Grande Prêmio da Itália de 1988

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Grande Prêmio da Itália
de Fórmula 1 de 1988

53º GP da Itália realizado em Monza
Detalhes da corrida
Categoria Fórmula 1
Data 11 de setembro de 1988
Nome oficial LIX Coca-Cola Gran Premio d'Italia[1][nota 1]
Local Autódromo Nacional de Monza, Monza, Monza e Brianza, Lombardia, Itália
Percurso 5.800 km
Total 51 voltas / 295.800 km
Condições do tempo Quente, ensolarado
Pole
Piloto
Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda
Tempo 1:25.974
Volta mais rápida
Piloto
Itália Michele Alboreto Ferrari
Tempo 1:29.070 (na volta 44)
Pódio
Primeiro
Áustria Gerhard Berger Ferrari
Segundo
Itália Michele Alboreto Ferrari
Terceiro
Estados Unidos Eddie Cheever Arrows-Megatron

Resultados do Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1 realizado em Monza em 11 de setembro de 1988. Décima segunda etapa do campeonato, nele o vencedor foi o austríaco Gerhard Berger, que subiu ao pódio junto a Michele Alboreto numa dobradinha da Ferrari, com Eddie Cheever em terceiro pela Arrows-Megatron.[2][3][4]

Resumo[editar | editar código-fonte]

FIAT compra a Ferrari[editar | editar código-fonte]

Dias antes do Grande Prêmio da Itália, a FIAT confirmou a aquisição dos 40% da Ferrari pertencentes ao falecido Enzo Ferrari a um custo de US$ 13,5 milhões conforme os termos acordo celebrado em 1969 entre o comendador e a empresa de Gianni Agnelli, elevando para 90% o controle acionário externo sobre a tradicional fábrica de carros desportivos de luxo, assumindo também as operações da Scuderia Ferrari, a mais longeva e conhecida equipe de Fórmula 1. O restante das ações foi destinada a Piero Ferrari, filho de Enzo Ferrari.[5]

Esqueçam o que ele disse[editar | editar código-fonte]

Quando Ayrton Senna venceu o Grande Prêmio da Bélgica, Alain Prost declarou publicamente que seu companheiro de equipe e rival na McLaren tornou-se ali, "com muito merecimento",[6] o campeão mundial de 1988, mas quem estranhou a capitulação do francês estava certo, pois ao chegar na Itália o discurso do bicampeão mudou da água para o vinhoː "Vai ser difícil tirar a vantagem do Ayrton, mas vou brigar até o fim pelo campeonato".[7] Vencedor em Monza pela Renault em 1981 e pela McLaren em 1985,[8][9] Prost precisará repetir tal façanha para manter-se vivo na disputa, pois neste momento sua desvantagem em relação a Senna é de três pontos e três vitórias na classificação geral.

No quesito retrospecto, a vantagem de Alain Prost é inquestionável, e o próprio Ayrton Senna não esconde o seu objetivoː "Sempre corri bem aqui em Monza e nunca venci. Acho que já é hora disso acontecer".[10] Declarações à parte, o passado não favorece o brasileiroː em 1984 ele não correu porque a Toleman o suspendeu por quebra de contrato,[11] e embora tenha sido o terceiro colocado no ano seguinte após sair na pole,[9] uma avaria mecânica o fez parar vinte metros depois da largada em 1986.[12] Sua única chance de vitória no Grande Prêmio da Itália foi em 1987 quando, sem nenhum pit stop, liderava a corrida em sua Lotus com Nelson Piquet à distância, mesmo a Williams tendo pneus novos, mas ao aproximar-se da Ligier do retardatário Piercarlo Ghinzani o carro de Senna tocou a sujeira pouco antes da Parabólica, saiu da pista, levantou poeira e perdeu a liderança para Piquet a oito voltas do fim. Senna ainda descontou a diferença, mas seu compatriota venceu com um segundo e oito de vantagem.[13]

Nigel Mansell, o ausente[editar | editar código-fonte]

