Spice (álbum)
Spice | |||||
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Álbum de estúdio de Spice Girls | |||||
Lançamento | 4 de novembro de 1996 | ||||
Gravação | Setembro de 1995—junho de 1996; Olympic Studios (Barnes, Londres) | ||||
Gênero(s) | |||||
Duração | 39:56 | ||||
Idioma(s) | (em inglês) | ||||
Formato(s) | |||||
Gravadora(s) | Virgin | ||||
Produção |
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Cronologia de Spice Girls | |||||
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Singles de Survivor | |||||
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Spice é o álbum de estreia do girl group britânico Spice Girls. O seu lançamento ocorreu em 4 de novembro de 1996, através da Virgin Records. O disco possui uma sonoridade inspirada por gêneros como dance-pop, teen pop e pop, incluindo estilos como dance, R&B, bubblegum pop e hip hop. É fortemente considerado um trabalho que marcou o retorno do teen pop. Em termos líricos e conceituais, o projeto é centrado na ideia do poder feminino, embora algumas canções tratem de desejos de fama e de questões sociais como a contracepção. As gravações da obra ocorreram entre setembro de 1995 e setembro de 1996 nos estúdios Olympic Studios, com a produção de Absolute, Andy Bradfield, Matt Rowe e Richard Stannard.
Depois de anunciarem um concurso para escolher integrantes de uma banda feminina, Chris e Bob Herbert selecionaram Victoria Adams, Melanie Brown, Melanie Chisholm, Geri Halliwell e Michelle Stephenson para formarem o grupo, então intitulado de Touch. Entretanto, Michelle Stephenson sai do grupo por problemas pessoais e é substituída por Emma Bunton. Antes de lançarem seu álbum de estreia, as jovens ficaram inseguras acerca da falta de contrato e a direção musical que sua gestão queria fazê-las seguirem, e procuraram novos empresários. Elas selecionaram Tim Hawes, Richard Stannard e Matthew Rowe, que compuseram a canção "Sugar and Spice", a qual surgiu de inspiração para o novo nome do grupo. Depois de saírem da Heart Management, sua antiga agência de gestão, elas roubaram as fitas demos que haviam feito enquanto faziam parte da empresa, para terem certeza de que assumiriam total controle criativo em seu trabalho.
Spice recebeu análises geralmente mistas da mídia especializada; ao passo em que alguns analistas prezaram a sua produção e suas letras feministas, outros criticaram a sua falta de originalidade. Comercialmente, o disco obteve um desempenho exitoso, classificando-se nas dez melhores posições em todos as tabelas em que entrou, atingindo o primeiro lugar nas paradas musicais de países como Áustria, Bélgica, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido. Obteve certificações em diversos territórios ao redor do mundo, sendo certificado como diamante pela Music Canada, recebendo dez discos de platina pela British Phonographic Industry (BPI) e sete pela Recording Industry Association of America (RIAA). Mundialmente, comercializou cerca de 30 milhões de unidades, sendo o álbum mais vendido por um grupo feminino e convertendo-se num dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.
