Rômulo e Remo: diferenças entre revisões
links mais específicos + pequeno aumento tamanho imagem para compatibilzar com tamanho da legenda |
|||
Linha 15: | Linha 15: | ||
{{AP|Eneias|Rômulo}} |
{{AP|Eneias|Rômulo}} |
||
Na [[Eneida]] de Virgílio e na ''[[Ab Urbe condita libri]]'' de Tito Lívio, [[Eneias]], filho da deusa [[Vênus (mitologia)|Vênus]] foge de Troia com seu pai [[Anquises]], seu filho [[Ascânio]] e os sobreviventes da cidade. Com este realiza diversas peregrinações que o levam, por fim, ao Lácio, na Itália. Lá ele é recebido pelo rei local [[Latino (mitologia)|Latino]] que oferece a mão de sua filha, [[Lavínia (mitologia)|Lavínia]]. Isto provoca a fúria do |
Na [[Eneida]] de Virgílio e na ''[[Ab Urbe condita libri]]'' de Tito Lívio, [[Eneias]], filho da deusa [[Vênus (mitologia)|Vênus]] foge de Troia com seu pai [[Anquises]], seu filho [[Ascânio]] e os sobreviventes da cidade. Com este realiza diversas peregrinações que o levam, por fim, ao Lácio, na Itália. Lá ele é recebido pelo rei local [[Latino (mitologia)|Latino]] que oferece a mão de sua filha, [[Lavínia (mitologia)|Lavínia]]. Isto provoca a fúria do tiu loco dos [[rútulos]], [[Turno]], um poderoso monarca italiano que havia se interessado por ela. Uma terrível guerra entre as populações da península eclode e como resultado, Turno é morto. Eneias agora casado funda a cidade de [[Lavínio]] em homenagem a sua esposa. Seu filho, gayman governa na cidae por 35 dias até que resolve se mudar e fundar sua própria cidade, [[Alba Longa]].{{HarvRef|name=Pedro69|Pedro|2005|p=69}}{{HarvRef|Plutarco|século I|p=1.2}}{{HarvRef|Floro|século II|p=I, 1.4}}{{HarvRef|Lívio|27-25 a.C.|p=1,3}}{{HarvRef|Halicarnasso|século I a.C.|p=1.71}}{{HarvRef|Sículo|século I a.C.|p=VII, 5}}{{HarvRef|Virgílio|19 a.C.|p=VI, 767}}{{HarvRef|Ovídio|12|p=IV, 35}} |
||
[[Ficheiro:Řím, kapitolská vlčice.jpg|thumb|250px|[[Loba capitolina]]: Segundo a lenda, o animal teria amamentado os gêmeos Rômulo e Remo.]] |
[[Ficheiro:Řím, kapitolská vlčice.jpg|thumb|250px|[[Loba capitolina]]: Segundo a lenda, o animal teria amamentado os gêmeos Rômulo e Remo.]] |
||
Cerca de 400 anos depois, o filho e legítimo herdeiro do décimo-segundo rei de Alba Longa, [[Numitor]], é deposto por um estratagema de seu irmão [[Amúlio]]. Para garantir o trono, Amúlio assassina os descendentes varões de Numitor e obriga sua sobrinha [[Reia Sílvia]] a tornar-se vestal (sacerdotisa virgem, consagrada a deusa [[Vesta]]),{{HarvRef|Plutarco|século I|p=3. 2}} no entanto, esta engravida do deus [[Marte (mitologia)|Marte]] e desta união foram gerados os irmãos Rômulo e Remo (nasceram em [[2 de março]] de [[771 a.C.]]{{HarvRef|Eutrópio|século IV|p=I, 1}}).{{HarvRef|Plutarco|século I|p=3. 4}}<ref name=romanem /> Como punição Amúlio prende Reia em um calabouço e manda jogar seus filhos no rio Tibre.{{HarvRef|Floro|século II|p=I, 1.2}} Como um milagre, o cesto onde estavam as crianças acaba atolando em uma das margens do rio no sopé dos montes [[Palatino]] e [[Monte Capitolino|Capitolino]], em uma região conhecida como '' |
