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Golpe de Estado no Níger em 2023: diferenças entre revisões

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== Antecedentes ==
== Antecedentes ==
O Níger já havia sofrido quatro golpes militares desde a independência da [[França]] em [[1960]], sendo o mas recente o [[Golpe de Estado no Níger em 2010]]. Nesse intervalo, também houve várias tentativas golpistas, como a mais recente, [[Tentativa de golpe de Estado no Níger em 2021]], quando dissidentes militares tentaram tomar o palácio presidencial dois dias antes da posse do presidente eleito [[Mohamed Bazoum]]. Ele foi o primeiro presidente democraticamente eleito do país a assumir o cargo de um antecessor eleito de forma semelhante. O golpe também ocorreu na sequência de golpes recentes em países próximos, como [[Golpe de Estado na Guiné em 2021|na Guiné]], [[Golpe de Estado no Mali em 2021|no Mali]], [[Golpe de Estado no Sudão em 2021|no Sudão]] em 2021 e dois em [[Burkina Faso]] [[Golpe de Estado em Burquina Fasso em janeiro de 2022|em janeiro]] e [[Golpe de Estado em Burquina Fasso em setembro de 2022|em setembro]] de 2022, o que levou a região a ser chamada de "[[cinturão golpista]]".<ref name="aj1">{{Citar web|data=26 de julho de 2023|título=Niger's Bazoum 'held by guards' in apparent coup attempt |url=https://www.aljazeera.com/news/2023/7/26/soldiers-holding-niger-president-inside-palace-security-sources |website=Al Jazeera |língua=en-US |arquivodata=27 de julho de 2023 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20230727002123/https://www.aljazeera.com/news/2023/7/26/soldiers-holding-niger-president-inside-palace-security-sources }}</ref>
O Níger já havia sofrido quatro golpes militares desde a independência da [[França]] em 1960, sendo que o mais recente ocorreu [[Golpe de Estado no Níger em 2010|em 2010]]. Nesse intervalo, também houve várias intentonas golpistas, a mais recente das quais [[Tentativa de golpe de Estado no Níger em 2021|em 2021]], quando dissidentes militares tentaram tomar o palácio presidencial dois dias antes da posse do presidente eleito [[Mohamed Bazoum]]. Ele foi o primeiro presidente democraticamente eleito do país a assumir o cargo de um antecessor eleito de forma semelhante. O golpe também ocorreu na sequência de golpes recentes em países próximos, como [[Golpe de Estado na Guiné em 2021|na Guiné]], [[Golpe de Estado no Mali em 2021|no Mali]], [[Golpe de Estado no Sudão em 2021|no Sudão]] em 2021 e dois em [[Burkina Faso]] [[Golpe de Estado em Burquina Fasso em janeiro de 2022|em janeiro]] e [[Golpe de Estado em Burquina Fasso em setembro de 2022|em setembro]] de 2022, o que levou a região a ser chamada de "[[cinturão golpista]]".<ref name="aj1">{{Citar web|data=26 de julho de 2023|título=Niger's Bazoum 'held by guards' in apparent coup attempt |url=https://www.aljazeera.com/news/2023/7/26/soldiers-holding-niger-president-inside-palace-security-sources |website=Al Jazeera |língua=en-US |arquivodata=27 de julho de 2023 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20230727002123/https://www.aljazeera.com/news/2023/7/26/soldiers-holding-niger-president-inside-palace-security-sources }}</ref>


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Revisão das 21h57min de 30 de julho de 2023

O Golpe de Estado no Níger em 2023 ocorreu em 26 de julho de 2023 quando a guarda presidencial do Níger deteve o presidente Mohamed Bazoum e o comandante da guarda presidencial, general Abdourahamane Tchiani, proclamou-se líder de uma junta militar.[1][2][3] As forças da guarda presidencial fecharam as fronteiras do país, suspenderam as instituições estatais e declararam toque de recolher.