"Wannabe" foi lançada como o single inicial do projeto, e obteve um desempenho comercial bastante positivo, atingindo a liderança em cerca de 31 países, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido. A faixa de trabalho seguinte foi "Say You'll Be There", que também obteve um desempenho positivo e atingiu as dez melhores posições em diversos países. "2 Become 1" foi distribuída em sequência, e converteu-se no terceiro número um do grupo na UK Singles Chart. "Who Do You Think You Are" foi lançada como um duplo lado A com "Mama", e atingiu as vinte melhores colocações em várias paradas musicais ao redor da Europa, tornando-se no quarto número um da banda nas tabelas britânicas.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 1995, juntamente com o financiador Chic Murphy, Chris e Bob Herbert, sob o nome da empresa de gestão Heart Management, anunciaram um concurso para formar um grupo feminino através da revista The Stage; o anúncio continha a seguinte questão: "Você é dinâmica, extrovertida, ambiciosa e capaz de cantar e dançar?".[1] A gestão recebeu centenas de respostas, mas acabou selecionando cinco jovens: Victoria Adams, Melanie Brown, Melanie Chisholm, Geri Halliwell e Michelle Stephenson. A nova banda foi originalmente chamada de Touch e moveu-se para uma casa em Maidenhead. Emma Bunton foi a última a juntar-se ao grupo, já que Stephenson saiu quando sua mãe ficou doente. O grupo sentiu-se inseguro sobre a falta de contrato e frustrou-se sobre sua direção musical sugerida pela Heart Management. Em setembro de 1995, com um catálogo de fitas demos e rotinas de dança, a banda começaram a buscar novas agências gerenciais. Elas começaram a encontrar-se com produtores, músicos e outros executivos do negócio e, entre eles, estavam os compositores Tim Hawes, Richard Stannard e Matthew Rowe. O primeiro trabalhou com o grupo e observou a evolução em suas habilidades de dança e escrita. Juntos, eles compuseram uma música chamada "Sugar and Spice", que serviu como a inspiração para a mudança do nome da banda, que foi trocado para Spice. Eventualmente, o nome foi mudado novamente para Spice Girls, pois um rapper estadunidense estava usando o nome Spice na época. Em 3 de março de 1995, devido à frustação do grupo acerca da indisponibilidade de sua gestão para ouvir suas visões e ideias, elas saíram da Heart Management. O grupo roubou dos escritórios da Heart Management as fitas demo que haviam feito enquanto estava na empresa, para ter certeza de que teriam total controle de seus próprios trabalhos.[2]
Gravação e produção
[editar | editar código-fonte]O grupo deveria se encontrar com o produtor Eliot Kennedy, na semana seguinte, após abandonarem seus ex empresários, a reunião foi organizada por semanas de Herberts antes de sua saída. Mas sem acesso ao endereço de Herbert, elas não sabiam nada sobre o paradeiro de Kennedy, a não ser que ele morava em Sheffield. Brown e Halliwell, foram até Sheffield no dia seguinte após suas saídas da Heart Management e procuraram a primeira lista de telefones que encontraram; Eliot foi o terceiro número que elas chamaram. Naquela noite, foram até a sua casa e o insistiu a ele para trabalhar com elas. O resto das meninas viajou para Sheffield no dia seguinte.[3] Kennedy comentou sobre a reunião: "Nenhuma delas tocavam instrumentos, então eu fui deixando para fazer a música sentindo a vibração delas juntas. O que eu disse a para elas foi:!"Olha, eu tenho um refrão, olha isso". Elas estavam compondo a letra em nós. Depois de dez minutos mais tarde a canção foi escrita. Então você começa a passar a ajeita-la. Em seguida, quando estavamos gravando-a, senti que poderia mudar algumas coisas aqui e ali. Mas, tudo foi muito bonito, foi um processo muito rápido.[4] Duas faixas do álbum foram compostas nessa sessão:"Love Thing" e "Say You'll Be There".[5] Nos meses seguintes, o grupo continuou a reunir-se com os produtores, para escreverem novas músicas e preparar demonstrações e a procurar um novo diretor. Elas se encontraram novamente com os escritores Stannard e Rowe. Eles haviam trabalhado anteriormente com as meninas em janeiro de 1995, antes da saída delas da Heart Management; Que foi a primeira sessão de composição profissional do grupo, realizada no Strongroom em Curtain Road, no leste de Londres.[6]
Demonstração de 26 segundos de "Wannabe" na qual pode ser ouvido Brown e Halliwell cantando o pré-refrão em uma interação de chamada e resposta, o uso da palavra "zigazig-ha", e o grupo cantando o primeiro refrão da canção.
