Campo de concentração de Dachau: diferenças entre revisões
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Dachau foi o primeiro [[Campos de concentração nazistas|campo de concentração nazista]].<ref name="History.com"/> Projetado pelo ''Kommandant'' [[Theodor Eicke]], foi o modelo para os outros campos construídos. Dachau chegou a abrigar mais de duzentos mil prisioneiros de mais de trinta países e, a partir de 1941, foi usado para o extermínio de cerca de trinta mil pessoas. Muitas outras pessoas pereceram em virtude das condições do campo. O campo possuía uma [[câmara de gás]], que parece no entanto não ter sido muito utilizada, por motivos difíceis de conhecer.<ref>{{Citar web|titulo=The Dachau gas chamber as seen by tourists today|url=https://www.scrapbookpages.com/DachauScrapbook/KZDachau/DachauLife01C.html|obra=www.scrapbookpages.com|acessodata=2019-09-28}}</ref> |
Dachau foi o primeiro [[Campos de concentração nazistas|campo de concentração nazista]].<ref name="History.com"/> Projetado pelo ''Kommandant'' [[Theodor Eicke]], foi o modelo para os outros campos construídos. Dachau chegou a abrigar mais de duzentos mil prisioneiros de mais de trinta países e, a partir de 1941, foi usado para o extermínio de cerca de trinta mil pessoas. Muitas outras pessoas pereceram em virtude das condições do campo. O campo possuía uma [[câmara de gás]], que parece no entanto não ter sido muito utilizada, por motivos difíceis de conhecer.<ref>{{Citar web|titulo=The Dachau gas chamber as seen by tourists today|url=https://www.scrapbookpages.com/DachauScrapbook/KZDachau/DachauLife01C.html|obra=www.scrapbookpages.com|acessodata=2019-09-28}}</ref> |
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Segundo cálculos da [[Igreja Católica]], pelo menos três mil religiosos entre [[padre]]s, [[bispo]]s e outros foram mantidos lá. Um dos prisioneiros, [[Karl Leisner]], foi [[Beatificação|beatificado]] pelo [[Papa]] em 1996 (''ver: [[Anticatolicismo]] e [[Religião na Alemanha Nazista]]''). Após rumores se espalharem pelo campo em relação a uma directiva de Heinrich Himmler de executar todos os prisioneiros, um dos presos mais célebres do campo, [[Oskar Müller]], enviou mensageiros até o exército norte-americano para que estes ''dispersassem'' o campo. A 28 de abril, um alto comissário da [[Cruz Vermelha]], Victor Mauer, tentou convencer o último comandante do campo, Heinrich Wicker, a se render. Wicker decidiu antes retirar a maioria dos guardas [[SS]].{{Carece de fontes|data=Setembro de 2019}} |
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Os [[soldado]]s, totalmente em [[estado de choque]] com a visão, tomaram para eles o [[lema]] ''Take no Prisoners'' ("Não fazer prisioneiros") e começaram a executar os primeiros SS que encontraram. Há vários registos de execuções, na maioria actos de vingança individuais de soldados e até de alguns prisioneiros, que atacaram os seus antigos opressores.{{Carece de fontes|data=Setembro de 2019}} |
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As execuções de Dachau levaram alguns militares da 42ª Divisão a [[Corte marcial|tribunal marcial]], acabando todos ilibados (''ver: [[crimes de guerra dos Aliados]]'').{{Carece de fontes|data=Setembro de 2019}} |
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|Suposta execução de soldados da <br />[[SS]] por tropas [[estadunidense]]s na área <br />de Dachau durante a sua libertação, <br />em 29 de Abril de 1945 <ref>Villani, Gerry. [https://www.google.com.br/books/edition/Voices_of_the_Waffen_SS/5oyRDwAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Dachau+massacre+April+29,+1945&pg=PA38&printsec=frontcover ''Voices of the Waffen SS.''] Lulu.com, 2019, pǵ. 38, {{en}} ISBN 9780359496891 Consultado em 24 de julho de 2021.</ref> (fotografia de <br />[[exército dos Estados Unidos]]).<ref>{{citar web|url=https://collections.ushmm.org/search/catalog/pa5694|título=American soldiers execute SS camp guards who have been lined up against a wall during the liberation of the Dachau concentration camp|autor=Arland B. Musser|data=29 de abril de 1945|publicado=Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos {{en}}|acessodata=24 de julho de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> |