Debilitado pelo sarampo na etapa húngara, Nigel Mansell desenvolveu uma catapora como infecção secundária e por isso Martin Brundle o substituiu no Grande Prêmio da Bélgica.[14] Entretanto, Brundle correria pela Jaguar no Mundial de Resistência de 1988[15] (onde foi campeão, frise-se), e assim a Williams cogitou o nome de Roberto Moreno, piloto de testes da Ferrari. Mas como os patrocinadores da equipe italiana concorriam com os de Frank Williams,[16] o dirigente britânico inscreveu o francês Jean-Louis Schlesser, agraciado com a superlicença da FISA na quinta-feira anterior à corrida e cuja experiência na Fórmula 1 resumia-se a malsucedidos treinos de classificação ao volante da RAM para a Corrida dos Campeões e para o Grande Prêmio da França em 1983.[17][18] Algum tempo depois, o time de Grove confirmou a renovação do contrato de Riccardo Patrese, que faria dupla com Thierry Boutsen por dois anos.[19]

Dobradinha da Ferrari na Itália[editar | editar código-fonte]

Apenas seis voltas no treino de sexta-feira foram o bastante para Ayrton Senna marcar o melhor tempo nos treinos, mesmo que por um décimo de segundo sobre Alain Prost. Confiante, o brasileiro trocou o bólido titular pelo reserva no decorrer da sessão, na qual o grid provisório foi simétricoː A McLaren na primeira fila com Senna e Prost, a Ferrari vindo a seguir com Michele Alboreto e Gerhard Berger enquanto a Arrows provou o quanto o motor BMW M12 (o mesmo utilizado pela Brabham no bicampeonato de Nelson Piquet em 1983) é forteː rebatizado como Megatron, o propulsor colocou Eddie Cheever e Derek Warwick na terceira fila, uma posição adiante da Lotus de Piquet e duas na frente de Alessandro Nanini, cuja Benetton foi a melhor máquina dentre as de motor aspirado.[20] Automobilismo à parte, a Honda informou que seu motor aspirado será exclusivo da McLaren em 1989 e com isso a Lotus utilizará os motores Judd, mantendo por mais um ano o patrocínio da Reynolds.[21]

No dia seguinte, Gerhard Berger tomou o terceiro lugar de Michele Alboreto. Com Eddie Cheever e Derek Warwick nos mesmos lugares de antes, Nelson Piquet sobreviveu ao avanço da Benetton, mas viu Thierry Boutsen desbancar Alessandro Nanini.[15] Melhor do fim de semana, Ayrton Senna marcou a primeira pole da McLaren em Monza desde James Hunt em 1977[22] deixando Alain Prost em segundo lugar e ainda quebrou o recorde de pole positions num mesmo campeonato, com dez, superando Ronnie Peterson, Niki Lauda e Nelson Piquet.[23]

Embora Alain Prost tenha largado melhor, foi superado por Ayrton Senna antes da primeira curva e logo o brasileiro ostentava uma diferença superior a três segundos sobre o rival, acossado pela Ferrari de Gerhard Berger.[4] Conforme a prova seguiu, a diferença entre Senna e Prost aumentou enquanto o francês deixou Berger para trás. Durante 34 voltas as cinco primeiras posições quedaram inalteradasː Senna, Prost, Berger, Alboreto e Cheever, enquanto o sexto lugar esteve por muito tempo nas mãos de Thierry Boutsen, até que Derek Warwick o superou.[24] Previsível e modorrenta, a corrida mudou quando o motor de Alain Prost começou a falhar e fazer barulho, obrigando-o a parar nos boxes. Durante anos atribuíram o defeito a um tipo "mais pobre" de mistura entre ar e gasolina utilizado pela McLaren afim de evitar o consumo excessivo de combustível,[4] entretanto a quebra do motor foi causada por uma falha mecânica.[25] Nesse momento, vinte e cinco segundos separavam Ayrton Senna e Gerhard Berger, o novo vice-líder.[26]

