Ressaca

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Ressaca
Ressaca
O Dia Seguinte de Edvard Munch, 1894–95
Sinónimos Veisalgia
Especialidade Psiquiatria, toxicologia
Classificação e recursos externos
MedlinePlus 002041
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Ressaca é um conjunto de sintomas fisiológicos e psicológicos desagradáveis que se manifesta após a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. As ressacas podem durar de algumas horas a mais de 24 horas. Os sintomas mais comuns são dores de cabeça, sonolência, dificuldade de concentração, boca seca, tonturas, fadiga, desconforto gastrointestinal (incluindo vómitos e diarreia), ausência de fome, sensibilidade à luz, humor depressivo, suores, náuseas, hiperexcitação, irritabilidade e ataques de ansiedade.[1]

Embora as causas da ressaca não sejam totalmente compreendidas,[2] sabe-se que estão envolvidos vários fatores, como acumulação de acetaldeído, alterações no sistema imunitário e no metabolismo da glicose, desidratação, acidose metabólica, perturbações na síntese de prostaglandina, aumento do débito cardíaco, vasodilatação, privação de sono e desnutrição. Alguns aditivos e subprodutos de determinadas bebidas também têm um papel importante.[1] Os sintomas começam-se geralmente a manifestar depois de passarem os efeitos da intoxicação alcoólica, na maior parte dos casos na manhã seguinte a uma noite de elevado consumo de álcool.[3]

Embora seja comum a existência de diversas curas populares, não existem evidências de que alguma seja eficaz na prevenção ou tratamento da ressaca alcóolica.[4] A forma mais eficaz de prevenir uma ressaca é evitar o consumo de álcool ou beber com moderação.[4] Entre as consequências sócio-económicas e os riscos para a saúde das ressacas estão o absentismo laboral, diminuição do desempenho e da produtividade e maus resultados escolares. Uma ressaca pode também prejudicar o desempenho ao realizar atividades potencialmente perigosas, como ao conduzir um automóvel ou operar maquinaria pesada.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Stephens R, Ling J, Heffernan TM, Heather N, Jones K (23 de janeiro de 2008). «A review of the literature on the cognitive effects of alcohol hangover». Alcohol and Alcoholism. 43 (2): 163–70. PMID 18238851. doi:10.1093/alcalc/agm160 
  2. Prat G, Adan A, Sánchez-Turet M (junho de 2009). «Alcohol hangover: a critical review of explanatory factors». Human Psychopharmacology. 24 (4): 259–67. PMID 19347842. doi:10.1002/hup.1023 
  3. Penning R, van Nuland M, Fliervoet LA, Olivier B, Verster JC (junho de 2010). «The pathology of alcohol hangover». Current Drug Abuse Reviews. 3 (2): 68–75. PMID 20712596. doi:10.2174/1874473711003020068 
  4. a b Pittler MH, Verster JC, Ernst E (dezembro de 2005). «Interventions for preventing or treating alcohol hangover: systematic review of randomised controlled trials». BMJ. 331 (7531): 1515–8. PMC 1322250Acessível livremente. PMID 16373736. doi:10.1136/bmj.331.7531.1515 
  5. Verster JC, Stephens R, Penning R, Rohsenow D, McGeary J, Levy D, McKinney A, Finnigan F, Piasecki TM, Adan A, Batty GD, Fliervoet LA, Heffernan T, Howland J, Kim DJ, Kruisselbrink LD, Ling J, McGregor N, Murphy RJ, van Nuland M, Oudelaar M, Parkes A, Prat G, Reed N, Slutske WS, Smith G, Young M, Alcohol Hangover Research Group (junho de 2010). «The alcohol hangover research group consensus statement on best practice in alcohol hangover research». Current Drug Abuse Reviews. 3 (2): 116–26. PMC 3827719Acessível livremente. PMID 20712593. doi:10.2174/1874473711003020116