Fauna do Paraná
A Fauna do Paraná envolve o conjunto de espécies de animais distribuídas por todo o território paranaense.
A fauna nativa paranaense é distribuída em dois biomas: Mata Atlântica e Cerrado. Os animais variam conforme o ambiente geográfico, constituindo-se espécies terrestres, que habitam as florestas e os campos, e aquáticas, que vivem nos rios ou no mar, além de anfíbios, que possuem habitat tanto na terra como na água.[1]
Animais
[editar | editar código-fonte]Segundo o ambiente geográfico existem na fauna do Paraná, animais que tem vida:[1]
- Terrestre: Merecem destaque os animais silvestres e campestres que podem ser citados: anta ou tapir, lobo-guará, guaraxaim, caititu, bugio, onça, gato-do-mato, jaguatirica, tatu, paca, veado, quati, cobras (jararaca, cascavel, jararacuçu e urutu), etc. Merecem destaque algumas aves pelas suas belas plumas: papagaio, tucano, gralha, pica-pau, bem-te-vi, etc. As demais sabidas por serem aves cantoras: canário-da-terra, pintassilgo e sabiá. As demais, ainda merecem ser destacadas pelo tamanho: jacu, jacutinga, pomba silvestre, perdiz, codorna, inhambu, curucaca, socó, garça, harpia, entre outras.
- Anfíbia: A maioria dos animais tanto terrestres quanto aquáticos são: capivara, cágado, tartaruga-marinha, lontra, ariranha e o próprio jacaré, este que se encontra no rio Paraná e certos rios litorâneos.[1] Ainda existe duas espécies de sapos que são endêmicas do estado, a Brachycephalus coloratus e a Brachycephalus curupira.
- Aquática: Merecem ser destacados os peixes que vivem nos rios: jaú, dourado, pintado e o surubim, que se encontram no Rio Paraná e seus afluentes. Os os peixes que vivem no mar são a pescada, a tainha, o robalo, o linguado, etc, assim como o boto, que pertence à classes dos mamíferos.[1]
Conservação
[editar | editar código-fonte]O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a contar com uma legislação destinada à proteção da fauna, com a Lei nº 11.967 de 17 de fevereiro de 1995, que resultou em uma lista com 117 espécies de aves listadas. Em 2004 169 espécies de aves foram consideradas sob risco. Em 2018 o Paraná divulgou a atualização da Lista Vermelha de Aves Ameaçadas de Extinção no Paraná. Durante os levantamentos de campo foram avaliadas as 762 espécies de aves que existem no estado, chegando ao final com a indicação de 118 espécies de aves com algum grau de ameaça, sendo que 11 já estão regionalmente extintas.[2][3]
Em 2004 o Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná listou 344 espécies, sendo 163 espécies ameaçadas de extinção, como o tamanduá-bandeira, a onça-pintada e a harpia.[4] A publicação envolve a análise do status das espécies de todos os grupos de vertebrados, incluindo peixes e anfíbios.[5]
Na cultura
[editar | editar código-fonte]Os animais estão representados também na cultura paranaense. No Paraná, declarou-se a gralha-azul como ave-símbolo do estado, por força da Lei Estadual nº 7.957, de 21 de novembro de 1984.[1] Envolta em lendas, a ave está presente no folclore paranaense, além de contribuir para a manutenção das florestas de araucária, plantando a semente do pinheiro.[6][7]
No brasão do Paraná, um dos símbolos oficiais do estado, aparece como timbre a figura de uma harpia (Harpia harpyja).[8][9] A imponente exemplar da avifauna paranaense, era naturalmente encontrada nas matas mais densas do estado, com condições para se reproduzir, estando hoje em via de extinção.[10][11]
Espécies exóticas
[editar | editar código-fonte]Assim como em outras regiões do Brasil, diversas espécies exóticas de animais silvestres também foram introduzidas no Paraná. Espécies essas que são consideradas invasoras, podendo gerar problemas de desiquilíbrio ecológico e ameaças para outras espécies endêmicas.[12] Algumas espécies terrestre, como a Lebre-européia (Lepus europaeus) e o Javali (Sus scrofa). Insetos como a abelha-europeia (Apis mellifera); a abelha africana (Apis mellifera scutellata)[13] e a vespa-da-madeira (Sirex noctilio).[14] Animais tanto terrestres quanto aquáticos como a tartaruga-de-orelha-vermelha (Trachemys scripta elegans). Animais aquáticos como a água-viva asiática (Phyllorhiza punctata) e os peixes: bagre-africano (Clarias gariepinus); bagre de canal ou bagre-americano (Ictalurus punctatus); trairão (Hoplias lacerdae); carpa (Cyprinus carpio); tilápia-vermelha (Tilapia rendalli); tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus); truta-arco-íris (Oncorhynchus mykiss); achigã (Micropterus salmoides); moluscos como o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei); o caramujo-gigante-africano (Achatina fulica); e o caracol (Bradybaena similaris).[15][16]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e Governo do Paraná (2006). «Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná» (PDF). Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Consultado em 4 de agosto de 2012
- ↑ Instituto Ambiental do Paraná (3 de dezembro de 2018). «Paraná atualiza lista de aves ameaçadas de extinção no Estado». Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ Sistema Estadual de Legislação (22 de novembro de 2018). «Decreto 11797 - 22 de Novembro de 2018». Casa Civil do Governo do Estado do Paraná. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ Andrea Lombardo (15 de junho de 2004). «Livro identifica fauna ameaçada no Paraná». Folha de Londrina. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ Governo do Estado do Paraná. «Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná». Conexão Ambiental. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ «Gralha-Azul». Paraná Turismo. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ «Gralha Azul do Paraná». Portal Paraná Turismo. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ «Brasão de Armas do Paraná». Portal Paraná Turismo. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ «Brasão do Paraná é a nova marca do Governo do Estado». Diário dos Campos. 3 de janeiro de 2011. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ «Filhote de harpia, ave símbolo do Paraná, nasce no Refúgio Biológico de Itaipu». G1. 29 de abril de 2020. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ «Harpia é fotografada no Paraná pela primeira vez na história». G1. 15 de abril de 2020. Consultado em 27 de maio de 2020
- ↑ Priscila Soares do Nascimento (4 de julho de 2018). «Animais silvestres». Infoescola. Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ «Por que as abelhas africanas são tão perigosas?». Superinteressante. 4 de julho de 2018. Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ «Manejo Integrado de Pragas: Vespa-da-Madeira». Embrapa. Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ «Espécies Exóticas - Fauna». Instituto Ambiental do Paraná - IAP. Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ «Lista de espécies exóticas invasoras do Paraná» (PDF). Instituto Ambiental do Paraná - IAP. Consultado em 28 de maio de 2020