Em 2016, Neil Trundle, mecânico-chefe da McLaren naquela época, declarouː “Nós tiramos a tampa do motor e lá estava: uma das velas tinha caído de um plugue. Um superaquecimento foi a provável causa, por isso instruímos Ayrton pelo rádio a ir mais devagar para manter as velas mais frias porque o grau errado de encaixe tinha sido usado no carro dele também”.[25] A necessidade de poupar combustível também influenciou a condução de Senna a partir dali devido ao seu ritmo forte no começo da prova visando distanciar-se de Alain Prost. Alheio a desses detalhes, Gerhard Berger acelerouː na volta 46 sua desvantagem em relação ao líder era de dez segundos, caindo pela metade na volta 49, quando o brasileiro alcançou o retardatário Jean-Louis Schlesser. Segundo a Folha de S.Paulo,[27] "Ao entrar na variante, Schlesser travou os freios e perdeu a tangência da curva. Seu Williams subiu na zebra desgarrando para fora da pista. Senna, imprudente, aproveitou o descuido do francês para fazer a ultrapassagem por dentro. No meio da curva Ayrton retomou a trajetória normal, fechada. Nessa hora Schlesser recuperou o controle e voltou para o asfalto. O toque dos dois foi inevitável. A batida jogou o McLaren para o alto e fez com que Senna rodasse".[27] Neste momento os tiffosi foram ao delírio antevendo uma vitória da Ferrari com Gerhard Berger em primeiro e Michele Alboreto em segundo, e assim aconteceu após 51 voltas.[4][28]

Celebrando a memória do comendador Enzo Ferrari diante de uma multidão em êxtase, os pilotos da Ferrari deram à equipe sua décima vitória em Monza,[28] sendo a primeira dobradinha no circuito desde Jody Scheckter e Gilles Villeneuve em 1979 e o primeiro triunfo ferrarista em solo italiano desde o Grande Prêmio de San Marino de 1983.[29][30] Mais de meio minuto depois dos bólidos vermelhos, a Arrows cruzou a linha de chegada com Eddie Cheever e Derek Warwick em terceiro e quarto lugares (o norte-americano não subia ao pódio desde o Grande Prêmio da Itália de 1983 e o motor Megatron jamais voltaria a esse local), enquanto Ivan Capelli levou a March ao quinto posto e a sexta posição da Benetton de Thierry Boutsen marcou os 300 Grandes Prêmios da Ford na Fórmula 1.[15]

A apoteose da Ferrari em Monza interrompeu uma sequência de onze vitórias consecutivas da McLaren, impedindo o time britânico de (em tese) vencer as dezesseis corridas previstas para 1988, embora o time de Ron Dennis tenha firmado um recorde ainda vigente na Fórmula 1.[31][32][nota 2] Entretanto, o júbilo do cavallino rampante esteve sob risco nas duas horas seguintes ao fim da contenda, pois ao examinarem o carro de Berger, os comissários da FISA detectaram 151, 5 litros de combustível no tanque do austríaco, excedendo os 150 litros previstos no regulamento.[33] Novas medições foram feitas e a irregularidade persistia, diferença atribuída a uma superfície "ligeiramente inclinada"[34] onde realizaram a primeira aferição. Em seu veredicto, os fiscais, "para evitar qualquer mal entendido",[34] refizeram as medições em local plano e encontraram 149,5 litros de combustível no carro do vencedor, ratificando o resultado da pista.[34]

Senna errou mais uma vez[editar | editar código-fonte]

Lamento e decepção foram a tônica nas palavras de Ayrton Senna após o incidente. Embora aparentemente tranquilo, permaneceu uma hora no motorhome da McLaren antes de falar com a imprensa. "Infelizmente cometi um erro",[18] admitiu ele em certo momento da entrevista. Senna relatou, inclusive, seu encontro com Jean-Louis Schlesser após o incidente. "Disse a ele que não guardaria rencor. Afinal todos somos feitos da mesma matéria humana, sujeitos a erros. Eu errei em Mônaco, por exemplo".[35] Ao sair do encontro com o brasileiro, Schlesser afirmou o seguinteː "Vim aqui por uma questão de gentileza. Não cometi um erro proposital. Meu carro teve um problema mecânicoː uma roda travou quando freei na primeira chicana. Entrei direto e havia muito espaço para Senna ultrapassar. Mas eu tinha de virar para a direita para voltar à pista e acho que Senna não levou isso em conta".[18]