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Depois de ter completado as canções, as meninas quiseram escrever algo mais uptempo, então começaram a escrever a canção que seria a protagonista do álbum: "Wannabe", que foi gravado em menos de uma hora, principalmente porque elas já tinham escrito partes das canções de antemão.[7] A próxima música que gravaram foi uma balada lenta que é a terceira faixa e single do álbum "2 Become 1". A canção foi inspirada pela relação especial que tinha desenvolvido entre Halliwell e Rowe, durante as gravações.[8] Em maio de 1995, o grupo foi apresentado a Paul Wilson e Andy Watkins, os compositores do duo de produção conhecido como "Absolute". Watkins comentou sobre seu primeiro encontro: "Elas nos mostraram algumas faixas, que nós não gostamos particularmente. Então pensamos, isso é ótimo. Nós podemos trabalhar com isso."[9] Uma sessão de composição foi marcada dentro dos próximos poucos Dias, mas a associação musical entre eles não parecia ir bem no início. Wilson lembrou:"Quando elas começaram a cantar, não deu muito certo: do nosso ponto de vista, era muito poptastic". Watkins lembrou: "Depois de duas sessões, telefonamos para nossos gerentes e dissemos, "Isso simplesmente não está acontecendo". Foi neste momento que Watkins e Wilson ouviu "Wannabe", pela primeira vez. Quando ouviram a música, Wilson disse:"Nós ouvimos e não conseguimos nada, era tão diferente do que estávamos fazendo, pensamos será que isso vai funcionar?".[9]
A próxima gravação foi a definitiva; Ou eles continuariam trabalhando com o grupo ou quebrariam a parceria. Wilson lembrou:"Toda vez que nos encontrávamos com as garotas, tínhamos preparado uma faixa de apoio, desta vez não tínhamos nada". Watkins também disse: "Elas disseram que queriam fazer alguma coisa com um pouco de diversão, então nós apenas vieram em nossas cabeças começaram a chegar com uma fusão de disco backing track, que se tornou "Who Do You Think You Are"." Wilson disse sobre a canção:"A coisa começo ua acontecer, quando elas escreveram, elas também estavam preparando a coreografia, elaborando o vídeo, tudo ao mesmo tempo enquanto escreviam a música.[9] "Elas escreveram, "Something Kinda Funny", "Last Time Lover" e "Naked" com Watkins e Wilson, nenhum deles foram singles, mas todos eles faixas que emprestou um toque de R&B, para o álbum Spice. Absolute também produziu todas essas canções, assim como as duas faixas escritas com Eliot Kennedy: "Say You'll Be There" e "Love Thing", Dando a dupla uma mão guia, em seis das dez faixas que acabaram entrando em Spice. As faixas que a Absolute produziu, foram gravadas na maior parte no Olympic Studios, em Barnes. Nessa época, em 1995, a instalação do Auto-Tune, ainda não havia chegado ao mercado e a maioria dos vocais, foram gravados com poucos ajustes feitos depois.[9] Absolute contou a Simon Fuller, sobre o grupo com quem elas haviam trabalhado e perguntou se ele gostaria de gerenciá-las. Fuller recebeu uma demo de "Something Kinda Funny", uma das músicas que o grupo escreveu com Absolute.[10] Mostrou interesse no grupo e decidiu assiná-las, com a 19 Management, em março de 1995. Em setembro de 1995, o grupo assinou um contrato com a Virgin Records e continuou a gravar e gravar novas faixas para seu álbum de estreia enquanto visitavam a costa oeste dos Estados Unidos, onde assinou um contrato de publicação com o Windswept Pacific em novembro.[11]
As Spice Girls estavam totalmente envolvidas na composição de todas as músicas. Halliwell em particular, foi a que mais teve ideias para canções, chegando a sessões com seu livro de anotações, notas e rabiscos diversos, que muitas vezes produziu o ponto de partida de uma letra ou um título de uma música ou apenas uma agenda para o dia de trabalho. Watkins comentou: "Geri (Halliwell) já chegava com o conceito de uma canção. Normalmente, ela cantava uma parte e as meninas iriam acompanha-las ou então tinha-mos que pegar a letra e construir algo torno dela e, em seguida, Mel C (Chisholm) e Emma (Bunton), estariam também muito ativas, gostariam muito de sentar e cantar melodias e sair e criar as pequenas partes".