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Manuel Gonçalves de Miranda

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Manuel Gonçalves de Miranda
Manuel Gonçalves de Miranda
Nascimento 30 de novembro de 1780
Bragança
Morte 5 de abril de 1841
Mercês
Cidadania Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação agricultor, político

Manuel Gonçalves de Miranda (Bragança, Outeiro, Paradinha do Outeiro, 30 de novembro de 1780Mercês, Lisboa, 5 de abril de 1841) foi um militar, político e maçom português.[1]

Filho de Martinho Carlos Gonçalves de Miranda e de sua mulher, Perpétua Maria Giraldes.

Bacharel em Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra e grande proprietário, foi Oficial de Cavalaria do Exército Capitão na Guerra Peninsular, desempenhou funções públicas e foi Sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa[1] Liberal,[1] foi Presidente da Comissão dos Emigrados em Londres. Foi Deputado Efectivo às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa Constituintes e Deputado pelo Círculo Eleitoral de Trás os Montes e Alto Douro em 1820-1822, Deputado Substituto pelos Círculos Eleitorais de Bragança e Vila Real em 1822-1823, novamente Deputado Efectivo pelo Círculo Eleitoral de Trás-os-Montes e Alto Douro em 1826-1828 e em 1834-1835/6, exerceu as funções de Prefeito do Douro, Ministro da Guerra em 1822-1823. Esteve exilado na Grã-Bretanha e Irlanda de 1823 a 1826 e de 1828 a 1833, desempenhando, quando no exílio, funções relevantes na organização das forças anti-Absolutistas. Foi Ministro da Marinha e Ultramar no Governo do Duque da Terceira, de 20 de Abril a 10 de Setembro de 1836, Par do Reino desde 1835/6 até à sua morte em 1841, e Membro da Associação Eleitoral do Centro que concorreu às eleições de 1838. Volta a ser Ministro a 28 de Janeiro de 1841, no governo do 1.º Conde do Bonfim, primeiro na pasta da Fazenda, sucedendo a Pereira Forjaz, e depois, a 12 de Março, na da Marinha e Ultramar, falecendo no exercício de funções parlamentares e ministeriais.[1][2][3][4]

Foi Fidalgo da Casa Real. Iniciado na Maçonaria em data e Loja desconhecidas com o nome simbólico de Senacherib, pertenceu à Loja 24 de Julho, N.° 500, de Lisboa, de obediência do Grande Oriente Lusitano. Foi eleito 9.º Grão-Mestre desta obediência, exercendo o cargo de 1839 a 1841, onde sucedeu a José da Silva Carvalho, e falecendo durante o mandato.[1] Teve como Grande Inspector Rodrigo da Fonseca Magalhães.[2][5]

Recusou por várias vezes títulos de nobreza, em virtude de ser Maçon. O seu filho, todavia, aceitou o título de Visconde.

Faleceu aos 60 anos de idade na Rua Formosa, freguesia das Mercês, Lisboa, sendo sepultado no Cemitério dos Prazeres.

Casamento e descendência

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Casou com Joana Maria Rosa Pereira de Sousa, com descendência:

  • Fábia Emília de Miranda, não casou e sem descendência.
  • António José de Miranda, 1.º Visconde de Paradinha de Outeiro, não casou e sem descendência.
  • Antónia Amélia de Miranda, casou com José Caetano Saraiva Caldeira de Araújo, pais de José Caetano Saraiva Caldeira de Miranda, Conde de Almendra
  • Martinho Carlos de Miranda, não casou e sem descendência.
  • José António de Miranda, casou e com descendência
  • Libânia Augusta de Miranda, casou e com descendência

Referências

  1. a b c d e António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques. Dicionário de Maçonaria Portuguesa. [S.l.: s.n.] pp. Volume II. Colunas 988-9 
  2. a b «maltez.info». Maltez.info 
  3. «bonfim_1839-1841». Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Arquivado do original em 16 de janeiro de 2005 
  4. «maltez.info». Maltez.info 
  5. «Dirigentes das Maçonarias Portuguesas». Tripod.com. Consultado em 30 de Janeiro de 2015 

Precedido por
José da Silva Carvalho
Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano
1839 – 1841
Sucedido por
António Bernardo da Costa Cabral