Maurício Gugelmin estava próximo aos dois no momento do acidente e defendeu o risco assumido por Ayrton Senna, assim como Roberto Moreno, que assistiu a corrida pela televisão.[36] Entretanto, o ônus da experiência pesou contra o piloto da McLaren na opinião de Chico Landi. "Faltou cabeça ao Ayrton Senna",[37] afirmou o decano dos pilotos brasileiros. "Não passavam dois carros naquela curva. O que custava esperar um pouco?".[37] Inconformado, Wilson Fittipaldi Júnior temia pelo piorː "E se acontecer algo com o Ayrton? Ele pode perder o título mais ganho da história".[37] Quando Alain Prost abandonou a corrida na volta trinta e cinco, a diferença entre Senna e Berger era de 25 segundos, mas à medida que a corrida chegava ao fim, Senna reduziu o ritmo para evitar uma pane seca ou uma quebra.[4] Nesse interregno, Berger tomou a decisão inversa aproximando-se do brasileiro nas voltas quarenta e sete (6.132 segundos), quarenta e oito (5.049 segundos) e quarenta e nove (4.929 segundos) antes do malfafado encontro entre Senna e Schlesser a duas voltas para o fim da prova.[38]

Sentindo-se ameaçado, o piloto da McLaren expôs-se ao risco e sofreu o acidente que o tirou da prova, mas não o teria feito se soubesse a opinião de Berger sobre o ocorrido. "Preciso agradecer-lhe este favor, pois do contrário não creio que tivesse conseguido superar Senna, por mais depressa que estivesse me aproximando",[33] disse Berger ao comentar a afobação e o erro do líder do campeonato. O cenário para a decisão do campeonato mundial nas quatro provas restantes seria o seguinteː Ayrton Senna precisará de uma vitória e um quarto lugar para chegar ao título,[35] enquanto Alain Prost terá que vencer todas as corridas para assegurar o tricampeonato.[35] Quanto a Jean-Louis Schlesser, ele jamais retornou à Fórmula 1, mas venceu o Campeonato Mundial de Resistência pela Sauber em 1989 e 1990, honrando a memória de seu tio, Jo Schlesser, além de atuar na versão original do filme Taxi.[17]

Classificação[editar | editar código-fonte]

Pré-classificação[editar | editar código-fonte]

Pré-classificação
Pos. N.º Piloto Chassi/Motor Tempo
1 36 Itália Alex Caffi Dallara-Ford 1:30.877
2 31 Itália Gabriele Tarquini Coloni-Ford 1:32.860
3 33 Itália Stefano Modena EuroBrun-Ford 1:33.292
4 21 Itália Nicola Larini Osella 1:33.738
5 32 Argentina Oscar Larrauri EuroBrun-Ford 1:34.044

Treinos classificatórios[editar | editar código-fonte]

