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Tráfico de escravos para o Brasil: diferenças entre revisões

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* rapto individual ou de um grupo pequeno de pessoas no ataque a pequenas vilas,
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* troca de um membro da comunidade por comida
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* como pagamento de tributo a outro chefe tribal<ref>[http://books.google.pt/books?id=lfN_88iF1LEC&pg=PA25&dq=%22escravos+de+escravos%22&hl=pt-PT&ei=ilgDTuzhEsnOswao6tH0DQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q=%22escravos%20de%20escravos%22&f=false Etica, Direito E Cidadania: Brasil Sociopolitico E Juridico Atual pg 26]</ref>
* como pagamento de tributo a outro chefe tribal<ref>[http://books.google.pt/books?id=lfN_88iF1LEC&pg=PA25&dq=%22escravos+de+escravos%22&hl=pt-PT&ei=ilgDTuzhEsnOswao6tH0DQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q=%22escravos%20de%20escravos%22&f=false Etica, Direito E Cidadania: Brasil Sociopolitico E Juridico Atual pg 26]</ref>Wepjrfhgfhg ufhufdhf uhug eu dfsufguidh gurfg

Ainda quando estavam em África, a taxa de mortalidade dos africanos no percurso que faziam desde o local em que eram capturados até ao litoral onde eram vendidos ou embarcados estima-se em quarenta por cento. Durante a travessia do Atlântico, a taxa de mortalidade era menor, situando-se em cerca de quinze por cento, mas com maior ou menor incidência dependendo das epidemias e das condições existentes em cada navio.
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== {{Ver também}} ==
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Revisão das 13h30min de 20 de março de 2012

O tráfico de escravos para o Brasil refere-se ao período da história em que houve uma migração forçada de Africanos para o Brasil. Portugueses, brasileiros e mais tarde holandeses dominaram um comércio que envolveu a movimentação de milhares de pessoas.

O comércio de escravos estava solidamente implantado no continente africano e existiu durante milhares de anos. Nações africanas como os Ashanti do Gana e os Yoruba da Nigéria tinham as suas economias assentes no comércio de escravos. O tráfico e comércio de escravos era intercontinental, registando-se um grande comércio de escravos europeus nos mercados Africanos já durante o Império Romano. Mais tarde com o tráfico de eslavos, os saqaliba, que eram levados para o Al-Andaluz o comércio passou da Europa para África, e continuou com os raids dos Piratas da Barbária que duraram até ao fim do século XIX.

Os portugueses começaram o seu contacto com os mercados de escravos africanos para resgatar cativos civis e militares desde o tempo da Reconquista.[1] Nesta época o Alfaqueque era a pessoa que tinha por missão tratar do resgate de cativos. Quando Catarina de Áustria autoriza o tráfico de escravos para o Brasil o comércio de escravos oriundos da África, que antes era dominado pelos africanos, passa a ser também dominado por europeus.

As listas dos resgates de cativos escravizados e libertados durante o reinado deD. João V revelam que até brasileiros chegaram a ser capturados e vendidos no mercado Africano.[2][3]

Os escravos Africanos que os portugueses comerciavam, no começo passavam por Portugal, onde uma parte menor era levada principalmente por via marítima, para outros países europeus[4] e outra parte destinava-se ao Brasil e ilhas.

O tráfico de escravos para o Brasil não era exclusivo de comerciantes brancos europeus e brasileiros, mas era uma actividade em que os pumbeiros, que eram mestiços, negros livres e também ex-escravos,[5] não só se dedicavam ao tráfico de escravos como controlavam o comércio costeiro – no caso de Angola, também parte do comércio interior – para além de fazerem o papel de mediadores culturais no comércio de escravos da África Atlântica. Refira-se Francisco Félix de Sousa, alforriado aos 17 anos, considerado o maior traficante de escravos brasileiro.

