Reino do Egito

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المملكة المصرية
Al-Mamlakah al-Miṣrayyah

Reino do Egito

Estado soberano (de jure)
Estado cliente do Reino Unido (de facto)[1]


1922 – 1953
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Hino nacional
Es Salaam el malaky el masry
Hino real
Salam Affandina


Localização de Egito
Localização de Egito
Continente África
Região Oriente Médio
País Egito
Capital Cairo
Língua oficial Árabe
Religião Islamismo
Governo Monarquia Constitucional
Rei
 • 1922-1936 Fuad I
 • 1936-1952 Faruq I
 • 1952-1953 Fuad II
Primeiro-ministro
 • 1922 Abdel Khaliq Sarwat Paşa
 • 1952 Hussein Sirri Paşa
Período histórico Egito Moderno
 • 11 de novembro de 1922 Independência do Reino Unido
 • 23 de Julho de 1952 de Revolução de 1952
 • 18 de Junho de 1953 Declaração da República
Moeda Libra egípcia

O Reino do Egito (em árabe egípcio: المملكه المصريه) foi o primeiro Estado moderno egípcio, que durou de 1922 a 1953. O Reino foi criado em 1922, quando o governo britânico acabou unilateralmente seu protetorado sobre o Egito, em vigor desde 1914. O Sultão Fuad I tornou-se o primeiro rei do novo estado. Farouk sucedeu seu pai como rei em 1936.

Antes do Reino, o Egito, havia sido ocupado e controlado pelo Reino Unido a partir de 1882, quando forças europeias invadiram para reforçar o regime de que devia lutar contra o crescimento do nacionalismo. Isto marcou o início da ocupação militar britânica do Egito, que ainda era nominalmente parte do Império Otomano na época. Em 1914, como resultado da declaração de guerra com o Império Otomano, Grã-Bretanha declarou um protetorado sobre o Egito e depôs o governador do Egito, substituindo-o por outro membro da família, Hussein Kamil, que foi feito sultão do Egito pelos britânicos.

A monarquia foi estabelecida e reconhecida pelos britânicos em 1922, na pessoa de Fuad I do Egito, e lutou com o Wafd, uma ampla organização nacionalista com forte base política em oposição à influência britânica, e os próprios britânicos, que estavam determinados a manter o controle sobre o Canal do Suez. Outras forças políticas emergentes no período estão o Partido Comunista (1925), e a Irmandade Muçulmana (1928), que se tornou uma poderosa força política e religiosa.

O rei Fuad morreu em 1936 e Farouk herdou o trono na idade de dezesseis anos. Alarmados com a recente invasão da Itália a Etiópia, assinou o Tratado anglo-egípcio, exigindo que a Grã-Bretanha retirasse todas as tropas do Egito, exceto no Canal do Suez (acordado que seria evacuadas de 1949).

O reino foi infestado pela corrupção, e os seus cidadãos viam como um Estado fantoche dos britânicos. Isso, juntamente com a derrota na Guerra árabe-israelense de 1948, levaram à Revolução Egípcia de 1952, liderada por um grupo de oficiais do exército chamado Movimento dos Oficiais Livres. Farouk abdicou em favor de seu filho bebê, Fuad II. No entanto, em 1953, a monarquia foi formalmente abolida e a República Árabe do Egito foi estabelecida.

Referências

  1. O'Rourke, Vernon A. (1935). «The British Position in Egypt» (snippet view). Foreign Affairs. Volume 14: 698. Consultado em 7 de agosto de 2010. In view of this we can say that Egypt is a "client" state of Great Britain, possessing a good measure of autonomy but limited in her external relations by the reservations of 1922. 
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