1º treino classificatório
Pos. N.º Piloto Chassi/Motor Tempo
1 12 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda 1:26.160
2 11 França Alain Prost McLaren-Honda 1:26.277
3 27 Itália Michele Alboreto Ferrari 1:27.618
4 28 Áustria Gerhard Berger Ferrari 1:28.082
5 18 Estados Unidos Eddie Cheever Arrows-Megatron 1:28.101
6 17 Reino Unido Derek Warwick Arrows-Megatron 1:28.258
7 1 Brasil Nelson Piquet Lotus-Honda 1:28.440
8 19 Itália Alessandro Nannini Benetton-Ford 1:28.969
9 16 Itália Ivan Capelli March-Judd 1:29.513
10 2 Japão Satoru Nakajima Lotus-Honda 1:29.541
11 20 Bélgica Thierry Boutsen Benetton-Ford 1:29.607
12 6 Itália Riccardo Patrese Williams-Judd 1:30.124
13 15 Brasil Maurício Gugelmin March-Judd 1:30.145
14 23 Itália Pierluigi Martini Minardi-Ford 1:30.734
15 10 Alemanha Ocidental Bernd Schneider Zakspeed 1:30.773
16 24 Espanha Luis Pérez-Sala Minardi-Ford 1:30.944
17 36 Itália Alex Caffi Dallara-Ford 1:30.989
18 30 França Philippe Alliot Lola-Ford 1:31.168
19 9 Itália Piercarlo Ghinzani Zakspeed 1:31.182
20 22 Itália Andrea de Cesaris Rial-Ford 1:31.263
21 5 França Jean-Louis Schlesser Williams-Judd 1:31.548
22 14 França Philippe Streiff AGS-Ford 1:31.676
23 21 Itália Nicola Larini Osella 1:31.721
24 25 França René Arnoux Ligier-Judd 1:32.049
25 29 França Yannick Dalmas Lola-Ford 1:32.164
26 3 Reino Unido Jonathan Palmer Tyrrell-Ford 1:32.405
27 4 Reino Unido Julian Bailey Tyrrell-Ford 1:32.573
28 31 Itália Gabriele Tarquini Coloni-Ford 1:32.829
29 26 Suécia Stefan Johansson Ligier-Judd 1:33.272
30 33 Itália Stefano Modena EuroBrun-Ford 1:34.727
Fonte:[2]
2º treino classificatório
Pos. N.º Piloto Chassi/Motor Tempo
1 12 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda 1:25.974
2 11 França Alain Prost McLaren-Honda 1:26.428
3 28 Áustria Gerhard Berger Ferrari 1:26.654
4 27 Itália Michele Alboreto Ferrari 1:26.988
5 18 Estados Unidos Eddie Cheever Arrows-Megatron 1:27.660
6 17 Reino Unido Derek Warwick Arrows-Megatron 1:27.815
7 1 Brasil Nelson Piquet Lotus-Honda 1:28.044
8 20 Bélgica Thierry Boutsen Benetton-Ford 1:28.870
9 19 Itália Alessandro Nannini Benetton-Ford 1:28.958
10 6 Itália Riccardo Patrese Williams-Judd 1:29.435
11 16 Itália Ivan Capelli March-Judd 1:29.696
12 15 Brasil Maurício Gugelmin March-Judd 1:30.035
13 23 Itália Pierluigi Martini Minardi-Ford 1:30.125
14 10 Alemanha Ocidental Bernd Schneider Zakspeed 1:30.161
15 9 Itália Piercarlo Ghinzani Zakspeed 1:30.035
16 21 Itália Nicola Larini Osella 1:30.481
17 22 Itália Andrea de Cesaris Rial-Ford 1:30.560
18 2 Japão Satoru Nakajima Lotus-Honda 1:30.570
19 24 Espanha Luis Pérez-Sala Minardi-Ford 1:30.698
20 30 França Philippe Alliot Lola-Ford 1:30.962
21 36 Itália Alex Caffi Dallara-Ford 1:31.009
22 5 França Jean-Louis Schlesser Williams-Judd 1:31.620
23 14 França Philippe Streiff AGS-Ford 1:31.687
24 4 Reino Unido Julian Bailey Tyrrell-Ford 1:32.290
25 25 França René Arnoux Ligier-Judd 1:32.316
26 26 Suécia Stefan Johansson Ligier-Judd 1:32.438
27 29 França Yannick Dalmas Lola-Ford 1:32.686
28 3 Reino Unido Jonathan Palmer Tyrrell-Ford 1:33.067
29 33 Itália Stefano Modena EuroBrun-Ford 1:33.226
30 31 Itália Gabriele Tarquini Coloni-Ford 1:35.805
Fonte:[2]

Grid de largada e classificação da prova[editar | editar código-fonte]