O móbil do tráfico - a economia açucareira

A partir de 1530,com o conhecimento adquirido no fabrico do açúcar nas ilhas da Madeira e de São Tomé, e depois com a criação em 1549 do Governo Geral para o Brasil, a Coroa portuguesa procurou incentivar construção de engenhos de açúcar no Brasil. Mas os colonos encontraram grandes dificuldades no recrutamento da mão de obra e na falta de capitais para financiar a montagem dos engenhos de açúcar.[6] As várias epidemias que, a partir de 1560, dizimavam os escravos índios em proporções alarmantes originou a que Coroa portuguesa fizesse leis que proibiam de forma parcial a escravatura de índios isto é, "proibiam a escravização dos índios convertidos e só permitiam a captura de escravos através de guerra justa contra os índios que combatessem ou devorassem os Portugueses, ou os Índios aliados, ou os escravos; esta guerra justa deveria ser decretada pelo soberano ou pelo Governador Geral".[7] Outras adaptações desta lei surgiram mais tarde.

A subsequente falta de mão de obra levou a que se necessitasse de introduzir mão de obra de outra origem.

Quanto aos holandeses, a partir de 1630 começam ocupar as regiões produtoras de açúcar no Brasil e para suprir a falta de mão de obra escrava, em 1638 lançam-se na conquista do entreposto português de São Jorge da Mina e em 1641 organizam a invasão de Angola.[8]

Argumenta-se que a sobrevivência das primeiras engenhocas, o plantio de cana-de-açúcar, do algodão, do café e do fumo foram os elementos decisivos para que a metrópole enviasse para o Brasil os primeiros escravos africanos, vindos de diversas partes da África, trazendo consigo, seus hábitos, costumes, música, dança, culinária, língua, mitos, ritos e a religião, que se infiltrou no povo, formando, ao lado da religião católica, as duas maiores religiões do Brasil."

Os primeiros escravos e a legalização da escravatura

A coroa Portuguesa autorizou a escravatura com a bênção papal, documentada nas bulas de Nicolau V Dum diversos e Divino Amorecommuniti, ambas de 1452, que autorizavam os portugueses a reduzirem os africanos à condição de escravos com o intuito de os cristianizar,[9] A regulamentação da escravatura era legislada nas ordenações manuelinas,[10] a adopção da escravatura vinha assim tentar ultrapassar a grande falta de mão de obra, que também se verificava por toda a Europa, devido à recorrência de epidemias muitas provenientes de África e do Oriente. até a primeira metade do século XV a população portuguesa apresentou queda demográfica constante.[11]

Quanto aos governos Africanos, quer fossem de religião muçulmana[12] ou de outras religiões nativas já praticavam a escravatura muito antes dos europeus se iniciarem no tráfico. Diversas nações africanas tinham as suas economias dependentes do tráfico de escravos e viam o comércio de escravos com os europeus como mais uma oportunidade de negócio.[13][14]

O mais antigo registro de envio de escravos africanos para o Brasil data de 1533 quando Pero de Góis, Capitão-Mor da Costa do Brasil, solicitou ao Rei a remessa de 17 negros para a sua capitania de São Tomé (Paraíba do Sul/Macaé)

Seguidamente, por Alvará de 29 de Março de 1559, D. Catarina de Áustria, regente de Portugal, autorizou cada senhor de engenho do Brasil, mediante certidão passada pelo governador-geral, a importar até 120 escravos.

Como o africano se tornava escravo

Quando os portugueses chegaram a África, encontraram um mercado africano de escravos largamente implementado e bastante extenso.

Os africanos eram escravizados por diversos motivos antes de serem adquiridos:[15]

  • prisioneiro de guerra
  • punição para quem fosse condenado por roubo, assassinato, feitiçaria e, às vezes, adultério
  • penhora: as pessoas eram penhoradas como garantia para o pagamento de dívidas.
  • rapto individual ou de um grupo pequeno de pessoas no ataque a pequenas vilas,
  • troca de um membro da comunidade por comida
  • como pagamento de tributo a outro chefe tribal[16]Wepjrfhgfhg ufhufdhf uhug eu dfsufguidh gurfg

Ver também

Ligações externas