Assurinis do Xingu: diferenças entre revisões

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Os '''assurinis do Xingu''' (também conhecido como ''Asurini'', ''Asurinikin'', ''Awaeté'' ou ''Surini'') são um [[povos indígenas brasileiros|povo indígena brasileiro]].


== História ==
Localizado próximo ao [[Igarapé Ipixuna]], no [[Pará]], no ano de 1994 sua população estimada era de 76 pessoas. Em 2002, tal grupo contava com 106 indivíduos.
Os locais mais antigos de habitação do povo Asurini que constam nos registros históricos são as margens do [[Rio Bacajá]]. Os conflitos com [[Extrativismo|extrativistas]] e também com os [[caiapós]] teria motivado sua primeira movimentação. Na década de 40, várias aldeias Asurini já distribuíam-se pela região dos [[Igarapé|igarapés]] Piranhaquara e Ipiaçava. Novos conflitos fariam com que os Asurini se deslocassem para o igarapé Ipixuna, onde permaneceram até os anos 60, quando voltariam ao igarapé Ipiaçava.<ref name=":0" />


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==Bibliografia==
==Bibliografia==

Revisão das 23h04min de 28 de agosto de 2019

Asurini do Xingu
(Assurini, Awaete)
População total

182

Regiões com população significativa
 Brasil (PA) 182 Siasi/Sesai, 2014[1]
Línguas
português
assurini do xingu
Religiões

Os Asurini do Xingu[2][3] (também conhecido como Assurini, Asurinikin, Awaeté ou Surini) são um povo indígena brasileiro. Falam a língua Asurini do Xingu, da família Tupi-Guarani, tronco Tupi.[3] Em 2019 o grupo contava com 182 indivíduos na Terra Indígena Koatinemo, homologada em 2007.[4]

História

Os locais mais antigos de habitação do povo Asurini que constam nos registros históricos são as margens do Rio Bacajá. Os conflitos com extrativistas e também com os caiapós teria motivado sua primeira movimentação. Na década de 40, várias aldeias Asurini já distribuíam-se pela região dos igarapés Piranhaquara e Ipiaçava. Novos conflitos fariam com que os Asurini se deslocassem para o igarapé Ipixuna, onde permaneceram até os anos 60, quando voltariam ao igarapé Ipiaçava.[3]

O primeiro contato oficial entre os brancos e os Asurini foi feito em 1971, pelos padres Anton e Karl Lukesch e posteriormente pela Fundação Nacional do Índio, a partir de uma frente de atração liderada por Antônio Cotrim Soares. À época, a população estava distribuída em duas aldeias nas margens do igarapé Ipiaçava. Em 1972 estas duas aldeias teriam unido-se para uma aldeia única na margem direita do mesmo igarapé, até o ano de 1985, quando transferiu-se para o local atual.[3]

As proteções oferecidas pela FUNAI ajudaram os Asurini a reduzir os conflitos, mas o contato com os brancos também causou ainda mais perdas populacionais devido às epidemias de malária e tuberculose, para as quais o atendimento médico dos europeus era precário. A estimativa populacional de 150 pessoas na década de 30 sofreria uma queda de aproximadamente 40%. No início da década de 80, havia apenas 52 Asurini.[5][3]


Referências

  1. Instituto Socioambiental. «Quadro Geral dos Povos». Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 17 de setembro de 2017 
  2. «Asurini do Xingu - Indigenous Peoples in Brazil». pib.socioambiental.org. Consultado em 28 de agosto de 2019 
  3. a b c d e Silva, Fabíola Andréa (dezembro de 2002). «Mito e arqueologia: a interpretação dos Asurini do Xingu sobre os vestígios arqueológicos encontrados no parque indígena Kuatinemu - Pará». Horizontes Antropológicos. 8 (18): 175–187. ISSN 0104-7183. doi:10.1590/S0104-71832002000200008 
  4. «Terra Indígena Koatinemo | Terras Indígenas no Brasil». terrasindigenas.org.br. Consultado em 28 de agosto de 2019 
  5. MÜLLER, R. De como cincoenta e duas pessoas reproduzem uma sociedade indígena: os Asurini do Xingu. Tese (Doutorado)–Departamento de Antropologia/USP, São Paulo, 1987.

Bibliografia

  • RICARDO, Carlos Alberto. "Os índios" e a sociodiversidade nativa contemporânea no Brasil. IN: SILVA, Aracy Lopes da. GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A temática indígena na escola. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995. p. 37-44.
  • Instituto Socioambiental. Enciclopédia dos Povos Indígenas no BrasilAsurini do Xingu
  • POLO MÜLLER Regina. Danças indígenas: artes e cultura, história e performance. Indiana, 21, 2004

Ligações externas

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