Este foi o quinto golpe militar desde que o país conquistou a independência em 1960, e o primeiro desde 2010.[4]

Antecedentes

O Níger já havia sofrido quatro golpes militares desde a independência da França em 1960, sendo que o mais recente ocorreu em 2010. Nesse intervalo, também houve várias intentonas golpistas, a mais recente das quais em 2021, quando dissidentes militares tentaram tomar o palácio presidencial dois dias antes da posse do presidente eleito Mohamed Bazoum. Ele foi o primeiro presidente democraticamente eleito do país a assumir o cargo de um antecessor eleito de forma semelhante. O golpe também ocorreu na sequência de golpes recentes em países próximos, como na Guiné, no Mali, no Sudão em 2021 e dois em Burkina Faso em janeiro e em setembro de 2022, o que levou a região a ser chamada de "cinturão golpista".[5]

Analistas disseram que o aumento do custo de vida e as percepções de incompetência e corrupção do governo podem ter impulsionado a revolta.[5] O país frequentemente ocupa o último lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU[6] e também sofre insurgências islamistas lideradas pela al-Qaeda, Estado Islâmico e Boko Haram,[7] apesar de seus militares receberem treinamento e apoio logístico dos Estados Unidos e da França, que possuem bases no país.[8]

Em 2022, o país se tornou o centro das operações antijihadistas da França na região do Sahel após sua expulsão do Mali e de Burkina Faso, com Bazoum sendo descrito como um dos poucos líderes pró-ocidentais remanescentes na região.[6] O Níger tornou-se um aliado fundamental para as forças ocidentais, especialmente francesas e estadunidenses. Com vários golpes e crescentes sentimentos anti-franceses na região, o Níger tornou-se o parceiro de última instância da França.[8] Também foi relatado que oficiais treinados pelos estadunidenses treinaram muitos membros da guarda presidencial.[9]

Eventos

26 de julho

Detenção de Bazoum

Na madrugada de 26 de julho, a conta do Twitter da presidência nigerina anunciou que os guardas presidenciais,[5] comandados pelo general Abdourahamane Tchiani[10] se engajaram em uma "manifestação antirrepublicana" e tentaram "em vão" obter o apoio das demais forças de segurança.[5] Também afirmou que o presidente Mohamed Bazoum e sua família estavam bem depois que surgiram relatos de que ele estava detido no palácio presidencial na capital Niamey.[5] O ministro do Interior, Hamadou Souley, também foi preso e mantido no palácio, enquanto cerca de vinte membros da Guarda Presidencial foram vistos do lado de fora no final do dia.[11] O golpe teria sido liderado por Tchiani, a quem os analistas disseram que Bazoum planejava demitir de seu cargo.[12] Fontes próximas a Bazoum disseram que ele havia decidido pela demissão de Tchiani em uma reunião de gabinete em 24 de julho, já que suas relações haviam se tornado tensas.[13]

A esposa do presidente Bazoum, Hadiza Bazoum, e seu filho, Salem, foram detidos com ele no palácio presidencial,[14] enquanto suas filhas estavam em Paris no momento do golpe.[14]

Mobilização militar

Pela manhã, o palácio e os ministérios adjacentes foram bloqueados por veículos militares e os funcionários do palácio foram impedidos de acessar seus escritórios.[5] Até 400 apoiadores civis[11] de Bazoum tentaram se aproximar do palácio, mas foram dispersados pela Guarda Presidencial com tiros, deixando um ferido. Em outros lugares em Niamey, a situação foi descrita como calma.[5] A Presidência também afirmou que protestos em apoio a Bazoum ocorreram em torno das missões diplomáticas do país no exterior.[11]

Em resposta a esses eventos, as forças armadas do Níger cercaram o palácio presidencial em apoio a Bazoum. O exército também emitiu um comunicado dizendo que garantiu "principais pontos estratégicos" no país. A Presidência afirmou que o exército e a Guarda Nacional estavam prontos para atacar a guarda presidencial.[15] A BBC também informou que forças legalistas cercaram a emissora estatal ORTN.[7] A embaixada dos Estados Unidos alertou contra viagens ao longo do Boulevard de la Republique, em Niamey,[11] onde ficava o Palácio Presidencial.