Cerca de 400 anos depois, o filho e legítimo herdeiro do décimo-segundo rei de Alba Longa, [[Numitor]], é deposto por um estratagema de seu irmão [[Amúlio]]. Para garantir o trono, Amúlio assassina os descendentes varões de Numitor e obriga sua sobrinha [[Reia Sílvia]] a tornar-se vestal (sacerdotisa virgem, consagrada a deusa [[Vesta]]),{{HarvRef|Plutarco|século I|p=3. 2}} no entanto, esta engravida do deus [[Marte (mitologia)|Marte]] e desta união foram gerados os irmãos Rômulo e Remo (nasceram em [[2 de março]] de [[771 a.C.]]{{HarvRef|Eutrópio|século IV|p=I, 1}}).{{HarvRef|Plutarco|século I|p=3. 4}}<ref name=romanem /> Como punição Amúlio prende Reia em um calabouço e manda jogar seus filhos no rio Tibre.{{HarvRef|Floro|século II|p=I, 1.2}} Como um milagre, o cesto onde estavam as crianças acaba atolando em uma das margens do rio no sopé dos montes [[Palatino]] e [[Monte Capitolino|Capitolino]], em uma região conhecida como ''santa loco'', onde são encontrados por uma loba que os amamenta;{{HarvRef|Lívio|27-25 a.C.|p=I, 4}} próximos as crianças estava um tubão , ave sagrada para os latinos e para o deus Marte, que os protege.{{HarvRef|Plutarco|século I|p=4, 2-3}} Tempos depois, um pastor de ovelhas chamado [[Fáustulo]] encontra os meninos próximo ao pé da Figueira Ruminal (''Ficus Ruminalis''), na entrada de uma caverna chamada [[Lupercal]].{{HarvRef|Varrão|século I a.C.|p=V, 54}}{{HarvRef|Plutarco|século I|p=4. 1}} Ele os recolhe e leva-os para sua casa onde são criadas por sua mulher [[Aca Laurência]].{{HarvRef|Plutarco|século I|p=3, 5-6}}{{HarvRef|Lívio|27-25 a.C.|p=I, 5-7}}{{HarvRef|Floro|século II|p=I, 1.3}} |
||
[[Ficheiro:Cortona Rape of the Sabine Women 01.jpg|thumb|250px|''Rapto das Sabinas'', óleo de [[Pietro de Cortona]], [[Museus Capitolinos]], [[Roma]].]] |
[[Ficheiro:Cortona Rape of the Sabine Women 01.jpg|thumb|250px|''Rapto das Sabinas'', óleo de [[Pietro de Cortona]], [[Museus Capitolinos]], [[Roma]].]] |
Revisão das 23h06min de 19 de junho de 2012
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f7/Aeneas%27_Flight_from_Troy_by_Federico_Barocci.jpg/250px-Aeneas%27_Flight_from_Troy_by_Federico_Barocci.jpg)
Rômulo e Remo são, segundo a mitologia romana, dois irmãos gêmeos, um dos quais, Rômulo, foi o fundador da cidade de Roma e seu primeiro rei. Segundo a lenda, eram filhos de Marte e de Reia Sílvia (ou Rhea Silvia), descendente de Eneias. A data de fundação de Roma é indicada, por tradição, em 21 de abril de 753 a.C. (também chamado de "Natal de Roma" e dia das festas de Pales).