Grid de largada
Pos. N.º Piloto Chassi/Motor Tempo
1 12 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda 1:25.974
2 11 França Alain Prost McLaren-Honda 1:26.277
3 28 Áustria Gerhard Berger Ferrari 1:26.654
4 27 Itália Michele Alboreto Ferrari 1:26.988
5 18 Estados Unidos Eddie Cheever Arrows-Megatron 1:27.660
6 17 Reino Unido Derek Warwick Arrows-Megatron 1:27.815
7 1 Brasil Nelson Piquet Lotus-Honda 1:28.044
8 20 Bélgica Thierry Boutsen Benetton-Ford 1:28.870
9 19 Itália Alessandro Nannini Benetton-Ford 1:28.958
10 6 Itália Riccardo Patrese Williams-Judd 1:29.435
11 16 Itália Ivan Capelli March-Judd 1:29.513
12 2 Japão Satoru Nakajima Lotus-Honda 1:29.541
13 15 Brasil Maurício Gugelmin March-Judd 1:30.035
14 23 Itália Pierluigi Martini Minardi-Ford 1:30.125
15 10 Alemanha Ocidental Bernd Schneider Zakspeed 1:30.161
16 9 Itália Piercarlo Ghinzani Zakspeed 1:30.035
17 21 Itália Nicola Larini Osella 1:30.481
18 22 Itália Andrea de Cesaris Rial-Ford 1:30.560
19 24 Espanha Luis Pérez-Sala Minardi-Ford 1:30.698
20 30 França Philippe Alliot Lola-Ford 1:30.962
21 36 Itália Alex Caffi Dallara-Ford 1:30.989
22 5 França Jean-Louis Schlesser Williams-Judd 1:31.548
23 14 França Philippe Streiff AGS-Ford 1:31.676
24 25 França René Arnoux Ligier-Judd 1:32.049
25 29 França Yannick Dalmas Lola-Ford 1:32.164
26 4 Reino Unido Julian Bailey Tyrrell-Ford 1:32.290
Fonte:[2]
Classificação da prova
Pos. N.º Piloto Chassi/Motor Voltas Tempo/Diferença Grid Pontos
1 28 Áustria Gerhard Berger Ferrari 51 1:17:39.744 3 9
2 27 Itália Michele Alboreto Ferrari 51 + 0.502 4 6
3 18 Estados Unidos Eddie Cheever Arrows-Megatron 51 + 35.532 5 4
4 17 Reino Unido Derek Warwick Arrows-Megatron 51 + 36.114 6 3
5 4 Itália Ivan Capelli March-Judd 51 + 53.522 11 2
6 20 Bélgica Thierry Boutsen Benetton-Ford 51 + 59.878 8 1
7 6 Itália Riccardo Patrese Williams-Judd 51 + 1ː14.743 10
8 15 Brasil Maurício Gugelmin March-Judd 51 + 1ː32.566 13
9 19 Itália Alessandro Nannini Benetton-Ford 50 + 1 volta 9
10 12 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda 49 Colisão 1
11 5 França Jean-Louis Schlesser Williams-Judd 49 + 2 voltas 22
12 4 Reino Unido Julian Bailey Tyrrell-Ford 49 + 2 voltas 26
13 25 França René Arnoux Ligier-Judd 49 + 2 voltas 24
Ret 11 França Alain Prost McLaren-Honda 34 Motor 2
Ret 30 França Philippe Alliot Lola-Ford 33 Motor 20
Ret 14 França Philippe Streiff AGS-Ford 31 Câmbio 23
Ret 10 Alemanha Ocidental Bernd Schneider Zakspeed 28 Motor 15
Ret 22 Itália Andrea de Cesaris Rial-Ford 27 Escapamento 18
Ret 9 Alemanha Ocidental Piercarlo Ghinzani Zakspeed 25 Motor 16
Ret 36 Itália Alex Caffi Dallara-Ford 24 Pane elétrica 21
Ret 29 França Yannick Dalmas Lola-Ford 17 Radiador 25
Ret 23 Itália Pierluigi Martini Minardi-Ford 15 Motor 14
Ret 2 Japão Satoru Nakajima Lotus-Honda 14 Motor 12
Ret 24 Espanha Luis Perez-Sala Minardi-Ford 12 Câmbio 19
Ret 1 Brasil Nelson Piquet Lotus-Honda 11 Embreagem 7
Ret 21 Itália Nicola Larini Osella 2 Motor 17
DNQ 3 Reino Unido Jonathan Palmer Tyrrell-Ford Não qualificado
DNQ 26 Suécia Stefan Johansson Ligier-Judd Não qualificado
DNQ 31 Itália Gabriele Tarquini Coloni-Ford Não qualificado
DNQ 33 Itália Stefano Modena EuroBrun-Ford Não qualificado
DNPQ 32 Argentina Oscar Larrauri EuroBrun-Ford Não pré-qualificado
Fonte:[2][nota 3]

Tabela do campeonato após a corrida[editar | editar código-fonte]

  • Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas e a campeã mundial de construtores surge grafada em negrito. Entre 1981 e 1990 cada piloto podia computar onze resultados válidos por temporada não havendo descartes no mundial de construtores.

