Violbass acústico

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Violbass Acústico é um instrumento da família de cordas friccionadas e está exatamente entre a viola e o violoncelo, ocupando o espaço vazio que alguns teóricos chamam de elo perdido, já que entre a viola e o violoncelo existe um intervalo de uma oitava.

Esse intervalo existe há mais de 300 anos e o violbass está exatamente no meio dos dois instrumentos. [1] A nota mais grave da viola é o (130,8 Hz) e a nota mais grave do violoncelo é o (65,4 Hz), enquanto a mais grave do violbass é o (87,31 Hz).[2][3]

Possui um timbre diferente, parecido com o violoncelo, tem tamanho um pouco maior do que a viola,[4] é portátil e pode ser tocado por violinistas e violistas, sem necessidade de adaptação, já que o formato do corpo permite o alcance das posições mais agudas com menor esforço por parte do músico.

Segundo análise da crítica, o violbass pode ser algo potencialmente revolucionário, pela importância em orquestras e conjuntos musicais, como quartetos de cordas.[1][5] No caso de quartetos, a formação original é com dois violinos, uma viola e um violoncelo. Mas é possível eliminar um violino para introduzir o violbass na formação.[6] Com o violbass, há um equilíbrio de timbres e alcance de sons: violino, viola, violbass e violoncelo.[4]

Em 2015, o violbass foi oficialmente utilizado pela primeira vez em orquestra e quarteto por Paulo Arroyo, músico da Camerata Jovem Beethoven - projeto coordenado por Paulo Sérgio de Souza em São José do Rio Preto. A orquestra rio-pretense é considerada a primeira do mundo a explorar as possibilidades de um violbass.[4][6]

O violbass é uma invenção genuinamente brasileira[6] do músico Kênio Alcanfôr, de Brasília, um violinista apaixonado por sons graves[5] que trabalhou por mais de 10 anos para desenvolver uma espécie de violino com uma frequência mais grave.[1]

Para a fabricação do violbass, Kênio Alcanfôr trabalhou com a colaboração do luthier Francisco Alves Feitosa.[2][5] O instrumento patenteado por Vicente Kênio Rosal Alcanfôr e Vicente Kênio Rosal Alcanfôr Filho foi apresentado pela primeira vez ao público em 2015, durante a feira Expomusic, através da distribuidora Via Sinfônica.[7]

Tabela comparativa[2][editar | editar código-fonte]

Corda Número Violino Viola Violbass Cello Contrabaixo
1 Mi-(E5)
659,3 Hz
Lá-(A4)
440,0 Hz
Ré-(D4)
293,7 Hz
Lá-(A4)
220,0 Hz
Sol-(G2)
98,0 Hz
2 Lá-(A4)
440,0 Hz
Ré-(D4)
293,7 Hz
Sol-(G3)
196,0 Hz
Ré-(D4)
146,8 Hz
Ré-(D2)
73,4 Hz
3 Ré-(D4)
293,7 Hz
Sol-(G3)
196,0 Hz
Dó-(C3)
130,8 Hz
Sol-(G3)
98,0 Hz
Lá-(A1)
55,0 Hz
4 Sol-(G3)
196,0 Hz
Dó-(C3)
130,8 Hz
Fá-(F2)
87,31 Hz
Dó-(C2)
65,4 Hz
Mi-(E1)
30,86 Hz
Observação Tabela comparativa de frequências entre os instrumentos afinados em quintas

Notas e Referências

  1. a b c «Administrador quer reconhecimento por invenção de novo instrumento». Correio Braziliense. Consultado em 7 de março de 2016 
  2. a b c folhasinfonica.com.br. «Apaixonado por música, aposentado inventa o violbass» (PDF). Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  3. «Apaixonado por música, brasileiro inventa instrumento de corda». globotv.globo.com. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  4. a b c «Novidade na música clássica! - TV TEM - De Ponta a Ponta - Catálogo de Vídeos». TV TEM - De Ponta a Ponta. Consultado em 7 de março de 2016 
  5. a b c «Invenção brasiliense pode revolucionar as orquestras do mundo todo - Notícias - R7 Distrito Federal». noticias.r7.com. Consultado em 7 de março de 2016 
  6. a b c «Novo instrumento anima Camerata Jovem». Diario da Região. Consultado em 7 de março de 2016 
  7. «| Expomusic». www.expomusic.com.br. Consultado em 7 de março de 2016