísta na Albânia foi levada ao extremo durante o regime quando religiões foram identificadas como importações estrangeiras para a cultura albanesa e foram totalmente proibidas.[13] Esta política foi aplicada e sentida principalmente no interior das fronteiras do atual estado albanês, produzindo uma maioria da população não religiosa.

A Lei de Reforma Agrária, de agosto de 1945, nacionalizou as propriedades de instituições religiosas, incluindo os bens de mosteiros, ordens e dioceses. Em maio de 1967, todas as instituições religiosas tinham renunciado a 2.169 igrejas, mesquitas, claustros, e santuários, muitos dos quais foram convertidos em centros culturais para os jovens. Muitos imãs muçulmanos e sacerdotes ortodoxos renunciaram ao seu passado. Mais de 200 clérigos de diferentes religiões foram detidos, enquanto outros foram obrigados a procurar emprego em qualquer indústria ou agricultura. Como as obras literárias mensais da editora Tëtë Nëntori relataram, a Albânia "criou a primeira nação ateísta do mundo." De 1967 até o fim do regime comunista, foram proibidas as práticas religiosas no país que foi proclamado oficialmente ateu, marcando um evento que aconteceu pela primeira vez na história mundial.

União Soviética

Capa de uma edição da revista satírica, ateísta e antirreligiosa Bezbozhnik ("Os sem-Deus") publicada na União Soviética de 1922 a 1941.

A URSS desde 1922 tornou-se um Estado ateísta. Em 1934, 28% das igrejas ortodoxas cristãs, 42% das mesquitas muçulmanas e 52% das sinagogas judaicas foram fechadas na URSS.[14] Dentro de cerca de um ano da revolução, o Estado expropriou todos os bens da Igreja, incluindo as próprias igrejas, e no período de 1922 a 1926, 28 bispos Ortodoxos Russos e mais de 1.200 sacerdotes foram mortos (um número muito maior foi objeto de perseguição).[15]

A Catedral de Cristo Salvador de Moscou, a sede da Igreja Ortodoxa Russa e seu templo mais sagrado, foi destruída em duas rodadas de explosões por ordens diretas de Stalin em 1931,[16] milhares de sacerdotes protestaram contra a decisão e foram presos e enviados a Gulags, em seu lugar os comunistas pretendiam construir o "Palácio dos Sovietes", a sede do governo stalinista.[17] A Igreja Ortodoxa Russa possuía 54.000 paróquias durante a Primeira Guerra Mundial, o que foi reduzido para 500 em 1940.[15] A maioria dos seminários foi fechada, a publicação de escrita religiosa foi proibida.[15] Embora historicamente a grande maioria da Rússia fosse cristã, apenas 17 a 22% da população é atualmente cristã.[18]

República Popular da China

A República Popular da China foi criada em 1949 e durante a maior parte de sua história manteve uma atitude hostil para com a religião, que era vista como sinônimo do feudalismo e do colonialismo estrangeiros. Templos, mesquitas e igrejas foram convertidos em edifícios para utilização estatal.[19] Durante a Revolução Cultural, a religião foi condenada como feudal e milhares de edifícios religiosos foram pilhados e destruídos.

Esta atitude, porém, foi consideravelmente flexibilizada no final dos anos 1970, com o fim da Revolução Cultural. A Constituição de 1978 da República Popular da China garantiu a liberdade de religião, embora com algumas restrições. Desde meados da década de 1990 tem havido um enorme programa para reconstruir templos budistas e taoistas que foram destruídos na Revolução Cultural. Há cinco religiões reconhecidas pelo Estado: confucionismo, budismo, taoismo, islamismo,e cristianismo (tanto católico quanto protestante).[20]


Camboja sob o Khmer Vermelho

Pol Pot reprimiu no Camboja a religião budista: monges foram assassinados; templos e artefatos, incluindo as estátuas de Buda, foram destruídas. Comunidades cristãs e muçulmanas estavam entre as mais perseguidas. A catedral católica de Phnom Penh foi completamente arrasada. O Khmer Vermelho forçou os muçulmanos a comer carne de porco, o que eles consideram como uma abominação. Muitos daqueles que se recusaram foram mortos. Os cleros cristãos e muçulmanos foram executados.[21] Quarenta e oito por cento de cristãos cambojanos foram mortos por causa de sua religião.