[12] Elas "conceitualizaram" e cantaram pedaços das melodias e escreveram as letras. Mas, em termos musicais, não era uma parceria de iguais. Rowe comentou: "Nós tínhamos que orientá-las, era muito diferente para faixas diferentes, algumas delas criavam canções quando estávamos todos dentro da sala, nós acabávamos de colocar alguns sons de bateria e começaram a fazer as coisas. Outras músicas, Richard e Richard (Stannard), preparariam algo de antemão e mostrariam para elas. Teríamos algumas letras e faziamos elas escreverem o segundo verso."[12] As Spice Girls apresentaram duas inovações importantes que tiveram um impacto duradouro, sobre A maneira que os artistas pops, modernos organizam seus negócios criativos. Em primeiro lugar, elas introduziram a ideia de identidade de composição. Esse era um conceito familiar em bandas de rock, como Queen e Sex Pistols, mas não no mundo do "pop fabricado", onde os créditos de composição seriam divididos estritamente de acordo com quem tivesse escrito a música. As Spice Girls reconheceram sua solidariedade como um grupo, que dependia de manter a paridade em todos os departamentos, incluindo os créditos de composição e os royalties resultantes. Elas compartilham os direitos autorais de composição em todas as músicas, independentemente de qual integrante do grupo tinha ou não tinha contribuído para qualquer canção em particular.[13] A segunda coisa que as Spice Girls estabeleceram desde o início foi, uma divisão direta de 50 a 50, entre elas e seus vários colaboradores de composição. Ali elas anteciparam um dos principais desenvolvimentos na indústria pop desde a década de 1990, ou seja, a crescente importância de publicar royalties, em oposição aos pagamentos de royalties, feitas para a gravação da música no disco.[13]
Composição
[editar | editar código-fonte]Conteúdo lírico
[editar | editar código-fonte]"Wannabe", a canção mais emblemática da filosofia Girl Power, foi escolhida como a primeira faixa e single principal do álbum. Destaca os slogans que o grupo tende a citar como a união e a solidariedade entre amigas e o poder exercido pelas mulheres sobre os homens.[14] Apesar dos comentários negativos de alguns críticos, que consideraram a faixa como a "mais um compêndio de estilos de música do que uma canção real",[15] e a imagem do grupo como "mulheres pós-modernas, que projetam uma imagem de falsa confiança",[16] Foi comercialmente bem sucedido, entrando nas paradas em 31 países,[17] e vendendo mais de seis milhões de cópias em todo o mundo.[18] O segundo single "Say You'll Be There", descreveu as coisas que o grupo tinha passado juntas e como elas sempre estiveram lá uma ao lado da outra.[19] Recebeu revisões mistas; Alguns críticos o elogiaram como uma canção cativante,[20] outros o apelidaram como uma oferta meramente para a credibilidade,[21] enquanto outros descreveram as letras como "confusas".[22] O single foi bem-sucedido, estreando no número um do Reino Unido,[23] e atingindo o terceiro lugar nos Estados Unidos.[24] O terceiro single "2 Become 1", foca na ligação entre namorados e como o vínculo amoroso pode se tornar tão forte que praticamente se tornam uma entidade, através do ato sexual; Além disso, as letras abordam a importância da prevenção sexual.[25] O single recebeu revisões positivas dos críticos,[20][26] transformou-se o terceiro número um do álbum no Reino Unido,[27] e alcançou o ponto máximo em quatro nos Estados Unidos.[28]