Anúncio da derrubada de Bazoum

À noite, porém, o coronel-major[16] da Força Aérea[17] Amadou Abdramane foi ao canal de televisão estatal Télé Sahel para afirmar que o presidente Bazoum havia sido destituído do poder e anunciou a formação de um Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria.[17]

Sentado e flanqueado por outros nove oficiais vestindo uniformes representando todos os diferentes ramos das forças de segurança,[10] Abdramane disse que as forças de defesa e segurança decidiram derrubar o governo "devido à deterioração da situação de segurança e má governança". Também anunciou a dissolução da constituição do país, a suspensão das instituições estatais, o fechamento das fronteiras e um toque de recolher nacional das 22h00 às 05h00, horário local, até novo aviso, alertando contra qualquer intervenção estrangeira.[18][19]

Um dos oficiais vistos durante o anúncio foi posteriormente identificado como o general Moussa Salaou Barmou, chefe das forças especiais do país.[12]

27 de julho

Resposta de Bazoum

Na manhã de 27 de julho, Bazoum twittou que os nigerinos que amam a democracia cuidariam para que "ganhos duramente conquistados sejam salvaguardados", indicando sua recusa em renunciar ao cargo.[19] Seu ministro das Relações Exteriores, Hassoumi Massaoudou, disse ao France 24 que o "poder legal e legítimo" do país permanecia com o presidente e reiterou que Bazoum estava em boas condições e que todo o exército não estava envolvido.[20] Massaoudou também se declarou chefe de Estado interino e convocou todos os democratas a "fazerem esta aventura fracassar".[19]

Apesar de detido, Bazoum não renunciou formalmente até 28 de julho e conseguiu entrar em contato com líderes e autoridades mundiais, como o presidente francês Emmanuel Macron,[21] o Secretário-geral das Nações Unidas António Guterres,[22] o Presidente da Comissão da União Africana Moussa Faki[23] e o Secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken.[24]

Reconhecimento militar da junta

Em 27 de julho, a liderança das forças armadas do Níger emitiu uma declaração assinada pelo chefe do estado-maior do exército, general Abdou Sidikou Issa, declarando seu apoio ao golpe, citando a necessidade de "preservar a integridade física" do presidente e sua família e evitar "um confronto mortal que pode criar um banho de sangue e afetar a segurança da população."[25]

Em comunicado na televisão pouco depois, Abdramane anunciou a suspensão de todas as atividades dos partidos políticos no país até novo aviso.[26] Também anunciou que a junta emitiu uma repreensão à França por violar o fechamento do espaço aéreo depois que um avião militar pousou em uma base aérea. Ao longo do dia, a Télé Sahel transmitiu continuamente o anúncio do estabelecimento da junta com algumas pausas na programação.[27]

Distúrbios em Niamey

Uma manifestação pró-golpe ocorreu em 27 de julho com cerca de 1 000 apoiadores da junta hasteando bandeiras russas,[28] expressando apoio ao Grupo Wagner e atirando pedras no veículo de um político que passava.[12] Os manifestantes também denunciaram a presença francesa e de outras bases estrangeiras. Outros manifestantes se reuniram do lado de fora da sede do partido de Bazoum, PNDS-Tarayya, com imagens mostrando-os apedrejando e incendiando veículos.[27] Em seguida, saquearam e queimaram o local, forçando a polícia a dispersá-los com gás lacrimogêneo.[29] Também ocorreram manifestações em frente à Assembleia Nacional.[30] Isso levou o Ministério do Interior à noite a proibir todas as manifestações com efeito imediato.[31] Os funcionários públicos também foram orientados a ficar em casa.[32]