Mongólia

Na República Popular da Mongólia, após a invasão das tropas japonesas em 1936, a União Soviética implantou suas tropas em 1937, lançando uma ofensiva contra a religião budista. Paralelamente, uma campanha de expurgo no estilo soviético foi desencadeada no Partido Comunista e no exército mongol. O líder mongol na época era Khorloogiin Choibalsan, um seguidor de Joseph Stalin, que emulou muitas das políticas que Stalin desenvolveu na União Soviética. Os expurgos conseguiram erradicar virtualmente o lamaísmo, com apenas um templo sobrevivendo em Ulaanbaatar. Aproximadamente 100.000 pessoas foram perseguidas por motivos religiosos, entre 17.000 e 30.000 foram executadas e 10.000 foram enviadas para gulags.[22][23]

Cuba

Ver artigo principal: Religião em Cuba

Ver também

Referências

  1. Albania: The First Atheist State por Robert Royal
  2. (http://www.jstor.org/stable/128810 Protest for Religious Rights in the USSR: Characteristics and Consequences), David Kowalewski, The Russia Review, Vol. 39, No. 4 (Oct., 1980), pp. 426-441.
  3. a b http://www.jstor.org/pss/128810
  4. Wolak (2004):104.
  5. Greeley (2003).
  6. Pospielovsky (1998):257.
  7. Miner (2003):70.
  8. Davies (1996):962.
  9. Pipes (1989):55.
  10. «"Ni los turcos ni los comunistas lograron quitarnos la fe":Albania recibe al Papa este domingo». Religión en libertad. 19 de setembro de 2014 
  11. Marx (1844).
  12. Sang M. Lee writes that Albania was "[o]fficially an atheist state under Hoxha…" Restructuring Albanian Business Education Infrastructure August 2000 (Accessed 6 June 2007)
  13. a b Representations of Place: Albania, Derek R. Hall, The Geographical Journal, Vol. 165, No. 2, The Changing Meaning of Place in Post-Socialist Eastern Europe: Commodification, Perception and Environment (Jul., 1999), pp. 161-172, Blackwell Publishing on behalf of The Royal Geographical Society (with the Institute of British Geographers)
  14. Religions attacked in the USSR (Beyond the Pale)
  15. a b c Country Studies: Russia-The Russian Orthodox Church U.S. Library of Congress, Accessed Apr. 3, 2008
  16. Time Magazine, December 14, 1931, mentioned demolition by liquid air cartridges; this is not corroborated by current Russian sources www.time.com
  17. A Catedral de Cristo Salvador. Site Ecclesia. Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul.
  18. Cole, Ethan Gorbachev Dispels 'Closet Christian' Rumors; Says He is Atheist Christian Post Reporter, Mar. 24, 2008
  19. Mao: A História desconhecida. Jon Halliday e Jung Chang. Tradução de Pedro Maio Soares. Editora Companhia Das Letras. ISBN 85-359-0873-0
  20. «White Paper--Freedom of Religious Belief in China». Embassy of the People's Republic of China in the United States of America. Outubro de 1997. Consultado em 5 de setembro de 2007 
  21. «Cambodia - Society under the Angkar». countrystudies.us. Consultado em 29 de maio de 2021 
  22. EFE (24 de agosto de 2016). «El resurgir del budismo en Mongolia». ElDiario.es (em espanhol). Consultado em 29 de maio de 2021 
  23. España, B. I. (11 de julho de 2018). «Dentro de las vidas de los monjes 'millennial' de Mongolia». Business Insider España (em espanhol). Consultado em 29 de maio de 2021