"Love Thing" é a quarta faixa; Ela se concentra em relacionamentos e como depois de muitas decepções as meninas não querem saber nada sobre o amor. A canção simboliza a filosofia Girl Power, mostrando o apoio entre si e encontrando a força para continuar.[29] A quinta faixa, "Last Time Lover", foi originalmente chamada de "First Time Lover" e fala sobre a perda de virgindade,[10] mas foi descartada e mudada para uma canção cheia de provocações, onde o sexo é a questão principal.[29] A sexta faixa, "Mama", foi dedicada às mães do grupo e trata das dificuldades nas relações entre mães e adolescentes, que aparecem na adolescência.[30] Os críticos descreveram a balada como "lustrosa" e "brega".[21][31] A sétima faixa, "Who Do You Think You Are", é sobre a vida presunçosa de um superstar e como alguém pode ficar preso no mundo da fama. A inspiração para esta canção veio de algumas das pessoas que o grupo conheceu na indústria da música.[32] Foi bem recebido pelos críticos, que pensavam que a música era uma das "canções mais fortes e subestimadas" do grupo e que (ainda) "é bastante relevante hoje".[26][33] As duas canções foram lançadas como um single duplo A-side, o quarto e último lançado do álbum, tornou-se o quarto número um consecutivo do grupo no Reino Unido,[34] e alcançou o top ten em toda a Europa Continental.[35][36] "Something Kinda Funny", a oitava faixa do álbum, é sobre a "diversão", que o grupo experimentou juntas, e como foi o destino, que as juntaram umas as outras.[10] A nona faixa, "Naked" trata da vulnerabilidade e do passo das meninas para mulheres e como esse processo tornou o grupo mais forte, algo que estavam experimentando naquele momento. Recebeu revisões mistas dos críticos; Alguns a descreveram como "com alma de funk, como qualquer coisa já feita pelas TLC e por Brand New Heavies",[31] enquanto outros consideraram a canção como um "pouco de uma desilusão".[26] A última faixa do álbum, "If U Can not Dance", trata de ideias preconcebidas sobre as pessoas e como às vezes elas são totalmente diferentes do que aparecem.[37]
Estilo e temas
[editar | editar código-fonte]Spice é basicamente um álbum pop com uma inclusão diversificada de estilos musicais como dance, R&B, hip hop, soul, rap e funk, que levam alguns críticos a chamá-lo de uma coleção pop.[21][31] O single principal, "Wannabe" é uma música pop uptempo, com elementos de hip-hop, rap e dance.[14][15][20] Duas das três baladas do álbum, "2 Become 1" e "Mama", foram co-escritas e produzidas por Stannard e Rowe, e ambas apresentam o uso de teclados, guitarras, arranjos de cordas e backing vocals.[29]
O duo de produção Absolute, incorporou um mix de dance-pop, funk e R&B em "Say You'll Be There",[9] que inclui um solo de harmônica interpretado por Judd Lander, que também tocou a harmônica no Culture Club "Karma Chameleon".[38] As outras canções produzidas por Absolute, apresentam gêneros musicais diferentes: "Naked" e "Something Kinda Funny", incluem elementos pops, com influências de música soul e funk, respectivamente.[39][40] "If U Can't Dance", é muito influenciado pelo Europop, do início 1990,[40] e incorpora uma batida estilo-disco, que se assemelha a música do final dos anos 1970.[33] "If U Can not Dance", outra canção fortemente oriental e dançante,[39] apresenta uma seção de rap, feita por Halliwell em espanhol e contém uma amostra da canção de "The Humpty Dance", do Digital Underground.[39]
Singles
[editar | editar código-fonte]Lançado como single de estreia, do grupo em julho de 1996, "Wannabe" liderou o UK Singles Chart, por sete semanas e recebeu uma certificação de platina pela British Phonographic Industry (BPI). Em janeiro de 1997 foi lançado nos Estados Unidos, entrando no Billboard Hot 100, por quatro semanas. Foi o único número um do grupo nesse país. Até o final de 1996, "Wannabe" tinha ficado no topo das paradas em vinte e duas nações,[41] e em março de 1997, esse número tinha subido para trinta e um.[42] Tornou-se o single mais vendido por um grupo feminino, vendendo mais de seis milhões de cópias em todo o mundo.[43] "Say You'll Be There", lançado como o segundo single do álbum em 14 de outubro de 1996, tornou-se seu segundo single número um no Reino Unido e foi certificado Platina pela British Phonographic Industry (BPI). Foi um sucesso comercial em toda a Europa, atingindo o top ten na maioria nos gráficos que entrou. Como resultado de sua popularidade, a canção foi lançada em 1997 na Austrália, recebendo uma certificação de ouro pela Australian Recording Industry Association (ARIA) e na América do Norte, entrando nos cinco primeiros no Canadá e nos Estados Unidos.