Notas

  1. Em 1950 seria realizado o vigésimo "Grande Prêmio da Itália", mas o mesmo foi erroneamente creditado como o vigésimo primeiro e por esta razão a numeração oficial do evento contém uma prova a mais que as efetivamente realizadas.
  2. Ignorando os registros históricos, o jornal O Globo publicou, em 12 de setembro de 1988, que a Ferrari detinha o recorde de quatorze vitórias consecutivas na Fórmula 1. Segundo a matéria, a equipe carmesim atingiu este número entre 1952 e 1953, entretanto as 500 Milhas de Indianápolis fizeram parte do calendário da categoria entre 1950 e 1960. Neste período o máximo conquistado pela Ferrari foram sete vitórias consecutivas entre o Grande Prêmio da Bélgica de 1952 e Grande Prêmio da Argentina de 1953, recorde quebrado pelas oito vitórias da McLaren entre o Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1984 e Grande Prêmio do Brasil de 1985, sendo este o recorde superado em 1988.
  3. Voltas na liderança: Ayrton Senna 49 voltas (1-49), Gerhard Berger 2 voltas (50-51).

Referências

  1. a b c «1988 Italian GP – championships (em inglês) no Chicane F1». Consultado em 18 de setembro de 2021 
  2. a b c d e «1988 Italian Grand Prix - race result». Consultado em 13 de setembro de 2018 
  3. Fred Sabino (27 de agosto de 2019). «Gerhard Berger completa 60 anos de idade; relembre as dez vitórias do austríaco na Fórmula 1». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 27 de agosto de 2019 
  4. a b c d e Fred Sabino (11 de setembro de 2018). «Há 30 anos, batida banal de Senna e vitória da Ferrari em nome do Comendador». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 27 de agosto de 2019 
  5. Redação (8 de setembro de 1988). «Fiat anuncia a compra da Ferrari. Primeiro Caderno, Economia – p. 14». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 19 de maio de 2022 
  6. Sérgio Rodrigues (29 de agosto de 1988). «Senna já é o campeão de Alain Prost. Esportes – Capa». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 19 de maio de 2022 
  7. Luís Antonio Guerrero (9 de setembro de 1988). «Prost volta a pressionar Senna. Esportes, p. 17». acervo.estadao.com.br. O Estado de S. Paulo. Consultado em 19 de maio de 2022 
  8. Janos Lengyel (14 de setembro de 1981). «Vantagem agora é de Reutemann. Matutina – Esportes, p. 03». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 19 de maio de 2022 
  9. a b Fred Sabino (8 de setembro de 2020). «Em Monza, Prost disparou para o título, e Piquet e Senna subiram juntos ao pódio pela 1ª vez». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 19 de maio de 2022 
  10. Sérgio Rodrigues (9 de setembro de 1988). «Líder espera decidir logo. Primeiro Caderno, Automobilismo – p. 18». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 19 de maio de 2022 
  11. Fred Sabino (20 de maio de 2019). «Máquinas Eternas #18: Toleman TG184 levou Ayrton Senna aos seus primeiros pódios». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 19 de maio de 2022 
  12. Milton Coelho da Graça (8 de setembro de 1986). «Sennaː "Acho que tinha lugar naquele pódio". Matutina – Esportes, p. 07». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 19 de maio de 2022 
  13. Fred Sabino (6 de setembro de 2018). «Nelson Piquet disparou para o terceiro título mundial com vitória em Monza». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 19 de maio de 2022 
  14. Fred Sabino (26 de novembro de 2019). «Raridades #14: Martin Brundle disputou apenas uma corrida como piloto da Williams na F1». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 19 de maio de 2022 
  15. a b c «Italian GP, 1988 (em inglês) no grandprix.com». Consultado em 19 de maio de 2022 
  16. Redação (9 de setembro de 1988). «Ferrari veta Moreno na Williams. Primeiro Caderno, Automobilismo – p. 18». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 19 de maio de 2022 
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Precedido por
Grande Prêmio da Bélgica de 1988
Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA
Ano de 1988
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Grande Prêmio da Itália
58ª edição
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Grande Prêmio da Itália de 1989