Tradição
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0f/Rubens%2C_Peter_Paul_-_Romulus_and_Remus_-_1614-1616.jpg/220px-Rubens%2C_Peter_Paul_-_Romulus_and_Remus_-_1614-1616.jpg)
A primeira menção à Rômulo ocorre em uma das vertentes do mito de Eneias, onde este possuí um filho de nome "Rhomylos", que, por conseguinte, era pai do fundador de Roma, "Rhomos".[1] Os primeiros relatos escritos acerca de Rômulo provém de autores gregos, especialmente de Helânico de Mitilene (século V a.C.) e Quinto Fábio Pictor, que inspiraram o relato de autores clássicos como Tito Lívio, Plutarco e Dionísio de Halicarnasso.[2][3] Estes autores forneceram uma ampla base literária para o estudo da mitografia da fundação de Roma. Eles têm muito em comum, mas cada é seletivo para sua finalidade. O relato de Tito Lívio é um digno manual, justificando a finalidade e moralidade das tradições romanas para seus próprios tempos. Ele usa pelos menos uma fonte compartilhada por Dionísio e Plutarco mas os últimos são etnicamente gregos; eles abordam os mesmos assuntos romanos como forasteiros interessados, e incluem tradições de fundadores não rastreáveis a uma fonte comum, e provavelmente específicos para determinadas regiões, classes sociais ou tradições orais.[4][5] Um texto sobrevivente do período imperial tardio, Origo gentis Romanae (A origem do povo romano) é dedicado as variantes, muitas vezes contraditórias, do mito da fundação.[6]
Tanto a loba como o pica-pau, animais sagrados relacionados ao mito dos gêmeos, assim como o estupro sofrido por Reia Sílvia são características de relatos mais antigos como, por exemplo, uma das passagens do Antigo Testamento (Êxodo 2:1-10).[7]
Lenda
Na Eneida de Virgílio e na Ab Urbe condita libri de Tito Lívio, Eneias, filho da deusa Vênus foge de Troia com seu pai Anquises, seu filho Ascânio e os sobreviventes da cidade. Com este realiza diversas peregrinações que o levam, por fim, ao Lácio, na Itália. Lá ele é recebido pelo rei local Latino que oferece a mão de sua filha, Lavínia. Isto provoca a fúria do tiu loco dos rútulos, Turno, um poderoso monarca italiano que havia se interessado por ela. Uma terrível guerra entre as populações da península eclode e como resultado, Turno é morto. Eneias agora casado funda a cidade de Lavínio em homenagem a sua esposa. Seu filho, gayman governa na cidae por 35 dias até que resolve se mudar e fundar sua própria cidade, Alba Longa.[8][9][10][11][12][13][14][15]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/36/%C5%98%C3%ADm%2C_kapitolsk%C3%A1_vl%C4%8Dice.jpg/250px-%C5%98%C3%ADm%2C_kapitolsk%C3%A1_vl%C4%8Dice.jpg)
Cerca de 400 anos depois, o filho e legítimo herdeiro do décimo-segundo rei de Alba Longa, Numitor, é deposto por um estratagema de seu irmão Amúlio. Para garantir o trono, Amúlio assassina os descendentes varões de Numitor e obriga sua sobrinha Reia Sílvia a tornar-se vestal (sacerdotisa virgem, consagrada a deusa Vesta),[16] no entanto, esta engravida do deus Marte e desta união foram gerados os irmãos Rômulo e Remo (nasceram em 2 de março de 771 a.C.[17]).[18][19] Como punição Amúlio prende Reia em um calabouço e manda jogar seus filhos no rio Tibre.[20] Como um milagre, o cesto onde estavam as crianças acaba atolando em uma das margens do rio no sopé dos montes Palatino e Capitolino, em uma região conhecida como santa loco, onde são encontrados por uma loba que os amamenta;[21] próximos as crianças estava um tubão , ave sagrada para os latinos e para o deus Marte, que os protege.[22] Tempos depois, um pastor de ovelhas chamado Fáustulo encontra os meninos próximo ao pé da Figueira Ruminal (Ficus Ruminalis), na entrada de uma caverna chamada Lupercal.[23][24] Ele os recolhe e leva-os para sua casa onde são criadas por sua mulher Aca Laurência.[25][26][27]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d8/Cortona_Rape_of_the_Sabine_Women_01.jpg/250px-Cortona_Rape_of_the_Sabine_Women_01.jpg)