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Após a libertação do campo, os 32 000 prisioneiros que lá se encontravam saíram num espaço de seis semanas. Durante essa altura, formou-se um Comité de prisioneiros, que funcionando como um [[governo]], se encarregou de evitar fugas de prisioneiros e melhorar as condições dos campos.{{Carece de fontes|data=Setembro de 2019}} |
Após a libertação do campo, os 32 000 prisioneiros que lá se encontravam saíram num espaço de seis semanas. Durante essa altura, formou-se um Comité de prisioneiros, que funcionando como um [[governo]], se encarregou de evitar fugas de prisioneiros e melhorar as condições dos campos.{{Carece de fontes|data=Setembro de 2019}} |
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|Dachau em [[1991]]. |
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== Ver também == |
== Ver também == |
Revisão das 04h19min de 24 de julho de 2021
Dachau | |
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Campo de concentração | |
Arbeit macht frei ("o trabalho liberta"): letreiro na entrada de Dachau. |
Parte da série sobre o | ||||||||||
Holocausto | ||||||||||
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Judeus na rampa de seleção em Auschwitz, maio de 1944 | ||||||||||
Responsabilidade
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Campos
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Atrocidades |
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Resistência |
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O campo de concentração de Dachau foi construído em 1933 pelos nazistas em uma antiga fábrica de pólvora, próxima a cidade de Dachau, cerca de dezasseis quilômetros ao norte de Munique, no sul da Alemanha Nazista, e inicialmente destinava-se a presos políticos. Foi libertado pelo Exército dos Estados Unidos em abril de 1945.[1]
Inaugurado por Heinrich Himmler, foi transformado depois num campo de trabalho. No auge, o campo chegou a ter mais de 188 mil presos. Os nazistas documentaram a morte de 31 951 pessoas, embora estudiosos digam que o número de fatalidades pode ter sido bem maior.[2]
História
Dachau foi o primeiro campo de concentração nazista.[1] Projetado pelo Kommandant Theodor Eicke, foi o modelo para os outros campos construídos. Dachau chegou a abrigar mais de duzentos mil prisioneiros de mais de trinta países e, a partir de 1941, foi usado para o extermínio de cerca de trinta mil pessoas. Muitas outras pessoas pereceram em virtude das condições do campo. O campo possuía uma câmara de gás, que parece no entanto não ter sido muito utilizada, por motivos difíceis de conhecer.[3]
Segundo cálculos da Igreja Católica, pelo menos três mil religiosos entre padres, bispos e outros foram mantidos lá. Um dos prisioneiros, Karl Leisner, foi beatificado pelo Papa em 1996 (ver: Anticatolicismo e Religião na Alemanha Nazista). Após rumores se espalharem pelo campo em relação a uma directiva de Heinrich Himmler de executar todos os prisioneiros, um dos presos mais célebres do campo, Oskar Müller, enviou mensageiros até o exército norte-americano para que estes dispersassem o campo. A 28 de abril, um alto comissário da Cruz Vermelha, Victor Mauer, tentou convencer o último comandante do campo, Heinrich Wicker, a se render. Wicker decidiu antes retirar a maioria dos guardas SS.[carece de fontes]
No dia seguinte, a 29 de abril de 1945, a 42ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos foi encarregada de libertar o campo de concentração.