"2 Become 1", lançado como o terceiro single do grupo em 16 de dezembro de 1996, foi geralmente bem recebido pelos críticos de música e foi um sucesso comercial. Ele liderou o UK Singles Chart, por três semanas, tornando-se o terceiro grupo número um naquela parada, seu segundo single com um milhão de vendas, e seu primeiro single de Natal, numero único no Reino Unido. Em julho de 1997, a música foi lançada nos Estados Unidos, atingindo o quinto lugar no Billboard Hot 100 e recebendo uma certificação de ouro pela RIAA. Realizou-se similarmente internacionalmente, alcançando o top dez na maioria das paradas, que entrou. "Mama" e "Who Do You Think You Are", foi lançado como single duplo A-side, em março de 1997, como quarto single do grupo, tornou-se o quarto número um, consecutivo do grupo no Reino Unido, tornando-se o primeiro artista, Na história das paradas do Reino Unido, a ter seus primeiros quatro singles alcançar o número um. Além disso, foi certificado Platinua pela British Phonographic Industry (BPI), e teve um bom desempenho internacional, atingindo o top ten, em muitos países europeus e na Nova Zelândia, e os vinte melhores na Austrália, França e Noruega.
Recepção da crítica
[editar | editar código-fonte]Críticas profissionais | |
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Avaliações da crítica | |
Fonte | Avaliação |
Allmusic | [20] |
Entertainment Weekly | (Desfavorável)[44] |
Rolling Stone | [16] |
O álbum recebeu críticas geralmente misturadas dos críticos da música pop. O crítico de AllMusic, Stephen Thomas Erlewine, chamou o álbum "imaculadamente um pop manufaturado", que é "infeccioso" e "irresistível", acrescentando que "Spice não precisa ser original para ser divertido" e que "nenhuma das meninas tem grandes vozes, Porém elas exalam personalidade e carisma".[20] Ken Tucker, da Entertainment Weekly, chamou o álbum de "uma coleção de pop, diabolicamente bom", e disse que o single principal "Wannabe", é "alegre, mas resistente, cativante ainda melodicamente surpreendente".[21] Lois Alter Mark da mesma revista, chamou as Spice Girls, de "Go-Gos sem atitude".[45] Dev Sherlock, da LAUNCHcast, chamou o álbum de "puro e doce de ser ouvido" e que foi "um dos mais divertidos e emocionantes lançamentos pop do ano", acrescentando que sua filosofia Girl Power é "um manifesto bem equilibrado para mulheres jovens em todos os lugares Nem um pouco riot grrrl-irritado".[31] Spice foi nomeado para o Prêmio Mercury de 1997. No entanto, perdeu para New Forms, por Roni Size and Reprazent.[46] Christina Kelly, da Rolling Stone, chamou o grupo de "mais um grupo de bubblegum pop", que "oferecem uma mistura diluída de hip-hop e balada pop", acrescentando que o conceito de Girl Power, é apenas um "pró-mulheres ousadas", "As meninas não ficam atoladas, por nada mais profundo do que posarem para fotos promocionais e dar dicas sobre como levar os meninos para cama".[16]
Performance comercial
