Salto com vara: diferenças entre revisões
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Revisão das 02h31min de 18 de setembro de 2020
Salto com vara | |
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Olímpico desde | 1896 H / 2000 S |
Desporto | Atletismo |
Praticado por | Ambos os sexos |
Campeões Olímpicos | |
Rio 2016 | |
Masculino | Thiago Braz Brasil |
Feminino | Ekaterini Stefanidi Grécia |
Campeões Mundiais | |
Doha 2019 | |
Masculino | Sam Kendricks Estados Unidos |
Feminino | Anzhelika Sidorova Atletas Neutros |
Recorde Mundial | |
Masculino | Armand Duplantis Ucrânia – 6,18 m (1994, Sestriere) |
Feminino | Yelena Isinbayeva Rússia – 5,06 m (2009, Zurique) |
Salto com vara é um evento do atletismo onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alcançar maior altura e passar por cima de uma barra ou sarrafo. Competições com varas já eram conhecidas na Grécia Antiga, entre os cretenses e os celtas. Foi introduzido como modalidade olímpica desde os primeiros Jogos em Atenas 1896 para os homens e desde Sydney 2000 para as mulheres.
É uma modalidade classificada como uma das quatro principais provas de salto no atletismo, junto com o salto em altura, salto em distância e o salto triplo. Sua originalidade está no fato de ser um esporte que requer uma significativa quantidade de equipamento especializado para ser praticado, tornando-o mais caro que os demais, mesmo em nível básico. Vários saltadores de sucesso na prova tem uma base na ginástica, caso da russa Yelena Isinbayeva e da brasileira Fabiana Murer, o que reflete os atributos físicos similares necessários para os dois esportes.[1]
O primeiro campeão olímpico foi o norte-americano William Hoyt, em 1896, e a primeira campeã, 104 anos depois, Stacy Dragila, também dos Estados Unidos. Dragila tinha como base na adolescência ser montadora de cavalos e touros em rodeios na Califórnia.[2] O brasileiro Thiago Braz é o atual campeão e recordista olímpico masculino da modalidade – 6,03 m. Os recordes mundiais pertencem ao sueco Armand Duplantis[3] – 6,18 m – e à russa Yelena Isinbayeva – 5,06 m. Ele é disputado tanto ao ar livre quanto em pista coberta, e os recordes são registrados independente da locação aberta ou fechada.[4]
História
Varas eram equipamentos usados como meios práticos de atravessar obstáculos naturais como terrenos pantanosos no Noroeste da Europa, em províncias como a Frísia, na Holanda, ao longo do Mar do Norte, e em regiões pantanosas do leste da Inglaterra em torno de Cambridgeshire, Lincolnshire e Norfolk. Drenagens artificiais nestes locais criaram uma rede de canais e coletores abertos que se cruzavam uns com os outros. Para cruzar estes locais sem se molhar e evitar tediosos e longos rodeios pelas pontes, uma pilha de longas e finas varas de salto era mantida em cada casa e usada para saltar sobre os pequenos canais. Competições de salto em distância, e não ainda de altura, com estas varas, eram realizadas anualmente nas terras baixas ao longo do Mar do Norte e chamadas de Fierljeppen.[5]
Uma das primeiras competições de salto com varas onde a altura foi medida aconteceu no Ulverston Football and Cricket Club, em Lancashire, Inglaterra, em 1843.[2] A competição moderna começou por volta, de 1850 na Alemanha, quando o salto com vara foi adicionado como modalidade para a prática de exercícios em clubes de ginástica. Também em uso na Inglaterra nesta época eram competições com o uso de varas de cinza sólida ou de nogueira com pontas de ferro no final delas.[6] A moderna técnica do salto foi desenvolvida nos Estados Unidos no fim do século XIX. Inicialmente as varas eram feitas de material rígido como bambu – registrado pela primeira vez em 1857 – [6] ou alumínio, mas com a introdução a partir do início da década de 1950 de varas feitas de fiberglass e fibra de carbono, os saltadores começaram a atingir alturas mais elevadas antes inalcançáveis.[7] Em 1985, o ucraniano Sergei Bubka, então competidor da União Soviética, foi o primeiro homem a superar os seis metros.[8]
Regras