Referências

  1. «Niger: ce que l'on sait de la tentative de coup d'Etat en cours contre le président Mohamed Bazoum». Franceinfo (em francês). 26 de julho de 2023. Cópia arquivada em 26 de julho de 2023 
  2. «Niger soldiers declare coup on national TV». BBC News (em inglês). 26 de julho de 2023 
  3. «Niger's president 'held by guards' in apparent coup attempt». www.aljazeera.com (em inglês) 
  4. «Timeline: A history of coups in Niger». Al Jazeera (em inglês). 27 de julho de 2023 
  5. a b c d e f g «Niger's Bazoum 'held by guards' in apparent coup attempt». Al Jazeera (em inglês). 26 de julho de 2023. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  6. a b «Niger soldiers say President Bazoum has been removed, borders closed». France 24 (em inglês). 26 de julho de 2023. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  7. a b Minjibir, Usman; Macaulay, Cecilia (26 de julho de 2023). «Niger coup attempt: President Mohamed Bazoum held». BBC. Cópia arquivada em 26 de julho de 2023 
  8. a b «FRANCE 24». Niger becomes France's partner of last resort after Mali withdrawal. 18 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 26 de julho de 2023 
  9. Turse, Nick (26 de julho de 2023). «Soldiers Mutiny in U.S.-Allied Niger». The Intercept (em inglês) 
  10. a b Aksar, Moussa; Balima, Boureima (27 de julho de 2023). «Niger soldiers say President Bazoum's government has been removed». Reuters. Cópia arquivada em 26 de julho de 2023 
  11. a b c d Dean, Sarah; Kennedy, Niamh; Madowo, Larry (26 de julho de 2023). «Niger soldiers claim President Mohamed Bazoum has been ousted, deepening coup fears». CNN. Cópia arquivada em 26 de julho de 2023 
  12. a b c Mednick, Sam (27 de julho de 2023). «Niger's president vows democracy will prevail after mutinous soldiers detain him and declare a coup». AP News. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  13. «Niger army general declares himself country's new leader». Gulf News. 29 de julho de 2023 
  14. a b Olivier, Mathieu (27 de julho de 2023). «Au Niger, l'armée affirme avoir renversé Mohamed Bazoum». Jeune Afrique. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 – via www.msn.com 
  15. Pilling, David (26 de julho de 2023). «Niger president caught in attempted coup but armed forces rally in support». Financial Times. Cópia arquivada em 26 de julho de 2023 
  16. «Coup d'Etat au Niger: Les militaires putschistes suspendent « toutes les institutions » et ferment les frontières». 20 minutes (em francês). Cópia arquivada em 26 de julho de 2023 
  17. a b Mednick, Sam (27 de julho de 2023). «Mutinous soldiers claim to have overthrown Niger's president». AP. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  18. «Soldiers in Niger claim to have overthrown President Mohamed Bazoum». Al-Jazeera. Cópia arquivada em 26 de julho de 2023 
  19. a b c Peter, Laurence (27 de julho de 2023). «Niger soldiers announce coup on national TV». BBC. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  20. «Detained Niger president defiant after coup bid». France 24. 27 de julho de 2023. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  21. «Soldiers Declare Niger General New Leader After Attempted Coup». VOA. 28 de julho de 2023 
  22. «Niger situation remains 'fluid' as army backs coup plotters». Aljazeera. 27 de julho de 2023 
  23. «Niger general appears on state TV as new leader following coup». CNN. 28 de julho de 2023 
  24. «Blinken calls for immediate release of ousted Niger president». Reuters. 29 de julho de 2023 
  25. «Niger's army command declares support for military coup». France 24. 27 de julho de 2023. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  26. «Niger army pledges allegiance to coup makers». Aljazeera. 27 de julho de 2023. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  27. a b «Niger coup: Captive President Bazoum defiant after takeover». BBC. 27 de julho de 2023. Cópia arquivada em 27 de julho de 2023 
  28. «Niger's General Abdourahamane Tchiani declared new leader following coup». France 24. 28 de julho de 2023. Consultado em 29 de julho de 2023 
  29. Balima, Boureima; Aksar, Moussa (27 de julho de 2023). «Niger coup supporters set fire to ruling party HQ, police fire teargas». Reuters 
  30. «Niger situation remains 'fluid' as army backs coup plotters». Aljazeera. 27 de julho de 2023 
  31. «Niger bans protests after post-coup chaos». The Sun Daily. 28 de julho de 2023 
  32. «Niger coup: EU suspends security cooperation and budgetary aid». BBC. 29 de julho de 2023