[editar | editar código-fonte]Em novembro de 1996, as Spice Girls lançaram Spice na Europa. Apesar dos comentários negativos de outros, tornou-se um enorme sucesso global. O sucesso foi sem precedentes e fez comparações com a Beatlemania (foi apelidado de "Spicemania"), devido ao grande volume de interesse do público e da mídia, no grupo.[47] A estreia do álbum no número um do Reino Unido, com vendas de 114.000 cópias.[48] atingiu o número um por 15 semanas não consecutivas. Em apenas sete semanas, Spice tinha vendido 1,8 milhões de cópias na Grã-Bretanha sozinho,[49] tornando as Spice Girls a mais rápida venda britânica desde as The Beatles. No total, o álbum vendeu 3 milhões de cópias e foi certificado 10× Platina, pela British Phonographic Industry (BPI).[49] Na Europa, o álbum se tornou o álbum mais vendido de 1997 e foi certificado 8× Platina pela IFPI, pelas vendas de mais de 8 milhões de cópias.[50] O álbum alcançou o número dois na França,[51] foi triplo de ouro na Alemanha, pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica e 10 × Platinum na Espanha, por vender um milhão de cópias,[52] o álbum mais vendido não-espanhol naquele país.[53] O álbum atingiu o primeiro lugar na lista de álbuns em português e manteve-se no topo durante 6 semanas, vendendo um número de 80,000 cópias.[54] O álbum também teve um enorme impacto nos países asiáticos, vendendo 2 milhões de cópias em 1997, Atingindo o número um no Japão e certificado 4× Platina, com vendas de 718.432 em março de 1997.[55] Foi 4× Platina em Singapura, Tailândia e Taiwan,[56] e 3× Platina na Malásia, Arábia Saudita.[57]
Nos Estados Unidos, Spice alcançou o primeiro lugar no Billboard 200, por cinco semanas e vendeu 1,46 milhões nas primeiras 12 semanas.[58] O álbum se tornou o álbum mais vendido de 1997, com 5,3 milhões de cópias até o final do ano.[59] A partir de outubro de 2013, o álbum vendeu 7.453.000 cópias de acordo com a Nielsen SoundScan,[60] e foi certificado 7× Platina pela Recording Industry Association of America (RIAA).[61] No Canadá, o álbum chegou ao número um no Canadian Albums Chart. Foi certificado 10× Platina (Diamante), pela Canadian Recording Industry Association (CRIA), pelas vendas de mais de um milhão de cópias.[62] Mundialmente Spice, foi um sucesso enorme em todos os países, o álbum vendeu 10 milhões de cópias nos primeiros sete meses,[63] 19 milhões de cópias em mais de um ano[57] e chegou ao número um em mais de 17 países em todo o mundo. ] Foi certificado Multi-Platinum em 27 países, platina em 14 países e ouro em 3 países.[57] No total, o álbum vendeu 31 milhões de cópias em todo o mundo,[64][65][66][67] tornando-se o álbum mais vendido por um grupo feminino, na história da música e um dos álbuns mais bem sucedidos de todos os tempos.[68][69]
Lista de faixas
[editar | editar código-fonte]N.º | Título | Compositor(es) | Produtor(es) | Duração | |
---|---|---|---|---|---|
1. | "Wannabe" |
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|
2:53 | |
2. | "Say You'll Be There" |
| Absolute | 3:55 | |
3. | "2 Become 1" |
|
|
4:01 | |
4. | "Love Thing" |
|
|
3:38 | |
5. | "Last Time Lover" |
| Absolute | 4:11 | |
6. | "Mama" |
|
|
5:04 | |
7. | "Who Do You Think You Are" |
| Absolute | 4:00 | |
8. | "Something Kinda Funny" |
| Absolute | 4:05 | |
9. | "Naked" |
| Absolute | 4:25 | |
10. | "If U Can't Dance" |
