Ramón Rafanelli

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Ramón Rafanelli
Ramón Rafanelli
Informações pessoais
Nome completo Ramón Roque Rafanelli
Data de nascimento 5 de março de 1921
Local de nascimento Margarita, Argentina
Data da morte 6 de julho de 2001 (80 anos)
Local da morte Niterói, Brasil
Informações profissionais
Posição Zagueiro
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1939-1943
1943-1948
1949-1953
1953-1954
Argentina Unión
Brasil Vasco da Gama
Brasil Bangu
Brasil Palmeiras

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Ramón Roque Rafanelli [1] (Margarita, 5 de março de 1921Niterói, 6 de julho de 2001) foi um jogador argentino de futebol que atuava como zagueiro.

Embora a grafia Rafagnelli seja bastante difundida no Brasil, enquanto na Argentina é comum referir-se a ele como Rafagnello, a escrita correta de seu sobrenome é Rafanelli, conforme o próprio jogador esclarecia.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Nascido no interior da província argentina de Santa Fé, começou em um dos principais clubes da capital Santa Fé, o Unión. A equipe dominava sua liga municipal ao longo da década de 1930 e terminou aceita para disputar o campeonato argentino, que ainda não permitia clubes de fora da Grande Buenos Aires e La Plata até 1939 - ano da entrada de Rosario Central e Newell's Old Boys. Rafanelli foi titular na partida histórica de estreia do Unión na liga argentina, ainda pela segunda divisão, em 1940, contra o Estudiantes de Buenos Aires.[1]

Em 1943, o Unión lutou seriamente pela conquista da segunda divisão - foi vice-campeão, abaixo do Vélez Sarsfield - e, ainda na pré-temporada, soube derrotar por 3-2 o célebre elenco do River Plate apelidado de La Máquina, em amistoso. Estes desempenhos despertaram o interesse do próprio River na contratação de Rafanelli, mas prevaleceu acordo verbal já feito com a diretoria santafesina com o Vasco da Gama, a partir do interesse manifesto de seu treinador, o uruguaio Ondino Viera.[1]

Rafanelli foi elogiado desde o início, embora precisasse aguardar dois anos para um primeiro título no Campeonato Carioca, onde o Vasco encerrou jejum de nove anos tendo no argentino e em Ademir de Menezes os principais destaques. "Rafa" era considerado o principal zagueiro do Rio de Janeiro, mas começou a perder espaço justamente a partir do título no Campeonato Sul-Americano de Campeões. O treinador Flávio Costa temia um nervosismo do zagueiro contra os famosos compatriotas do River e optou por tira-lo dos titulares no jogo do título, tornando estremecidas as relações de Rafanelli com o técnico e diretoria.[1]

O argentino rumou a um forte time montado pelo Bangu, conseguindo dois pódios com os alvirrubros no estadual, em 1950 (terceiro lugar) e 1951 (vice-campeão), ano em que também destacou-se em excursão europeia em combinado com o São Paulo. O estadual de 1951 terminou no início do ano de 1952 e Rafanelli acabou lesionando-se seriamente no primeiro jogo-desempate com o Fluminense. Retomou a carreira a tempo de ser contemplado com o Prêmio Belfort Duarte, mas sem ter o mesmo nível de antes, encerrando a carreira após uma passagem rápida e decepcionante pelo Palmeiras do mesmo Ondino Viera no primeiro semestre de 1953. O zagueiro radicou-se no Rio de Janeiro e foi um dos últimos remanescente do "Expresso da Vitória" vascaíno a falecer, em 2001.[1]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Unión de Santa Fé
Vasco da Gama
Bangu
Palmeiras
  • Troféu Centenário de Barretos: 1954

Marca Histórica[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g BRANDÃO, Caio (5 de março de 2021). «Rafanelli, o argentino do Expresso da Vitória vascaíno». Futebol Portenho. Consultado em 18 de março de 2021 
  2. «O ídolo Rafanelli, lendário zagueiro argentino do Expresso da Vitória». NetVasco.com. Consultado em 25 de abril de 2024 
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