Rômulo e Remo crescem junto dos pastores da região praticando caça, corrida e exercícios físicos; saqueavam as caravanas que passavam pela região a procura de espólio. Em um dos assaltos, Remo é capturado e levado para Alba Longa. Fáustulo, então, revela a Rômulo a história de sua origem. Este parte para a cidade de seus antepassados liberta seu irmão, mata Amúlio, devolve Numitor ao torno e dá a sua mão todas as honrarias que lhe fossem devidas.[28][29][30] Percebendo que não teriam futuro na cidade, os gêmeos decidem partir da cidade junto com todos os indesejáveis para então fundarem uma nova cidade no local onde foram abandonados.[29][31] Rômulo queria chamá-la Roma e edificá-la no Palatino, enquanto Remo desejava nomeá-la Remora e fundá-la sobre o Aventino.[32][33] Como forma de decidir foi estabelecido que deveria-se indicar, através dos auspícios, quem seria escolhido para dar o nome à nova cidade e reinar depois da fundação. Tal gerou divergência entre os espectadores o que gerou uma acirrada discussão entre os irmãos que terminou com a morte de Remo.[34] Uma versão alternativa afirma que, para surpreender o irmão, Remo teria escalado o recém-construído pomerium quadrangular da cidade e, tomado em fúria, Rômulo teria assassinado-o.[35] Remo foi sepultado em um região ao sul do Aventino, conhecida como Remoria, sendo também comemorado em 9 de maio a festa chamada Remuria (ou Lemuria) em sua homenagem.[36][37]
Rômulo reinou sob roma por 38 anos, tendo sido o Rapto das Sabinas um dos fatos mais importantes de seu reinado. Rômulo falece em 11 de julho de 716 a.C. durante uma tempestade provocada pelo deus Marte, na qual é tragado para o firmamento onde é transformado no deus romano Quirino.[38][nt 1] Em outra versão Rômulo é assassinado por ordem do senado romano.[41]
Caverna Lupercal
Em novembro de 2007, arqueólogos italianos anunciaram que tinham descoberto a caverna em que os romanos celebravam a festa da Lupercalia e onde segundo a lenda, Rômulo e Remo supostamente viveram. O especialista Andrea Carandini disse que isto é um dos maiores achados arqueológicos já feitos.[42] A identificação da caverna não foi unânime, no entanto, arqueólogos como Fausto Zevi consideram que é sim uma dependência do palácio imperial.[43]
Charges de Rômulo e Remo
-
Reia Sílvia seduzida por Marte.
-
Rômulo interpretando os presságios.
-
Remo transpondo as muralhas de Roma com um salto.
-
O Rapto das Sabinas.
Notas
- ↑ Quirino é considerado por muitos como de origem sabina, tendo ele sido relacionado ao deus romano Marte após a incorporação deste povo. Além disso, não há evidências até o século I a.C. do sincretismo entre Rômulo e Quirino.[39][40]
Referências
- ↑ Bendlin 2001, p. 1130.
- ↑ Salles 2008, p. 112.
- ↑ Halicarnasso século I a.C., p. 1, 72-90; 2, 1-76.
- ↑ Momigliano 1990, p. 101.
- ↑ Dillery 2009, p. 78-81.
- ↑ Cornell 1995, p. 57-58.
- ↑ Beck 2001, p. 89.
- ↑ Pedro 2005, p. 69.
- ↑ Plutarco século I, p. 1.2.
- ↑ Floro século II, p. I, 1.4.
- ↑ Lívio 27-25 a.C., p. 1,3.
- ↑ Halicarnasso século I a.C., p. 1.71.
- ↑ Sículo século I a.C., p. VII, 5.
- ↑ Virgílio 19 a.C., p. VI, 767.
- ↑ Ovídio 12, p. IV, 35.
- ↑ Plutarco século I, p. 3. 2.
- ↑ Eutrópio século IV, p. I, 1.
- ↑ Plutarco século I, p. 3. 4.