A pista de corrida para o salto deve medir no mínimo 45 metros e ao fim dela se encontra o obstáculo, uma barra horizontal de 4,5 m de comprimento, 2,260 kg de peso máximo, sustentada por duas traves laterais que a elevam e apoiam à determinada altura. Exatamente ao fim da pista, ao nível do solo e à frente do obstáculo, existe centrada uma caixa de metal ou madeira, com 1 m de comprimento, 60 cm de largura no início e 15 cm junto ao obstáculo. É nela que o saltador apoia a vara para conseguir a impulsão, realizar o salto e ultrapassar o sarrafo.[9]
As mesmas regras do salto em altura são aplicadas à vara; o atleta tem três tentativas para saltar a marca, mas pode se recusar saltar determinada altura preferindo esperar por outra maior. Não conseguindo passar a altura depois de três tentativas na mesma altura ou alturas combinadas, é eliminado. Caso empatem na mesma altura final, o desempate é feito pelo número menor de tentativas para superar a altura imediatamente anterior. Caso continue empatado, é analisado o menor número de tentativas em toda a disputa; ainda um empate, a prova então tem um ou mais saltos de desempate até surgir o vencedor.[6]
Recordes
Os recordes mundiais incluem outdoor e indoor (i), de acordo com a Federação Internacional de Atletismo – World Athletics.[10][11][12]
- Homens
- Mulheres
Melhores marcas mundiais
As marcas abaixo incluem outdoor e indoor (i) de acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[10][11][12]
Homens
Posição | Marca | Atleta | País | Data | Local |
---|---|---|---|---|---|
Mulheres
Posição | Marca | Atleta | País | Data | Local |
---|---|---|---|---|---|
Melhores marcas olímpicas
As marcas abaixo são da prova ao ar livre, a única olímpica, e são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[13]
Homens
Posição | Marca | Atleta | País | Medalha | Local |
---|---|---|---|---|---|
Mulheres
Posição | Marca | Atleta | País | Medalha | Local |
---|---|---|---|---|---|
Marcas da lusofonia
[14] | |||||||||
[15] | |||||||||
[16] | |||||||||
[17] | |||||||||
[18]:604 |
(*) - Marca reconhecida pela Federação Angolana de Atletismo. A IAAF reconhece 4,05 m de José Francisco em Luanda, 1989.[19]:603
Referências
- ↑ «Fabiana Murer profile». IAAF. Consultado em 22 de fevereiro de 2015
- ↑ a b «Kate Dennison: 'It helps being a little bit crazy'». The Independent. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ Maria João Caetano (15 de fevereiro de 2020). «Armand Duplandis bate novamente o recorde do mundo de salto com vara». Diário de Notícias. Consultado em 15 de fevereiro de 2020
- ↑ «JUMPS - POLE VAULT M». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «Fierljeppen». Polsstokbond Holland. Consultado em 10 de setembro de 2015. Arquivado do original em 2 de outubro de 2012
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e|acessodata=
redundantes (ajuda) - ↑ a b c «pole vault». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «Man who broke 15-feet defenda fiberglass pole». Ocala Star-Banner. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ Litsky, Frank. «Soviet Pole-Vaulter Soars Over 20-Foot Mark». The New York Times. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «Atletismo Saltos». cooperativa de fitness. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ a b «POLE VAULT - MEN - SENIOR - OUTDOOR». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ a b «POLE VAULT - MEN - SENIOR - INDOOR». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ a b «JUMPS - POLE VAULT W». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «48 PAST OLYMPIC GAMES». OIC. Consultado em 24 de abril de 2013
- ↑ «Recordes». CBat. Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 23 de setembro de 2015
- ↑ «RECORDES DE PORTUGAL». FPA. Consultado em 3 de julho de 2016. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015
- ↑ «Tabela de Records de Cabo Verde». FCA. Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015
- ↑ «estatisticas». FAA. Consultado em 1 de setembro de 2015
- ↑ «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017
- ↑ «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017