Massacre de Dachau
A primeira visão que os soldados tiverem, ao chegar ao campo, foi de centenas de mortos, empilhados, junto a um comboio de 39 carruagens. Segundo consta, os mortos estavam lá havia dias (alguns já em avançado estado de decomposição). Tinham sido retirados apressadamente de outro campo de concentração, Buchenwald, e a maioria morrera de fome durante a viagem.[carece de fontes]
Os soldados, totalmente em estado de choque com a visão, tomaram para eles o lema Take no Prisoners ("Não fazer prisioneiros") e começaram a executar os primeiros SS que encontraram. Há vários registos de execuções, na maioria actos de vingança individuais de soldados e até de alguns prisioneiros, que atacaram os seus antigos opressores.[carece de fontes]
A situação durou apenas alguns minutos; o tenente da companhia, Felix Sparks, rapidamente tentou controlar a situação, de modo a evitar um banho de sangue desnecessário. Ao todo, morreram cerca de 50 SS (entre a tomada do campo e as já referidas execuções). Foram levados cativos cerca de duzentos guardas.[carece de fontes]
As execuções de Dachau levaram alguns militares da 42ª Divisão a tribunal marcial, acabando todos ilibados (ver: crimes de guerra dos Aliados).[carece de fontes]
Imagens da libertação de Dachau. | Sobreviventes de Dachau demonstram o funcionamento do crematório empurrando um cadáver para um dos fornos.[4] |
Suposta execução de soldados da SS por tropas estadunidenses na área de Dachau durante a sua libertação, em 29 de Abril de 1945 [5] (fotografia de exército dos Estados Unidos).[6] |
Pós-guerra
Após a libertação do campo, os 32 000 prisioneiros que lá se encontravam saíram num espaço de seis semanas. Durante essa altura, formou-se um Comité de prisioneiros, que funcionando como um governo, se encarregou de evitar fugas de prisioneiros e melhorar as condições dos campos.[carece de fontes]
A libertação dos prisioneiros foi morosa: além dos habituais problemas de desnutrição e dificuldades em arranjar transporte dos presos para o seu país natal, havia uma epidemia de Febre Tifóide que dizimou milhares de presos. Como tal, de modo a evitar uma pandemia europeia, foram curados e vacinados todos os presos.[carece de fontes]
A partir de 1948, o campo de Dachau foi usado como campo de refugiados, situação que perdurou até cerca da década de 1960, onde se erigiu o memorial que hoje existe.[carece de fontes]
Dachau é célebre não só por ter sido um dos maiores campos de concentração nazis, mas também por ter sido o primeiro a ser construído no regime hitleriano, cerca de cinco semanas após a ascensão de Hitler ao poder.[7]
Fotos
A ala de prisioneiros de Dachau. | A entrada de Dachau, em 1945. | Dachau em 1991. |
Ver também
- Auschwitz-Birkenau
- Bergen-Belsen
- Buchenwald
- Críticas ao Negacionismo do Holocausto
- Dia Internacional da Lembrança do Holocausto
- Guetos judeus na Europa
- Holocausto
- Josef Kramer
- Lista dos campos de concentração nazistas
- Maria Mandel
- Negacionismo do Holocausto
- Sobibór
- Treblinka
Referências
- ↑ a b History.com Editors (9 de novembro de 2009). «Dachau Concentration Camp». History.com (em inglês). Consultado em 23 de maio de 2020
- ↑ «Station 11: Crematorium - Dachau Concentration Camp Memorial Site». www.kz-gedenkstaette-dachau.de. Consultado em 28 de setembro de 2019
- ↑ «The Dachau gas chamber as seen by tourists today». www.scrapbookpages.com. Consultado em 28 de setembro de 2019
- ↑ United States Holocaust Memorial Museum, courtesy of R. Harrison (4 de maio de 1945). «Survivors of the Dachau concentration camp demonstrate the operation of the crematorium by pushing a corpse into one of the ovens.». Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos (em inglês). Consultado em 23 de maio de 2020
- ↑ Villani, Gerry. Voices of the Waffen SS. Lulu.com, 2019, pǵ. 38, (em inglês) ISBN 9780359496891 Consultado em 24 de julho de 2021.
- ↑ Arland B. Musser (29 de abril de 1945). «American soldiers execute SS camp guards who have been lined up against a wall during the liberation of the Dachau concentration camp». Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos (em inglês). Consultado em 24 de julho de 2021
- ↑ Kiner, Deb (29 de abril de 2020). «Prisoners 'lived like cattle and died like beasts': The liberation of Dachau concentration camp in 1945». Pennlive.com (em inglês). Consultado em 23 de maio de 2020
Ligações externas
- «Site do Memorial do Campo de Concentração de Dachau»
- «Fotos do Campo de Concentração de Dachau - 2005»