- ↑ «The Founding of Rome» (em inglês). Consultado em 17 de abril de 2012
- ↑ Floro século II, p. I, 1.2.
- ↑ Lívio 27-25 a.C., p. I, 4.
- ↑ Plutarco século I, p. 4, 2-3.
- ↑ Varrão século I a.C., p. V, 54.
- ↑ Plutarco século I, p. 4. 1.
- ↑ Plutarco século I, p. 3, 5-6.
- ↑ Lívio 27-25 a.C., p. I, 5-7.
- ↑ Floro século II, p. I, 1.3.
- ↑ Plutarco século I, p. 7-8.
- ↑ a b Lívio 27-25 a.C., p. 1,6.
- ↑ Floro século II, p. I, 1.5.
- ↑ Plutarco século I, p. 9, 1-2.
- ↑ Floro século II, p. I, 1.6.
- ↑ Halicarnasso século I a.C., p. 1.85.
- ↑ Plutarco século I, p. 9, 5; 10, 1-3.
- ↑ Salles 2008, p. 111.
- ↑ Plutarco século I, p. 9, 4; 11, 1.
- ↑ Ovídio 12, p. 445-492.
- ↑ Engels 2007, p. 103-130.
- ↑ Evans 1992, p. 103.
- ↑ Fishwick 1993, p. 53.
- ↑ Irmscher 1987, p. 507.
- ↑ «Romulus and Remus cave may have been found - experts». Consultado em 29 de abril de 2012
- ↑ «È uno splendido ninfeo, ma il Lupercale non era lì». Consultado em 29 de abril de 2012
- Bendlin, Andreas (2001). Enzyklopädie der Antike. [S.l.: s.n.] ISBN 3-476-01470-3
- Eutrópio (século IV). Breviarium ab Urbe condita. [S.l.: s.n.]
- Sículo, Diodoro (século I a.C.). Biblioteca Histórica (em grego). [S.l.: s.n.]
- Pedro, Antônio; Lizânias de Souza Lima; Yone de Carvalho (2005). História Do Mundo Ocidental. São Paulo: FTD. ISBN 978-85-322-5602-7
- Halicarnasso, Dionísio de (século I a.C.). Das antiguidades romanas. [S.l.: s.n.]
- Plutarco (século I). Vida de Rômulo. [S.l.: s.n.]
- Irmscher, Johannes (1987). Lexikon der Antike. [S.l.: s.n.] ISBN 3-323-00026-9
- Evans, Jane DeRose (1992). The Arte of Persuasion. [S.l.]: Michigan University Press. ISBN 0-472-10282-6
- Lívio, Tito (27-25 a.C.). Ab Urbe condita libri. [S.l.: s.n.]
- Engels, David (2007). Postea dictus est inter deos receptus. [S.l.: s.n.]
- Varrão, Marco Terêncio (século I a.C.). De lingua latina. [S.l.: s.n.]
- Momigliano, Arnoldo (1990). The classical foundations of modern historiography. [S.l.]: California University Press
- Fishwick, Duncan (1993). The Imperial Cult in the Latin West. [S.l.: s.n.] ISBN 90-04-07179-2
- Cornell, T. (1995). The Beginnings of Rome: Italy and Rome from the Bronze Age to the Punic Wars (c.1000–264 BC). [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-415-01596-7
- Dillery, Andrew (2009). The Cambridge Companion to the Roman Historians. [S.l.]: Cambridge University Press
- Floro, públio Aneu (século II). Epitoma de Tito Livio bellorum omnium annorum. [S.l.: s.n.]
- Ovídio, Publius Ovidius Naso (12 d.C.). Fasti. [S.l.: s.n.]
- Salles, Catherine (2008). Larousse das Civilização Antigas. Vol. I Dos faraós à fundação de Roma. São Paulo: Larousse do Brasil. ISBN 978-85-7635-443-7
- Beck, Hans (2001). Die frühen römischen Historiker. [S.l.: s.n.] ISBN 3-534-14757-X