|
|
3:48 | |
Duração total: |
39:56 |
Spice – Faixa bônus-américa-latina[70][71] | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Produtor(es) | Duração | ||||||
12. | "Seremos Uno Los Dos" (2 Become 1 – Versão espanhol) |
|
|
4:05 |
Spice – Faixa bônus-edição colômbiana[70] | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Produtor(es) | Duração | ||||||
12. | "Wannabe" (Dance Mix) |
|
|
5:57 |
Desempenho nas tabelas musicais
[editar | editar código-fonte]Paradas semanais
[editar | editar código-fonte]
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Tabelas musicais do final de ano[editar | editar código-fonte]
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Vendas e certificações
[editar | editar código-fonte]Região | Certificação | Vendas |
---|---|---|
Alemanha (BVMI)[123] | 3× Ouro | 750,000^ |
Argentina (CAPIF)[125] | 2× Platina | 140,000[124] |
Austrália (ARIA)[126] | 6× Platina | 420,000^ |
Áustria (IFPI Áustria)[127] | Platina | 50,000* |
Bélgica (BEA)[128] | 3× Platina | 150,000* |
Brasil (Pro-Música Brasil)[129] | 2× Platina | 500,000* |
Canadá (Music Canada)[130] | Diamante | 1,000,000^ |
Dinamarca (IFPI Dinamarca)[131] | 6× Platina | 300,000^ |
Espanha (PROMUSICAE)[132] | 10× Platina | 1,000,000[52] |
Estados Unidos (RIAA)[134] | 7× Platina | 7,500,000[133] |
Finlândia (IFPI Finlândia)[135] | Platina | 76,372[135] |
França (SNEP)[136] | Diamante | 1,000,000* |
Hong Kong (IFPI Hong Kong Group)[137] | 3× Ouro | 20,000* |
Irlanda (IRMA)[138] | 9× Platina | 135,000^ |
Japão (RIAJ)[140] | 2× Platina | 718,432[139] |
México (AMPROFON)[141] | Ouro | 100,000^ |
Noruega (IFPI Noruega)[142] | 2× Platina | 100,000* |
Nova Zelândia (RMNZ)[143] | 7× Platina | 105,000^ |
Polônia (ZPAV)[144] | 2× Platina | 200,000* |
Reino Unido (BPI)[146] | 10× Platina | 2,960,000[145] |
Suécia (GLF)[147] | 2× Platina | 160,000^ |
Suíça (IFPI Suíça)[148] | 2× Platina | 100,000^ |
Resumo | ||
Mundialmente | 30,000,000[149][65] | |
*números de vendas baseados somente na certificação |
Histórico de lançamento
[editar | editar código-fonte]Região | Data | Formato | Gravadora | Ref. |
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Japão | 19 de setembro de 1996 | CD | EMI Music | [150] |
Reino Unido | 4 de novembro de 1996 | Virgin | [151] | |
Canadá | 10 de dezembro de 1996 | Universal | [152] | |
EUA | 4 de fevereiro de 1997 |
|
Virgin | [153][154] |
1 de abril de 1997 | LP | [155] |
Referências
- ↑ «Just an ordinary couple?». BBC News (em inglês). BBC Online. British Broadcasting Corporation. 2 de novembro de 2002. Consultado em 20 de novembro de 2014
- ↑ Sinclair 2004, p. 34
- ↑ Sinclair, 2004. p 38.
- ↑ Sinclair, 2004. p 40.
- ↑ McGibbon, 1997. pp 100, 103.
- ↑ Sinclair, 2004. p 42.
- ↑ Spice Girls, 1997. pp. 34-35.
- ↑ Sinclair, 2004. p 43.
- ↑ a b c d e Sinclair, 2004. pp 48-50.
- ↑ a b c Spice Girls, 1997. p. 41.
- ↑ «Spice Facts: Timeline». Spice Girls official website. 19 Management. Consultado em 3 de agosto de 2008
- ↑ a b Sinclair, 2004. p 54.
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Ligações externas
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